segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Covid-19. Hospital de Gaia já admite possibilidade de haver uma seleção dos doentes a tratar

 
Via SICN

Viagens ComSentidas...

«Se as viagens nos transmitem alargados conhecimentos , meus caríssimos responsáveis pela cultura da Figueira da Foz e das suas freguesias, não queiram ficar com uma batata gelada que vos trará no futuro o frio nas vossas consciências no serviço público da Figueira da Foz, encaixotando no palmarés, os Diálogos, cada vez mais necessários neste tempo transformado, em que fugimos uns dos outros. Peço ao senhor motorista, desta vez não do Casal Novo do Rio (Barca), que não se esqueça do destino, nem de percorrer o caminho sem trocar por carnavais ou festinhas ao pôr-do-sol. Querem-se corpos nus, ou mentes libertas para o conhecimento do outro e tolerância activa?»

Pelas juntas de freguesia...

Vila Verde vai mudar de instalações. Maiorca, idem. Alqueidão e Alhadas estão em obras de remodelação...

Via Diário as Beiras

Obras na baixa: tudo vai correr. A falta de pedra vai acabar «em breve»... (2)

Imagem via Diário as Beiras


Manuel António Pina: "empenhar-se ao máximo, sabendo que é irrelevante. É essa a grandeza do ser humano"

«... em relação ao jornalismo, quando observamos a nossa galáxia, percebemos que é uma entre milhões, que o nosso sistema está num braço modesto da galáxia e que o nosso planeta se encontra entre biliões de outros. Esta normalidade dá-me uma sensação de imensa paz, porque me permite relativizar-me a mim e aos meus problemas. 
Aprendi com os grandes tipógrafos, às vezes estava na chefia de redacção cheio de problemas com os títulos e eles diziam-me: “Não se preocupe que amanhã isto é para embrulhar o peixe.” 
A dimensão do infinitamente grande e do infinitamente pequeno dá-nos a consciência de que tudo é para embrulhar peixe.
“A grande dignidade da vida e do jornalismo está em ter a consciência plena de que aquilo acaba a embrulhar peixe, mas fazê-lo o melhor possível em cada momento. Fazer o mais honesto, empenhar-se ao máximo, sabendo que é completamente irrelevante. É essa a grandeza do ser humano.”»

Manuel António Pina, jornalista e escritor português, vencedor do Prémio Camões 2011, em entrevista ao jornal “i”, 18-02-2012.

Filme do Turismo Centro de Portugal vence grande prémio em festival

Via Diário de Coimbra

«O filme ‘A Vida é Agora’, do Turismo Centro de Portugal, é o grande vencedor da competição nacional da 13.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Turismo - Art&Tur, realizado em Viseu. O filme, produzido pela empresa leiriense Slideshow para o Turismo Centro de Portugal, venceu o grande prémio destinado à melhor produção portuguesa em competição no evento que decorreu entre terça-feira e sexta-feira. ‘A Vida é Agora’, realizado por Simão Lopes e Tiago Cardoso (Slideshow), “é um sinal de esperança e renascimento, gerado em plena pandemia”, adianta o Turismo do Centro em comunicado enviado à agência Lusa. A fonte refere que o filme “partilha uma mensagem de esperança e de renascimento, após o mundo ter despertado em 2020 para uma realidade imposta pela pandemia de covid-19”

domingo, 25 de outubro de 2020

A Figueira continua sem um museu do mar...

"Faltam paredes"... 
 
Reportagem via TVI

Figueira: foi uma vez...

Figueira, um concelho a empobrecer.

Essa é que essa, como escreveria o Eça...

Não a empobrecer por causa da pandemia, que apenas agravou e tornou indisfarçável esse empobrecimento, mas de antes, de mais de 4 décadas sem rumo. 

Sem emprego para os jovens e a morrer de envelhecimento.

Fechou-se a maternidade, que vinha do tempo da «outra senhora». Ter filhos, na Figueira, ou na maternidade da A14, passou a constituir um misto de loucura e coragem. 

Figueira, que foi uma vez uma terra de liberdade. 

É claro, que não perdeu liberdade em termos formais. Neste concelho, em matéria de liberdade, sempre se  publicitou muito mais do que aquilo que se concretizou. 

Mas a perder liberdade de facto. Famílias com menos oportunidade de escolha na educação a dar aos seus filhos. Casais com menos rendimento e maiores encargos, com menos infraestruturas públicas que impostos, sem horários nem apoios, impossibilitados de terem filhos. Trabalhadores sem expectativas de promoção. Empresários sem incentivo para promoverem. Jovens qualificados, sem saídas profissionais.

Figueira, que foi uma vez, terra de esperança, que desistiu de si e do futuro. 

Figueira, um concelho que continua  agarrado à grandiloquência do passado. Mas, um concelho sem qualquer visão de futuro. Um concelho onde é sempre carnaval: demasiadamente ocupado em gastar no dia-a-dia o dinheiro que existe, sem querer investir solidamente num futuro sustentável e sem qualquer aposta na sua emancipação. 

Um concelho em que os jovens qualificados só “fora”  podem esperar oportunidades. 

Um concelho ao longo de décadas domesticado pelos partidos políticos, com avenças e lugarzinhos para distribuir pelos indefectíveis, sem que a competência seja - vagamente sequer - critério. 

Um concelho de jovens sem expectativa de futuro, presos ao presente em casa dos pais. 

Um concelho sem esperança, onde para pagar uma dívida que deveria estar mais do que prevista em termos de orçamento, em vez de tentar um acorde de pagamento recorre a mais um empréstimo, empurrando com a barriga para a frente, para ter mais dinheiro disponível, para continuar a fazer disparates urbanísticos.

Figueira, uma terra de políticos incompetentes.

Neste concelho, manda o executivo camarário mais incompetente de que há memória, suportado numa maioria absolutíssima e mais acéfala que se poderia imaginar.

Uma oposição, em grande parte conivente e folclórica, também impreparada, compõe o ramalhete. 

Dois terços do principal partido da oposição, comporta-se como uma espécie de Dupont do Dupont que está no executivo. 

Estes dois terços da oposição, ávido e faminto de umas migalhas que lhe caiam da mesa, vai fazendo o seu papel de dividir o que sobra da oposição. 

Chega, CDS e os dois terços da oposição que têm sido a muleta da situação, não estão a dormir para acabar com o resto...

A Figueira ainda não morreu definitivamente

Mas, por este caminho, já não falta muito.

Bom domingo

Todos somos pessoas

Todos somos mortais.

Os super-homens e as super-mulheres também. 

(Nascem, crescem, amam, odeiam, são poderosos, são frágeis, têm calor, têm frio, vivem momentos felizes, vivem outros de desespero.)

Todos somos alguém.

Vivemos.

Sofremos. 

Morremos.

Todos somos mortais.

Todos somos pessoas.

Umas más, outras boas.

Ninguém é igual.

Mas, todos, somos o coração de Portugal.

Até numa simples vacina nem todos somos tratados como iguais...

sábado, 24 de outubro de 2020

Novo livro de Cavaco Silva


«Nem dado»...

«Até parece que alguém está a pagar o livro requentado de um tardio Cavaco Silva, escrito para comemorar os 25 anos em que deixou o Palácio de S. Bento. Ninguém já se recorda, mas Cavaco Silva - que ainda hoje se acha como não sendo nem de direita nem de esquerda, como o afirmaria todo o sujeito que é de direita - saiu envolto no tabu de deixar o poder entregue aos mais turvos interesses, ao que parece pressionado por provas entregues à comunicação social do enriquecimento ilegal de diversos ministros, igual fruto do seu papel de introduzir - através de políticas deliberadas e desejadas - o projecto neoliberal em Portugal

Na sua autobiografia política escreveu que se afastou porque se tinha vindo "cansando da vida partidária", que "estava a ficar farto", que os "comportamentos oportunistas e mesquinhos de alguns dirigentes partidários desenvolveram" nele "uma crescente sensação de fastio e vontade de reencontrar outras envolventes humanas, outras linguagens, outras atitudes" e que "era com sacrifício que participava nas reuniões dos órgãos de direcção do partido e escutava os discursos dos chamados barões ou de certos dirigentes"

... às vezes, "pela boca morre o peixe"...


"Chega quer tornar voto obrigatório e sanções para quem não cumprir"!.. 
"O deputado único e presidente do Chega, André Ventura, que tinha anunciado ser contra a medida, não foi votar o diploma"... 
Se o voto já fosse obrigatório, o que é que deveria acontecer ao Chega por ter faltado ao voto sobre a obrigatoriedade da máscara?..

Estranha forma de vida

«Ricardo Santos: a sorte de ter à mão de semear um homem providencial! "O seu a seu dono". A justiça fez o seu papel. Os políticos que façam o seu. Qual é a dúvida? » (2)

Sessão Extraordinária da Assembleia de Freguesia de Quiaios vai reunir de novo dia 28 de outubro de 2020

Nos termos do disposto no número dois do Artigo 53.o da Lei nº 7512013, de 12 de setembro, distribuo a Ordem de Trabalhos da Sessão Extraordinária da Assembleia de Freguesia, a realizar no próximo dia 28 de outubro (quarta-feira), pelas 21h30, na sede do Quiaios Clube.

1. Período da Ordem do dia

1.1.Tomada de posse dos novos elementos da Assembleia de Freguesia para ocupação dos lugares vagos;

1.2. Discussão e votação da ata da sessão ordinária de 25.09.2020;

1.3. Discussão e votação da ata da sessão extraordinária de 28.09.2020;

1.4. Discussão e votação da ata da sessão extraordinária de 06.10.2020;

1.5. Eleição, por escrutínio secreto, dos vogais da Junta de Freguesia;

1.6. Tomada de posse dos novos elementos da Assembleia de Freguesia para substituição dos membros da assembleia que irão integrar a Junta de Freguesia;

1.7. Eleição, por escrutínio secreto, dos lugares vagos na Mesa da Assembleia de Freguesia.

A sessão é pública.

«Ricardo Santos: a sorte de ter à mão de semear um homem providencial! "O seu a seu dono". A justiça fez o seu papel. Os políticos que façam o seu. Qual é a dúvida? »

"Ninguém profundamente me conhece 
Imagem via Diário as Beiras
nem talvez isso interesse a alguém
e aos íntimos menos que a ninguém" 

Ruy Belo, A Margem da Alegria

Actualização:
A frase da senhora engenheira Ana Carvalho, também vereadora e vice-presidente da câmara municipal, é um contributo essencial para a compreensão da política na última década na Figueira. 
"Quanto ao suposto impasse de Quiaios, considero está totalmente ultrapassado através do parecer conclusivo da CCDRC. Pois, na realidade é uma sorte haver alguém como Ricardo Santos disposto a amparar esta autarquia até às próximas eleições."
Percebe-se perfeitamente o pensamento da autarca figueirense: "do que Portugal precisa é de homens providenciais, novos regedores (como no tempo de Salazar) nomeados nas freguesias." 
Isto é grave. E, mais do que grave, é para levar a sério e pode levar-nos longe.
A senhora engenheira, também vereadora e vice-presidente da câmara municipal, tem sorte em viver em democracia. Se vivesse no tempo "de homens providenciais, novos regedores (como no tempo de Salazar) nomeados nas freguesias", seria aconselhada a remeter-se ao recato do lar, em função do seu estatuto de dependente do "chefe de família".
Nessa altura, o "chefe de família" seria aconselhado a estar caladinho, pois o providencial sábio sem mácula e sem pecado, tomava conta da vida do rebanho, injectando o medo, ameaçando com dificuldades e aliciando aqueles a que chamava "servidores do Estado", mas que não passavam de esbirros do regime ditatorial. Hoje, 46 anos depois do 25 de Abril de 1974, os portugueses já não levam a sério a "estória" dos homens providenciais, nem projectam neles aquilo que uma freguesia precisa.
Será que andará por aí alguém convencido que é possível voltar a antes do 25 de Abril de 1974, ou que os portugueses estão dispostos a calçar as botas cardadas, para que os iluminados fiquem com as estradas livres para poderem passear sem obstáculos?
O tempo passou. Para vender o salazarismo aos portugueses, tentando fazer crer que é disso que Portugal precisa, tem de se entender uma coisa: o medo só funciona se meter medo, como o Salazar metia, utilizando a repressão sobre os insubmissos e incutindo a ideia de que todos são medíocres.
Quiaios, embora isso não vá de acordo com a teoria da senhora engenheira, também vereadora e vice-presidente da câmara municipal, tem homens tão ou mais capazes do que Ricardo Santos (a quem reconheço valor para tal) dispostos a governar a autarquia até às próximas eleições.
Este problema de Quiaios, começou por ser um problema legal, que foi resolvido pelos Tribunais. O PS transformou-o numa questão democrática, que só o regular funcionamento da democracia pode resolver.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

A forma como está a ser feita a comunicação com as pessoas é "péssima e não ajuda nada num momento em que os hospitais começam a ficar nos limites das suas capacidades, os centros de saúde não parecem funcionar e parece haver um descontrole ou desnorte a nível de comando".

"Não podemos ter idosos, doentes, à chuva, à espera de uma consulta nos centros de saúde".

Os doentes estão entregues a isto.

Como não obtive resposta, fui de novo ao posto médico da Cova Gala, cerca do meio dia. Cheguei à fala com uma funcionária, que me disse que não era com ela, mas com a colega que estava lá dentro. 

A seguir virou-me as costas. Como estavam umas 7 ou 8 pessoas de pé, sujeitas ao tempo, entendi vir embora.

Mas, não vou desistir da resposta ao email, pois tenho conhecimento que em outros Centros de Saúde do concelho estão a fazer o que deve ser feito: estão a vacinar por marcação.

Facilita, penso eu, a vida aos serviços e aos utentes.

Um recorte de jornal que faz recuar vários anos...

Recordando  Andreas Ding, um Pastor Evangélico que fez muito pela juventude da Cova e Gala, com quem tive o gosto de trabalhar e aprender muito...

Imagem via Diário as Beiras

A situação de Quiaios é o exemplo do que não deveria acontecer na política autárquica

David Monteiro, hoje no Diário as Beiras
«Normalmente, acredito na consulta popular como forma de dignificar a democracia. Contudo, também acredito que as eleições antecipadas devem ser a última solução, devendo apenas ser convocadas em situações de estrito interesse local ou nacional. Nesta situação, acredito que o interesse local não está posto em causa, dado que, se o bom senso prevalecer, Quiaios poderá ter uma equipa na Junta de Freguesia, com os atuais eleitos, que servirá o povo devidamente.» 
O que se passou na Junta de Quiaios, foi um caso de polícia que seguiu para julgamento em tribunal. Em 6 de Dezembro de 2019, a presidente da Junta de Freguesia de Quiaios, Maria Fernanda Lorigo, e o secretário, Carlos Alberto Patrão, foram condenados pela prática de um crime de prevaricação de titular de cargo público a penas de prisão, suspensas, e à perda de mandato. À ex-tesoureira, Ana Raquel Correia, também foi decretada uma pena de prisão suspensa. Os três arguidos foram julgados por terem favorecido o pai da autarca, Manuel Lorigo, para que este fizesse os serviços de manutenção das Piscinas da Praia de Quiaios. O tribunal considerou que Fernanda Lorigo foi quem teve “o papel mais activo” e aplicou-lhe uma pena de três anos e nove meses de prisão. Já Carlos Patrão foi condenado a dois anos e 10 meses e Ana Correia a dois anos e seis meses de prisão. Todas as penas foram suspensas por igual período. Os três arguidos terão ainda de pagar ao Estado 8.700 euros em partes iguais. Fernanda Lorigo recorreu para o Tribunal da Relação de Coimbra que confirmou a decisão da primeira instância e obrigou a presidente da Junta de Quiaios, Fernanda Lorigo, a perder o mandato, com efeitos a partir do passado 25 de Setembro, dia em que foi notificada sobre a decisão do acórdão. 
É assim que se degrada a democracia... É este um factor de isolamento dos políticos e de selecção negativa. 
De isolamento, pois a classe política vive entregue a si mesma, nas suas tricas, desencontros e encontros. Nunca, ou quase nunca conhece - muito menos vive - a vida do cidadão comum. 
E selecção negativa, pois os melhores passam a desejar entregar-se a outras carreiras - a política em Portugal tornou-se um misto de palavras e intrigas... 
A selecção fica naturalmente feita: vão ficando os piores. Se as coisas não mudarem rapidamente, cairemos na generalização de identificar políticos com incompetentes e outros epítetos ainda piores... 
A função política tem que ver com a fidelidade ao mandato recebido, com a responsabilidade perante o bem comum. Foi isso que aconteceu em Quiaios?
Recorde-se: foram os tribunais que expulsaram Fernanda Lorigo da presidência da junta. Entretanto, as coisas mudaram: depois de um problema legal resolvido pelos tribunais, temos um problema político em Quiaios... 
O que está a acontecer em Quiaios deveria merecer uma análise e reflexão profundas do Partido Socialista a outro nível, para além da Figueira, pois a concelhia figueirense já demonstrou que faz parte do problema. 
Por este andar, um dia acordamos a achar o André Ventura um razoável porreiro, em comparação com os que nos governam... E chegaremos lá por desmotivação, desânimo, cansaço, falta de esperança - e por eleições... 
Só espero, muito sinceramente, estar completamente equivocado. 
Porém, infelizmente, temo que não...