quarta-feira, 2 de outubro de 2024

A involução do poder local

Daqui a um ano (...e um ano passsa tão rapidamente...) já saberemos quem será o presidente de câmara da Figueira para os quatros anos a seguir a setembro de 2025.
No país em que já acreditei piamente,  o poder local era a  grande conquista da democracia. Depois, com o passar dos anos, fui verificando que os eleitores escolhiam mal os seus autarcas. 

Fátima Felgueiras. Imagem daqui
Tivemos grandes vedetas autárquicas como, por exemplo, Fátima Felgueiras, Avelino Ferreira Torres, Valentim Loureiro e tantos outros. 
E ainda temos o Isaltino de Morais.

À medida que o idealismo ia ficando pelo caminho, dei conta  de várias poucas pouca-vergonhas pré-eleitorais: passeios oferecidos aos velhotes, toneladas de pólvora queimadas em festas populares abrilhantadas por musica pimba e grandes festarolas oferecidos pelos candidatos. 
Muitas das nossas autarquias são verdadeiras escolas de manipulação eleitoral, recorrendo a métodos e truques próprios de uma qualquer ditadura rasca.

Há pouco tempo assistimos à discussão dos pacotes fiscais a vigorar na Figueira em 2025. Independentemente do presidente de câmara ser Santana Lopes ou outro qualquer, a meu ver, é urgente uma mudança profunda do modelo de financiamento das autarquias, limitando o despesismo e condicionando os investimentos em função das prioridades nacionais, regionais e locais. 
Todos nos lembramos na gestão socialista de João Ataíde e Carlos Monteiro das atrocidades urbanísticas cometidas no Cabebedelo e em Buarcos, só porque havia milhões da europa para gastar.

Isto anda tudo ligado. Muitos dos nossos políticos subiram nos seus partidos graças aos apoios locais e regionais.
Portanto, ficaram reféns e credores dos esquemas alimentados pelo poder autárquico.

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