quarta-feira, 4 de agosto de 2021

"Nem o patrão vem, nem a gente almoça"...

"Desde o prolongamento  em 400 metros do molhe  norte do porto comercial,  um investimento de 14,6  milhões de euros, inaugurado em 2011, a erosão nas  praias a sul acentuou-se,  com destruição da duna  de proteção costeira em  vários locais, com especial  ênfase na praia da Cova..."
Diário as Beiras, edição de 4 de Agosto de 2021.

Tal como escrevemos em 11 de dezembro de 2006, o processo de erosão costeira da orla costeira da nossa freguesia, a sul do quinto molhe, a nosso ver, era já então uma prioridade

Continua a ser... Até porque, entretanto, pouco se fez.

Nessa época, tinha este blogue cerca de 6 meses de existência, a erosão da orla costeira da nossa freguesia assumia já – como continua a assumir cada vez mais ... - aspectos preocupantes para o responsável deste espaço. Especialmente, uma zona a que, na altura, ninguém ligava: a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova...
Tal como agora, entendíamos que, por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial... Foi o que aconteceu, neste caso.
Durante todos estes anos – o histórico de postagens publicada ao longo de ais de 15 anos, prova-o -, a erosão costeira tem sido a maior preocupação do autor deste blogue.
Sofremos ataques de personagens que passaram pelo poder local figueirense... Infelizmente, o que muito lamento, pois adorava ter sido eu a estar completamente enganado e fora da razão, a realidade é a que todos conhecemos: neste momento, a duna a  Sul do 5º. Molhe da praia da Cova está devastada  e o mar está a entrar pelo pinhal dentro...

Muita gente, que deveria ser responsável, por omissão, contribuiu para o estado a que chegámos.
Nós, aqui no Outra Margem, continuaremos a fazer aquilo que é possível: contribuir para sensibilizar a opinião pública da nossa freguesia, do nosso concelho, do nosso País e dos inúmeros covagalenses espalhados pela diáspora, para um problema gravíssimo que, em última análise, pode colocar em causa a sobrevivência dos covagalenses e dos seus bens.
E não o fazemos, nem nunca o faremos, por haver campanhas eleitorais. Sejam elas presidenciais, legislativas ou autárquicas. 

Infelizmente, a realidade está à vista. Tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul  da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
A pesca está a definhar - tudo nos está a ser levado...
Espero que, ao menos, perante a realidade possam compreender o porquê das coisas...
O que nos vale é que temos uma política bem definida para a orla costeira...

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Aos anos que OUTRA MARGEM anda a informar que na Figueira é sempre Carnaval!..

"PSD DA FIGUEIRA DA FOZ DENUNCIA “CARNAVAL POLÍTICO” ILEGAL E PURA CAMPANHA ELEITORAL ENCAPOTADA EM QUE PARTICIPARÁ AMANHÃ UM MEMBRO DO GOVERNO".

O envolvimento dos cidadãos na política

Estamos  a pouco mais de mês e meio de um importante acto eleitoral. 
Estes, são tempos difíceis. Sobretudo, para quem aceite envolver-se na coisa política.
Quem ousa aceitar uma candidatura a um cargo público, arrisca destruir o prestígio de uma vida de trabalho construída arduamente ao longo dos anos.
Falo de cidadãos comuns – incluindo os que são filiados em Partidos políticos – e não de políticos que fizerem da política o seu trabalho e a sua carreira profissional.
O importante é o poder. Essa é a ambição. A projecção mediática e pública podem ser motor para que os cidadãos se envolvam. 
Todavia,  também há outros - ainda são muitos - que se envolvem por motivos de serviço público. Oferecem o que de melhor sabem fazer em favor do bem comum.
Na Figueira muita coisa terá de mudar, se quisermos ter no futuro equipas formadas por gente de competência que zele pelo interesse e bem-estar público.
A começar pela composição das listas...

Da série, prémio grunho de categoria interplanetária...

 Via Correio da Manhã

Dez & 10


 

Un pur moment de bonheur... Merci !

Ontem, ao almoço a sobremesa foi melão. Enquanto esperava cheguei a uma conclusão.
Na vida, há quem prefira procurar a matéria criativa na infelicidade e na desventura. 
Talvez porque a infelicidade é uma experiência mais rica e mais intensa que a felicidade. Ou, quem sabe, talvez haja outra razão que consiste na percepção que a felicidade é um fim. 

Quando uma pessoa se sente feliz, isso já é um apogeu. 
Em contrapartida, a desventura tem de ser transmutada em algo de diferente. 
Quase não existe poesia de felicidade. Também não parece que tenham existido muitos prosadores felizes.
 
Ao longo da vida, tenho encontrado pessoas infelizes.  Se calhar como somos todos. A felicidade, como um dever, não é uma coisa que se imponha. 
Contudo, todos temos o dever de ser felizes.
Todavia, esse é um dever que na vida da maioria de nós, vá lá saber-se porquê, fica quase sempre por cumprir.

Quando o nosso conhecimento depende das palavras dos outros e fazemos julgamentos de caracter dessa forma redutora, não há maneira de se determinar se o que dizem é tudo ou apenas uma parte. Mais ainda: não se pode entender como é possível, a quem quer que seja, objectivar sentenças sobre os outros: sobre o desejo do desejo, o tempo do tempo, a felicidade da felicidade. 
Mas, tudo bem... Tudo bem mesmo.

O António Lobo Antunes chega a muita gente, é importante. 
O que escrevo, tal como eu sou, é insignificante.
Ninguém se sente bem com a insignificância. Mas é impossível todos chegarmos a todos.
E por todos tentarem chegar a todos, somos por vezes atropelados por coisas que jamais seremos capazes de comprender.

A vida é feita de escolhas: ou entramos na luta insensata para chegar a mais e mais pessoas,  pois isso poderá trazer-nos satisfação e essa coisa indefinível: a felicidade.
Ou então, optamos por nos deliciar com as pequenas coisas sem importância e que não significam nada.
Todavia, há uma terceira opção. Podemos resumir tudo numa pessoa.
E ser importante para essa pessoa é melhor do que tudo o que se possa desejar.
É por isso que a vida sem amor é difícil demais para ser vivida.

Caro leitor(a) que chegou até aqui: a culpa deste texto foi da espera da sobremesa do almoço de ontem. 
Que o mesmo é dizer: do melão.

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

AUTÁRQUICAS 2021: LISTAS

Para ficar a saber quem vai concorrer no concelho da Figueira da Foz, nas próximas eleições autárquicas, que se realizam no próximo dia 26 de Setembro, siga os links a seguir:


CDU - CLICAR  AQUI
CDS - CLICAR AQUI
FIGUEIRA  A PRIMEIRA - CLICAR AQUI
PS - CLICAR AQUI
PSD - CLICAR AQUI
BE - CLICAR AQUI.

José Afonso: se fosse vivo completaria hoje 92 anos de vida

A importância da vírgula...

Um homem, só a pensar?
Ou um homem , a pensar?
Se o passado foi uma merda, se o presente é uma merda, o que é que se pode fazer na Figueira para que o futuro possa vir ser um pouco diferente? 
Pode acontecer. 
Os cínicos também se desiludem...
Positivamente.

Uma crónica própria da silly season... (qualquer semelhança com a realidade, é pura ficção...)

Vamos avançar para a Figueira do futuro. 
Sem esquecer a Figueira A Primeira ou a Figueira mais qualidade de vida. 
Futuro, na Figueira, terá de passar por trabalho, honestidade e competência.
Imaginemos que estamos já a 27 de Setembro de 2021.
Era o desiderato mais importante, mas nada correu bem. 
Nos jogos anteriores ao dia 26, a política figueirense protagonizou exibições miseráveis.
A Figueira, desperdiçou uma oportunidade quase única, não de se sagrar campeã autárquica, mas de melhorar um pouco.
O sabor a decepção é inevitável.

Não nos podemos esquecer que do outro lado estiveram equipas desarrumadas, mas muito experientes, que defenderam muitíssimo bem e mostraram níveis de eficácia elevadíssimos. Foram letais.

A final realizada ontem, tal como o percurso para lá chegar, teve um desfecho pouco interessante. Era o que se  temia. As coisas poderiam ter sido mais estimulantes. Agora, não há nada a fazer. A Figueira que queria futuro, não jogou bem, acusou a importância do momento e falhou na altura certa. Pareceu ter começado bem, mas as oportunidades demoraram a aparecer e perdeu-se algum discernimento na fase de apuramento para a final.

A Figueira, mais uma vez,  jogou na expectativa. Mas não passou daí. Sabíamos que este seria um jogo de tolerância e  paciência, onde era fundamental optar pelo colectivo em detrimento dos interesses individuais dos jogadores. 
Os interesses individuais falaram mais alto. A Figueira teve pouca relevância e pouco discernimento. Os sinais de nervosismo foram-se multiplicando ao longo de meses. Do outro lado estavam os do costune: frios e calculistas.

Em suma: correu mal. Por mais 4 anos, o futuro ficou adiado. 
Agora, é fácil dizer que deveria ter ido a jogo este ou aquele, em vez destes que foram titulares.
Mais uma vez fica esta ideia forte, que não serve para nada, pois daqui a 4 anos vão-se cometer os mesmos erros: o campeonato deste ano,  começou bem, mas acabou mal. Pelo meio, teve momentos de nível aceitável e outros completamente infelizes. Foi uma prova com um fraco resultado, quando poderia ter sido execelente.

Depois de outubro...

"Clubes de homens" impedem mulheres de liderar câmaras. Bases locais dos partidos são a "forte barreira" que trava o aumento de lideranças femininas.


Num país apaixonado por Patrícia Mamona e que vibra com a extraordinária atleta que ela é, com as medalhas que ganha, na política "clubes de homens" impedem mulheres de liderar câmaras. Bases locais dos partidos são a "forte barreira" que trava o aumento de lideranças femininas.
Segundo o Diário de Notícias, a aplicação da paridade deixa as mulheres em lugares secundários. 
Na liderança das autarquias a diferença é substancial. "As mulheres presidentes de câmara também têm habilitações mais altas: 58% tinham cursos universitários, nas quatro décadas em estudo, enquanto nos homens o valor apurado foi de 43%."
Porém, há comportamentos que nem a alta escolaridade resolve. Os dados reduzidos, dado o curto universo, não permitem estabelecer um "padrão de comportamento de género", mas, diz a investigadora Maria Antónia Pires de Almeida, "as mulheres não se destacam pela positiva nos seus comportamentos enquanto representantes das populações nos cargos que ocupam. No poder local as autarcas acabam por ter os mesmos comportamentos dos homens nos mesmos cargos, incluindo nos casos de baixa transparência e mesmo de corrupção".
Maria Antónia Pires de Almeida explica esta diferença com o tempo e o que parece ser uma diferença entre esquerda e direita. "Desde o início do regime democrático, com as primeiras eleições em 1976, os partidos mais à esquerda do espetro político elegeram mais mulheres para as câmaras do que os mais à direita. E o PS pratica, por opção, a regra das quotas de género desde 1988. Provavelmente há uma maior preocupação na sua representatividade de género."
Porém, na análise de José Manuel Leite Viegas, investigador integrado no CIES/ISCTE - Centro de investigação e Estudos de Sociologia, citado no estudo, apesar de o PS obter melhores resultados eleitorais "em termos partidários, o PCP e as coligações eleitorais por ele integradas são a força política que mais tem investido no género feminino".
Este ano na Figueira, todas as candidturas à Câmara Municipal são lideradas por homens. Na Assembleia Municipal, apenas PSD e CDU apostaram em mulheres para primeiro nome das suas listas. No PSD Maria Isabel Coimbra e na CDU Silvina Queiroz.

domingo, 1 de agosto de 2021

Estamos a morrer lentamente, mas o carnaval não vai parar...

Os Censos 2021, em relação à Figueira, mostraram a realidade: a Figueira da Foz, um concelho do litoral, perdeu 5,1%. A Figueira da Foz, o segundo concelho mais populoso do distrito,  perdeu 5,1% na sua população ao longo da última década, estando agora abaixo dos 60 mil residentes. 
Estes números falam sobre uma realidade incontornável que os responsáveis políticos locais  têm procurado escamotear com propaganda enganosa. Todavia, a ilusão  e a omissão não conseguem esconder a verdade: a Figueira faz parte dos dois terços do País que já estão moribundos. A Figueira é uma cidade do litoral com pretensões a ser um concelho com qualidade de vida. A Figueira não faz parte do  interior cada vez mais despovoado, mais pobre e mais velho. Os números sobre a realidade figueirense não enganam: basta consultar os dados do INE. Não é uma novidade. Nem é tema que não esteja bastamente estudado.
O embuste, protagonizado na campanha eleitoral em curso, por quem teve a responsabilidade política do governo do concelho nos últimos 12 anos, é facilmente detectado. 

Só não vê quem não o quiser fazer. Estamos a morrer lentamente. 
Na Figueira, há muitos anos que tem sido sempre carnaval. Estamos a pagar a factura de décadas de má governação autárquica.
Só espero que não se esqueçam de colocar as escolas de samba na Avenida a desfilar. É preciso música para os ouvidos, bonitas vistas para os olhos e dança alegre. Nada está perdido: vem aí uma pipa de massa.
Que não vai resolver nada, pois irá parar aos bolsos dos mesmos do costume.
A Figueira, segundo a propaganda, é uma cidade que já tem qualidade de sobra e sobejo.
Portanto, o problema vai continuar o mesmo: falta de políticos com qualidade e  capacidade para tentar mudar o rumo de um concelho que está a definhar. 
Mas o espectáculo do faz de conta tem de  continuar. A vitória em 26 de Setembro de 2021, ganhe quem ganhar, vai ser apenas o deslumbre e o abuso do poder pessoal, como tem acontecido, nos próximos 4 anos. 
Em 2021, as putativas elites já marcaram o terreno na Figueira. Os mais desfavorecidos, os mais frágeis, os mais pobres, os mais fracos, os mais sós vão continuar na mesma, se não mesmo ver ainda piorar mais a tal qualidade de vida, que só existe na propaganda partidária.
Contudo, uma coisa está garantida: na Figueira vai ser sempre carnaval.
Não haverá na Avenida vento que atrapalhe...

sábado, 31 de julho de 2021

A mediocridade da Figueira que temos e a falta de tempo...


Andamos a perder tempo, há muito tempo, na Figueira.
Estamos em 2021. Em Setembro próximo, a 26, há eleições autárquicas.
Será que vamos continuar a perder mais tempo?
Pelo andar da carruagem, estou a ver que ainda não é desta vez que se vai conseguir solucionar a conjuntura para que haja a possibilidade de preparar a estrutura.
Quase tudo o que exige tempo, verdade e qualidade, ou tarda muito ou, pura e simplesmente, nunca acontece...

Nada vir a acontecer de novo, mais uma vez, é um risco real.
Sem “tempo”, sem “verdade” e sem exigir “qualidade” na política, como até aqui tem acontecido, nenhuma força política conseguirá realizar na Figueira a obra que a construção do futuro impõe. 
A conjuntura joga-se fora do poder político.
Decide-se nas catatumbas imundas dos jogos de bastidores.
A Figueira precisa de coragem e de veradde. É fundamental que os responsáveis digam que a situação é complicada, a recuperação é difícil, que a tarefa é árdua e que os resultados são demorados. 
Repito: quase tudo o que exige tempo, verdade e qualidade, ou tarda muito ou, pura e simplesmente, nunca acontece...

O estado da decadência da Figueira é profundo e as circunstâncias envolventes são complexas.
Se não soubermos aproveitar a oportunidade que nos vai ser oferecida em 26 de Setembro próximo futuro, só podemos, depois, queixar-nos de nós mesmos, enquanto sociedade.
Se os eleitores figueirenses não perceberem isso, muito rapidamente, ficaremos onde estamos...

Há dias assim...

... tenho cada vez mais dificuldade em sentir nostalgia dos lugares em que fui feliz. Há dias em que podemos ser infelizes em qualquer parte...

A foto fala por si: ou o arquitecto queimou os neurónios, ou isto é incompetência pura e dura.

Na obra de requalificação do Cabedelo, nem a recolha do lixo foi pensada!.. 
Atentem na colocação dos contentores: quem for colocar o lixo sujeita-se a ser atropelado. 
Numa obra de milhões de euros, isto é admissível?.. Os automóveis têm de se desviar para não atropelarem os utilizadores dos contentores. 
Com tanto espaço disponível, qual foi o problema?

Bom sábado