Passos Coelho...
"Não são os Governos que criam empregos".
Tem razão senhor primeiro ministro.
Mas, já agora, penso eu...
Também poderiam evitar criar desemprego...
Ou, isso, seria pedir muito?..
Em tempo.
"...Há cada vez mais gente desesperada, um sem--número de pessoas que não aguentam a situação em que sucessivos governos deixaram Portugal. Nos bairros dos subúrbios os filhos nunca tiveram emprego e os pais já não têm. Temos uma falsa democracia, em que os manifestantes são espancados mas os antigos responsáveis do BPN, banco em que desapareceram para os bolsos de alguns milhares de milhões de euros, nunca foram presos e tornam-se conselheiros do primeiro-ministro. Portugal é um país com milhão e meio de desempregados. As estatísticas falam de um número recorde de pessoas na pobreza, de gente expulsa das suas casas e sem dinheiro para comer. A violência é filha de um país sem saída. Como querem ter a paz social da Suécia com a miséria da vida da Grécia?"
terça-feira, 20 de novembro de 2012
“O executivo e a troika não alteraram as previsões para 2013, mas reviram em baixa o crescimento para 2014, o ano da retoma.”
Infelizmente, o país "inventado" por Vitor Gaspar, Passos Coelho e Paulo Portas está muito distante daquele que encontramos diariamente - feio, pobre e triste,
cuja única coisa que tem para nos oferecer, é conseguir esvaziar-nos as
"carteiras" ...
Desgraças...
Pelo facto de ser covagalense, tive obstáculos ao longo da vida…
Mas, ser covagalense não
foi uma escolha - foi um destino.
Ainda que ser covagalense não me impeça de escrever, creio
que só vale a pena fazê-lo, a partir de uma lucidez exasperada.
Assim, afirmo que ter nascido covagalense foi uma desgraça.
Como é uma desgraça ser figueirense, português, pobre,
negro, homossexual, poeta – e outras coisas assim, marginais.
Tirando esse pormenor, o importante é aquilo que fazemos com as
nossas desgraças.
Memória curta?.. (II)
Outra Margem pode não ser o blogue mais bem
escrito.
Outra Margem pode não ser o blogue com mais
humor.
Outra Margem pode
não ser o blogue mais irreverente.
Outra Margem pode
não ser o blogue mais original.
Outra Margem pode
não ser o blogue mais bonito.
Outra Margem pode não ser o blogue mais bem
formatado.
Outra Margem pode ser o blogue mais foleiro.
Aceito isso, e muito mais, com toda a naturalidade…
Fica, porém, uma confissão: o que eu gostaria mesmo, é que Outra Margem fosse o blogue com os melhores comentários dos leitores.
Fica, porém, uma confissão: o que eu gostaria mesmo, é que Outra Margem fosse o blogue com os melhores comentários dos leitores.
Obviamente, “conhecidos”.
A contribuição dos comentaristas para a elevação do nível dos blogues,
é uma questão sempre pertinente na blogosfera local e nacional. Daí, o meu enorme regozijo ao receber, a propósito deste post, o seguinte comentário:
“António Joaquim Rosa disse...
Boa noite.
Você adora ser do contra, contra tudo o que se faz e contra
todos.
Se fosse na SUA cova-gala tinha sido bem feito, como foi em
outra freguesia, que por acaso "é" do PSD, já têm memória curta.
Quando o sr. sorridente (pres. camara) fez promessas devia
ter pensado que estas são para cumprir.
Obrigado”.
Meu caríssimo António Joaquim Rosa (que eu desconheço, em
absoluto, quem seja):
Para minha grande irritação, este seu comentário consegue
ter bastante mais piada e sentido de humor do que o meu post que motivou a sua
reacção.
É pois com muito prazer que deixo acima a sua excelente
contribuição para elevar o nível do Outra Margem.
Bem haja.
Tenha um bom dia.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
“O bom caminho”: miséria, miséria, sempre mais e mais miséria…
Isto não são políticas de redução de despesa pública: ela
não tem sido reduzida. Não são políticas para colocar as finanças na ordem...
são políticas de empobrecimento, de manipulação grosseira do valor do preço da
mão-de-obra, e por arrasto, dos "mercados".
Estes liberais, que defendem que o estado tem de deixar o
mercado trabalhar, estão a baixar o valor que cada trabalhador cobra pelo seu
suor.
É esta a solução que encontraram para combater as
deslocalizações para a Ásia: se não os podemos vencer, juntamo-nos a eles.
É este o “bom caminho"?..
Resumindo e concluindo: traduzindo para linguagem popular, em 2013, 2014, 2015 e por aí fora, vamos ser ainda mais "fodidos e mal pagos".
Resumindo e concluindo: traduzindo para linguagem popular, em 2013, 2014, 2015 e por aí fora, vamos ser ainda mais "fodidos e mal pagos".
Memória curta?..
Segundo li nas Beiras e no Diário de Coimbra, “desconhecidos
colocaram faixas negras contra fecho do Paço de Maiorca”.
Pois quanto a mim, esses tais desconhecidos, antes de colocarem faixas negras, deveriam ter feito o trabalho de casa.
Não há pior coisa para combater aquilo que se considera uma má medida, do que usar argumentos maus e errados...
Será que já se esqueceram que o negócio do Paço de Maiorca e a ruinosa parceria público-privada com a Quinta das Lágrimas, são da responsabilidade de executivos municipais PSD, liderados pelo dr. Santana Lopes e pelo falecido eng. Duarte Silva?..
Premonitório…
Portugal é um país pobre. Antigamente, no Natal, as famílias juntavam-se ao borralho e como não havia prendas, "o pai dava peidos e a gente ria-se.” Contudo já não é bem assim.
.
O país continua pobre mas as pessoas conhecem mundo. Diz-se até que vivem acima das possibilidades. Na Figueira, por exemplo, de manhã fazem jogging na Avenida; passeiam-se, à tarde, no Centro-Comercial; depois, despem o fato informal e vão, de noite, às tertúlias do Casino: ouvir, entre suspiros, Medina Carreira arrotar.
A notícia é que já ninguém se ri. Aplaudem de pé.
A notícia é que já ninguém se ri. Aplaudem de pé.
O que, na Figueira e entre figueirenses, pode ser premonitório.
Fernando Campos,
Ironia (II)
Ontem, decidi ouvir a homília de Marcelo na TVI.
Surpreendentemente, a dado passo, penso que percebi Marcelo dizer, nas
entrelinhas, que Vítor Gaspar está
a exercer o seu cargo neste Governo a pensar nas instituições onde irá trabalhar, quando deixar de ser ministro!..
Será assim?
Será assim?
Ou será que, também, estava apenas a ser irónico?...
Vamos esperar pela próxima semana…
Carlos Moreno explica o que vai acontecer a Portugal a partir de Janeiro
O ex-juiz do Tribunal de Contas explica as razões pelas quais os portugueses se tornarão, inutilmente, num país de 9 milhões de pedintes...
São 10 minutos e 8 segundos. Vale a pena ouvir com atenção.
domingo, 18 de novembro de 2012
Ironia!..
Como sabemos, sempre teve um sonho - ser artista…
Teve, finalmente, uma
promoção inesperada para a sua ambição
de sempre: o primeiro-ministro lamentou hoje não ter sido
"possível" ao ministro da Administração Interna fazer "uma
declaração mais esclarecedora" sobre a intervenção do Governo na sequência
da tempestade no Algarve. Mais tarde, veio o esclarecimento: Passos estava a ser irónico.
Se era ironia, foi uma ironia tão subtil que ninguém percebeu!..
O Bordalo e o Fernando
Em vésperas de inaugurar uma exposição de caricaturas e de esculturas, o Fernando esteve recentemente de visita às Caldas da Rainha,
segundo ele, “em busca de, enfim, algo específico para construir uma das suas peças.”
Apesar de, certamente por mera coincidência, ter ido às Caldas “em dia de feira da fruta” não deixou “de visitar o maior artista português de todos os tempos, e assim, de certo modo, pedir-lhe a bênção.”
A prova está nesta postagem, do lado direito. A filha do Fernando,
que sabe do apreço que ele tem pelo Bordalo, fez a foto.
E cá vemos o Fernando, em pose, o mais dignamente que lhe foi possível. Nota-se que está “um tanto contrito e intimidado, para gáudio de Bordalo que, por detrás do monóculo e do bigodão, parece estar particularmente divertido.”
Meu caro Fernando: pese
embora a tua natural modéstia, deixa-me felicitar-te pelo teu bom gosto humorístico. Não é amiúde que
encontramos alguém que saiba apreciar uma alma verdadeiramente talentosa como o
“nosso” Raphael Bordalo Pinheiro, que
com o traço irreverente e satírico construiu uma galeria de figurões
políticos e financeiros "de todos os mil grotescos que por ahi fervilham
como formigas num assucareiro", intervindo decisivamente na demolição das
estruturas caducas duma monarquia decadente e na rápida ascensão e propagação
dos ideais republicanos.
Mas, cá pelo país está tudo diferente e tudo na mesma. A
política continua uma “grande
porca”. Nos chamados partidos do chamado
“arco do poder”, todos querem é mamar.
E como não chega para
todos, parecem bacorinhos que se empurram para ver o que consegue apanhar uma
teta...
Ah, quase me ia esquecendo do pormenor, que presumo importantíssimo...
"O sinal do extintor não é montagem, estava mesmo lá."
Ah, quase me ia esquecendo do pormenor, que presumo importantíssimo...
"O sinal do extintor não é montagem, estava mesmo lá."
sábado, 17 de novembro de 2012
Vivemos um tempo triste… Sobretudo, por estarem a pôr em causa um País que tanto prometia...
Houve um tempo, não foi há muito, em que a maioria dos
portugueses nem sabia como se lavavam os dentes e só alguns o poderiam fazer
com a torneira a correr. Os outros tinham que ir à fonte buscar água.
Nunca conheci ninguém que comesse bifes todos os dias. O que
eu conheci, desde pequenino, foi gente de barriga cheia que se escandalizava se
um pobre a queria encher. Mas isso, do mal o menos. Porém, se, além do bife, os
pobres quiserem carro e casa, então há que fazer qualquer coisa e ainda bem que
o governo não dorme.
Durante algum tempo, enquanto os ricos punham o dinheiro a
salvo nos offshore, os pobres compravam casas e carros a crédito, e ainda dava
para a picanha pois, ao contrário do que se diz na televisão, o bife nunca
chegou a todos. Mesmo assim, dizia-se que a pobreza ia acabar. Felizmente as pessoas de bom senso, (ricos, pois claro),
conseguiram evitar tal tragédia e a tendência já se inverteu: agora há pobres
em cada esquina - e são cada vez mais.
Mas dá um grande trabalho convencê-los de que não podem ter
tudo, senão deixavam de ser pobres. E que seria dos ricos se não houvesse
pobres? A quem dariam esmolas, e para quem fariam peditórios?
Um rico não é rico se não tiver a sua reserva de pobrezinhos
a quem nunca falta nada para continuar a ser pobre. Se algum se queixa, há
sempre uma palavra amiga: ai aguenta, aguenta…
"Existe censura, claro que sim"...
Mário Zambujal, "um bom malandro" |
O estado da imprensa em Portugal também foi abordado na apresentação. “A transformação do jornalismo num negócio deu mau resultado, escravizou-o às vendas com uma pressão violenta”, defendeu Mário Zambujal. E censura, ainda há?, perguntaram da plateia. “Existe censura, claro que sim”, diz a autora. “Os jornalistas não escrevem o que querem nem como querem”, corroborou Mário Zambujal. Há diferenças em relação ao «lápis azul» de outros tempos? “A censura de hoje é económica e de interesses que não são os dos valores-notícia”, concluiu jornalista, crítica de cinema e docente universitária Fátima Lopes Cardoso, autora do livro «jornalistas escritores».
Via O Figueirense
Malabarismo do costume...
Que alívio! Já não é 4%, mas sim 3,5%!..
Lendo as primeiras páginas da comunicação social, até parece que saiu o EUROMILHÕES ao POVO
português!..
Outra vez a mesma estratégia de sempre: atira-se o barro à
parede a ver se pega. Depois: ah, afinal não vamos cortar as duas pernas e os
dois braços… Só cortamos as duas pernas e um braço…
Tal como os jornais, o POVO deveria manifestar toda a sua
felicidade por esta boa nova...
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