sábado, 5 de outubro de 2024

Obrigado Diário as Beiras

Em 5 de Janeiro de 1954, em casa (então da minha avó Rosa Maia, sita na Avenida 12 Julho, nº. 103, na Gala), nasceu um rechonchudo e anafado menino, a quem foi dado o nome de António José de Jesus Agostinho.
Essa casa dos meus afectos e recordações, depois foi dos meus Pais. Continua propriedade da famíla: neste momento é minha e das minhas duas irmãs: a Gina e a Estrela.
O rosto já conhecem. Se querem conhecer a consciência identitária do menino que viveu na década de 60 do século passado, no tempo em que o protagonista desta história viveu ainda alguma da meninice, juventude e adolêscencia, têm de ler O DIA DE TODOS OS SONHOS DO MUNDO, algo que nasceu da forma mais natural e casual que se possa imaginar: numa conversa a propósito do 25 de Abril entre a minha pessoa e a anterior Directora da Cultura na Figueira, a Doutora Margarida Perrolas.
Totalmente desfasado do tempo actual, composto de ambição e ganância, é no velho homem do mar, que essa criança, hoje com 70 anos, sabe e sente que tem as suas raízes. Foi dele que herdou o sistema nervoso equilibrado que possui e lhe permite ver tudo o que se passa em seu redor, com grande tranquilidade, alguma bonomia e enormíssima fleuma. 
A realidade, é a realidade: a forma como os outros olham para nós, é lá com eles.

Tragédias não são espetáculos virais

"O triplo homicídio ocorrido, esta quarta-feira, em Lisboa prova a cegueira dos algoritmos e não deixa dúvidas sobre a irresponsabilidade dos gigantes das redes sociais e a complacência dos poderes executivos.

Poucos momentos depois do ataque à queima-roupa que matou Carlos Pina, Bruno Neto e Fernanda Júlia, no Bairro do Vale, na Penha de França, já circulavam imagens do crime. Fotografias e vídeos das vítimas expostas sem qualquer pudor, um corpo a lutar pela vida ainda a mexer-se, pormenores da execução, áudios com sons de vingança e com teorias sem qualquer confirmação. À minha conta de WhatsApp chegaram três versões do caso num espaço de minutos.

A negligência das plataformas das redes sociais fica mais uma vez patente neste caso. É apenas mais um, antes do próximo. Governos e legisladores continuam sem qualquer intervenção séria que acabe com esta crueldade. Resta saber se têm interesse em fazê-lo. Não parece.

É dever de um qualquer Estado democrático, mas também das sociedades livres, combater esta violência digital. Caso contrário, continuaremos a conviver com uma falha coletiva, que inclui empresas privadas e organismos públicos.

Violar a dignidade e a privacidade das pessoas de forma tão brutal tornou-se banal. As redes sociais continuam a desumanizar vítimas e a transformar tragédias em espetáculos virais, face à ausência de uma regulamentação e fiscalização séria.

Todos já percebemos que os alegados sistemas de identificação de conteúdos impróprios, que os responsáveis das tecnológicas apregoam exaustivamente, não são suficientes nem eficazes.

O triplo homicídio em Lisboa não é apenas um crime. Demonstra o falhanço humano e tecnológico."

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

O Sonho de Abril do Pina foi uma Barbearia

 

Sobre três homicídios em Lisboa, ler este texto de António Brito Guterres.

Câmara da Figueira continua interessada em adquirir o património da antiga zona de exploração de cal no Cabo Mondego

«O executivo camarário da Figueira da Foz mantém o interesse em adquirir o património da antiga zona de exploração de cal no Cabo Mondego, afirmou o presidente da câmara, em declarações ao DIÁRIO ASBEIRAS. “A razão principal é esta: aquilo, hoje em dia, tem a jurisdição de entidades tão variadas, para além daquelas que sempre se deveriam manter. Por ser o sítio que é, era bom para o município que o Cabo Mondego ficasse, claramente, como propriedade municipal, no geral e com as limitações de uso que a lei estabelece”, sustentou Santana Lopes. No entanto, ressalvou que os proprietários ainda não concluíram o processo do registo de propriedade da totalidade da área situada junto ao mar. Por outro lado, frisou a falta de sintonia no PS, partido com maioria absoluta na Assembleia Municipal, sobre a aquisição do Cabo Mondego pelo município. Santana Lopes ressalvou que o município, caso avance para a compra do Cabo Mondego aos privados, não irá além dos 2,1 milhões de euros. “O preço está definido. Nós daí não sairemos”, garantiu. “[Vamos] esperar mais uns meses. Acho que é possível [o município comprar o Cabo Mondego]. Não há sítio mais bonito. Tem aquela ferida da exploração [de cal], e agora seria a tranquilidade e a reconciliação plena com o município”, acrescentou o presidente da Câmara da Figueira da Foz.
Indagado sobre o que tem em mente para o Cabo Mondego, Santana Lopes foi evasivo. “Vamos dando asas à imaginação. É evidente que vamos pensando, mas o Cabo Mondego dá para tanta coisa e, ao mesmo tempo, para tão pouca coisa, porque tem os limites que tem”, respondeu.

Presidente anuncia equipa de especialistas 

Entretanto, ontem, na reunião de câmara, Santana Lopes defendeu que o executivo camarário já esperou “tempo de mais [pelo resultado da] candidatura do Geoparque Atlântico, que tem o Cabo Mondego como âncora
Este projeto, a cargo da associação de desenvolvimento AD-ELO desde abril de 2021, envolve, também, territórios dos municípios de Montemor-o-Velho, Cantanhede, Mira, Penacova e Mealhada. “Estamos [quase] no final do mandato e continuamos à espera”, destacou Santana Lopes. 
Em declarações aos jornalistas, no final da reunião de câmara, Santana Lopes avançou que, perante o impasse, cuja responsabilidade também atribuiu a organismos do Estado, o Município da Figueira da Foz vai criar uma equipa de especialistas. O grupo de trabalho, acrescentou o autarca, tem como missão “a promoção que aquele sítio merece”. E incluiu na lista de sítios a promover a Murtinheira e a Serra da Boa Viagem, ambas na área do Cabo Mondego, que, com este, formam “um conjunto extraordinário”

Multiusos poderá vir para o sul

Mas para sul pode vir também mais um importante equipamento. Segundo a edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS, "Santana Lopes adiantou que o pavilhão multiusos poderá vir a ser construído naquela margem da cidade, por falta de terrenos municipais com dimensão necessária no lado norte. Santana Lopes (FAP), tendo sido abordado pela vereadora Diana Rodrigues (PS) sobre a localização do equipamento, revelou ainda que irá falar com a administração portuária acerca da possibilidade de esta ceder terrenos para a construção do pavilhão naquela zona da cidade. 
Assim sendo, frisou o autarca, a futura unidade de saúde de Tavarede poderá vir a ser construída junto ao parque de campismo municipal, já que este terreno não tem área sufi ciente para o pavilhão multiusos."

"Concerto de Abril" nos Carvalhais no domingo

No âmbito das comemorações do 50.º aniversário do 25 de Abril promovidas pela Assembleia Municipal da Figueira da Foz, com o apoio da Câmara Municipal, realiza-se domingo, dia 6 de outubro, o “Concerto de Abril”
O espetáculo tem lugar na sede da Sociedade Artística Musical Carvalhense, pelas 16H00, com a atuação da filarmónica da coletividade.

Aprovado em reunião de câmara o projecto de execução e abertura de um procedimento por concurso público para a empreitada de construção da nova unidade de saúde de São Pedro

Segundo a vereadora Olga Brás, a construção tem um custo estimado de cerca de 900 mil euros, também financiado pelo PRR, com um prazo de execução de 10 meses. O edifício vai substituir instalações antigas, já sem condições, e vai ter capacidade para ter dois médicos, dois enfermeiros e outras tantos secretários clínicos, além de um gabinete que pode ser utilizado para internato médico.

Via Campeão das Províncias

«A Câmara da Figueira da Foz aprovou os projectos de execução e lançamento de concursos na área da habitação no montante de 10,3 milhões de euros, que serão financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Com esta deliberação, aprovada por unanimidade, em sessão de Câmara, o Município tem em marcha um investimento global de 23,9 milhões de euros no sector da habitação, contando com as empreitadas em curso, as que foram esta quinta-feira aprovadas e a reabilitação de habitações sociais.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, salientou que, no total, vão ser disponibilizados 335 fogos, dos quais 162 novos, o que faz com que a Figueira da Foz “esteja nos lugares cimeiros a nível nacional em número de fogos que vão ser construídos para habitação a custos acessíveis”.

“Este número de fogos já traz uma situação mais confortável para o concelho, que tem tido uma procura cada vez maior”, salientou o autarca, depois de questionado se o número era suficiente para as necessidades actuais.

Santana Lopes frisou ainda que se a Figueira da Foz tiver oferta de habitação a custos acessíveis “é provável que mais pessoas queiram vir”.

Na reunião foi também aprovado o projecto de execução e abertura de um procedimento por concurso público para a empreitada de construção da nova unidade de saúde de São Pedro, na margem sul do concelho.

Segundo a vereadora Olga Brás, a construção tem um custo estimado de cerca de 900 mil euros, também financiado pelo PRR, com um prazo de execução de 10 meses.

O edifício vai substituir instalações antigas, já sem condições, e vai ter capacidade para ter dois médicos, dois enfermeiros e outras tantos secretários clínicos, além de um gabinete que pode ser utilizado para internato médico.

No início da sessão de Câmara, o presidente Santana Lopes criticou o impasse na execução do projecto Geoparque do Atlântico, no Cabo Mondego, cujo memorando de entendimento para a sua construção foi assinado em Abril de 2021.

Na altura, numa cerimónia presidida pela então ministra da Coesão Territorial Ana Abrunhosa, a AD ELO – Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego e os Municípios de Cantanhede, Figueira da Foz, Mealhada, Mira, Montemor-o-Velho e Penacova, acordaram entre si o interesse na constituição do Geoparque do Atlântico, que seria implementado por aquela associação.

“Nem o Estado central nem a AD ELO avançam e, portanto, vamos criar uma equipa de especialistas na matéria, nomeadamente na promoção turística para fazer a promoção que aquele sítio merece, juntamente com a Murtinheira e a Serra da Boa Viagem, que é um conjunto com um valor extraordinário”, anunciou o autarca.

Salientando que o projecto “não anda nem desanda”, o presidente da Câmara da Figueira da Foz lembrou que já passaram três anos desde que teve a primeira reunião com os promotores do Geoparque. “Tive a primeira reunião no início do mandato e não podemos deixar aquele sítio como se nada fosse”, sublinhou Santana Lopes.»

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Obrigado Olímpio Fernandes

A vida resume-se nisto: e
xistem imensas razões para nos sentirmos bem connosco próprios.
A primeira - para mim a mais importante - é de carácter absolutamente emocional - se quiserem, também afectivo.
Esta mensagem do meu velho barbeiro (foram dezenas de anos) - sobre a minha publicação - logo a mim que não suporto lamechices - tocou-me fundo, pois sei que foi uma manifestação pura e genuína.

"O DIA DE TODOS OS SONHOS DO MUNDO.
O grito intemporal do menino que não se esqueceu de onde veio, escrevendo agora sobre as suas gentes na Cova Gala, o que foi a miséria, a humilhação social numa comunidade de pescadores do mar e do rio mondego, António Agostinho, não escreveu uma obra literária, pois não, mas deixou-nos uma mensagem e uma vincada lição como devemos viver o que nos é dado viver, mas sempre no dia de todos os sonhos, perceber e sentir os outros iguais e na mesma, caminhada tão dolorosa como foi a vida das suas gentes nos anos 60, do século passado. Fui a correr ao Museu Municipal, na Figueira da Foz. Por pouco, face ao interesse público, perdia esta mensagem, denunciando a injustiça social, também politica de ontem e com os abutres do costume no presente."

É de Homem: "António Jesus retracta-se em relação aos beneficiários do RSI"

Foto Jota Alves. DB
«O presidente da mesa da Assembleia de Freguesia de Maiorca (AFM) e coordenador local do PS, António Jesus, afirmou, numa sessão extraordinária daquele órgão autárquico dedicada à construção de habitação com rendas acessíveis na Casa da Praça, destinadas à classe média, que não quer em Maiorca pessoas do Rendimento Social de Inserção (RSI).

No final daquela sessão, realizada em setembro, António Jesus, defendeu: “Queremos cá boas pessoas, não queremos que pessoas que tenham o Rendimento Social de Inserção (RSI) venham para cá viver”.

Entretanto, indagado pelo DIÁRIO AS BEIRAS se mantinha as afirmações, António Jesus retractou-se. “Provavelmente, não era isso que pretendia dizer. Não foi com a intenção de ofender as pessoas que têm esses apoios sociais”, afirmou.»

Uma festa de outono do PS/Figueira

Numa nota enviada ao Diário as Beiras, a Concelhia da Figueira da Foz PS informa que realizou a sua habitual Festa de Outono. Segundo os organizadores, juntou “cerca de duas centenas de militantes e simpatizantes” e a “a iniciativa contou com a presença de várias figuras de destaque do PS”.
“Foi sublinhado o trabalho que a Concelhia do PS tem vindo a desenvolver, assim como a preparação para as próximas eleições autárquicas. Raquel Ferreira destacou que a grande prioridade deste mandato será a reconquista da Câmara Municipal da Figueira da Foz”, frisa também a nota.
Quando se realizou, onde se realizou e quem foram as figuras de destaque do PS que estiveram presentes, fica tudo por saber.
Para não pensarem que estou a exagerar, fica uma imagem da festa de outono imprecisa, vaga e indeterminada realizada pelo PS/FIGUEIRA, publicada na edição de hoje do Diário as Beiras.

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Para - e pela - memória futura

𝐎 𝐃𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐓𝐨𝐝𝐨𝐬 𝐝𝐨𝐬 𝐒𝐨𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐝𝐨 𝐌𝐮𝐧𝐝𝐨 
𝗨𝗺 𝗽𝗲𝗾𝘂𝗲𝗻𝗼 𝗹𝗶𝘃𝗿𝗼 𝗰𝗼𝗺 𝘀𝗼𝗻𝗵𝗼𝘀 𝗲𝗻𝗼𝗿𝗺𝗲𝘀, 𝗮̀ 𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗮 𝗱𝗲 𝘀𝗲𝗿 𝗹𝗶𝗱𝗼 

Encontra-se já à venda, na Biblioteca e Museu Municipais, a mais recente edição municipal. 
“O Dia de Todos os Sonhos do Mundo”, da autoria do blogger e ex-jornalista António Agostinho, é uma reflexão sobre a Revolução dos Cravos, a partir da experiência de vida do Autor, antes e depois de 1974, e insere-se nas comemorações dos 50 anos daquele “dia inicial inteiro e limpo”. 

"Em 2024, 50 anos depois de Abril, a criança protagonista desta história, agora com 70 anos, quer acreditar que não é o 25 de Abril que está em causa. A seu ver, o que está em causa é o retrocesso de quase todos os valores de Abril. Em nome de um economicismo balofo que despreza as pessoas, estão a descaracterizar tudo o que de positivo, a nível social e laboral, foi conquistado nos anos que se seguiram ao 25 de Abril de 1974. Assiste-se ao esvaziamento de conquistas fundamentais da revolução, como o SNS e o direito à educação e à habitação."

Nota de rodapé.
As comemorações dos 50 anos do 25 de Abril atingiram uma amplitude, tiveram uma participação e revestiram-se de um alto significado que se impõe sublinhar. Refiro-me ao conjunto das comemorações já concretizadas – e muitas mais há em curso. 
Quer a nível nacional, quer a nível local – estas, menos visíveis nos media, foram (são) imensas por todo o país, em particular por iniciativa das autarquias.
Como é o caso da Figueira da Foz, que tem um programa que se vai estender durante um ano.

Para todos, e cada um de nós, as memórias são diferentes.
Cada um de nós tem muitas memórias. 
Todas essas memória constituem a história e reforçam as raízes de um País, de uma Cidade e de uma Aldeia.
Um País, uma Cidade e uma Aldeia, tem também muitas memórias.
Cada um de nós, tem muitas memórias.
A partir de hoje com a divulgação pública desta  pequena publicação, muitas das minhas memórias ficam diluídas na memória colectiva de quem a ler.
Há memórias individuais, que ao tornarem-se memórias colectivas podem contribuir para partilharmos com alguns experiências que nos ajudam a perceber de onde viemos e que somos.

Assembleia Municipal de 27 de Setembro de 2024 ... (continuação)

 Via Diário as Beiras

... eleições antecipadas

Carmo Afonso

Orquestrae

 Via Diário as Beiras

Algo mais forte que "um pintelho de uma mulher"...

Quando era jovem, tive um amigo, com a idade que eu tenho agora, que me dizia: "tem mais força um pintelho de uma mulher que o cabo da amarra de um navio".
Infelizmente, o meu velho amigo não viveu o tempo suficiente, para perceber que no País de Abril estava para vir algo mais forte e poderoso ainda que "um pintelho de uma mulher".

"O IMI das barragens caiu às mãos da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) após reuniões desta entidade com a EDP em 2016 e 2017, de acordo com informação avançada esta segunda-feira pelo jornal “Público”.

Estes encontros contaram com a presença de Helena Borges, diretora-geral da AT, e de outros dirigentes do fisco. Estes protagonistas reuniram duas vezes com representantes da EDP em 2016 e 2017 e o tema em agenda era precisamente a tributação das barragens em sede de IMI.

Conta o diário que logo após estes encontros, a Autoridade Tributária e Aduaneira acabou por reverter a diretiva de que a elétrica, assim como outras concessionárias, teriam que liquidar este imposto patrimonial.

Recorde-se que, tal como o JE noticiou em primeira mão na 24 de maio passado, o MP está a investigar o papel do fisco na não cobrança de IMI nas barragens vendidas pela EDP. Inquérito surge na sequência de uma queixa-crime do Município de Miranda do Douro contra o Estado. Na mira do DCIAP está a atuação da AT e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no processo de avaliação das barragens do rio Douro vendidas pela EDP à Movhera, para efeitos da cobrança do IMI."

A involução do poder local

Daqui a um ano (...e um ano passsa tão rapidamente...) já saberemos quem será o presidente de câmara da Figueira para os quatros anos a seguir a setembro de 2025.
No país em que já acreditei piamente,  o poder local era a  grande conquista da democracia. Depois, com o passar dos anos, fui verificando que os eleitores escolhiam mal os seus autarcas. 

Fátima Felgueiras. Imagem daqui
Tivemos grandes vedetas autárquicas como, por exemplo, Fátima Felgueiras, Avelino Ferreira Torres, Valentim Loureiro e tantos outros. 
E ainda temos o Isaltino de Morais.

À medida que o idealismo ia ficando pelo caminho, dei conta  de várias poucas pouca-vergonhas pré-eleitorais: passeios oferecidos aos velhotes, toneladas de pólvora queimadas em festas populares abrilhantadas por musica pimba e grandes festarolas oferecidos pelos candidatos. 
Muitas das nossas autarquias são verdadeiras escolas de manipulação eleitoral, recorrendo a métodos e truques próprios de uma qualquer ditadura rasca.

Há pouco tempo assistimos à discussão dos pacotes fiscais a vigorar na Figueira em 2025. Independentemente do presidente de câmara ser Santana Lopes ou outro qualquer, a meu ver, é urgente uma mudança profunda do modelo de financiamento das autarquias, limitando o despesismo e condicionando os investimentos em função das prioridades nacionais, regionais e locais. 
Todos nos lembramos na gestão socialista de João Ataíde e Carlos Monteiro das atrocidades urbanísticas cometidas no Cabebedelo e em Buarcos, só porque havia milhões da europa para gastar.

Isto anda tudo ligado. Muitos dos nossos políticos subiram nos seus partidos graças aos apoios locais e regionais.
Portanto, ficaram reféns e credores dos esquemas alimentados pelo poder autárquico.

Bomba-relógio

"A aliança entre EUA e UE é uma verdadeira bomba-relógio e no longo prazo levará a Europa à fome. Já em processo de desindustrialização, crise energética e destruindo toda a sua arquitetura de segurança alimentar, a Europa espera um dos futuros mais sombrios da história humana. E todos os decisores europeus parecem felizes com este cenário."

Fonte aqui.

terça-feira, 1 de outubro de 2024

"O crime impune passeou por Lisboa no dia 29 de setembro"

Por João Costa, ex-ministro da Educação e militante do PS.
«O Código Penal é claro. Participar em organizações ou atos que promovam a segregação ou atos de violência contra indivíduos ou grupos em função da sua origem étnico-racial, origem nacional ou religiosa, cor, nacionalidade, ascendência, território de origem ou religião é punível com pena de prisão de um a oito anos. A difamação e injúria de pessoas ou grupos em função das mesmas condições é punido com pena de prisão de 6 meses a 5 anos. A manifestação promovida pelo Chega no dia 29 de setembro é, pois, um caso, a meu ver inequívoco, de instanciação destes crimes. A atividade intensa de alguns deputados do Chega nas redes sociais, com principal destaque para Pedro Frazão e Rita Matias, tem todas as características que cabem, salvo melhor opinião, na definição destes crimes. Não estamos no domínio da simples opinião ou da liberdade de expressão. Estamos no enquadramento cristalino da definição destes crimes inscrita no Código Penal.»