terça-feira, 6 de junho de 2023

"... paralisação vai prolongar-se por dois meses, até 6 de agosto"

 Via Diário as Beiras

Acordo de princípio foi fechado na tarde de ontem com o presidente do Automóvel Clube de Portugal. Falta a aprovação do Executivo municipal...

Imagem: CM Figueira da Foz
«Figueira da Foz “rouba” Rali a Coimbra e garante partida e super-especial em 2024».

Victor Baptista: “continuarei a lutar por eleições para todos os órgãos e, por isso mesmo, não me resigno perante a denegação de justiça”

 Via  Campeão das Províncias


A nova configuração do executivo camarário traz mais estabilidade governativa?

Via PS Secção da Figueira da Foz

"O Partido Socialista e de acordo com o mandato atribuído pelos Figueirenses tem sempre assegurado, com sentido de responsabilidade, a governabilidade do executivo.

É o Dr. Santana Lopes que nunca aceitou gerir em diálogo e conforme as condições do mandato que lhe atribuíram, criando consensos com as outras forças partidárias o principal foco de instabilidade no executivo. O PSD foi absorvido e a FAP simplesmente ignorada. Na ótica do Presidente da Câmara nada existe além da sua vontade.
Dizer que este "acordo" foi feito devido ao PS, é no mínimo inacreditável e pouco sério. Ele nada tem a ver com o Partido Socialista, mas sim, com as mudanças de lideranças no PSD, a nível nacional, e é público que já vem sendo "negociado" há largos meses. Sendo que, apesar deste "entendimento", continuamos a ter a maioria na Assembleia Municipal e a assumi-la com responsabilidade.
O problema é que, o Dr. Santana Lopes, não tem políticas para resolver os problemas estruturais a que urge dar resposta tais como as de âmbito demográfico, da saúde e educação, do saneamento, ou as de criação de uma rede de transportes funcional, atrativa, ecológica e que sirva às pessoas.
A instabilidade neste executivo, com pouco mais de ano e meio, é originada pelo Presidente da Câmara e a sua personalidade, e pelo Movimento que o tem sustentado (já com morte anunciada pelo recente "pacto") e não pelo Partido Socialista (que no essencial viabilizou as suas propostas).
Relembramos o abandono intempestivo das reuniões da Câmara pelo Sr. Presidente, das caricatas "descomposturas" aos vereadores com pelouros e da irritação assumida quando as suas propostas não são aprovadas.
Da prossecução de uma política do facto consumado (apresenta-se como já decidido algo que ainda não foi votado nem discutido em reunião de Câmara), a demissão e afastamento de Quadros de Chefia, a criação e/ou a extinção de Departamentos.
Anunciam-se hoje propósitos, muitos que não dependem da autarquia, que depois são ignorados ou dá-se o dito por não dito (dando a ideia de que afinal não há projetos nem se sabe o que se pretende), estacionamento subterrâneo, a Escola das Ciências do Mar, aumento do parque das Abadias, campo de golfe, um aeródromo. Não há desígnios para a Figueira da Foz, há sim um desígnio meramente pessoal, sem ligação ao concelho.
Vai haver mais estabilidade governativa? Não acreditamos, porque a fonte da instabilidade não está no número de vereadores, mas sim nas características pessoais e na instrumentalização da Figueira da Foz para outros fins, como tem declaradamente afirmado o Dr. Pedro Santana Lopes.
O Partido Socialista continuará a fazer uma oposição construtiva a este executivo, numa postura serena, de diálogo e escrutínio político e técnico, com responsabilidade, com rigor aos assuntos da Câmara Municipal e na gestão dos dinheiros públicos."
Figueira da Foz, 5 de junho de 2023
O Secretariado da Concelhia do Partido Socialista

segunda-feira, 5 de junho de 2023

O desafio do "maior jogador" político da Figueira nos últimos cerca de 20 anos começou hoje

Foto via Município da Figueira da Foz

Foto via Figueira na Hora
“A imaginação contribui para um conhecimento vital e inteiro da vida.” 
A propósito do momento político na Figueira, imaginemos que o PS/Figueira tinha alguém ao nível, nomeadamente, do gabarito político de Ricardo Silva (e tudo o que está acima dele...).
Já imaginaram a crispação que, neste momento, estaria a ser vivida no ambiente político figuerinhas, com a campanha de intoxicação e guerrilha política provocada, a partir de catatumbas nojentas e mal cheirosas, por esse tal imaginário Ricardo Silva do PS/Figueira?
Já imaginaram o esterco que "os cocós histéricos do BE local" já tinham espalhado pelo facebook? Já imaginaram os comunicados do BE e do PS que já tinham vindo a lume? 

Se quiserem imaginem, mas imaginem vocês que eu não estou para aí virado.
Eu estou noutra. Imagino outra coisa: um PS/Figueira, a quem Ricardo Silva (e tudo o que está acima dele...), comeu "as papas na cabeça" e geriu politicamente como quis no último ano e meio, sem "unhas" para aproveitar esta oportunidade para se começar a regenerar.
E isto é facílimo de explicar: "quem não tem unhas não toca guitarra".

Voltemos à realidade.
Tal como já fiz anteriormente e, ao contrário do que o Ricardo pensa, não estou a ser irónico: parabéns Ricardo. És o maior jogador político da Figueira (atenção, porém: não escrevi na Figueira). Ao trabalho Ricardo. És um Mestre.
Conseguir colocar ao teu serviço - e, por arrastamento, do PSD -  alguns comunistas figueirenses (nomeadamente, daqueles que gostam de fazer desenhos cá no sítio, amantes de festa e de sardinha - e por aí adiante...), bloquistas queques e bimbos, inúmeros socialistas (mesmo ao mais alto nível local...), parte do PSD/Figueira e alguns e algumas  figuras à paisana, inchadas e "ingénuas", jornalistas, etc. - merece uma vénia de reconhecimento, pois não é para qualquer um.
Foi obra.

A Figueira viveu sempre de aparências. Como tal, recompensa com mais assiduidade e facilidade as aparências do mérito do que o próprio mérito.
No fundo, como diz o "nosso" presidente, "é a vida".  
No caminho, aconteceram "coisas e mais coisas" que  soubeste ultrapassar. 
Não foi fácil o percurso percorrido. Porém, o pior (ou melhor) está para vir.
As coisas, a partir de hoje, mudaram: já não estás na sombra a manipular os títeres e a gozar na bancada o desenrolar do "jogo político" controlado por ti (...e, claro por tudo o que está acima de ti)
Agora, meu caro Ricardo, vai ser a doer: estás no "centro do olho do furacão".
Tal como já fiz anteriormente e não estou a ser irónico: parabéns.
E ao trabalho Ricardo. Ao trabalho.
E não te esqueças de continuar a treinar o teu excelente jogo de cintura.
Contudo, não te deslumbres. Este, vai ser o maior desafio político da tua vida.
E a vida, nem a política, vai acabar em 2026.

Já que pela imaginação não vamos lá, fiquemos com a realidade. 
E, na Figueira, a realidade em Junho de 2023, é que se não podemos considerar o que temos um regime de partido único, a verdade é que vivemos numa realidade sem alternativas.

O novo vereador da Obras Municipais, Ambiente e Espaços Verdes teve a primeira aparição pública esta manhã

Via Campeão das Províncias 

"No Dia Mundial do Ambiente a autarquia figueirense decidiu inaugurar, hoje de manhã, um Jardim Polinizador nas Abadias Norte, cerimónia que contou com várias dezenas de crianças da Creche e Jardim de Infância Bissaya Barreto, bem como com Pedro Santana Lopes e alguns vereadores do executivo (nomeadamente, Ricardo Silva, a partir de hoje o novo responsável autárquico pelo ambiente na Figueira, que fez a sua primeira aparição pública como o novo vereador executivo que passa a garantir a maioria ao Executivo liderado pelo ex-primeiro-ministro), presidente da Assembleia Municipal – José Duarte e a presidente da Junta de Freguesia de Buarcos e S. Julião – Rosa Batista, entre outros autarcas, entidades e educadoras.

A autarquia figueirense aproveitou este espaço no coração da cidade para plantar algumas espécies silvestres e não só porque, cada vez mais, os polinizadores precisam da nossa ajuda devido à constante perda de habitat originado pelas mais diversas razões, segundo alguns dados mais recentes, cerca um em cada 10 polinizadores da União Europeia está em risco de extinção. Esta iniciativa de criar um Jardim Polinizador no Parque das Abadias, é uma boa notícia para ajudar a abrandar ou até a reverter o declínio de abelhas, borboletas, moscas-das-flores e outros polinizadores semeando uma boa diversidade de plantas nos nossos jardins."

A Figueira conhece hoje o primeiro dia do após sexta-feira, dia 2 de Junho de 2023

Ricardo Silva, a partir de hoje, assume funções a tempo inteiro no executivo e os pelouros das Obras Municipais, Ambiente e Espaços Verdes.
Um acordo entre Santana Lopes, o líder do PSD e Ricardo Silva, único vereador social-democrata na câmara da Figueira da Foz, passou a garantir a maioria ao executivo liderado por Santana Lopes.
O acordo “estava em cima da mesa há tempo, por iniciativa da direção nacional do PSD, combinada com o vereador Ricardo Silva. A hipótese foi falada várias vezes entre o dr. Luís Montenegro [presidente do PSD] e eu próprio (…) e a mudança teve a ver, no meu pensamento, com a evolução no Partido Socialista [local], com toda a franqueza”, explicou Santana Lopes.
Já agora, para a informação ficar mais completa, não é difícil de adivinhar que tudo isto deve ter tido o "dedinho" de Paulo Pereira Coelho, mentor político de Ricardo Silva, como meia Figueira sabe...
Imagem via Diário as Beiras.

Quem acusa a "Câmara de falta de cultura ecológica" só pode estar manifestamente a exagerar...

Depois do comunicado/nota publicado na Página do Município, assinado pelo Doutor Santana Lopes, em que somos informados que já existe "a autorização para remover a camada vegetal que, desde há anos, cobre o lindíssimo areal da Praia da Figueira da Foz" que, pelos comentários que li, tirou do sério os ambientalistas figueirenses, temos a oportunidade de nos reconciliarmos com a harmonia ambiental na nossa cidade, com uma iniciativa importantíssima promovida exactamente pelo mesmo organismo que é acusado de estar a fazer, "talvez, o grande erro".  Quem diz que se "nota bastante a diferença, em alturas de nortada, no antes e no depois, da vegetação", vai ter oportunidade, depois de retirada a "camada vegetal", de comprovar que teve razão antes do tempo: qualquer pessoa que circule pela zona, quando há nortada rija, sabe o que custa ficar com areia por todo o corpo. Porém, há sempre o outro lado da moeda: pode ser que haja a possibilidade de trazer a praia até à marginal, pois areia é o que não vai lá faltar.
Caros ambientalistas, não desesperem nem sejam tão precipitados. Atentem no pormenor via Diário as Beiras, e digam lá se a nossa Câmara Municipal é, ou não é, uma autarquia preocupada com os insetos, em particular as abelhas, e  com a biodiversidade. Não se esqueçam que as comemorações se realizam hoje, no Jardim Polinizador da ala Norte do Parque das Abadias pelas 10 da manhã.
Isto está a ficar, de novo, como eu gosto: uma comédia. Hoje, só não vou estar presente a assistir, porque tenho tarefas domésticas inadiáveis a cumprir.

domingo, 4 de junho de 2023

"A mudança é a lei da vida." *

NOTA AOS FIGUEIRENSES
"Quero comunicar que temos já a autorização para remover a camada vegetal que, desde há anos, cobre o lindíssimo areal da Praia da Figueira da Foz. Disse, em campanha eleitoral, que o queria fazer. Mas nunca o poderia fazer sem estudar todos os aspetos do processo, sem ouvir os serviços municipais - e com eles avaliar - e sem ter a autorização das entidades competentes (no caso, a ARH do Centro). Tudo isso foi realizado e conseguido. Estou muito satisfeito e, posso dizer, orgulhoso, por poder cumprir mais este compromisso eleitoral."


Pedro Santana Lopes 

Notas de rodapé:

2 de Junho de 2023 vai ser uma data marcante na política figueirense: há um antes e um depois

Foto: Pedro Cruz
“O deserto é o lugar onde surgem as miragens, onde se desencadeiam os pensamentos, onde se manifestam os demónios.”
Politicamente falando, a Figueira mudou na passada sexta-feira.
O actual mandato autárquico conheceu aquilo que os analistas políticos (que não é de todo o meu caso) costumam designar por um virar de página.
O desafio político está colocado. A fasquia e o grau de exigência subiu para todos.

A saber.
Santana Lopes revelou aquilo que os mais atentos "liam nas estrelas": para além da Figueira, tem outro interesse para o seu futuro próximo. O que, para além de lógico, é legítimo.
PS e PSD têm como objectivo imediato reconstruir-se. Se conseguirem isso nos próximos dois anos, será uma conquista importante.
Ricardo Silva, "o mestre da gestão dos silêncios", vai estar, finalmente, exposto e com todos os olhos colocados no seu desempenho político. Para quem andou dezenas de anos a fazer política na sombra, é um desafio a ter em conta.
Finalmente, a Cidadania, considerando que a FAP é uma agremiação de cidadãos que se reuniram em torno de uma figura nacional para lutar pela Figueira e pelo seu progresso, levou uma machadada - a meu ver fatal - na passada sexta-feira.

Sem esquecer que na Figueira existem outros partidos (Chega, PCP, BE) retomo o tema o acesso dos cidadãos à política activa fora do sistema partidário, pois é algo que me interessa há décadas.
Em 1985, já lá vão 38 anos, fui um dos promotores de uma Lista de Cidadãos que concorreu às primeiras eleições autárquicas na Freguesia de São Pedro, que tinha acabado de ser constituída. Na altura, talvez ainda mais do que agora, o concelho da Figueira (e a minha Aldeia, upa, upa...) era um feudo socialista. 
Porém, para surpresa de muitos, a Lista de Cidadãos ganhou.

A explicação, penso que terá passado pelo facto dos activistas da Lista de Cidadãos terem conseguido passar a seguinte mensagem aos votantes da Cova e Gala: os direitos inerentes a um sistema democrático não se esgotam nos partidos (embora eles sejam fundamentais), mas na necessidade da participação política activa dos cidadãos.
Na altura, conseguimos fazer perceber aos votantes que a participação activa dos cidadãos aglutinava, não só a possibilidade de um qualquer cidadão participar na política activa sem dependência directa do espectro partidário, como também dava a possibilidade de cada cidadão aceder e responsabilizar politicamente, o mais directamente que é possível, aqueles que elegeu
No fundo, esta coisa aparentemente simples, mas importante: cada um de nós poder pedir contas a um político por determinada actuação ou omissão. E poder penalizá-lo com o seu voto sem correr o risco de o ver eleito no sufrágio seguinte, "escondido" no meio de uma lista partidária. Para já não dizer, vê-lo administrador decorativo nomeado pelo governo de uma empresa do Estado a ganhar ordenados chorudos e outras mordomias

A meu ver,  a cidadania não é uma questão irrelevante para a saúde da democracia: é um acto político que pode dar ao cidadão comum a possibilidade de recuperar e perceber a importância fundamental na vida de todos nós, que o voto deveria ter.
Contudo, na Figueira, também isso mudou na passada sexta-feira dia 2 de Junho de 2023. Citando o presidente Santana Lopes“é a vida”
Estejam atentos aos próximos dois anos. Em Setembro de 2025, se ainda por cá estivermos, veremos.

sábado, 3 de junho de 2023

A Música Popular Marítima Portuguesa-Canadiana, na Praia de Mira

Via Centro de Estudos do Mar (CEMAR)

"Amanhã, 4 de Junho de 2023, a Música Popular Marítima Portuguesa-Canadiana vai estar em Mira, no Centro Cultural e Recreativo da Praia de Mira (17.30 horas), com um espectáculo de poesia e música em que estarão presentes o investigador canadiano de origem portuguesa Richard Simas e os pescadores e poetas da Praia de Mira, Mestre Alcino Clemente, Mestre Manuel Gabriel (ambos associados e membros do Conselho Consultivo e Científico do CEMAR), e outros mais pescadores, evocando a presença portuguesa na pesca longínqua do bacalhau na primeira metade e no terceiro quartel do século XX, até 1974, onde participaram muitos pescadores de Mira.


Richard Simas, escritor e músico, de Montreal (Quebec), dedica-se, desde há anos, a investigações acerca das relações entre os pescadores portugueses e a Terra Nova, particularmente no que diz respeito ao tipo de música, localmente célebre, chamada "The Portuguese Waltzes", uma música sobretudo popularizada, ao longo da sua vida, por uma figura famosa de Saint Johns (Newfoundland), o músico popular Art Stoyles (que, desde criança, tocava acordeão no cais do porto de Saint Johns, e que faleceu, com 75 anos, em 2015).
Richard Simas é autor de um livro de ficção sobre o assunto, publicado no Canadá em 2019, do qual foi já também publicada uma versão bilingue, "The Mystery of the Portuguese Waltzes - O Mistério das Valsas Portuguesas", lançado em 2022 em Portugal, editado por Poética Edições. Prepara também um livro de crónicas, “Searching for the Origins of the Portuguese Waltzes”, para ser editado nos U.S.A., baseado em entrevistas com pescadores bacalhoeiros, historiadores, músicos e outras pessoas, sob a forma de uma coleção de histórias, pesquisas e observações ligadas à sua procura da origem dessa música misteriosa, ao longo dos anos.  Livro esse para o qual Alcino Clemente e Manuel Gabriel, da Praia de Mira, prestaram os seus testemunhos.
Em Portugal Richard Simas foi já também entrevistado e as suas investigações de musicologia divulgadas pela RTP-Antena 2, a principal estação emissora pública de rádio existente em Portugal, com cobertura nacional, e com uma programação de tipo cultural de alto nível. E tem apresentado as suas investigações em outros locais, como Póvoa de Varzim/Caxinas, Vila do Conde, Vila Praia de Âncora, Ílhavo, Lisboa, etc..

O Centro de Estudos do Mar (CEMAR) tem muito prazer e muita honra em estar associado a esta iniciativa, que vai ser promovida, na Praia de Mira, pela comunidade dos seus antigos pescadores da pesca longínqua do bacalhau, e pela respectiva Junta de Freguesia da Praia de Mira."

A ida de Ricardo Silva para vereador e as consequências políicas que daí poderão advir...

Sobre este assunto, estou em crer que a "procissão ainda nem saiu do adro"...


Será que o rebuliço político em que a Figueira viveu nos últimos 2 anos, pelo menos aparentemente, vai amainar com a ida de Ricardo Silva para o executivo liderado por Pedro Santana Lopes? 
Digo aparentemente, porque neste momento, a meu ver, existem algumas incertezas para quem está interessado no futuro da Figueira.
 
Os adversários e os inimigos de Santana aparecerão em terreno partidário.
O PS/Figueira, se já estava feito em cacos, ruiu ontem.
E, isso, mais tarde ou mais cedo, vai ter de ser revertido.
O Movimento FAP, como todas as coisas escritas na areia, desapareceu ontem. 
E, esse facto, a meu ver, não tem reversão possível.
O PSD/Figueira deve estar um caos. A facção que apoiou a candidatura de Pedro Machado, com Ricardo Silva como número 2 na lista para a Câmara e mandatário da candidatura, deve estar ao rubro.
A actual direcção concelhia do PSD, que foi eleita manifestando apoio total ao desempenho do executivo de Santana, deve estar a sentir-se, no mínimo, muito confusa.
A bancada do PSD na Assembleia Municipal, presumo que com o regresso breve de Teotónio Cavaco, não sei bem como se vai sair depois do desempenho que teve nos últimos cerca de dois anos - em especial o seu chefe de bancada Rascão Marques.
Os cerca de 60 membros do PSD expulsos pela concelhia liderada por Ricardo Silva, devem estar a engolir em seco.
Tudo isto, mais tarde ou mais cedo, vai ter custos políticos.

Santana, como político experiente e experimentado que é, deve ter medido todos os riscos, pelo que este escrito não lhe estará a dar nenhuma novidade.
É claro, que existe a explicação de sempre: este sapo foi engolido para o bem da Figueira e do PSD - e já agora, digo eu, a bem da sua putativa candidatura presidencial e a bem do socialdemocrata Ricardo Silva.
Vou acreditar que os críticos de Santana na Figueira vão permanecer mudos, para não prejudicar a Figueira, a FAP, o PSD, o País, a Lua, Marte e por aí além.
Aos que foram expulsos por Ricardo Silva recomendo que tenham calma, pois o tempo vai resolver também essa parte do problema.
Vamos lá é a ver, se aquelas virgens impolutas que gostavam de dizer o que entendiam que tinham de dizer para bem da Figueira, se vão manter caladas...

Com a cooptação do "mestre da gestão dos silêncios", Santana "passou a ter maioria absoluta"...

Ricardo Silva é um caso de estudo da política figueirenseDesde o seu aparecimento, ainda muito novo, que quase toda a gente se enganou. 

Foi desvalorizado, ridicularizado por alguns, desprezado por outros. Aparentemente não tem discurso, tem falta de jeito, oratória deficiente, aspecto crispado, ausência de cultura. Contudo, tem astúcia e faro político, apesar de estar gordo, vestir mal e ter um penteado provinciano, que já não se usa em lado nenhum.
Não são muitos os políticos figueirenses que se podem gabar, apesar das derrotas sucessivas em autárquicas, do peso político e da influência que Ricardo Silva tem tido no decorrer da gestão da autarquia figueirense nos últimos cerca de 20 anos.

Via Revista Óbvia

Santana Lopes redistribui pelouros e leva Ricardo Silva para o executivo

"A partir da próxima segunda-feira, dia 5 de Junho, o único vereador eleito do PSD, Ricardo Silva, assume as Obras, Ambiente e Espaços Verdes no Município da Figueira da Foz. Estes pelouros eram até agora da responsabilidade do vereador do executivo (FAP), Manuel Domingues, que passa a deter o pelouro dos Recursos Humanos (que estava sob a alçada da vereadora e vice-presidente Anabela Tabaçó), e assume ainda a figura, inédita na autarquia, de vereador adjunto do presidente. Quanto à vereadora Olga Brás, também da FAP, sai desta remodelação do executivo de Santana Lopes com mais um pelouro, o da Habitação, que já trabalhava mas sem delegação de competências, a juntar aos da Saúde, Acção Social, Educação e Coletividades. Ricardo Silva recebe os pelouros no final da reunião de Câmara desta sexta-feira, em que foi aprovada, com o seu voto e as abstenções do PS, uma proposta que aumenta a delegação de competências no presidente da Câmara."

Sente-se um desanuviamento na crispação que existia no clima político figueirense...

Em 25 de Outubro de 2021 teve lugar a primeira renião camarária do actual mandato. 

Proposta de delegação de competências no presidente da Câmara, proposta de fixação do número de vereadores em regime de tempo inteiro e meio termo, distribuição de pelouros aos membros do executivo e designação dos adjuntos e secretários do Gabinete de Apoio à Presidência, foram apenas alguns dos temas abordados nessa reunião presidida por Pedro Santana Lopes, eleito pelo movimento Figueira A Primeira.

Abrir parênteses.

A PRIMEIRA REUNIÃO DE CÂMARA DESTE MANDATO, AO CONTRÁRIO DO QUE ESPERAVAM INÚMEROS FIGUEIRENSES, NÃO FOI TRANSMITIDA EM DIRECTO.

CONFORME O QUE OUTRA MARGEM CONSEGUIU APURAR NA ALTURA, TAL FICOU A DEVER-SE AO FACTO DO MATERIAL PARA A TRANSMISSÃO,  SER TECNOLOGIA OBSOLETA E AINDA DO SÉCULO XX. 

A FIGUEIRA NÃO É UM AUTARQUIA DO SÉCULO XX, PELO QUE ESTAVA EM CURSO A AQUISIÇÃO DE TECNOLOGIA QUE PASSOU A PERMITIR QUE AS REUNIÕES SEJAM TRANSMITIDAS EM TECNOLOGIA 3 D, COMO É PRÓPRIO DE UMA CÂMARA MUNICIPAL DO SÉCULO XXI, PRESIDIDA PELO DR. SANTANA LOPES.

Fechar parênteses.

Porém, via NOTÍCIAS DE COIMBRA, ficámos a saber que «o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, disse que estava disponível para entregar pelouros aos vereadores da oposição (PS e PSD), que estão em maioria no executivo municipal.

“Mantenho o que disse na noite da eleição: estou aberto a entregar pelouros a qualquer vereador da oposição”, referiu o autarca aos jornalistas, no final da primeira sessão de Câmara do novo mandato, em que foram aprovadas, por unanimidade, a distribuição de funções pelos eleitos do movimento “Figueira à Primeira”

Na altura, Santana Lopes adiantou que já tinham sido efetuados contactos com o único vereador do PSD e com o antigo presidente da Câmara, agora líder da bancada do PS, que, em declarações aos jornalistas disse não ter sido contactado formalmente nesse sentido e que não estava “politicamente disponível” para aceitar pelouros.

Para Carlos Monteiro, que retomou a sua actividade profissional de docente (entretanto, já foi para administrador do Porto da Figueira, por nomeação governamental), o PS “não iria obstacularizar a actual governação e terá sempre uma posição construtiva em prol do desenvolvimento da Figueira da Foz“.

O ex-presidente da Câmara, que esteve no cargo cerca de dois anos e meio, após a saída de João Ataíde para o Governo, "considerou que quem ganha deve governar”.

O vereador do PSD, Ricardo Silva, não quis prestar declarações aos jornalistas. 

De acordo com a deliberação tomada em reunião realizada em 25 de Outubro de 2021, o presidente da Câmara da Figueira da Foz assumiu os pelouros do planeamento, ordenamento do território, urbanismo, projetos e obras estruturantes, ambiente, cultura, desporto, juventude, turismo e desenvolvimento económico, proteção civil e bombeiros, serviços de tecnologias de informação e comunicação e assuntos jurídicos e contencioso.

Além do presidente Santana Lopes, o município passou a funcionar com mais três vereadores a tempo inteiro – Anabela Tabaçó, Olga Brás e Manuel Domingues, não tendo, para já, definido quem fica na vice-presidência, o que aconteceu mais tarde sendo nomeada Anabela Tabaçó.


A reunião de Câmara de 2 de Junho pode ficar na "estória" deste mandato.

Foi aprovada, ontem, em sessão de câmara, a proposta de delegação de competências no presidente, Santana Lopes. 

O vereador do PSD, Ricardo Silva, votou a favor, em sintonia com o executivo municipal da FAP. A posição do autarca socialdemocrata permitiu desbloquear uma questão que estava por resolver desde 25 de Outubro de 2021.

Perante este facto, a maioria relativa da FAP mais o vereador Ricardo Silva, tornaram irrelevante a posição dos socialistas, que se abstiveram.

Sublinhe-se que a  proposta foi a mesma que Santana Lopes retirou da agenda na anterior reunião de câmara, na sequência da “ameaça” do PS de se declarar ausente da sessão caso fosse a votos, deixando a reunião sem quórum.

No entanto, o presidente teve em conta as observações dos socialistas, nomeadamente, a aquisição ou venda de imóveis até ao valor de 700 mil euros sem estarem sujeitas a aprovação prévia pela reunião de câmara.

Não tendo ficado claro se a proposta foi aprovada sem alterações, Santana Lopes, tal como disse no decorrer da reunião, garantiu aos jornalistas que, indo ao encontro das pretensões do PS, não faz questão de manter o valor de 700 mil euros, podendo descer até aos 70 mil.

“Tenho de ouvir a gravação da reunião, mas (esse assunto) está em aberto”, afirmou. 


Ou estou muito enganado, ou houve ontem um virar de página na política figueirense.

Pelo que tive oportunidade de ver no decorrer da reunião de câmara, o clima entre o executivo e o vereador Ricardo Silva pareceu-me solto e desanuviado.

Perante o "arejamento político" que pressenti entre Santana Lopes e Ricardo Silva, não me admira nada que aconteçam desenvolvimentos futuros, nomeadamente ao nível da gestão política e executiva da autarquia figueirense.

Concretamente o quê? Não deve faltar muito para ficarmos a saber.

Recordo que em Junho de 2020, após ser reeleito presidente da Comissão Política Concelhia do PSD/Figueira, obtendo 184 votos, derrotando o candidato Carlos Rabadão, que obteve 141, o objectivo de Ricardo Silva era "conquistar a Câmara da Figueira, a Assembleia Municipal e as juntas de freguesia".

sexta-feira, 2 de junho de 2023

Santana Lopes não quer aeroporto no Ribatejo e entra em rota de colisão com Comunidade de Coimbra

 Via Campeão das Províncias

O município da Figueira da Foz não subscreve a deliberação de apoio à localização do novo aeroporto em Santarém tomada pela Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra e defende que o Centro deve ter uma infraestrutura aeroportuária.

“Não queremos manifestar nenhuma preferência por nenhuma das nove opções, mas há uma posição de princípio: a região Centro deve ter o seu aeroporto”, disse hoje o presidente da câmara, Pedro Santana Lopes (Grupo de Cidadãos Eleitores Figueira a Primeira), numa intervenção no período antes da ordem do dia da reunião do executivo.

O autarca atribui a deliberação de apoio tomada por unanimidade pela CIM Região de Coimbra a um lapso, numa reunião em que não esteve presente, fazendo-se representar por uma vereadora.

Segundo Santana Lopes, a Figueira da Foz “não pode estar solidária com essa posição, porque não concorda com ela e já o tinha manifestado em reuniões anteriores”.

“Santarém fica à mesma distância do Porto. Compreendo que a CIM Região de Coimbra queira o aeroporto que seja mais próximo de Coimbra ou da capital da região Centro, mas isso acho que não beneficia a região Centro”, sublinhou.

Para o presidente da Câmara da Figueira da Foz, que continua a defender a instalação de um aeroporto na base aérea de Monte Real, é importante a região Centro ter o seu aeroporto, como Lisboa tem o seu, que é internacional, e o Norte tem o do Porto.

“Defendo um aeroporto na região Centro e gostava que funcionasse em Monte Real. A região não precisa de um aeroporto em Santarém, que não é bem no Centro”, frisou.

Salientando que não será contra Santarém se essa for a localização escolhida, o antigo primeiro-ministro referiu que a Figueira da Foz não quer “pronunciar-se a favor”.

O autarca lamentou que a decisão tomada pela CIM Região de Coimbra não tivesse sido alvo de preparação prévia “entre todos, refletida e ponderada”.

“Não estou a censurar, só estou a dizer que não podemos subscrever”, sublinhou.

Recorde-se que na semana passada, a CIM Região de Coimbra anunciou que foi deliberado, por unanimidade, apoiar a localização do novo aeroporto na capital do Ribatejo.

Em comunicado, a estrutura referiu que os autarcas da Região de Coimbra consideraram que se trata de uma localização “estratégica” que servirá o país e a região Centro, promovendo o “desenvolvimento e potenciando o aumento do turismo, a oferta de emprego, expansão de negócios, entre outros”.

“Trata-se de uma localização diferenciada, mais próxima da Região de Coimbra e que apresenta soluções perfeitamente exequíveis para uma utilização confortável e eficiente pela população de todo o país”, disse, citado na mesma nota, o presidente do Conselho Intermunicipal da CIM Região de Coimbra, Emílio Torrão.

Integram a CIM Região de Coimbra os municípios de Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares, do distrito de Coimbra, e Mealhada e Mortágua, dos distritos de Aveiro e de Viseu, respetivamente.

A culpa costuma morrer solteira, ou ser do porteiro. Porém, neste caso há uma secretária pelo meio...

O Parlamento, é uma "peça" insubstituível, decisiva e fundamental, numa democracia madura.

«A decisão de realizar um inquérito parlamentar é tomada pelo Plenário da Assembleia da República, que aprova a constituição de uma Comissão de Inquérito, através da qual este será concretizado. Trata-se de um instrumento de fiscalização do Parlamento, que tem "por função vigiar pelo cumprimento da Constituição e das leis e apreciar os atos do Governo e da Administração" e que pode "ter por objeto qualquer matéria de interesse público relevante para o exercício das atribuições da Assembleia da República".»

Porém, a nossa democracia, apesar de estar a caminho dos 50 anos, é tudo menos madura.

Sem pretender ser violento, tenho ficado perplexo com coisas que tenho visto e ouvido: "António Costa garante que foi a chefe de gabinete de Galamba a ligar para o SIS, de livre vontade." 

Contudo, "esta versão não bate certo com o que foi contado por João Galamba."

Quando foi ouvido no passado dia 18 de maio, "o ministro das Infraestruturas tem defendido que a ideia de ligar para o SIS partiu do secretário de Estado Adjunto de António Costa, Mendonça Mendes."

No dia 6 de junho será a vez de ouvir a versão do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro. Até lá, paira a dúvida: mantém-se a versão de que foi a chefe de gabinete a agir de livre vontade, ou irão surgir novos implicados?

Respeito a opinião divergente, mas há aqui algo que não encaixa.

"Como resolver este problema? A profissionalização!"

Via  Diário as Beiras

Será o Chega assim tão importante como a visibilidade que a comunicação social lhe dá?

Chega desce, Bloco sobe e PS está em queda.

"Maioria não quer Galamba, nem eleições. PSD já lidera sondagens

A direita consegue um total de 46,2% das intenções de voto dos portugueses (34,4% sem o Chega), enquanto a esquerda conta actualmente com 41,3%, pelo que a direita não conseguiria a maioria sem o Chega.

Já a esquerda conta actualmente com 41,3% das preferências dos inquiridos. A queda do PS parece beneficiar o Bloco de Esquerda."

Resumindo: com os dados conhecidos, segundo o que os jornais e comentadores dizem, nem o PSD nem o PS conseguem governar sem o Chega. E dizem isso, porque partem do princípio de que todos os outros partidos votam contra qualquer governo que não seja o que querem.

No entanto, se PSD ou o PS estiverem dispostos a aplicar aquilo que António Costa defendeu em tempos (o PSD e o PS deveriam concordar em abster-se para viabilizar o governo do partido mais votado, fosse ele qual fosse), o facto político Chega, embora não deixando de ter alguma importância, torna-se praticamente insignificante.