quarta-feira, 28 de abril de 2021

Incêndio na Rua de Coimbra, Figueira da Foz


"Um incêndio em oficinas de automóveis, na Figueira da Foz, estava a mobilizar, cerca das 00h09 desta quarta-feira, 72 bombeiros apoiados por 23 viaturas, de acordo com a página da Proteção Civil Nacional.

O alerta foi dado às 23h09 e fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra apenas indicou que se trata de um incêndio numa oficina e que estão a ser deslocados mais meios para o local, na rua de Coimbra, uma zona à entrada da Figueira da Foz, onde existem diversos armazéns mas também edifícios residenciais.

Uma testemunha no local contou à Lusa, pelas 23h58, que as chamas atingiram três pavilhões ocupados por oficinas de automóveis e motos e que os bombeiros estão localizados quer na rua de Coimbra, quer nas traseiras dos edifícios atingidos pelo fogo, na rua Arnaldo Sobral."


Texto via Corrreio da Manhã

Vídeo via Figuiera TV

Segundo vereador do ambiente da câmara da Figueira, «actualmente o concelho não está com o nível de risco que estava há 4 anos atrás»...

 Via Diário de Coimbra

terça-feira, 27 de abril de 2021

Não é estratégico

Crónica de Teotónio Cavaco, via Diário as Beiras 

"A Figueira é um concelho há demasiados anos com tudo por fazer (a Zona Industrial do Pincho só o é em sonhos, a areia continua a depositar-se a norte e a fazer cada vez mais falta a sul, a mobilidade interna permanece parada, a população vai decrescendo e envelhecendo, os jovens vão-nos deixando, …).
Por isso, nos últimos dias, temos vivido a constatação da inércia de uma década, por via do anúncio (só isso…), consubstanciado pela inexorável maquete, de intenções de resolução de uma ou outra maleita – sem que se justifique a razão das opções tomadas e sem que se peça desculpa pelos inqualificáveis atrasos.
É verdade que os eleitores do concelho da Figueira continuam a demonstrar não estarem mobilizados para exercer o seu direito e dever do voto (nas últimas eleições, a abstenção foi bem maior do que o total nacional), mas tal justifica e valida esta forma de governar o concelho?
A ideia de mudança da Câmara para um edifício moderno faz parte do “Pacote de coisas à espera de resolução” que ganha uma nova alma à medida que se aproximam as eleições autárquicas: relança-se a ideia, lê-se o que uns quantos defendem, nalguns casos até aparece uma maquete (ou um outdoor na marginal, consoante o número de votos em perspetiva) assim se elevando a auto-estima, depois há eleições e… “foi porreiro, pá!”…
Mudar a Câmara para um edifício moderno traria vantagens ao nível da poupança (energética, de recursos)? Seria uma oportunidade para reorganizar serviços, pessoas e procedimentos? Até se poderia compaginar uma eventual candidatura a fundos europeus, por via da sustentabilidade?
Talvez se possa responder “sim” às perguntas atrás colocadas, e a outras a ser consideradas para justificar aquela opção. Mas há uma pergunta a ser colocada antes de qualquer outra: é estratégico, ainda que numa perspetiva de 10/12 anos? E a resposta “não” remete-nos para o que deve ser o desígnio do concelho da Figueira, logo alocar a si os principais recursos, materiais e imateriais: o de ser empregador e sustentável."

Sem donos

José Manuel Pureza, via Diário as Beiras:
"O 25 de abril não tem donos. Não tem. Por isso o temem os donos disto tudo que, como disse o Zé Mário Branco, “decidem por ti, decidem tudo por ti, se hás de construir barcos para a Polónia ou cabeças de alfinete para a Suécia, se hás de plantar tomate para o Canadá ou eucaliptos para o Japão”
O 25 de abril não tem donos, tem autores. 
E tem processo. O que começou golpe militar transformou-se em revolução. Precisamente quando o povo percebeu que só ele era dono dos dias todos. 
É isso que queremos dizer quando dizemos “25 de abril sempre”
E muitos dos que agora clamam, com propósitos cínicos, que o 25 de abril não tem donos, fazem-no apenas para travar e destruir aquilo que o povo construiu como dono dos dias do passado e que lhe permite ser dono dos dias do futuro."

Da série, ainda agora abriu e já está a dar problemas!..

 Via Diário as Beiras


Da série, sugestões para tornar a Figueira mais bonita sem gastar muito dinheiro...

A máquina de cortar relva mais ecológica e mais barata que conheço é esta...

O comboio vai de carrinho

Afonso Camões, via Diário de Notícias:

"Portugal tem hoje os mesmos quilómetros de caminhos-de-ferro que em 1893. Crescemos em autoestradas o que perdemos na ferrovia. Temos 1,17 quilómetros de autoestradas por cada quilómetro de linha férrea, mas estamos a 2 mil quilómetros dos nossos principais mercados e não há uma tonelada de mercadorias exportadas via terrestre que vá de comboio para lá da fronteira. Vai e vem tudo de camião e não há conversa sobre competitividade que convença o pagode. 

É este quadro que o ministro Pedro Nuno Santos quer inverter, para "corrigir o erro histórico" que tem condenado ao desprezo o meio de transporte mais amigo do ambiente. No momento em que a União Europeia aponta metas que preveem triplicar o número de passageiros em comboio de alta velocidade e duplicar o tráfego ferroviário de mercadorias até 2050, o novo Plano Ferroviário Nacional, lançado há uma semana e em discussão pública por mais um ano, volta a anunciar a alta velocidade Lisboa-Porto e dá agora prioridade ao seu prolongamento até Vigo, em vez de Madrid.

A ambição de Pedro Nuno é pôr o caminho-de-ferro na base da mobilidade dos portugueses. Daí o objetivo de levar comboios a portos e aeroportos, ligar todas as capitais de distrito e ainda a um conjunto de cidades com mais de 20 mil habitantes, sem descurar as ligações a Espanha e ao centro e norte da Europa. Anotamos o compromisso."

Mudar de casa?

Crónica de João Vaz no Diário as Beiras

"A minha atividade profissional levou-me a visitar e conhecer dezenas de edifícios onde funcionam Câmaras Municipais. Invariavelmente, os mais modernos são os menos interessantes. Não têm história nem a carga institucional que esperamos do órgão máximo do poder local. Por isso, inclino-me para que a Câmara Municipal da Figueira da Foz se mantenha onde está e muito bem, na parte mais antiga da cidade num edifício que se identifica com o percurso e história da cidade.
Mudar será um erro. Passar o coração das decisões municipais para um edifício moderno sem alma é retirar peso deliberativo e consensual às políticas municipais. A ideia da passagem do edifício da Câmara para um local mais moderno, e supostamente funcional, mostra alguma incapacidade em compreender que os edifícios valem muito mais do que a sua “modernidade”.
Naturalmente que reabilitar energeticamente o edifício da Câmara Municipal tem custos. Mas para uma Câmara que parece nadar em dinheiro, com adjudicações umas atrás das outras, algumas centenas de milhares de Euros não serão certamente problema. Aliás o dinheiro investido em conforto térmico, melhoria da ventilação e iluminação, tem um retorno positivo, reduzindo-se o consumo de energia, reduzindo-se emissões e poupando-se dinheiro. Para quando a reabilitação energética dos edifícios camarários, onde predominam salas muito frias no inverno e quentes no verão?
Vejo com bons olhos a ação da Câmara Municipal na reabilitação ativa de edifícios históricos, muitos há que estão devolutos e em pré-ruína, ocupando-os com vários serviços da sua tutela. Mas, nos últimos anos essa política parece estagnada sem que haja um impulso decisivo na dinamização da baixa da cidade."

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Reflexão quase no final do primeiro dia do décimo sexto ano de publicação do OUTRA MARGEM


OUTRA MARGEM
, hoje, entrou no décimo sexto ano de publicação.
Na Figueira, mais do que uma mediocridade instalada, existe uma passividade assustadora. Sente-se um pasmo quase geral. 
As centenas de pessoas que visitam o meu blog, aquelas que por aqui passam mesmo para me ler, a meu ver, constitui uma parte da parte válida da população que existe, e que eu tenho imenso prazer em encontrar por aí. 
Há gente de todas as idades. Ainda hoje de tarde me encontrei, por mero acaso, com um prestigiado e interventivo cidadão do nosso concelho, com mais de 80 anos, que me disse: "vou acompanhando o que escreve no OUTRA MARGEM"... 

Fiquei satisfeito...
Mas, há também malta nova a ler, que espero seja capaz de tirar partido disso...
Espero que utilize inteligentemente a informação que recebe.
Espero, sobretudo, que tenha uma atitude, que não tem de ser sonhadora e utópica, como aconteceu nos anos 60 e 70 do século passado, mas uma atitude que lhe permita olhar de forma realista e positiva para as coisas que dizem respeito à sua vida e ao concelho onde vive.
E, já agora, que aja em conformidade.

Sei também que existe quem não goste do OUTRA MARGEM.
Principalmente, aqueles que não gostam da opinião livre e transparente.
O Povo, todos nós, tem o pleno direito de saber como é que as coisas se passam. É um direito, legítimo e reconhecido legalmente. 
Essa transparência, porém, incomoda.  
Mas, é  um valor democrático.
Demasiado oneroso para quem prefere o segredo no exercício da actividade política.
É essa a essência do problema. Por vezes, também, o problema do OUTRO MARGEM.

Está divulgado o programa eleitoral do CDS na Figueira da Foz para as autárquicas 2021


 Para ver clicar aqui.

Candidatura FIGUEIRA DO FUTURO (Pedro Machado) apresenta Carlos Moço como candidato a Buarcos e S. Julião


 Foto via Teo Cavaco

47 anos depois do 25 de Abril uma carta da filha ao pai...

Catarina Salgueiro Maia
Da filha que te ama,
Catarina, Mau Feitio

Meu Pai,

Cá estamos nós novamente a celebrar aquele dia mágico! Cá estou eu, a chata do costume, a escrever-te!
Esta semana falei com um grupo maravilhoso de crianças e jovens sobre o 25 de Abril e fiquei encantada com o interesse deles. Fiquei tão feliz por saber que há, mesmo a 2000km de Portugal, professores que fazem questão que as gerações futuras dêem valor ao que vocês conquistaram naquele dia. No final, pedi-lhes para lembrarem Abril todos os dias e não deixarem que a memória se apague.
Porque esta é a minha mágoa! Ver os cravos ao alto nesta altura e os ideais esquecidos o resto do ano. Ver pessoas a celebrarem democracia quando, ao longo da vida, impõem ditaduras.
Vivemos tempo complicados! A pandemia continua, as restrições continuam e os desrespeitar de regras também! Os teus netos começaram os auto-testes na escola para que não tenhamos que fechar novamente. Mas continuam as festas clandestinas onde põem em risco não só a própria saúde como a de todos com que se vão cruzar nos dias seguintes. Estivemos muito tempo com os centros de cultura fechados, negócios fechados e limitados porque alguns se acham acima da lei!
Esta noite recebi uma mensagem de alguém a ofender-te e atacar-te! Surpreendentemente (vais ficar orgulhoso de mim 🤣) não respondi e só pensei "foi também para isto que os capitães saíram à rua"! Mas sabes o que me magoou? O facto de, sem a Revolução, aquela alma não teria a ousadia de a enviar. Ou teria, porque seria um dos outros.
Sabes o que me deixa tranquila? Tu estás bem! Tu sabes o quanto foi importante para nós aquela viagem a Lisboa. Vocês sabiam que algo tinha de mudar. Que os pais não mereciam perder os filhos tão novos! Que Portugal não poderia continuar isolado e que a liberdade não poderia continuar aprisionada! Vocês sabiam que era "agora ou nunca" mesmo pondo as vossas vidas em risco! Vocês deixaram mulheres, pais, filhos em casa apreensivos e foram para a "frente de batalha" enquanto outros ficaram no quentinho e se auto-intitularam heróis atrás de mentiras.
A todos os que não cruzaram os braços, a todos os que desobedeceram e lutaram por nós, a todos os que vivem sobre os ideais de Abril... MUITO OBRIGADA!
A ti, meu Rei, obrigada por nunca teres desistido, obrigada por nunca teres mudado após o 25 de Abril e MUITO OBRIGADA por me dares a honra de te chamar PAI!

Da série, as minorias elitistas e informadas para atingirem os seus objectivos, fazem uso contínuo e sistemático da propaganda...

Via Diário as Beiras

Na hora da saída, fica a herança do culto da modernidade perpetuada em Buarcos em jeito de placa....

José Tavares (Zé Esteves), assume claramente o paradoxo da modernidade: vai ficar conhecido pelas placas que inaugurar a partir de ontem.

Um dia depois do 25 de Abril

Vídeo sacado daqui
Penso nos 47 anos que decorreram, desde 1974.
Muita coisa, entretanto, aconteceu.
Os grandes obectivos do MFA foram cumpridos: a LIberdade, a Democracia, o fim da Guerra em África.
Falta cumprir muita coisa? 
Falta - e muito. 
Naturalmente. Ainda mais para quem teve o privilégio de participar na utopia que tudo parecia poder tornar possível. Tudo prometia. E nada podia garantir.
Para muitos, nos quais eu me incluo, permanece o indispensável direito ao sonho.
Para isso, é fundamental preservar e cuidar a Democracia. A explicação, mais do que óbvia, é simples: é a base de tudo o resto.

Marcelo defende que é prioritário estudar o passado, dissecá-lo e assumi-lo...

O 25 de Abril iluminou-se com um discurso do Presidente

Continuamos a ter liberdade para escolher...

Tem cerca de um metro e meio e olhos brilhantes, deu o nome a uma revolução – a Revolução dos Cravos – e não se julga merecedora de qualquer medalha ou homenagem; talvez por essa razão não lhe seja atribuído um reconhecimento geral e oficial.
Na imagem Celeste Caeiro, uma mulher que nunca deixou de ser pobre.

"Juntem o cravo branco do CDS ao cravo preto do Chega e temos o Portugal que que eles gostariam de comemorar: o Portugal a preto e branco de 24 de Abril."

domingo, 25 de abril de 2021

47 anos depois chegámos aqui. Há motivos para os democratas se preocuparem...

Em 2021, Rio, Ventura, Cotrim e Rodrigues dos Santos participam na grande reunião das direitas. O líder do PSD, Rui Rio, participa pela primeira vez nos estados-gerais da direita que o Movimento Europa e Liberdade (MEL) organiza desde 2019. Este ano, o evento está agendado para os dias 25 e 26 de Maio, no Centro de Congressos de Lisboa.
Isto, num momento em que a democracia está “congelada” e a culpa é do “cartel” PS-PSD. Vários analistas concordam no diagnóstico: Portugal vive hoje uma crise de representação política, uma crise profunda na justiça e nas principais instituições do Estado. Crises estas resultantes sobretudo da cultura política do país e da ausência de grandes reformas por parte de PS e PSD.
Amar Abril é amar a democracia em todas as suas vertentes e ser contra qualquer tipo de ditadura. 
À democracia representativa deve aliar-se a democracia participativa.  A democracia tem de ser mais que um estado de alma: tem de ter expressão concreta no nosso dia a dia.O que mudou em Portugal 47 anos depois do 25 de Abril de 1974? 
Tanta coisa. Somos mais, sabemos mais, vivemos melhor, gastamos mais e vamos menos às urnas.
O perigo existe... E está aí. 
Para obter melhor leitura, via jornal Públicoclicar na imagem.