Via Diário as Beiras
terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Uma coligação formal PSD-Chega seria menos grave do que isto
VIA PÚBLIC0. PARA LER MELHOR CLICAR NA IMAGEM
... o actual PSD de Montenegro no governo, nada tem a ver com o PPD/PSD fundado por Sá Carneiro e seguidores da sua prática política que, em teoria, se queria tornar o partido dos que pretendiam transformar a sociedade portuguesa numa sociedade mais livre - politica, economica e socialmente. Dos que recusavam o imobilismo a que o sectarismo ideológico sempre conduz. Dos que compreendiam que o desenvolvimento só é económico para vir a ser social, mas que este sem aquele é uma receita certa para o empobrecimento de todos.
Dívidas de 323 milhões de ex-presidente da Naval estão a seis meses de ser perdoadas
Via Público
"O perdão está em risco devido a suspeitas de que Aprígio Santos escondeu património, o que viola as condições do acordo.
Aprígio Santos, antigo presidente do Clube Naval Primeiro de Maio, da Figueira da Foz, enfrenta suspeitas que podem comprometer o perdão de cerca de 323,7 milhões de euros em dívidas.
A administradora de insolvência investiga a possível ocultação de participações numa empresa em Cabo Verde, a Profitsquare S.A., que detém 74% da sociedade portuguesa Pré-Bloco Anestor Comercial Lda, proprietária de terrenos no Porto avaliados em 12 milhões de euros.
A insolvência de Aprígio Santos foi declarada fortuita em 2022, permitindo-lhe um período de três anos para liquidar obrigações específicas, com vista à exoneração do passivo. No entanto, o empresário é acusado de não ter declarado a sua relação com a Profitsquare, o que pode ser considerado uma violação das condições impostas.
A insolvência de Aprígio Santos foi declarada fortuita em 2022, permitindo-lhe um período de três anos para liquidar obrigações específicas, com vista à exoneração do passivo. No entanto, o empresário é acusado de não ter declarado a sua relação com a Profitsquare, o que pode ser considerado uma violação das condições impostas.
A administradora de insolvência, Ana Maria de Oliveira Silva, procura esclarecer as movimentações financeiras e patrimoniais da empresa cabo-verdiana e os seus acionistas.
Entre os credores de Aprígio Santos estão entidades como a Parvalorem, que reclama 144,5 milhões de euros, o Banco Comercial Português (43,8 milhões) e a Caixa Económica Montepio Geral (40,1 milhões).
Apesar disso, o empresário já garantiu, por meio do seu advogado, Gonçalo Melo Ribeiro, que está a cumprir as obrigações e nega qualquer participação ativa na Profitsquare além do cargo de gerente, relata o Público.
A situação é agravada por disputas judiciais com a ex-mulher de Aprígio Santos, Dolores Sebastião, que alega que o empresário utilizou um “testa de ferro” para transferir quotas da Pré-Bloco de forma irregular, visando evitar a partilha de bens no divórcio. Segundo Dolores, a venda das quotas ocorreu sem o seu conhecimento e sem compensação financeira, envolvendo procurações alegadamente mal utilizadas.
Os terrenos em questão, adquiridos pela Pré-Bloco em 2016 por pouco mais de dois milhões de euros, estão sob disputa judicial há quase sete anos. A decisão sobre a titularidade dos bens poderá impactar a insolvência, uma vez que, caso sejam reconhecidos como ocultados, podem ser apreendidos para liquidação das dívidas.
Com apenas seis meses restantes para o término do período de cessão, qualquer irregularidade pode inviabilizar o perdão das dívidas, forçando Aprígio Santos a responder judicialmente pela ocultação de bens e prolongar o processo de insolvência."
segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Quantos Partidos Socialistas existem na Figueira?
Na passada sexta-feira, a Assembleia Municipal da Figueira da Foz aprovou, por maioria, o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2025, no valor de 139 milhões de euros (ME), 59 ME dos quais para investimentos.
O PS, que detém a maioria na Assembleia Municipal e está na oposição na câmara, votou dividido o Orçamento do Município para 2025 proposto pelo executivo camarário FAP/PSD, liderado por Santana Lopes, nos dois órgãos autárquicos.
Na Assembleia, a maioria dos deputados socialistas absteve-se, três votaram a favor e um contra. Na câmara, um elemento da vereação votou a favor e três votaram contra.
O documento foi aprovado em ambos os órgãos.
“Foi uma tomada de posição em consciência dos deputados municipais do PS, que divergiu com as orientações da Comissão Política do partido, que também não impôs o voto, embora nos tenha dado a diretiva [de votar contra]”, justificou o deputado socialista Nuno Melo Biscaia, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS.
O PS, que detém a maioria na Assembleia Municipal e está na oposição na câmara, votou dividido o Orçamento do Município para 2025 proposto pelo executivo camarário FAP/PSD, liderado por Santana Lopes, nos dois órgãos autárquicos.
Na Assembleia, a maioria dos deputados socialistas absteve-se, três votaram a favor e um contra. Na câmara, um elemento da vereação votou a favor e três votaram contra.
O documento foi aprovado em ambos os órgãos.
“Foi uma tomada de posição em consciência dos deputados municipais do PS, que divergiu com as orientações da Comissão Política do partido, que também não impôs o voto, embora nos tenha dado a diretiva [de votar contra]”, justificou o deputado socialista Nuno Melo Biscaia, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS.
“Inviabilizar um orçamento destes não seria
compreendido pelos figueirenses, por ter um
forte investimento na
habitação, na saúde e
na educação”, acrescentou.
“Ainda por cima”, frisou, “acolheu uma proposta de uma autarca
do PS”. Nuno Melo Biscaia referia-se à integração dos sapadores
florestais no quadro de
pessoal do município,
por proposta da vereadora Glória Pinto.
Contactada pelo DIÁRIO AS BEIRAS, por
escrito, a líder local
do PS, Raquel Ferreira,
não respondeu às perguntas do jornal sobre a
diversidade da votação
protagonizada pelos
autarcas do partido.
Recorde-se que o Secretariado da Concelhia do Partido Socialista da Figueira da Foz emitiu uma Nota de Imprensa, onde “considera
que o Orçamento Municipal para 2025 é um
mau orçamento e reflete
a estratégia errática do
hoje sim, amanhã não,
e dos projetos anunciados e não concretizados,
das obras prometidas
para as freguesias inscritas nos orçamentos e
sempre adiadas”, lê-se no documento dimanado da direção local do partido, liderada por Raquel
Ferreira.
Acerca da votação na
Assembleia Municipal , sustenta a nota,
“alguns dos deputados
do PS são presidentes de
junta e têm a total solidariedade do PS na decisão do seu voto”.
Se há partido político que nunca deixará de me surpreender, esse partido é o Socialista. Numa altura em que os partidos estão completamente descaretizados (por exemplo: o actual PSD de Montenegro no governo, nada tem a ver com o PPD/PSD fundado por Sá Carneiro e seguidores da sua prática política que, em teoria, se queria tornar o partido dos que pretendiam transformar a sociedade portuguesa numa sociedade mais livre - politica, economica e socialmente. Dos que recusavam o imobilismo a que o sectarismo ideológico sempre conduz. Dos que compreendiam que o desenvolvimento só é económico para vir a ser social, mas que este sem aquele é uma receita certa para o empobrecimento de todos.) este PS/Figueira é uma nau à deriva sem capitão e sem marinhagem que lhe permita navegar à bolina.
Este dividido, bizarro, esquisito, excêntrico e insólito PS tem futuro na Figueira?
domingo, 22 de dezembro de 2024
Santana, refém das suas circunstâncias?..
Em Julho de 2021, «o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes apresentou a candidatura à Câmara da Figueira da Foz, 24 anos depois de o ter feito pela primeira vez e garantiu ser sua intenção cumprir os três mandatos para um município "liderante".»
No facebook, em 13 de Dezembro de 2024, Santana escreveu: «Muito provável. Pouco provável? O que se passou desde então?
Jantar de Natal da FAP, dia 21 de Dezembro de 2024, em Buarcos. Aí falaremos.»
No facebook, em 13 de Dezembro de 2024, Santana escreveu: «Muito provável. Pouco provável? O que se passou desde então?
Jantar de Natal da FAP, dia 21 de Dezembro de 2024, em Buarcos. Aí falaremos.»
O que se passou no jantar de ontem à noite não sei. Apenas vi algumas fotografias.
Santana, como sabemos, continua alguém com gosto pelo poder. Continua, também e ainda, com um razoável sentido mediático (já teve melhores dias...).Contudo, continua a saber utilizar as câmaras em seu benefício - o que, eleitoralmente, conta muito.
Santana, ao mesmo tempo que tem algo de genuíno, mostra, também, alguma demagogia populista e frieza analítica, ao serviço da sua pessoa e dos seus projectos de poder - neste momento, a meu ver, PR, Sintra e Figueira.
É injusto acusar Santana Lopes de estar a fazer coisa diversa, daquela que sempre fez ao longo da sua vida política.
Santana em 2024 continua igual ao Santana de sempre: "na política não exclui nada."
Em 1997 e 2021 Santana Lopes queria um poleiro. Ganhou-o na Figueira, mas saiu-lhe uma trabalheira do pior, daquelas que exige trabalho, seriedade, contenção, responsabilidade, conhecimento, concentração e firmeza no desiderato.
Habituado - e talentoso... - candidato a tudo, vai ter de se definir nos próximos meses.
Apesar do avançar dos anos - nenhum de nós vai para novo - Santana continua e gosta de ser provocador.
Ainda recentemente esteve nas jornadas parlamentares do Chega...
Ele sabe que as reacções primárias às suas provocações, acabam por ser um belo serviço que os otários lhe prestam, pois estão a dar-lhe os meios publicitários de que necessita para atingir os seus objectivos.
Ele sabe que as reacções primárias às suas provocações, acabam por ser um belo serviço que os otários lhe prestam, pois estão a dar-lhe os meios publicitários de que necessita para atingir os seus objectivos.
Apesar de não parecer, Santana sabe o que está a fazer.
Na minha opinião - e isto é arriscar muito no prognóstico - o mais natural é recandidatar-se em 2025 na Figueira.
sábado, 21 de dezembro de 2024
Alguém ofereça à PSP uns livros de História, se faz favor
Via Público (para ler melhor clicar na imagem)
A foto do ano para OUTRA MARGEM (e foi tirada por um amador)...
Este é um admirável mundo novo. As limitações do saber são óbvias, mas inevitáveis: só procura saber quem tem curiosidade pelo conhecimento.
Quem não sabe, não pergunta. Quem não pretende saber, não precisa de se incomodar, embora utilize o seu apoliticismo para outras coisas. Por exemplo: proferir sentenças e votar.
Quem não sabe, não pergunta. Quem não pretende saber, não precisa de se incomodar, embora utilize o seu apoliticismo para outras coisas. Por exemplo: proferir sentenças e votar.
Presidenciais: Marques Mendes acelera
Numa declaração ao Expresso, Luís Marques Mendes sinaliza que está cada vez mais inclinado a avançar com uma candidatura presidencial, sendo que o anúncio da decisão final será algures no primeiro trimestre de 2025. “Conheço bem o chão do país. E o país merece um bom combate”, sublinhou.
Assembleia Municipal da Figueira da Foz aprovou Orçamento de 139 ME com PS dividido
Via As Beiras
Registe-se a coerência política de Vítor Alemão: o único voto contra |
«A Assembleia Municipal da Figueira da Foz aprovou, por maioria, o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2025, no valor de 139 milhões de euros (ME), 59 ME dos quais para investimentos.
A favor do documento votaram 11 elementos do movimento Figueira a Primeira (FAP), que detém maioria no executivo camarário, quatro do PSD e três do PS, que possui maioria absoluta na Assembleia.
Registaram-se ainda 13 abstenções, 11 do PS, uma da CDU e outra do Bloco de Esquerda (BE), e um voto contra de um presidente de Junta de Freguesia, do PS. Na “bancada” do PS, partido com maioria na AMFF, estiveram ausentes da sessão o líder, João Portugal, e os deputados Célia Morais e Mafalda Azevedo.
“É um orçamento muito significativo, em que nenhum concelho tem esta taxa de aumento”, congratulou-se o presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes, salientando que o concelho está no topo dos projetos sociais e conseguiu “absorver fundos europeus”.
Os vários projetos com financiamento, sobretudo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), fizeram crescer o orçamento para o próximo ano em mais de 44,9 ME relativamente a 2024, o que representa uma subida de 47,75%.
O documento inscreve 26,5 ME para construção e reabilitação de habitação para arrendamento acessível, 19 ME para reabilitação de estabelecimentos de ensino e 6 ME para reabilitação e construção de equipamentos de saúde, que são os três principais eixos.
Para transportes e comunicações o orçamento prevê um investimento de 13,5 ME, no qual se insere a construção da ponte Eurovelo sobre o rio Mondego.
“Estamos no topo dos municípios e só somos batidos por Oeiras, porque tem uma capacidade instalada de receitas e recursos que lhe permite apresentar mais candidaturas”, frisou Santana Lopes, mostrando-se satisfeito com o volume de investimento financiado por fundos comunitários.
Além dos avultados investimentos em habitação, educação e saúde, o autarca destacou a construção da ponte Eurovelo sobre o Mondego, no Alqueidão (7,5 ME), e a criação de um sistema de transportes urbanos.
Segundo Santana Lopes, o município vai ainda adquirir em 2025 um novo barco elétrico para efetuar travessias de uma margem para a outra no rio Mondego, face à procura que se verifica da embarcação em funcionamento.
Com o presidente da bancada ausente, o PS não apresentou declaração de voto em nome do partido, com alguns eleitos, nomeadamente presidentes de Junta de Freguesia, a usarem da palavra e a queixarem-se da falta de investimentos nos últimos anos.
“Congratulo-me por este orçamento privilegiar, de forma clara e inequívoca, um alto investimento em áreas fundamentais – saúde, habitação e educação – para todos os munícipes e para todos os que dela poderão beneficiar”, salientou a socialista Margarida da Cunha, que hoje presidiu à mesa da Assembleia Municipal e votou favoravelmente.
Para Joaquim Pereira, do movimento FAP, este é um orçamento “audaz e de coragem pelo seu valor monetário”, com um aumento de 47,5% no investimento, que mostra o empenho do executivo em dar uma melhoria substancial ao concelho”.
O deputado destacou ainda que os projetos financiados refletem que o executivo “soube aproveitar” os fundos disponíveis.
O PSD, através de Rascão Marques, elogiou os investimentos significativos em habitação, educação e saúde e o aumento de verbas para as Juntas, embora tenha manifestado preocupação com as necessidades posteriores de manutenção dos investimentos que vão ser realizados.
O deputado social-democrata mostrou também preocupação com o aumento da despesa corrente e o facto de não se vislumbrar uma descida dos impostos municipais.
Para o BE, representado por Pedro Jorge, as opções do orçamento não são as suas, nem “traduzem rumos estratégicos, ainda que algumas possam ser convergentes” com as do seu programa.
Apesar das preocupações do executivo com habitação, saúde e educação, a CDU considerou, através de Adelaide Gonçalves, que algumas rubricas não representam as prioridades dos comunistas, que lamentam a falta de redução do IMI.
O único voto contra pertenceu ao presidente da Junta de Freguesia de Vila Verde, Vítor Alemão, por ter dúvidas que o documento venha a ser executado “de forma eficaz”.
“Preocupam-me as verbas e investimentos para as Juntas de Freguesia. Se em três anos não avançaram, não é agora em nove meses que vão ser feitas”, sustentou o autarca, que voltou hoje a levantar o tema do licenciamento da empresa de BioAdvance.
O assunto motivou mesmo a interrupção da reunião da Assembleia Municipal por um período de cerca de 15 minutos, depois do executivo camarário, liderado por Santana Lopes, ter abandonado a sessão em protesto com insinuações sobre a participação do município na instalação daquela empresa de biocombustíveis no terminal do Porto da Figueira da Foz.»
Os vários projetos com financiamento, sobretudo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), fizeram crescer o orçamento para o próximo ano em mais de 44,9 ME relativamente a 2024, o que representa uma subida de 47,75%.
O documento inscreve 26,5 ME para construção e reabilitação de habitação para arrendamento acessível, 19 ME para reabilitação de estabelecimentos de ensino e 6 ME para reabilitação e construção de equipamentos de saúde, que são os três principais eixos.
Para transportes e comunicações o orçamento prevê um investimento de 13,5 ME, no qual se insere a construção da ponte Eurovelo sobre o rio Mondego.
“Estamos no topo dos municípios e só somos batidos por Oeiras, porque tem uma capacidade instalada de receitas e recursos que lhe permite apresentar mais candidaturas”, frisou Santana Lopes, mostrando-se satisfeito com o volume de investimento financiado por fundos comunitários.
Além dos avultados investimentos em habitação, educação e saúde, o autarca destacou a construção da ponte Eurovelo sobre o Mondego, no Alqueidão (7,5 ME), e a criação de um sistema de transportes urbanos.
Segundo Santana Lopes, o município vai ainda adquirir em 2025 um novo barco elétrico para efetuar travessias de uma margem para a outra no rio Mondego, face à procura que se verifica da embarcação em funcionamento.
Com o presidente da bancada ausente, o PS não apresentou declaração de voto em nome do partido, com alguns eleitos, nomeadamente presidentes de Junta de Freguesia, a usarem da palavra e a queixarem-se da falta de investimentos nos últimos anos.
“Congratulo-me por este orçamento privilegiar, de forma clara e inequívoca, um alto investimento em áreas fundamentais – saúde, habitação e educação – para todos os munícipes e para todos os que dela poderão beneficiar”, salientou a socialista Margarida da Cunha, que hoje presidiu à mesa da Assembleia Municipal e votou favoravelmente.
Para Joaquim Pereira, do movimento FAP, este é um orçamento “audaz e de coragem pelo seu valor monetário”, com um aumento de 47,5% no investimento, que mostra o empenho do executivo em dar uma melhoria substancial ao concelho”.
O deputado destacou ainda que os projetos financiados refletem que o executivo “soube aproveitar” os fundos disponíveis.
O PSD, através de Rascão Marques, elogiou os investimentos significativos em habitação, educação e saúde e o aumento de verbas para as Juntas, embora tenha manifestado preocupação com as necessidades posteriores de manutenção dos investimentos que vão ser realizados.
O deputado social-democrata mostrou também preocupação com o aumento da despesa corrente e o facto de não se vislumbrar uma descida dos impostos municipais.
Para o BE, representado por Pedro Jorge, as opções do orçamento não são as suas, nem “traduzem rumos estratégicos, ainda que algumas possam ser convergentes” com as do seu programa.
Apesar das preocupações do executivo com habitação, saúde e educação, a CDU considerou, através de Adelaide Gonçalves, que algumas rubricas não representam as prioridades dos comunistas, que lamentam a falta de redução do IMI.
O único voto contra pertenceu ao presidente da Junta de Freguesia de Vila Verde, Vítor Alemão, por ter dúvidas que o documento venha a ser executado “de forma eficaz”.
“Preocupam-me as verbas e investimentos para as Juntas de Freguesia. Se em três anos não avançaram, não é agora em nove meses que vão ser feitas”, sustentou o autarca, que voltou hoje a levantar o tema do licenciamento da empresa de BioAdvance.
O assunto motivou mesmo a interrupção da reunião da Assembleia Municipal por um período de cerca de 15 minutos, depois do executivo camarário, liderado por Santana Lopes, ter abandonado a sessão em protesto com insinuações sobre a participação do município na instalação daquela empresa de biocombustíveis no terminal do Porto da Figueira da Foz.»
Entretanto, o Secretariado da Concelhia do Partido Socialista da Figueira da Foz emitiu a seguinte Nota de Imprensa.
«As Grandes Opções do Plano (GOP) e o Orçamento Municipal são instrumentos fundamentais para a concretização das políticas constantes nos programas eleitorais das forças políticas que governam as autarquias.
O Partido Socialista considera que o Orçamento Municipal para 2025 é um MAU orçamento e que reflete a estratégia errática do hoje sim, amanhã não, dos projetos anunciados e não concretizados, das obras prometidas para as freguesias, inscritas nos orçamentos, e sempre adiadas.
As obras que não foram realizadas em três anos, estão novamente no orçamento de 2025, para ser concretizadas em nove meses. Sabemos que 90% dessas obras prometidas não serão realizadas, como o não foram nos últimos três anos.
O Partido Socialista tem apresentado uma postura de oposição construtiva e propositiva, viabilizando os orçamentos anteriores. Criámos estabilidade para o Executivo aplicar as suas políticas, sem bloqueios.
Face a um Executivo sem quaisquer ideias concretas, nem um projeto de Futuro para a Figueira da Foz, sem prioridades definidas, que anuncia realizações em catadupa, para logo de seguida dar o dito por não dito: como a construção de um pavilhão de congressos, depois um parque de estacionamento subterrâneo, antes a total cobertura da rua da república, de seguida uma piscina municipal (sem condições mínimas), agora um parque de estacionamento em altura, para já não falar no parque eólico ao largo no mar e a reparação da estrada nacional 109, obras que ou são da responsabilidade da administração central ou do privado.
Vai criando falsas expectativas, fomentando a instabilidade política, manipulando a opinião pública com declarações de “amor” pela Figueira, no dia a seguir já é por Sintra e depois vai contando histórias de que desde pequenino sonhava ser Presidente da República.
Tal como a permanente instabilidade política e Estados de alma do senhor presidente Santana Lopes não responde às reais necessidades dos Figueirenses e não respeita as expectativas criadas com os vários projetos que foram sendo anunciados. Este orçamento é um orçamento avulso e sem objetivos claros na definição do que se quer para o desenvolvimento do Concelho e do bem-estar da população.
Não apresenta soluções para os problemas do concelho, como os das redes viárias, da Mobilidade, saneamento, crescimento populacional ou a fixação de empresas. Ausência de rumo estratégico, nomeadamente nas políticas desportivas, de requalificação urbanística e espaços públicos para a melhoria da qualidade de vida das populações.
Este orçamento beneficia, em cerca de um terço do seu valor, das circunstâncias, em projetos totalmente financiados na saúde, educação e habitação, alguns de sustentabilidade futura duvidosa, particularmente no que respeita aos últimos.
O Partido Socialista tem argumentos para não concordar com este orçamento:
- Incumprimento sistemático das medidas propostas pelo PS nos orçamentos anteriores;
- Não acolhimento das medidas do pacote fiscal para atração e fixação das populações, infraestruturas de apoio e medidas de incentivo à localização de empresas (redução do IMI e do IRS) propostas pelos vereadores do PS, apesar do compromisso da inscrição de pelo menos uma delas., quando o Município da Figueira da Foz está no “Ranking” dos 35 Municípios com a maior coleta de IMI e de receita fiscal (IRS).
- Promessas não cumpridas, nomeadamente nas freguesias;
- Falta de confiança na atual governação camarária.
A sua execução não tem garantias de realização durante o próximo ano, como o comprova a incapacidade deste executivo na concretização dos anteriores.
Ora, não podemos olvidar que a garantia da aprovação do orçamento municipal recai sobre quem governa e não sobre a Oposição!
Este Orçamento Municipal não é o orçamento do Partido Socialista.
Alguns dos deputados do PS são Presidentes de Junta e, como tal, têm a total solidariedade do PS na decisão do seu voto, foi essa a opinião aprovada por unanimidade no órgão coletivo responsável pela orientação política autárquica.
O Partido Socialista está preocupado com o futuro e o que nos move são as pessoas, a sociedade figueirense. O Orçamento do Partido Socialista seria um Orçamento com objetivos claros de desenvolvimento do concelho e privilegiando as políticas de apoio às populações e em particular às mais desfavorecidas.
O Partido Socialista está unido nos desafios eleitorais do próximo ano e irá apresentar um projeto alternativo que melhore as condições de vida dos Munícipes e claramente Moderno, Progressista e Inclusivo.»
sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Assembleia Municipal da Figueira da Foz reúne esta tarde, pelas 15H00
O PS/Figueira, aquela "esquerda" equívoca, que por falta de visão se deixou enredar na "estratégia do beco", tem hoje um teste difícil.
quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
Alexandre Manuel Vahía de Castro O'Neill de Bulhões
De O'Neill, nascido a 19 de Dezembro de 1924.
A história da moralVocê tem-me cavalgado
seu safado!
Você tem-me cavalgado,
mas nem por isso me pôs
a pensar como você.
Que uma coisa pensa o cavalo;
outra quem está a montá-lo.
Alexandre O'Neill, De Ombro na Ombreira, 1969
Primeira página do L' Humanité
Ex-marido de Gisèle Pelicot condenado a 20 anos de prisão no processo de violação colectiva em França. Gisèle Pelicot afirmou que “nunca se arrependeu” de ter aberto o processo ao público e que estava agora a pensar nas “vítimas não reconhecidas, cujas histórias permanecem muitas vezes na sombra”.
O PS/Figueira, aquela "esquerda" equívoca, que por falta de visão se deixou enredar na "estratégia do beco"
O PS Figueira, por culpa própria, colocou-se num "beco".
Não teve visão estratégica. Não conseguiu antecipar cenários. E do lado dos mentores dessa estratégia, até ao momento, nem um pingo de auto-crítica.
Mas, dentro do PS/Figueira, há quem não se cale perante aquela "esquerda" equívoca.
Por exemplo, Carlos Beja e Miguel Pereira.
A estratégia do PS local, de dentro para fora, foi posta em causa. Veremos o que fazem amanhã os membros do Partido Socialista, que têm a maioria, no decorrer da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, no momento da votação do Orçamento para 2025.
Subscrever:
Mensagens (Atom)