domingo, 13 de agosto de 2023

"... os filhos de ninguém"...

Citando Galeano: 

"... a televisão mostra o que ela quer que aconteça; e nada acontece se a televisão não mostrar.

A televisão, essa última luz que te salva da solidão e da noite, é a realidade. Porque a vida é um espetáculo: para os que se comportam bem, o sistema promete uma boa poltrona."

sábado, 12 de agosto de 2023

A formação dos nadadores-salvadores em Portugal é quase uma brincadeira

 Não há heróis do mar

"Não há nadadores-salvadores suficientes. A frase é antiga e repete-se todos os verões. Este ano, a solução foi recrutar profissionais do Brasil.

Os anos passam e o país quase se habitua às notícias de mortes em meio aquático - só no ano passado foram 88. Ouvimos lamentos, promessas, propostas, mas, na verdade, governantes e partidos políticos nunca encararam a segurança balnear como uma prioridade.

Não é preciso ser um especialista na matéria. A formação dos nadadores-salvadores em Portugal é quase uma brincadeira, a atividade é pouco mais de que uma forma dos mais novos ganharem algum dinheiro extra, alguns materiais são obsoletos, outros comprados pelos próprios.

O país tem mais turistas, tem mais praias, tem mais tecnologia, tem, fruto das alterações climáticas, uma época balnear mais longa do que o que foi estipulado no papel. Mas não tem menos mortes."

Complexo Piscina Mar: "antes da alienação, a autarquia reabilitará a estalagem, onde construirá mais um piso. A piscina será explorada pela câmara"

Originalmente denominada de Piscina-Praia, esta emblemática edificação, foi inaugurada a 05 de agosto de 1953.
Foi uma das marcas do desenvolvimento turístico figueirense da década de 50, do século passado. Ainda hoje é um dos ex-libris da cidade.
Durante os chamados anos “dourados”, muitos foram os acontecimentos sociais e manifestações desportivas de relevo que tiveram lugar na Piscina-Praia.
Ali se disputaram, durante vários anos, os campeonatos de Portugal de natação. Também ali decorreu um acontecimento de nível internacional: duas jornadas dos Jogos Luso-Brasileiros, incluindo competições de pólo aquático.
O edifício foi considerado, em 2002, pelo seu interesse arquitectónico, património de interesse público.
Desde que o equipamento passou da Sociedade Figueira Praia para o Município da Figueira da Foz, cumpria Santana Lopes o primeiro mandato na presidência da câmara (1997 - 2001), o complexo turístico foi concessionado em duas ocasiões. No entanto, os projetos de reabilitação não foram concretizados.
Na primeira vez que o complexo foi concessionado, presidia à autarquia Duarte Silva (2001- 2009). 
Foram realizadas obras, incluindo o início de um centro de talassoterapia, mas o contrato acabaria por ser rescindido pelo município. 
A segunda vez atravessou os mandatos de João Ataíde (2009 - 2019) e Carlos Monteiro (2019 - 2021).
Na sessão da Assembleia Municipal realizada em Fevereiro de 2017, foi discutida e votada a concessão do concurso público para a reconversão e exploração da piscina-mar.
A proposta passou, com os votos contra da deputada municipal, PSD Ana Oliveira e da CDU. Absteve-se a maioria da bancada Somos Figueira. Votaram a favor a bancada do PS, e duas deputadas Somos Figueira Vânia Baptista e Carla Eduarda.
A deputada municipal Ana Oliveira fez uma declaração de voto que, na altura, "mexeu" com o presidente Ataíde.
"O meu voto é contra, pois todos os que estamos a votar aqui hoje, teremos que esperar 50 anos para verificarmos se a proposta hoje apresentada da exploração da piscina-mar é válida ou não. Tenho muitas dúvidas dos critérios seguidos desde a última concessão , desta nova concessão - precisamos de esclarecimentos, precisamos de transparência neste processo".
Em Janeiro de 2017João Ataíde, presidente da câmara, e a “sua” vereadora Ana Carvalho afiançavam que não faltavam investidores interessados...

Entretanto, Santana Lopes denunciou o contrato de concessão, por não concordar com o projeto do privado, que havia sido aprovado pelo executivo camarário anterior. Previa a requalificação, um hotel de 49 quartos e um novo edifício.
E, assim, de episódio em episódio (há muitos mais), chegámos ao episódio de hoje publicado pelo Diário as Beiras.

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Já se pode tomar banho na segunda piscina aquecida da praia da Figueira da Foz

A segunda piscina de praia com água salgada aquecida já abriu ao público, esta manhã.
A estrutura foi instalada junto ao Grande Hotel da Figueira. 
Tal como acontece com a outra praia situada em Buarcos, que foi inaugurada a 3 de agosto, tem capacidade para 70 pessoas em simultâneo.

Via Notícias de Coimbra

A extensão da Praia do Relógio: "houve pessoas que deixaram de frequentá-la, pela lonjura"...

Via Diário as Beiras

"A extensão do areal urbano estava a afastar pessoas da Praia do Relógio, sobretudo com mobilidade condicionada e famílias com crianças. 
No ano passado, o executivo camarário da Figueira da Foz adquiriu um carrinho elétrico para transportar banhistas. Devido à elevada procura, este ano, comprou mais dois. Entretanto, também acrescentou novas atrações ao parque de diversões aquático insuflável que estreou no verão de 2022. Por outro lado, este ano, foi instalada uma piscina de água salgada aquecida (igual à da Praia de Buarcos), que abre hoje. Estes equipamentos fizeram aumentar o número de banhistas na praia urbana. 
O presidente da câmara, Santana Lopes, quer dinamizar ainda mais o areal urbano e levar mais gente à praia. “Temos de trabalhar pelo menos [a antepraia]. Posso garantir que, no próximo ano, será diferente. Já estamos a trabalhar nisso. Terá de ser tudo mais articulado, mais ordenado”, afiançou, ontem, à reportagem do DIÁRIO AS BEIRAS “Praias ao Centro”. Nomeadamente, indicou o autarca, serão melhorados “os serviços prestados às pessoas que frequentam a praia, porque houve pessoas que deixaram [de frequentá-la], pela lonjura”. E garantiu: “Vamos fazer um reordenamento e uma requalificação do que aqui existe. No próximo ano, já acontecerá. E temos verbas da zona de jogo [casino] para o fazer”. “Temos de olhar para outras zonas da praia. O campo de futbeachgolf [instalado no anterior mandato] não teve um único utilizador. Temos de ver o que fazemos ali, para aproveitar o areal e as pessoas poderem usufruir mais deste espaço”, adiantou. Santana Lopes advogou, contudo, que “é preferível” aproximar o mar da cidade. “Se a Agência Portuguesa do Ambiente conseguir antecipar aquilo que está previsto para 2029 ou 2030, esperemos que o areal volte a encurtar e o mar volte a aproximar-se da cidade. Sou muito cético nessa matéria”, ressalvou.

Poluição e ausência de escrutínio

O Lexionário é um dicionário de conceitos jurídicos especialmente dirigido a não-juristas.
A maioria dos actos legislativos que é publicada em Diário da República, contém expressões e conceitos jurídicos que, sendo importantes para se perceber o significado e o contexto do próprio diploma, não são percetíveis pela maioria da população, que não tem conhecimentos jurídicos.
O Lexionário procura dar uma explicação clara e sucinta dos conceitos jurídicos mais recorrentes e importantes, facilitando-se a compreensão dos actos legislativos pelos cidadãos.
Consultado o Lexionário, fiquei a saber que o crime de poluição está previsto na Lei.
"Tendo por objeto de protecção o bem jurídico ambiente, tutelado nos termos do artigo 66.º da Constituição, o crime de poluição encontra-se previsto no artigo 279.º do Código Penal.
O tipo criminal em questão envolve, entre outras, as condutas de provocar poluição sonora ou poluir o ar, a água, o solo, ou por qualquer forma degradar as qualidades destes componentes ambientais, causando danos substanciais. Neste caso, é punido com pena de prisão até 5 anos. 
Trata-se de um crime público, ou seja, o respetivo procedimento criminal não depende nem da apresentação de queixa nem da dedução de acusação particular."
Entre 4 e 9 de Agosto de 2023, a Praia do Cabedelinho esteve interdita devido a uma "contaminação microbiológica".
A fonte citada pela  agência Lusa, foi a Polícia Marítima.
E foi tudo a que tivemos direito a saber sobre a poluição que interditou a banhos uma das mais concorridas praias do nosso concelho, durante 5 dias.
Quando numa sociedade não existe o necessário escrutínio, todos ficamos mais pobres. A falta de escrutínio, é um dos maiores cancros, não só da sociedade figueirense, mas também da democracia portuguesa.

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

E o novo patriarca de Lisboa é o...

Claridade - Uma Viagem nas Origens

"Será que a Figueira da Foz é mesmo especial? Ou somos nós, os figueirenses, que a sentimos assim? O viajante-escritor figueirense Gonçalo Cadilhe propõe um olhar sobre a cidade de todos os seus regressos a partir de uma perspetiva moldada por décadas de viagens em tantas outras cidades do mundo. Passando pela história e geografia e detendo-se também na paisagem e nas características inatas dos seus conterrâneos, Gonçalo Cadilhe convida-nos a refletir sobre o privilégio de habitar na Figueira da Foz."

Para ver Claridade - Uma Viagem nas Origens, clicar aqui.

A luta dos Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz convém a alguém?..

Lei n.º 65/77, de 26 de Agosto: Direito à greve.
ARTIGO 1.º
(Direito à greve)
1. A greve constitui, nos termos da Constituição, um direito dos trabalhadores.
2. Compete aos trabalhadores definir o âmbito de interesses a defender através da greve.
3. O direito à greve é irrenunciável.


Posto isto, convém que os grevistas percebam que a greve é contra quem lhes não paga o que acham que têm direito. Mal estaríamos se quem está em greve não soubesse os direitos e os deveres que tem por esse facto e contra quem é a luta.
Portanto, os Sapadores da Figueira da Foz ao encetarem uma luta pelos seus direitos têm que perceber que isso pode ter custos pessoais e profissionais: esta greve, como todas as greves é "política".
Imagem via Diário as Beiras.
Edição de 9 de Agosto de 2023
A GREVE É UM ACTO DE LIBERDADE.
Mas tem de ser uma luta travada no quadro da legalidade entre instituições democráticas: os patrões e os trabalhadores.

Sempre existiram dificuldades para os trabalhadores na luta pelos seus direitos. 
Fazer greve, mesmo no pós 25 de Abril, para quem sempre trabalhou na iniciativa privada, nunca foi fácil. Porém, o século XXI está a revelar-se particularmente crítico para o movimento sindical. 
A conjugação das mudanças assinaladas no processo de produção, designadamente o aumento da precariedade laboral, colocou inúmeros obstáculos à acção sindical. 
Neste contexto de crise, foi possível identificar alguns tipos de respostas dos sindicatos em termos globais: radical ou conflitual, centradas no reforço da cooperação (construção de alianças) e uma combinação de ambas.

Como seria de esperar, a resposta mais visível, também mais mediática, foi a greve. Sendo a resposta tradicional do movimento sindical, foi, neste contexto, uma demonstração de força.
Ao mesmo tempo, como vimos no caso das greves dos professores, procurava também  a construção de alianças e apoios junto de outros sectores da sociedade - pessoal não docente e associações de pais.
Os sindicalistas do século XXI estã a perceber que a construção de alianças não se refere apenas à necessidade de adaptação dos sindicatos às novas realidades do mundo do trabalho através, por exemplo, da inclusão dos trabalhadores precários e incorporação de novas questões nos cadernos reivindicativos.
Por outro lado, a actualização das estratégias e métodos  de acção na luta, reavaliação de posturas “isolacionistas” voltadas para a busca de protagonismo e a uma maior aposta nas novas tecnologias de informação, também têm de estar presentes. 

Nesta luta dos Sapadores da Figueira da Foz, a tensão  existe e ficou particularmente visível na parte do comunicado que a notícia publicada no Diário as Beiras de 9 do corrente destaca.
A luta dos Bombeiros da Figueira da Foz não pode depender de conjunturas ou de episódios ou acontecimentos específicos ou conjunturais.
Neste momento, em que a luta se agudizou ao nível da esfera laboral, terá de haver "engenho e arte" para aprofundar o diálogo construtivo, o que requer disponibilidade de ambas as partes para futuras aproximações.
Tanto para a Câmara Municipal, como para os Sapadores da Figueira da Foz, nada é tão importante como a contrução e a manutenção do diálogo. 
Se isso não acontecer, não vai ser fácil sair do actual impasse.
Será que o actual impasse convém a alguém?

Do PS esperava-se mais: que fosse oposição com propostas credíveis e soluções alternativas...

 Via Diário de Coimbra | 08.08.2023

Praia do Cabedelinho deixou de estar interdita a banhos

«A interdição a banhos na Praia do Cabedelinho, na Figueira da Foz, foi levantada ontem, depois de ter sido decretada na sexta-feira, devido a uma contaminação microbiológica, disse à agência Lusa fonte da Polícia Marítima. 
De acordo com a mesma fonte, a interdição foi levantada no final da manhã de ontem, após a análise à água realizada na terça-feira pelas entidades competentes. 
A praia do Cabedelinho situa-se na margem sul da foz do rio Mondego, na Figueira da Foz.»

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Bombeiros acusam vice-presidente da Câmara de prestar declarações "lamentáveis"

Via Jornal de Notícias
Na imagem a notícia publicada pelo Díário as Beiras
"O Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) alega, em comunicado, que a vice-presidente da Câmara Municipal (CM) da Figueira da Foz, Anabela Tabaçó, prestou declarações "lamentáveis" sobre a greve dos Bombeiros Sapadores. 
Em causa está a seguinte citação: "Não estão a fazer trabalho suplementar porque estão a exercer o direito à greve. Continuamos à espera que o Governo clarifique a lei para podermos retomar o pagamento"
As declarações foram publicadas na edição de 7 de agosto do jornal "Diário As Beiras"
O SNBP reprova as palavras "totalmente falsas" da vice-presidente, explicando que o horário estabelecido pela autarquia é superior às 35 horas semanais, previstas na lei, e em muitos casos, é de 42 ou 60 horas semanais. No entanto, os Bombeiros não são remunerados pelo excesso de horas. 
Por esse motivo, os Bombeiros da Figueira da Foz iniciaram, a 4 de junho, uma greve para reivindicar direitos laborais, nomeadamente "a reposição do pagamento do trabalho extraordinário, com efeitos retroativos, o pagamento dos dias feriados e o pagamento do subsídio de turno a 25%"
A paralisação estava prevista terminar a 6 de agosto, mas foi prolongada por tempo indeterminado, dado que "ainda não foram atendidas as pretensões dos Bombeiros", lê-se ainda no comunicado.

Maiorca terra abençoada, onde acontecem "milagres"

Este ano, tem sido um sufoco arranjar nadadores-salvadores para as quatro praias e duas piscinas do nosso concelho, que continuam sem conseguir profissionais para poderem estar abertas ao público com todos os requisitos expressos e exigidos pela legislação em vigor.
Na última reunião de câmara, em resposta a um pedido de esclarecimento da oposição, o presidente Pedro Santana Lopes esclareceu: "mais uns dias e vamos ter todo o lado coberto".
Na oportunidade, o autarca sublinhou que o problema da falta de nadadores-salvadores, "transversal a todo o país", tem provocado "um sobressalto permanente" no executivo, apesar de o concurso ter sido lançado mais cedo do que em outros anos.
Segundo o presidente da Câmara da Figueira da Foz, encontrar nadadores-salvadores tem sido uma verdadeira "caça ao homem ou à mulher".
"Quando sabemos de alguém desta área vamos logo lá. Tem sido caso a caso e nem imaginam o que fazemos todos os dias para encontrar nadadores-salvadores", referiu Santana Lopes.
No passado domingo,  a Piscina de Maiorca reabriu, após obras de requalificação.
Como é óbvio, tal só foi possível, porque aconteceu um milagre: conforme foto sacada daqui, "apareceu" um nadador-salvador disponível.
Ainda bem que não andamos todos perdidos. No nosso concelho, pelo menos em Maiorca, continuam a acontecer "milagres"...
Menos sorte teve o Cabedelinho: além de não ter tido nadador-salvador, ainda foi brindado no primeiro fim-de-semana de Agosto, com o acesso interdito depois de análises terem revelado contaminação microbiológica

O descontentamento existe há muitos anos....

Blinken, o neo-con


"Em entrevista ao canal "Dialogue Works", do YouTube, o ex-agente de contraterrorismo da CIA Larry Johnson afirmou que os Estados Unidos pretendem assassinar o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e culpar a Rússia por sua morte. "De uma forma ou de outra, o Ocidente quer eliminar Zelensky e depois culpar a Rússia para não assumir a responsabilidade por seu assassinato", apontou Johnson. A Rússia está em guerra com a Ucrânia, que é apoiada pela NATO, há 528 dias. A entrevista do ex-analista da CIA foi publicada na manhã do sábado passado com o título "Os dias de Zelensky estão contados". Pode conferir na íntegra no vídeo abaixo." 

Tributar os ricos para salvar o planeta

Owen Gaffney, líder de projeto da Earth4All.
Para ler o texto na íntegra, clicar aqui.

"A desigualdade disparou nos últimos anos. Durante a pandemia, enquanto mais de 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza, as dez pessoas mais ricas do mundo duplicaram as suas fortunas. Atualmente, os 10% mais ricos da população mundial acumulam 52% do rendimento global e detêm 77% da riqueza global, enquanto os 50% mais pobres reivindicam apenas 8% e 2%, respetivamente. 

O fosso continua a aumentar. Milhares de milhões de pessoas estão a sofrer com o aumento do custo de vida e salários estagnados e, com a recessão que paira no ar, as perspetivas de se alcançar uma maior prosperidade parecem desoladoras. O mundo nunca foi tão rico, mas a maioria das pessoas sofre de insegurança económica crónica. Esta é uma receita para criar sociedades profundamente polarizadas e disfuncionais, decadência democrática e um mundo perigosamente instável. 
Crucialmente, quaisquer receitas adicionais geradas por riqueza progressiva e impostos sobre o rendimento têm de ser usadas para proteger os grupos mais vulneráveis, apoiar aqueles que são deslocados pela transformação verde, promover a igualdade de género e reformar os sistemas energéticos e alimentares. 

A concentração de riqueza leva à concentração de poder, com as pessoas mais ricas a desfrutarem de uma influência desproporcional nas eleições e políticas públicas. Isto prejudica a confiança na democracia, tornando mais difícil para os governos tomarem decisões a longo prazo que sirvam o bem comum. 

Os países mais igualitários tendem a ter níveis mais altos de confiança nos governos, além de melhores resultados em matéria de Educação, Saúde e longevidade, obesidade, mortalidade infantil, criminalidade e ambiente. 

Ao aliviar as tensões sociais e melhorar o bem-estar, o progresso na desigualdade tornaria as democracias mais estáveis e resilientes, permitindo-lhes responder a choques de forma mais eficaz e tomar decisões racionais a longo prazo para o bem comum, principalmente no que diz respeito às alterações climáticas. Mas, como o PIAC deixou claro, o tempo está a esgotar-se."