sábado, 20 de junho de 2020

Gestão do património de todos nós...(7)

"E se de repente surgisse a ideia de vender a alma? É a pergunta que surge nos meus pensamentos quando me deparo com notícias como as que surgiram sobre o possível estado de venda de dois edifícios com história e identidade do nosso concelho.
Existe falta de dinheiro, o património está muito degradado ou precisa de uma grande manutenção, por isso uma solução “obvia”, vender! Mas perante esta estratégia muito mal desenhada, podemos aumentar o espólio para venda e dou alguns exemplos de grandes candidatos a tal feito.
Ora vejamos: se olharmos para a figueira de norte a sul, são vários os sítios, espaços, equipamentos e edifícios que se encontram degradados, abandonados e pouco cuidados. Estradas em péssimo estado (já agora, as obras na nacional 109/IC1 começam quando?), passeios por cuidar, espaços verdes descuidados, praias por limpar, passadiços de madeira destruídos ou praias com falta de condições de acesso, lagoas desprezadas. Não conseguem cuidar, vendam!
E uma ideia à medida da estratégia de quem manda, porque não colocar à venda o Edifício dos Paços do Concelho, o Edifício do Urbanismo, o Paço de Tavarede, os Núcleos Museológicos, o Museu/Biblioteca e o CAE?
As despesas de manutenção e utilização devem ser elevadíssimas. Vendam e proponham aos privados que adquirirem este património pagarem uma renda. É tudo uma questão de preço, não é essa a vossa lógica?
E porque não a venda do Relógio de Sol? Finalmente reparado e mais bonito, fica bastante “apetecível” a compradores, ou a Estátua do Pescador? que tem sido uma “pedra no sapato” na grande reabilitação de Buarcos. Mas não se esqueçam de falar com os autores das obras em questão.
Já para não falar que podiam desfazer-se da piscina do mar, que “só mete água” e dinheiro nada e além do mais a piscina oceânica pode deixar de ser um sonho. São só umas ideias, ainda por cima têm sempre o apoio de alguns Presidentes de Junta.
Em relação ao tema, em forma de pergunta, desta semana só tenho uma resposta: não concordo com a venda de património, ainda por cima com legado histórico. Vender a história é vender parte daquilo que nos define!"

Gestão do património de todos nós...(6)

"Quem tem a felicidade de passear por Split, pelo Palácio de Diocleciano, uma fortaleza romana do século IV, encontra dentro, sob e sobre as suas construções milenares, um grande número de lojas, cafés e hotéis.
Se viajarmos até ao Vale do Loire, podemos visitar muitos dos seus famosos castelos de propriedade totalmente privada. Em Espanha, vemos inúmeras Plazas Mayor habitadas, com comércio e serviços, inalteradas e conservadas, mantendo a aparência que tinham há centenas de anos.
Infelizmente em Portugal, continua a faltar sensibilidade da maioria da população para a conservação do património. Passo os meus dias a tentar convencer os proprietários a manter as cantarias antigas, os azulejos, as janelas de guilhotina ou os tradicionais telhados portugueses.
Não deveria ser assim. Tal acontece porque, ao contrário do que se passa na maioria dos países europeus, continuamos a não valorizar e a não ter orgulho no que é antigo, genuíno e característico, considerando-o apenas velho e sem graça e um empecilho ao desenvolvimento. Sem perceber que, na realidade, o maior valor económico de um edifício, de uma rua ou de um lugar são precisamente esses detalhes que lhes dão a sua singularidade.
Contudo, vai havendo algumas mudanças, temos o exemplo das Pousadas de Portugal que hoje têm uma exploração privada. E, de facto, existem inúmeros mecanismos legais que protegem o património de valor cultural. Adicionalmente, todos os cidadãos têm responsabilidade na sua defesa e preservação. Pelo que os investidores privados, explorando quer o seu património pessoal quer o público, têm obrigações legais indiscutíveis e semelhantes a qualquer entidade pública.
Portanto, havendo 2 edifícios municipais que estão devolutos, pois necessitam de obras de recuperação e de uma exploração ativa, e existindo potencial financiamento público ou interesse de potenciais investidores, considero que, salvaguardando o seu valor patrimonial e visitação, o Paço de Maiorca possa ser cedido para uma exploração privada. O Mosteiro de Seiça, após a tão esperada obra para a sua consolidação e sendo um monumento nacional, deverá ter uma utilização essencialmente pública, mantendo-se propriedade do município."
Via Diário as Beiras

Muros da Figueira; afinal há outros....

A cidadã, Isabel Maria Coimbra, via a sua página no facebbok ,  tem andado ultimamente a fazer um importante trabalho de reportagem, que nos mostra, com veracidade,  recantos da Figueira menos visíveis.

Quem é que tinha repardo na beleza do muro da foto (mais fotografias aqui), ainda por cima um "projecto executado pelo grupo de Artes da Secundária Joaquim de Carvalho", que deve ter ficado prticamente de borla ao bolso do contribuinte.
Creio que nem um por cento dos que deram conta de um muro lá para os lados de Buarcos, que tem merecido ampla divulgação nos jornais e  televisão a propósito de tudo e de nada. 

Um dos trabalhos mais importantes dos jornalistas deveria ser verificar a veracidade do que divulgam...
Com expliquei um dia destes, o que move o executivo figueirense não é o governo do concelho. O verdadeiro propósito, também, não é a boa governação do concelho. O único objectivo que motiva o presidente Carlos Monteiro, é a gestão da recepção que a maioria dos figueirenses têm do que se faz. Isto é: a percepção. Quem está minimamente atento percebe facilmente que, para isso, vale tudo: mentiras, meias-verdades, omissões e de vez em quando, mesmo muito de vez em quando, até a realidade. 
Assim, como é possível votar em consciência? Aliás, na Figueira, são cada vez são menos a fazê-lo. E o voto em consciência, se se olhar bem para o cerne do problema, ao fim e ao cabo, acaba por ser nulo. 
Votar em consciência, na Figueira, acaba por ser frustante: quando chegam os resultados eleitorais, há dezenas de anos que votar em consciência não tem servido para nada. O que resta: votar num partido do arco do poder? 
O que incomoda, na Figueira, não é  votar: é saber em quem votar. Tem de se escolher um. E, esssa, é a dificuldade maior! Votar em consciência., não tem adiantado nada. 
Mas, pensando bem: consciência, até dava um bom para um partido.
Já imaginaram, a malta, mesmo junto às mesas de voto a dizer: "chega, tem de se votar em consciência”
A  Comissão Nacional de Eleições podia fazer alguma coisa? 

Convento de Seiça, "um monumento a preservar e não a alienar.:"

Será desta, que a  autarquia avança com a candidatura para a recuperação das ruínas, no montente de três milhões de euros?
Segundo o DIÁRIO AS BEIRAS, edição de ontem, o Mosteiro de Seiça, finalmente, "foi classificado como monumento nacional".
Cito  Maria Isabel Sousa, autora do livro "O Mosteiro de Seiça e a fábrica de descasque de Arroz. Do silêncio dos arrozais ao ruído fabril"2018, (que vai na segunda edição), editado pela Associação dos Amigos do Convento de Seiça):
 "...existe um lindo mosteiro cisterciense, num vale encantado, no Concelho da Figueira da Foz, que há muitos anos clama por socorro e não tem sido ouvido.
A sua história, que se perde nos primórdios da nossa nacionalidade, está em risco de derrocada e de se perder todo o valor inestimável desta jóia arquitetónica.
Os pedidos de socorro têm saído de muitos quadrantes e personalidades, em especial da Associação dos Amigos do Convento de Seiça (SMS), a quem reconhecemos um papel crucial na defesa desta causa.
Não há tempo a perder!
Se não se consegue restaurar o edifício, que se estabilize a ruína, se limpe a envolvente, se cuide do que existe, porque todo o conjunto também conta uma história, que não queremos esquecer."
Ainda Maria Isabel Sousa: "o Mosteiro de Seiça é um monumento único, misto de arquitetura religiosa quinhentista e de arqueologia industrial (devido à implantação de uma fábrica de descasque de arroz no seu interior a partir de 1917).
Um monumento a preservar e não alienar.
Premonitoriamente o ofício, datado de 13 de junho de 1997, enviado pelo Instituto Português do Património Arquitetónico, dava conta dos trâmites com vista à classificação do Mosteiro de Seiça como “Imóvel de Interesse Público” e deixava claro que “ (…) Sendo assim o imóvel fica sujeito às disposições legais em vigor (…), pelo que não poderá ser demolido, alienado, expropriado, restaurado, ou transformado sem autorização expressa deste instituto. (…)”.
“(…) Admite-se que o conjunto em causa reveste-se de uma característica sui generis. Peça notável da arquitectura quinhentista da ordem de Cister, posteriormente remodelada, foi ali implantada uma fábrica de descasque de arroz, facto que, aparentemente desvirtua o espaço original, por outro lado, pese embora as obliterações sofridas, lhe concede uma segunda e original mais-valia patrimonial, neste caso no âmbito da arqueologia (ou património) industrial (…). Esta dupla valência do imóvel, em vez de lhe reduzir o interesse como que reforçou a sua aura e o seu caráter insólito, constituindo-se como duplo desafio em termos de tipologia patrimonial e da respetiva salvaguarda que se impõe”. Ofício do Instituto Português do Património (IPPAR). Conselho Consultivo. Lisboa, 19 de junho de 1998."

Eleições no PSD Figueira: nada de novo...

Ricardo Silva e Carlos Rabadão vão a votos no próximo dia 27 para discutir a liderança da Concelhia do PSD Figueira. Segundo o Diários as Beiras, edição de hoje, até ontem, estas eram as duas candidaturas conhecidas, não se prevendo que surjam mais nestas eleições.
Ricardo Silva, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS: “Num partido democrático, é bom que apareçam ideias sem qualquer cunho pessoal. Todas as ideias são para aceitar e discutir. Nada me move contra ninguém do PSD”O recandidato acrescentou que o seu objectivo “é derrotar o poder do PS, que é inapto e arrogante, como qualquer poder ignorante e de visão paroquial”. E concluiu: “Sou a única pessoa que tem feito oposição na Figueira da Foz”.
Por sua vez, Carlos Rabadão disse ao mesmo jornal: “Tivemos um conjunto de apelos e entendemos que é necessário unir o partido. Assistimos a alguns desentendimentos entre vereadores e a comissão política… Sentimos que é necessário unir o partido. O partido está fragmentado. Esta é também a opinião de muita gente que me tem contactado. As pessoas estão insatisfeitas com o estado do partido na Figueira da Foz. Isso levou-me a avançar”.
Com as autárquicas no horizonte, Ricardo Silva tem como apoiantes os ex-presidentes de junta do PSD São Pedro Almeida, José Figueiras, Euclides Frade, Jorge Oliveira, Maria Simão, Álvaro Soares e José Canas. O recandidato não divulgou o nome do candidato à mesa da assembleia. Para este cargo, Carlos Rabadão avança com a ex- vereadora Teresa Machado, que já ocupou o lugar em 2010, de que aliás se demitiu. Carlos Rabadão conta também com o apoio do presidente da JSD, Bruno Pais Menezes.
Quem vencer estas eleições irá liderar o processo das eleições autárquicas de 2021. Continuando a citar o Diário as Beiras,  "Ricardo Silva gostava de apresentar o presidente do Turismo Centro de Portugal, o montemorense Pedro Machado, como candidato à câmara". Carlos Rabadão, por sua vez, "afirmou que ainda não escolheu o candidato, defendendo e que este é um assunto para ser tratado depois do ato eleitoral interno."

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Gestão do património de todos nós...(5)

"Este é um daqueles temas que me levam a uma posição indefinida, criando em mim um conflito ideológico e retórico que até hoje encontrei em poucos temas. Se por um lado me vem à memória o texto de José Saramago “Privatize-se tudo!”. Por outro, não posso deixar de compreender a possível venda dos patrimónios, dado o historial recente dos dois edificados.

Sou um defensor de que o património histórico deve estar nas mãos do estado. O estado é a única instituição portuguesa que garante a sua própria existência há mais de 900 anos, algo, que nos leva a crer, que este, terá um carácter intemporal na vida da sociedade portuguesa. Fator que é importante, na hora de olhar à preservação do monumento histórico a longo prazo. O Estado, ao contrário de uma empresa, não terá como fim o lucro, mas sim a preservação da memória e da história das suas gentes.

Facilmente se rebate o argumento que apresentei em cima, exatamente com os monumentos que aqui estamos a discutir. E esse é exatamente o motivo pelo qual aceito a ponderação de uma venda a privados. A verdade é que os monumentos já estão sobre a alçada da autarquia há mais de 20 anos.

Neste tempo, o Convento de Seiça apenas ficou mais danificado e o Paço de Maiorca foi palco de um dos contratos mais ruinosos da história da democracia portuguesa. Também é verdade, que a autarquia nos últimos 20 anos teve 11 a pagar dívidas monumentais, facto que nem permite pensar numa intervenção de fundo, totalmente suportada pela autarquia.

Assim, considero que para o estado poder concretizar o seu dever, o restauro dos dois edificados deve ter o apoio direto do estado central. Se isto não se tornar uma realidade, será muito difícil para a câmara municipal fazer todo o trabalho sozinha. Se este cenário não se materializar, a única solução que afiguro, será a venda aos privados que derem mais garantias de manutenção do património a longo prazo.

Tal como escrevi no artigo anterior, é tempo de nos fazermos valer do carimbo de monumento nacional, no caso do Convento de Seiça, para o Terreiro do Paço perceber que está em falha perante os seus deveres."
Via Diário as Beiras

Filho de António Costa é que é o novo presidente da junta...

António Costa ao lado do filho
"O deputado socialista Pedro Cegonho renuncia a partir de hoje ao seu mandato de presidente da Junta de Campo de Ourique, em Lisboa, cargo em que será substituído por Pedro Costa, filho do primeiro-ministro, António Costa.

Numa carta a que a agência Lusa teve acesso, Pedro Cegonho, ex-presidente da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), salienta que Pedro Miguel Tadeu Costa, actual vogal da Junta de Freguesia, trabalha consigo a tempo inteiro desde 2017."

A Figueira mais do que uma terra abençoada é um milagre...

Via Diário as Beiras

"A época balnear, na Figueira da Foz, começa este fim de semana. O concelho, este ano, terá a Bandeira Azul hasteada em nove praias – Relógio, Quiaios, Murtinheira, Leirosa, Cova, Hospital, Buarcos, Cabo Mondego e Tamargueira – e a Costa de Lavos tem o galardão de ouro. Por sua vez, cerca de 70 nadadores-salvadores asseguram a vigilância, naquelas e outras zonas de banhos.
As autoridades sanitárias definiram que as praias do concelho têm capacidade para 51 mil banhistas em simultâneo, a maioria no areal urbano. A Direcção Geral da Saúde e a Protecção Civil alertam, no entanto, que não devem ser frequentadas zonas de banhos sem vigilância. O concelho tem cerca de 30 quilómetros de costa, desde Quiaios até à Leirosa."

COVID19, infectados no concelho da Figueira da Foz: 41 casos confirmados...

Via DGS

A mania das grandezas e a realidade...

Acabei de ver na televisão o primeiro-ministro afirmar: 
"Não estou preocupado com a imagem externa de Portugal. A resposta muito clara foi dada pela UEFA".

Como estamos a meio de uma época festiva, deixo aqui, via Aventar,  umas quadras que podem decorar qualquer manjerico. São todas da autoria de profissionais de saúde que se emocionaram com esta prenda do Governo.

Não importa se há Covid
Desde que possamos ver uma equipa de Madrid

Mais do que quaisquer aumentos
Nós queremos um jogo da Juventus

A competência do governo é tanta
Vejam lá, vou ver um jogo da Atalanta

Saio às 19h do São José
E vou ver o meu PSG

Não importa se salvo vidas no S. João
Desde que possa torcer pelo Lyon

Mais tarde ou mais cedo, a realidade é sempre mais forte. E, por mais esforços de branqueamento do número de mortos provocados directa e indirectamente pelo Covid-19 em Portugal, a resposta internacional está aí: «Portugueses proibidos de entrar em 6 países da UE».

Dá Deus nozes a quem não tem dentes...

Depois de um período de paragem, devido à pandemia de Covid-19, hoje, pelas 10h30, fez-se ouvir a buzina  na Praia do Cabedelo. Tinha começado a primeira bateria da nova época da Liga MEO. Tinha chegado, finalmente, o dia em que os surfistas voltaram a vestir as licras de competição. Portugal, a Figueira, mais precisamente o Cabedelo, viveu este momento histórico!  E, pasme-se, perante este momento único, o cenário é o que o video, que fiz no momento da abertura da prova, mostram.

Creio que não vale a pena dizer mais nada sobre a falta de brio das pessoas que estão ao leme dos destinos do concelho da Figueira da Foz.

A Liga MEO Surf de 2020 é o primeiro campeonato oficial de surf a ser retomado no mundo após o surgimento do surto pandémico. Um regresso que ocorre debaixo de todas as diretrizes da Direção-Geral da Saúde de forma a minimizar o risco de propagação do novo coronavírus. Entre hoje e domingo, os melhores surfistas nacionais estão reunidos na Praia do Cabedelo, que servirá de palco ao Allianz Figueira Pro, ronda inaugural da nova temporada da Liga MEO, competição que define os títulos máximos da especialidade em Portugal. 
A nível televisivo, tendo presente a proibição de público nos termos legais, o Allianz Figueira Pro poderá ser acompanhado a partir de casa em direto na Sport TV, assim como nos restantes meios oficiais: Facebook do MEO, na posição 810 da grelha de canais MEO, em ligameosurf.pt e redes sociais em @ansurfistas.

"Carlos Rabadão anuncia a sua candidatura à liderança da Comissão Política do PSD Figueira da Foz"...

Mosteiro de Seiça, finalmente, "foi classificado como monumento nacional"

Segundo o DIÁRIO AS BEIRAS, edição de hoje, o Mosteiro de Seiça, finalmente, "foi classificado como monumento nacional". As entidades que lhe conferiram o estatuto reuniram-se esta semana e a proposta foi aprovada por unanimidade. Esta decisão, vai permitir que a  autarquia avance com a candidatura para a recuperação das ruínas, no montente de três milhões de euros.
No sítio do Turismo de Portugal na internet, o Mosteiro de Santa Maria de Seiça, na freguesia do Paião, é apresentado como uma oportunidade de investimento para fins turísticos. A autarquia não descarta a possibilidade de o alienar, se houver uma proposta de compra sustentada num projeto com interesse público. Neste momento, porém, afirmou o presidente da câmara, Carlos Monteiro, ao DIÁRIO AS BEIRAS, o município está determinado em proceder à recuperação das ruínas. 
Muita propaganda tem sido feita ao longo dos anos. Entretanto, Seiça, continua um convento abandonado.

E a zona de Lisboa "atestada" com COVID19...

Morreu o primeiro profissional de saúde com Covid-19 em Portugal

Um médico de 68 anos morreu esta quinta-feira no hospital de São José, em Lisboa, onde estava internado devido a uma infeção pelo novo coronavírus.
A notícia, avançada pelo jornal Público, foi confirmada ao Notícias ao Minuto por Noel Carrilho, da Federação Nacional dos Médicos. Trata-se de um médico de Medicina Geral e Familiar, que colaborava com a equipa de gastrenteorologia do Hospital Curry Cabral. De acordo com o Público, o médico, que não teria factores de risco associados, estava internado nos cuidados intensivos do Hospital São José há mais de 40 dias. Terá sido infectado por um colega de trabalho. Noel Carrilho assinalou o "marco infeliz" que representa a primeira morte de um profissional de saúde por Covid-19 - algo que entende que seria inevitável, tendo em conta a exposição constante ao vírus - , aproveitando para defender o estatuto de risco para quem está na "frente da batalha".
"O estatuto de risco é o mínimo" que os médicos exigem ao Governo, apontou, recordando igualmente as "exigências antigas" no que toca às condições de trabalho e valorização dos médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), algo "que não teremos pudor em exigir".

O responsável destacou a importância acrescida dos profissionais de saúde no país, sendo esse papel agora mais visível e amplamente reconhecido na sociedade no decorrer do combate à Covid-19, devendo isso abrir caminho à valorização destes profissionais.
Os médicos não querem "medalhas" ou um "reconhecimento anedótico de um jogo de futebol", atirou, referindo-se às declarações de António Costa sobre o facto de Lisboa receber a fase final da Champions ser "um prémio merecido aos profissionais de saúde" . "São declarações que nem merecem comentários".

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Gestão do património de todos nós...(4)

"O Paço de Maiorca necessita de uma intervenção a curto termo para travar o seu acelerado processo de degradação. O Paço já teve uma oportunidade de
oferecer uma função pública quando existiam fundos do Estado disponíveis para
realizar o projeto do arquiteto Pedro Taborda. Esse projeto atribuía ao Paço uma função de apoio a artistas, incluindo ateliers e habitação, contemplando também a envolvente do edifício e a sua relação com o tecido social. As decisões entretanto tomadas, os custos que tiveram para a autarquia e o logro de uma solução para aquele espaço mereciam um apuramento de responsabilidades
mais rigoroso e consequente. Na minha opinião, Maiorca merecia um projeto que trouxesse genuína vitalidade à vila, como o proposto pelo arquiteto
Pedro Taborda, mantendo o Paço no domínio público e reforçando a sua
ligação ao tecido social de Maiorca.
Relativamente ao futuro do Convento de Seiça, é urgente consolidar o conjunto de edifícios e posteriormente intervir. O Convento é o monumento mais antigo do concelho, com uma igreja de traça única apesar de já ter sofrido intervenções destrutivas, com uma história ímpar de produção de conhecimento ligada ao Mosteiro de Alcobaça e uma singular imponência no contexto do património do concelho. Existem exemplos de conventos recuperados para o setor do turismo, como é o caso do Convento de Santa Maria do Bouro, igualmente convento cisterciense, recuperado pelo arquiteto Eduardo Souto de Moura e adaptado a uma Pousada de Portugal, gerida por um grupo privado. O problema é que não faltam casos de venda de património a um privado utilizando o prestígio de arquitetos de renome para assinar os projetos, mas que à primeira oportunidade mutam para soluções que desvirtuaram a ideia do próprio arquiteto e destruíram a traça histórica desses locais em benefício
de efémeros lucros.
Em Seiça, não podemos correr esse risco. Sou contra a sua venda e apoio uma solução que atribua funções públicas ao Convento, que se for executada com o devido rigor arquitetónico poderá servir para criar uma dinâmica turística mais
sólida e duradoura."
Via Diário as Beiras

PCP diz que médicos da urgência do hospital da Figueira da Foz vão ser despedidos

Via Notícias de Coimbra

«O PCP questionou hoje o Governo sobre a situação de mais de 20 médicos em prestação de serviços na urgência do hospital da Figueira da Foz, alegando que irão ser despedidos para contratação de outros através de uma empresa privada.
Na pergunta enviada ao ministério da Saúde, a que a agência Lusa teve hoje acesso, os deputados comunistas Ana Mesquita, Paula Santos e João Dias argumentam que o Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) “conta com um grupo de mais de 20 médicos que desempenham funções no Serviço de Urgências através de prestação de serviços diretamente ao hospital”.
“Estes médicos mantêm a disponibilidade para continuar a prestar serviços no HDF, exigindo que este assuma os compromissos celebrados em 2018 no que toca à dimensão da escala e que foram moeda de troca por redução remuneratória”, explicam.
De acordo com os deputados do PCP, o HDFF “para além de não cumprir os compromissos” com os médicos em causa, “pretende agora despedi-los e proceder à subcontratação de médicos através de empresas de aluguer de mão-de-obra, propondo-se a pagar, inclusivamente, mais à empresa do que pagava aos médicos”.
No texto entregue no parlamento e dirigido ao ministério liderado por Marta Temido, o PCP quer saber se o Governo tem conhecimento desta situação, como a avalia e o que pretende fazer.
“Considera o Governo que esta posição do conselho de administração do HDFF garante o honrar de compromissos assumidos com os trabalhadores e o integral respeito pelos seus direitos”, questionam ainda os deputados comunistas.
O PCP quer também ser esclarecido sobre a posição do Governo face à opção de serem subcontratados médicos “por uma empresa de aluguer de mão-de-obra, pagando-se mais a uma empresa privada do que diretamente aos médicos”

Percepção...



Se ainda não perceberam, a explicação é simples: o que move este executivo não é o governo do concelho. O verdadeiro propósito, também, não é a boa governação do concelho. O único objectivo que motiva o presidente Carlos Monteiro, é a gestão da recepção que a maioria dos figueirenses têm do que se faz. Isto é: a percepção.
Não lhe interessa se, na realidade, crescemos economicamente, os jovens têm futuro, se o desemprego baixa ou aumenta, se os figueirenses vivem melhor, se os projectos de requalificação em curso resolvem problemas de mobilidade dos figueirenses, ou são do ponto de vista urbanístico os mais indicados, se a dívida do munícipio está a diminuir, se a gestão da pandemia no concelho foi competente e eficaz, se o S. João vai ser a festa habitual, etc. 
O que, na verdade, interessa é que os figueirenses,  pelo menos, a sua maioria, pensem que sim. E, quem está minimamente atento percebe facilmente que, para isso, vale tudo: mentiras, meias-verdades, omissões e de vez em quando, mesmo muito de vez em quando, até a realidade. 
Claro: se for útil...