quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Que não haja qualquer dúvida

Sabemos que no processo de vacinação em curso, um pouco por todo o País, há casos de oportunistas que não podem ser branqueados. Todavia, se há pessoa que tinha de ser vacinada na primeira fase, pelo trabalho que efectivamente faz no dia a dia na instituição que dirige, essa pessoa é o José Augusto Marques. 


Imagem via Diário as Beiras

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Vacina para erradicar a chico-espertice filha-da-puta, já!..

Conisdero-me a pessoa mais importante que conheço. 
Podem exisitir pessoas importantes na minha Aldeia, no meu concelho, no meu país, quiçá no mundo, mas ninguém é mais importante, para mim, do que eu próprio.
Tenho amigos, para mim, todos eles importantes, alguns mesmo extraordinários e maravilhos. 
Porém, para mim,  nenhum é tão importante como eu.

A dor que experimento, ao cortar-me num dedo ao picar uma cebola para preparar o almoço, é uma dor que só eu sinto e é maior e mais intensa do que qualquer dor, mesmo a pior que possamos imaginar, noutra pessoa.
Esta é a verdade.

Continuando a ser verdadeiro e genuíno, confesso que também era do meu agrado ser vacinado antes da esmagadora maioria da população, incluindo uma enorme quantidade de jovens há mais tempo do que eu, enfermeiros, médicos, pessoal auxiliar nos hospitais, utentes e pesssoal dos lares,  bombeiros, enfim, pessoas mais exposta e ameaçada pelo vírus. 
E por que razão quereria eu ser vacinado já? 
Simplesmente, pelo que escrevi ao início: porque, para mim, sou a pessoa mais importante que conheço. 

Declaro, desde já, que não tenho amigos, conhecidos ou gente infuente, nos  sítios (pelos vistos, muito mal frequentados...) suficientemente importantes para conseguir ser vacinado antes dos milhões de pessoas.
Porém, se tivesse acesso a essa trafulhice, mesmo sabendo que isso nunca se viria a saber, aceitaria ser vacinado? 
Pelo que me conheço, acredito que não.
Se isso acontecesse, isto é, se fruto de algum favor, privilégio ou outra circunstância, fosse vacinado antes da minha vez, nunca mais iria viver em paz com a minha consciência, pois  passaria a fazer parte da nojenta e viscosa categoria dos pequenos filhos-da-puta (tão bem retrtados em verso por Alberto Pimenta) que enxameiam Portugal.

"PRESIDENTE DO TURISMO DO CENTRO DE PORTUGAL APELA AO GOVERNO PARA AUMENTAR LINHAS DE CRÉDITO"...

«O Presidente do Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado, admite que o arranque de 2021 não está a corresponder às expectativas. 
O especialista frisa ainda um ponto essencial para "salvar o turismo" em Portugal: aumentar do plafond das linhas de crédito.»
Via TVI

Marina da Figueira é fonte de preocupação para o vereador Tenreiro: "o problema é antes dizia-se, sim é verdade, temos um problema e agora é dizerem que não é problema e que está a ser tratado"...

Via Diário de Coimbra

Não existem prioridades para quem manda na câmara da Figueira?

Reunião de Câmara ontem realizada. 
DA ORDEM DE TRABALHOS, no seu ponto 3.1.1 – constava: ÁREA DE REQUALIFICAÇÃO URBANA DO CABEDELO – 2.ª FASE – PROTEÇÃO E REABILITAÇÃO COSTEIRA E DUNAR – TRABALHOS COMPLEMENTARES APROVAR OS TRABALHOS COMPLEMENTARES NO VALOR DE 160.000,00 € + IVA E RESPETIVA MINUTA DE CONTRATO
O ponto foi aprovado com os votos da maioria absoluta socialista. Os vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo abstiveram-se. Ricardo Silva votou contra. O ponto acima citado, tem a ver com a "escavação, carga e transporte de 32 000 m3 de areia para a formação da duna secundária da obra do Cabedelo, areia essa que vai ser retirada da zona industrial da Gala." 
Refira-se que para a tal duna secundária do Cabedelo, foram roubar ao Cabedelinho 24 000m3 (ao contrário do que foi dito na reunião camarária, a retirada desta areia não vai desassorear a barra, já está é a criar um problema ambiental no Cabedelinho). 
Só que as prioridades para este executivo camarário de maioria absoluta socialista estão todas ao contrário. Toda aquela montanha de areia que é a tal duna secundária do Cabedelo não está lá a fazer nada. A areia deveria ter sido era canalizada para a duna primária a sul do molhe sul. 
Querem provas. Vejam o video.
 

Mafalda Azenha: "entre 2010 e 2020, a Naval 1.º de Maio recebeu um milhão de euros da câmara e ficou a dever ao município 194 mil euros, além de ter utilizado o estádio municipal em regime de exclusividade. E desde 2017, a Naval 1893 recebeu 22 mil euros de apoios correntes e outros 14 mil pela realização de eventos. O clube deve ao município cerca de 18 mil euros, relativos a taxas municipais da água, eletricidade e gás consumidos nas instalações desportivas municipais."

Em política, tal como no futebol, nem só os factos contam... Mas, também contam - e muito.
Se as mesmas oportunidades tivessem sido dadas ao longo de dezenas de anos a outros clubes do concelho, o desporto não estaria melhor na Figueira?
No jogo político figueirense, para quem sempre utilizou o futebol, valia tudo.
Perdemos todos. Nem sequer ganhou quem tinha mais força e poder, por aparentemente ser maior. 
Nesta história figueirense, que vem de longe, se houvesse moralidade, esta seria a imoralidade da história!

Via Diário as Beiras

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

A "listinha" a aumentar: "administrador de hospital terá vacinado filha, mulher e prima rececionista"...

«O administrador do hospital Narciso Ferreira em Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Salazar Coimbra, terá furado as regras do plano nacional de vacinação ao promover não só a sua própria vacinação mas, também, de vários membros da sua família: a filha, médica noutra instituição em licença há um ano, a mulher, que não trabalha mas que surge na lista como médica do serviço Covid-19, e uma prima rececionista.
O administrador, Salazar Coimbra, chegou a ser candidato à Câmara de Vila Nova de Famalicão, pelo PSD, no final dos anos 80.»

Não é que me interesse este tipo de festivais, os prémios, as medalhas, as comendas, os galões, mas fica o registo para memória futura...

 ... via Diário as Beiras

Portinho da Gala continua assoreado....

 Imagem via Diário as Beiras

Alberto Gaspar & Cª Ldª.: o folhetim continua...

Segundo a edição do diário “As Beiras” do dia 17 de Outubro de 2006, numa peça assinada por J. Alves, ”um grupo imobiliário espanhol com filial em Lisboa estava interessado na compra dos terrenos da Alberto Gaspar, com 120 mil metros quadrados, localizados em S. Pedro”. Todavia, essa era uma área reservada a equipamentos industriais. 
Quer dizer, “a transacção, para se concretizar, teria de garantir garantias de que os terrenos poderão ser urbanizados.” 
As autoridades concelhias, nomeadamente a Câmara Municipal da Figueira da Foz, à época, mostravam-se abertas à concretização do negócio. As palavras do Eng. Duarte Silva ao diário “As Beiras”, não deixaram lugar a dúvidas: “há já muito tempo que está prevista a urbanização daquele espaço. Por isso, da nossa parte, não haverá nenhum obstáculo”
A área urbanizável poderia permitir a construção de várias centenas de fogos, havendo quem tivesse arriscado avançar com mil unidades. Todavia, o falecido Duarte Silva não falou em números. 
“Tudo o que se puder dizer nesta altura não passará de pura especulação”, defendia, por seu lado, Rui Pedro de Oliveira, administrador da Alberto Gaspar. 
Ainda de harmonia com o mesmo jornal, em 2004, os 70 trabalhadores da Alberto Gaspar rescindiram contrato com a empresa, alegando justa causa, devido a salários em atraso. Aliás, os antigos trabalhadores são credores da empresa. 
Pouco depois, em Novembro do mesmo ano de 2006, em reunião de Câmara, o então vereador Paulo Pereira Coelho mostrou-se contra a urbanização dos terrenos da Alberto Gaspar. Contudo, se tiver de ser feita, “que seja a autarquia a ganhar dinheiro a favor dos munícipes”
Na reunião de câmara de 6 de Novembro de 2006, o vereador da maioria Paulo Pereira Coelho foi contra a alteração do Plano de Urbanização nos terrenos da Alberto Gaspar, em S. Pedro. No essencial, o PS defendeu a mesma posição
Recorde-se, novamente, que dois anos, em 2004, os cerca de 70 trabalhadores haviam rescindido contrato com a empresa alegando salários em atraso. A administração da empresa, como manobra de pressão, sustentava que o dinheiro (perto de seis milhões de euros) da alienação dos terrenos a um grupo espanhol, que pretendia construir cerca de mil fogos em altura, era para pagar aos credores, incluindo os antigos trabalhadores. Mas o vereador do PSD sublinhou que “a câmara não teve culpa” que a Alberto Gaspar tivesse chegado à situação em que se encontra.“Se os terrenos (de 12 mil metros quadrados) estão na massa falida, a câmara que vá lá e que os valorize, que os venda e que ganhe dinheiro com eles a favor dos munícipes”, sugeriu Pereira Coelho. Isto se Duarte Silva mantivesse a decisão de avançar com a alteração ao PU, porque Pereira Coelho deixou claro que estava contra a transformação de terrenos industriais numa área de “especulação imobiliária”
Duarte Silva, por seu turno, lembrou que aquela solução vinha do executivo municipal de Santana Lopes. E reconheceu estar perante um assunto delicado.

Como era óbvio, o futuro assim o confirmou, a situação dos trabalhadores estava a ser usada como modo de pressionar a câmara a tomar decisões. Esse, foi na altura também o entendimento de Paulo Pereira Coelho, que avisou: “recuso–me, terminantemente, a funcionar sob pressão, diria mesmo, até quase sob chantagem”. É que, segundo o que o vereador disse na altura, “alguém já prometeu comprar os terrenos, baseado em supostas decisões da câmara”
Recorde-se, que um grupo imobiliário espanhol pretendia adquirir os terrenos da falida Alberto Gaspar, para urbanização - 120 mil metros quadrados que estavam à espera da revisão do plano urbanístico, pela câmara. Os espanhóis, chegaram a actuar como legítimos proprietários dos terrenos onde estiveram implantadas as instalações fabris da empresa Alberto Gaspar & Cª. Ldª.: até venderam apartamentos! 
Só que, entretanto, rebentou a bolha imobiliária espanhola, que atingiu em cheio a Martinsa-Fadesa, a tal promotora imobiliária que já estava a vender apartamentos nos terrenos do Alberto Gaspar, situados na zona industrial da Gala!.. 

Quem tem lido este blogue ao longo dos anos, conhece a “estória” … 
Será justo que venham a ser os herdeiros do Alberto Gaspar a beneficiar com as mais valias que a transformação de terrenos, que foram cedidos em condições especiais para uso industrial, em terrenos para a especulação imoblilária, vão proporcionar? 
Porque os políticos têm memória curta, recordo um intervenção do actual presidente da câmara, Carlos Monteiro, no decorrer da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, realizada a 24.09.2009. 
Retirado da acta da sessão ordinária nº. 4/2009. Para ler clicar aqui

Na edição de hoje do Diário as Beiras, pode ler-se que "a insolvente Fadesa Portugal (do antigo gigante imobiliário espanhol Martinsa-Fadesa), empresa que comprou as instalações da antiga fábrica Alberto Gaspar, na freguesia de São Pedro, tem em curso num novo leilão eletrónico para a venda de três prédios urbanos, com cerca de 120 mil metros quadrados, tendo uma base de licitação de um milhão de euros." Continuando a citar o mesmo jornal: "na primeira tentativa, em 2012, o vendedor apresentou uma base licitação de dois milhões de euros, mas o leilão ficou deserto.
Desta vez, porém, tendo em conta que a revisão do Plano Diretor Municipal já permite a construção de habitação ou equipamentos industriais naquela área e que a base de licitação é menor, o desfecho poderá ser outro.
Porém, neste momento estamos perante um facto novo. 
«O leilão coincide com o processo da remoção de amianto das instalações da Alberto Gaspar, pela autarquia, ao abrigo da posse administrativa. A empreitada já foi adjudicada, e só não avançou porque a gestora de insolvência contactou o executivo camarário, dando-lhe conta de que não havia sido informada acerca do ato administrativo. 
A câmara desconhecia o processo de insolvência. Entretanto, surge o leilão, que a autarquia também desconhecia. Agora, que já sabe, deverá esperar pelo resultado da hasta, antes de avançar com a remoção do fi brocimento, até porque poerá ter de enviar a fatura (cerca de 80 mil euros) para outra morada, caso os lotes sejam vendidos, ou constituir-se credor da massa insolvente. 
Quem está a vender o património da Fadesa também não sabia da posse administrativa dos terrenos e edifício. O seu papel no processo de venda, contudo, afiançou fonte ao DIÁRIO AS BEIRAS, é “garantir que a venda seja feita sem ónus ou encargos para o comprador”».
Isto, podia também ter acontecido na Aldeia da Cova-Gala. 
Este blogue, desde Outubro de 2006, foi dando notícias do folhetim...  “O filme compilado do caso Alberto Gaspar & Cª., Ldª.”  dá  noção do que, realmente, esteve em causa nesta questão.
O que se passou no Algarve é uma forma de tragédia…
Havia uma paisagem notável.
Então,  cada um no seu quinhão, procurou  tirar  partido individual duma paisagem comum,  para obter o lucro fácil com a construção ao desbarato. As autoridades, em função de negociatas várias, a procura de taxas e impostos e o objectivo de gerar emprego,  pactuaram de forma desavergonhada... Entretanto, a paisagem ficou destruída e, agora,  as gruas estão a ser desmomtadas…
Será que os trabalhadores (ou os seus herdeiros, pois decorridos tantos anos infelizmente alguns já faleceram) ainda podem manter a esperança de vir a receber as indemnizações?

Como?..


Tive a felicidade de viver num tempo e numa sociedade em que, fruto de muita luta, construímos e conquistámos coletivamente direitos que marcam uma agenda de modernidade civilizacional. 
Porém, está a ser também no meu tempo, que vejo ressurgir um velho conservadorismo bafiento, protagonizado por alguns setores da direita e da sociedade portuguesa, que podem evoluir para o descambar de uma agenda de atraso civilizacional. 
Sou também do tempo em que, na Figueira, ao ouvir um político, descontada a demagogia que sempre acompanhou o exercício da actividade política autárquica, se podia livremente concordar ou discordar. 
Hoje, perdeu-se o mínimo denominador comum. 
Como trocar e debater ideias, com gente sem ideias, que não admite ser criticada, que nos quer fazer acreditar que o funcionamento e o futuro desenvolvimento do concelho depende da última coca cola no deserto?..

Imagem via Diário as Beiras

domingo, 31 de janeiro de 2021

A vida não está fácil para a restauração...

Já em 2007 era assim...

2007. Foto de Pedro Agostinho Cruz. 

Vamos continuar a esperar sentados na praia?
(“todos os dias procuro na palavra aquela voz interior que preciso para poder expressar quem sempre fui, diante das novas circunstâncias que os novos tempos me trazem”)

Há períodos em que apetecia fazer uma pausa na análise comportamental da "politiqueirice" da Aldeia. 
Porém, desde que tenho memória que gosto de escrever. Apenas por gostar mesmo de me divertir a escrever, por ter o prazer de escrever-me, por sentir a maneira como a bic (nunca a de esfera laranja...) deixava as letras no papel. 
O tempo foi passando. Todos os dias continuo a exprimir, via as letras que formam as palavras, o que sempre fui, mesmo diante das novas circunstâncias que os novos tempos trouxeram. 

Todos os dias variam de nuvens, de sol, de calor e frio. 
Porém, na mesma janela de sempre, aberta para a mesma avenida (outrora estrada nacional), observo momentos diferentes da minha Aldeia, vivendo pedaços que nunca se repetem. 
Recordo vizinhos, gente que passou pela vida do miúdo que fui. Continuo com o prazer de olhar da minha janela o rio que, antes de ir dar ao mar, desagua noutro braço do mesmo rio. 

Continuo na Aldeia, que gosto de chamar "nossa". Gosto da minha Aldeia, olhada da minha janela, sobretudo em dias de calor e luz, ao fim da tarde, o que não vai ser o caso de hoje. Mas outros dias virão...
Tenho a felicidade de viver numa Aldeia abençoada pela natureza, que os politicamente bem sucedidos inteligentes, ainda não conseguiram estragar totalmente.
Num parênteses breve, convém deixar claro, porém, que são politicamente inteligentes, apenas pela estupidez de outros... 

Ultrapassado que está o primeiro mês de 2021, tal como em 2007, continuo a esperar vida nova. Vida nova, seria, por exemplo, sentir que além do crescimento económico a sociedade iria crescer em cidadania, justiça e solidariedade. 
2021, cá pela Aldeia vai ser um ano de imensa propaganda. Mais ainda que 2007. Não será necessário muito tempo para darmos conta disso... 
Afinal, “quem vence na vida não são os melhores, são os que se adaptam”
Nada vai mudar. Tal como em 2007, tudo vai continuar na mesma. 

Ou seja, a Aldeia vai continuar a detestar quem pensa diferente. Mais: quem simplesmente pense... 
A lógica do poder provinciano é dar nas vistas, tornar as pessoas dependentes, sem opinião própria, gratas, reverentes – assim se consegue o terreno fértil para a angariação dos votos. 
Cá na Aldeia, o caminho está traçado. Quem percorrer vias alternativas será punido. A independência vai continuar a ter preço. 
Todavia, a democracia de que todos enchem a boca, é a discussão dos diversos pontos de vista... 
Por aqui, reina o que convém à situação: o consenso amorfo, acéfalo, cobarde e conveniente. Resumindo e concluindo: reina a paz podre dos interesses instalados. 
“Sabe tão bem sentir o silêncio de estar vivo”.

Morreu António Cordeiro, o actor das "personagens que se pareciam muito com ele, idiossincráticas, autoirónicas e empáticas"...

Morreu, ontem, sábado, aos 61 anos. 

Revelado num papel secundário na série "Duarte & C.ª", em 1987, foi porém como protagonista da série policial "Claxon", da RTP, estreada em 1991, que se tornou conhecido do grande público.
António Cordeiro protagonizou o anti-heroi Claxon, um detective desorganizado que se movimentava nas sombras da noite e nos meandros do submundo do crime na cidade corrupta. 
Claxon foi uma série fora do que de melhor produziu a ficção nacional.
António Cordeiro trabalhou também no teatro e no cinema, nomeadamente nos filmes de João Mário Grilo, "O Processo do Rei" (1990), e "Os Olhos da Ásia" (1996). Mais recentemente fez "Índice Médio de Felicidade"(2017), de Joaquim Leitão, e "Um Gato, Um Chinês e o Meu Pai" (2019), de Paco R. Baños. 
 A telenovela "Espelho d`Água", da SIC (2017/18), está entre os seus últimos trabalhos.
O actor lutava, desde 2017, contra a progressão da Paralisia Supranuclear Progressiva, uma doença rara e degenerativa, que aos poucos lhe tirava a qualidade de vida.
Fisicamente António Cordeiro deixou-nos ontem. Até sempre, Claxon.

Da série, a pandemia tem as costas largas...

Em tempo.

COMO NA FIGUEIRA TEM DE SER SEMPRE CARNAVAL, "FINDAGRIM NÃO PODE TERMINAR"...

Em 2018: receitas ascenderam a cerca de 122 mil euros.
Despesa situou-se nos 170,5 mil euros. Défice chegou perto dos 48,3 mil euros.

Em 2019: desta vez foi a chuva a afectar as contas.
Notícia publicada na edição de 25 de Novembro de 2019, no Diário as Beiras:
"O município vai acrescentar cinco mil euros aos 40 mil de apoio financeiro já transferidos para a Feira Industrial, Comercial e Agrícola de Maiorca (FINDAGRIM), 10 mil daqueles suplementares, para ajudar a minimizar os prejuízos. Contas feitas, os apoios adicionais somavam 15 mil euros. A autarquia atribui uma verba de 30 mil euros à organização...
Entretanto, o executivo maiorquense estuda formas de manter o evento sem arruinar as finanças da junta e evitar sobrecarregar as despesas da câmara com a feira. Uma das soluções poderá passar por realizar a FINDAGRIM de dois em dois anos, em vez de ser anual."

Coragem: a pandemia há-de passar...

Da série, obras por acabar por causa da dívida herdada em 2009: Palácio Cassiano Branco...

Diário de Coimbra, 30 de Janeiro de 20121

Em tempo

Com humor* é que a gente se entende

Figueirinhas, o momento que atravessamos é grave e delicado! 
Porém, é recuperável: é hora de mostrarmos, de novo, a fibra de que somos feitos! 
Vamos ajudar quem precisa?

* Cito Fernando Camos, possuidor de uma veia artística conhecida, de uma escrita acutilante e de um humor crítico, a meu ver, fora de série...
«O humor em Portugal, pelo menos o que se publica, é uma coisa triste.
 A verdade é que “os portugueses não sabemos rir com espírito; gargalhamos com os queixos”, como dizia Camilo.
Falta-nos o espírito.
Ter espírito, como presumo que o entendia Camilo, é ter mundo, referências e, em simultâneo, um certo distanciamento de si próprio e do seu tempo que muitas vezes convoca o desconforto ou a incomodidade.
O espírito abomina o óbvio, mas aproveita-se do acaso e deleita-se com o invulgar, o imprevisto, até com o incongruente. Para isto é necessário uma certa sofisticação que lhe vem do cepticismo.»

Os nervos que andam por aí por causa da "pop star" Santana?..


O dr. Santana Lopes nunca foi verdadeiramente um político: é mais, digamos assim, uma "pop star".
Sem o Sporting, sem a televisão, sem a imprensa dos «famosos», sem as santanetes, o dr. Santana Lopes não teria sido a personagem que foi junto da plebe.
Santana é um produto da era do marketing, do soundbyte e do reality show. 
Aliás, a sua carreira política não chegou a passar de um reality show. No PSD, por exemplo, era o «animador» dos Congressos, dava-lhes «audiência», o que sempre lhe agradeceram. 
Mesmo quando estava em forma e na ribalta, não se conseguia distinguir a substância do espectáculo. A meu ver, aliás, não havia diferença. 
Por causa disso, com Cavaco não conseguiu chegar a ministro. Igualmente por causa disso, muita malta considerava-o um «gajo como nós», daqueles capazes de concorrer ao Big Brother português. Por causa disso, passou brevemente pela Figueira como presidente da câmara. 
Só que uma "pop star" tem necessidade de protagonismo como do pão para a boca. Um Santana Lopes calado e em sossego não teria existido. Para existir, o Santana Lopes genuíno precisa de estar continuamente em cena e, de certa maneira, em sobressalto. 
Precisa de ter sempre no horizonte uma candidatura, que surpreenda, confunda, irrite, crie polémica, suspense ou inimigos. 
Pode ser a uma câmara ou à Presidência da República. 
A candidatura a Belém, para daqui a 5 anos, suspeito que vai murchar até lá... Resta-lhe, neste momento, manter a expectativa a uma autarquia. 
Ontem no jornal vinha que o ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes admite ser de novo candidato pelo seu antigo partido, o PSD, nas autárquicas previstas para outubro. 
A "pop star" Santana, neste momento, pretende refulgir em grande. 
O que quer dizer, salvo melhor leitura, que os figueirenses que andam temerosos, irritadiços e nervosos, com a sua putativa vinda podem continuar descansados...