"Não me parece possível apresentar o que defendo para o cabo Mondego sem considerar três notas de contexto, de forma muito breve mas quanto a mim decisivas: 1. tem de ser reconhecido o inexcedível valor geológico, pedagógico e didático da área e a sua notável qualidade paisagística (é Monumento Natural desde 2007); 2. a exploração económica dos seus múltiplos recursos naturais, desde a época pombalina (carvão, fabrico de cerâmica, de vidro, de cal, e por fim, a partir da década de 1950, do cimento), agrilhoou toda a envolvente, palco de múltiplos e sucessivos atropelos de jurisdição e de posse, que ainda hoje se mantêm e que objetivamente diminuem as opções de futuro; 3. qualquer escolha a fazer deve estar ancorada num desígnio para a cidade/concelho, e não resultado de vontade de intervenção avulsa e/ou conjuntural.
É também necessário distinguir se queremos uma Requalificação urbana (alteração funcional de edifícios ou espaços, dando-lhes um uso diferente daquele para que haviam sido concebidos), ou de Renovação urbana (demolição total ou parcial de edifícios e estruturas numa determinada área que é reocupada com novas funções e por uma classe social mais favorecida).
Defendo que a intervenção numa área como o cabo Mondego (à semelhança do que estamos, infeliz e tristemente, a assistir em relação ao Cabedelo) não pode ser entendida como Obra de um qualquer agente/grupo político-partidário, e portanto deixada unicamente à sua vontade e opções, ainda que globalmente sufragada democraticamente porque constante no respetivo Programa eleitoral, que muito poucos leem…
Assim, o que defendo para o cabo Mondego passa pela convocação da comunidade científica, técnica, empresarial e política do concelho, as quais definam as ações a empreender obedecendo aos seguintes requisitos: preservação e valorização do património natural; optimização da ligação Figueira/Buarcos-Serra/Quiaios; exploração económica sustentável; articulação com o (ainda inexistente, de facto) Plano Estratégico do concelho – mas com um cronograma responsabilizador, porque de anúncios estamos fartos!"
Via Diário as Beiras
É também necessário distinguir se queremos uma Requalificação urbana (alteração funcional de edifícios ou espaços, dando-lhes um uso diferente daquele para que haviam sido concebidos), ou de Renovação urbana (demolição total ou parcial de edifícios e estruturas numa determinada área que é reocupada com novas funções e por uma classe social mais favorecida).
Defendo que a intervenção numa área como o cabo Mondego (à semelhança do que estamos, infeliz e tristemente, a assistir em relação ao Cabedelo) não pode ser entendida como Obra de um qualquer agente/grupo político-partidário, e portanto deixada unicamente à sua vontade e opções, ainda que globalmente sufragada democraticamente porque constante no respetivo Programa eleitoral, que muito poucos leem…
Assim, o que defendo para o cabo Mondego passa pela convocação da comunidade científica, técnica, empresarial e política do concelho, as quais definam as ações a empreender obedecendo aos seguintes requisitos: preservação e valorização do património natural; optimização da ligação Figueira/Buarcos-Serra/Quiaios; exploração económica sustentável; articulação com o (ainda inexistente, de facto) Plano Estratégico do concelho – mas com um cronograma responsabilizador, porque de anúncios estamos fartos!"
Via Diário as Beiras