Esta coisa de se ter que lidar com o poder, o sucesso e o insucesso, pode agravar o que é penoso, doloroso e irritante. Pode contribuir para a tornar a vida numa coisa doentia e mórbida.
À medida que percorremos o caminho, a vida coloca-nos novos desafios que terão de ser enfrentados. Quando alguém ascende a cargos de responsabilidade, as coisas tendem a complicar-se. Amiúde, o poder sobe à cabeça e acontecem desastres. Muitos, conforme vão subindo, deixam de ligar a pormenores.
Alcançado "o topo", valores como o bem comum e a melhoria social deixam de ser importantes, para dar lugar ao egoísmo virado para dentro de si: os seus horizontes passam pela prossecução de objectivos pessoais e o benefício “dos seus” - familiares, amigos ou aliados de circunstância.
Este, é o panorama geral. Contudo, existe uma minoria que pensa e age de forma diferente: vê a ascensão e o poder não como um fim em si mesmo, mas como uma forma de poder contribuir para beneficiar a sociedade. Para isso, coloca o enfoque da sua acção quotidiana na vertente social. Essa minoria não vê o concelho como um exclusivo de certos interesses.
A Figueira é de todos. Contudo, quem tem governado não tem tratado todos por igual.
Mudar já é fundamental. Tal mudança implicaria governar o concelho olhando primeiro para as pessoas.
Esta inevitabilidade não pode continuar a ser colocada em segundo plano.
Isto, só lá vai através da implantação de um modelo que coloque o desenvolvimento e a economia ao serviço da população em geral.
Só assim a Figueira pode aspirar a ser uma cidade e uma democracia moderna. Se os compromissos entre o poder público são para cumprir, este é o mais importante de todos. Por uma simples razão: primeiro as pessoas.