Pescador ainda desaparecido não está dentro do barco naufragado agora localizado
A embarcação de pesca que naufragou quarta-feira ao largo da Figueira da Foz foi hoje encontrada a 80 metros de profundidade pelos meios envolvidos nas operações de busca, disse fonte da Marinha.
"Encontrámos a embarcação. Está a oitenta metros de profundidade, adornada e com as redes enleadas na popa. Não há indícios que tenha sido abalroada, está intacta, não está partida", disse à agência Lusa Pedro Coelho Dias, porta-voz da Marinha.
De acordo com a mesma fonte, o pescador ainda desaparecido não estará dentro da embarcação com cerca de nove metros de comprimento e a família já foi informada desse facto.
domingo, 3 de dezembro de 2017
O Cabedelo até pode ficar um brinquinho (o que eu duvido...), mas existem prioridades na governação de um autarquia...
São conhecidas as tradicionais faltas de verbas do INAG (Instituto da Água).
Pelo menos, para algumas coisas...
Mas existem prioridades. Ou, antes, deveriam existir!...
A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
Pode haver falta de verba, mas existem prioridades...
(OUTRA MARGEM, segunda-feira, 11 de dezembro de 2006)
Senhor Presidente João Ataíde:
Não quero ser, muito menos parecer, pretensioso e cair na tentação fácil de me sentir diferente dos demais.
Contudo, o modo como a maioria dos políticos organiza e define as nossas vidas, com uma inversão total de prioridades, leva-me a esboçar um leve sorriso!
Não gostaria de continuar a sorrir por este motivo.
O momento não está para politiquices: a erosão costeira a sul da barra do Mondego é um assunto muito sério...
Claude Chabrol, disse um dia o seguinte: "a estupidez é infinitamente mais fascinante que a inteligência, pois a inteligência tem os seus limites... Mas a estupidez não!"
O meu saudoso Amigo e Mestre nestas coisas de entender o mar, Manuel Luís Pata, fartou-se de me dizer o seguinte: "há muita gente que fala e escreve sobre o mar, sem nunca ter pisado o convés de um navio".
Em 2003, lembro-me bem da sua indignação por um deputado figueirense - no caso o Dr. Pereira da Costa - haver defendido o que não tinha conhecimentos para defender: "uma obra aberrante, o prolongamento do molhe norte".
Na altura, Manuel Luís Pata escreveu e publicou em jornais, que o Dr. Pereira da Costa prestaria um bom serviço à Figueira se na Assembleia da República tivesse dito apenas: "é urgente que seja feito um estudo de fundo sobre o Porto da Figueira da Foz".
Como se optou por defender o acrescento do molhe norte, passados 14 anos, estamos precisamente como o meu velho Amigo Manuel Luís Pata previu: "as areias depositam-se na enseada de Buarcos, o que reduz a profundidade naquela zona, o que origina que o mar se enrole a partir do Cabo Mondego, tornando mais difícil a navegação na abordagem à nossa barra".
Por outro lado, o aumento do molhe levou, como Manuel Luís Pata também previu, "ao aumento do areal da praia, o que está a levar ao afastamento do mar da vida da Figueira".
E não foi por falta de avisos que foram cometidos tantos erros de planeamento territorial e urbanístico na na Figueira da Foz.
Voltando ao saudoso Mestre Manuel Luís Pata, também sempre uma das vozes discordantes do prolongamento do molhe norte. Um dia, já distante, em finais de janeiro de 2008, confessou-me: "ninguém ouve".
Recordo, também, algumas frases de Pinheiro Marques numa entrevista dada à Voz da Figueira em 26 de Novembro de 2008 : “os litorais da Cova-Gala, Costa de Lavos e Leirosa vão sofrer uma erosão costeira muitíssimo maior, com o mar a ameaçar as casas das pessoas e o próprio Hospital Distrital.
Devido à orientação obliqua do molhe norte, os barcos pequenos, as embarcações de pesca e ao iates de recreio, vão ter de se expor ao mar de través. Poderá vir a ser uma situação desastrosa para os pescadores e os iatistas e ruinosa para o futuro das pescas e da marina de recreio”.
Não podemos esquecer 11 de abril de 2008, uma sexta-feira.
Apesar dos vários alertas feitos em devido tempo, o prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz foi adjudicado nesse dia, um ano depois do lançamento do concurso público que sofreu reclamações dos concorrentes e atrasos na análise das propostas.
Cerca de 9 anos depois de concluída a obra, a barra, para os barcos de pesca que a demandam está pior que nunca e a erosão, a sul, está descontrolada.
Neste momento, pode dizer-se, sem ponta de demagogia, que é alarmante: o mar continua a “engolir” sistema dunar em S. Pedro, Costa de Lavos e Leirosa.
E o que tem feito a Câmara Municipal pelas populações sofridas e desesperadas do sul do concelho, vítimas deste flagelo que é a erosão costeira?
Pouco, para não dizer nada.
Eu sei que o presidente tem um trabalho gigantesco na CIM e cinco vereadores e meio não chegam para nada...
E depois, agora também não é oportuno, pois com o frio e o Inverno que se aproxima a passos largos, a vida é mais citadina no aconchego dos gabinetes dos paços do concelho e pouco apetece sair.
O frio tolhe os movimentos e a chuva aconselha a ficar no conforto do edifício da Saraiva de Carvalho...
São tempos de cadeirão no conforto e no aconchego do ar condicionado!
Nem esta luminosidade límpida, dos dias soalheiros de inverno, como o de hoje, vos motiva, ao menos, para fazerem umas fotos?
Bom, se calhar, pensando melhor, não é boa ideia: ficavam com os deditos enregelados...
Pelo menos, para algumas coisas...
Mas existem prioridades. Ou, antes, deveriam existir!...
A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
Pode haver falta de verba, mas existem prioridades...
(OUTRA MARGEM, segunda-feira, 11 de dezembro de 2006)
Foto Márcia Cruz |
Senhor Presidente João Ataíde:
Não quero ser, muito menos parecer, pretensioso e cair na tentação fácil de me sentir diferente dos demais.
Contudo, o modo como a maioria dos políticos organiza e define as nossas vidas, com uma inversão total de prioridades, leva-me a esboçar um leve sorriso!
Não gostaria de continuar a sorrir por este motivo.
O momento não está para politiquices: a erosão costeira a sul da barra do Mondego é um assunto muito sério...
Claude Chabrol, disse um dia o seguinte: "a estupidez é infinitamente mais fascinante que a inteligência, pois a inteligência tem os seus limites... Mas a estupidez não!"
O meu saudoso Amigo e Mestre nestas coisas de entender o mar, Manuel Luís Pata, fartou-se de me dizer o seguinte: "há muita gente que fala e escreve sobre o mar, sem nunca ter pisado o convés de um navio".
Em 2003, lembro-me bem da sua indignação por um deputado figueirense - no caso o Dr. Pereira da Costa - haver defendido o que não tinha conhecimentos para defender: "uma obra aberrante, o prolongamento do molhe norte".
Na altura, Manuel Luís Pata escreveu e publicou em jornais, que o Dr. Pereira da Costa prestaria um bom serviço à Figueira se na Assembleia da República tivesse dito apenas: "é urgente que seja feito um estudo de fundo sobre o Porto da Figueira da Foz".
Como se optou por defender o acrescento do molhe norte, passados 14 anos, estamos precisamente como o meu velho Amigo Manuel Luís Pata previu: "as areias depositam-se na enseada de Buarcos, o que reduz a profundidade naquela zona, o que origina que o mar se enrole a partir do Cabo Mondego, tornando mais difícil a navegação na abordagem à nossa barra".
Por outro lado, o aumento do molhe levou, como Manuel Luís Pata também previu, "ao aumento do areal da praia, o que está a levar ao afastamento do mar da vida da Figueira".
E não foi por falta de avisos que foram cometidos tantos erros de planeamento territorial e urbanístico na na Figueira da Foz.
Voltando ao saudoso Mestre Manuel Luís Pata, também sempre uma das vozes discordantes do prolongamento do molhe norte. Um dia, já distante, em finais de janeiro de 2008, confessou-me: "ninguém ouve".
Recordo, também, algumas frases de Pinheiro Marques numa entrevista dada à Voz da Figueira em 26 de Novembro de 2008 : “os litorais da Cova-Gala, Costa de Lavos e Leirosa vão sofrer uma erosão costeira muitíssimo maior, com o mar a ameaçar as casas das pessoas e o próprio Hospital Distrital.
Devido à orientação obliqua do molhe norte, os barcos pequenos, as embarcações de pesca e ao iates de recreio, vão ter de se expor ao mar de través. Poderá vir a ser uma situação desastrosa para os pescadores e os iatistas e ruinosa para o futuro das pescas e da marina de recreio”.
Não podemos esquecer 11 de abril de 2008, uma sexta-feira.
Apesar dos vários alertas feitos em devido tempo, o prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz foi adjudicado nesse dia, um ano depois do lançamento do concurso público que sofreu reclamações dos concorrentes e atrasos na análise das propostas.
Cerca de 9 anos depois de concluída a obra, a barra, para os barcos de pesca que a demandam está pior que nunca e a erosão, a sul, está descontrolada.
Neste momento, pode dizer-se, sem ponta de demagogia, que é alarmante: o mar continua a “engolir” sistema dunar em S. Pedro, Costa de Lavos e Leirosa.
E o que tem feito a Câmara Municipal pelas populações sofridas e desesperadas do sul do concelho, vítimas deste flagelo que é a erosão costeira?
Pouco, para não dizer nada.
Eu sei que o presidente tem um trabalho gigantesco na CIM e cinco vereadores e meio não chegam para nada...
E depois, agora também não é oportuno, pois com o frio e o Inverno que se aproxima a passos largos, a vida é mais citadina no aconchego dos gabinetes dos paços do concelho e pouco apetece sair.
O frio tolhe os movimentos e a chuva aconselha a ficar no conforto do edifício da Saraiva de Carvalho...
São tempos de cadeirão no conforto e no aconchego do ar condicionado!
Nem esta luminosidade límpida, dos dias soalheiros de inverno, como o de hoje, vos motiva, ao menos, para fazerem umas fotos?
Bom, se calhar, pensando melhor, não é boa ideia: ficavam com os deditos enregelados...
Há sempre um revolucionário desconhecido dentro de cada um de nós!..
MIGUEL BABO
"Fidel Castro e Che Guevara são os seus ídolos.
Não obstante, aceitou ser o número dois da lista do PSD."
Ontem, no jornal AS BEIRAS.
sábado, 2 de dezembro de 2017
O algodão não engana...
A proposta do BE incidia sobre todos os produtores de energias renováveis, com destaque para a EDP, que detém uma quota de mercado de 25%. Do total de 250 milhões de euros que seriam arrecadados com a taxa extraordinária, visando a extinção da dívida tarifária do Sistema Elétrico Nacional, caberia à EDP pagar cerca de 60 milhões de euros. A mesma empresa onde trabalham vários ex-governantes do PS.
Desde logo António Vitorino, ex-ministro da Defesa Nacional, que é membro do Conselho Geral e de Supervisão da EDP e presidente da Mesa da Assembleia Geral da EDP. O vice-presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP é Luís Amado, outro ex-ministro da Defesa Nacional (e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros) em governos do PS.
Augusto Mateus, ex-ministro da Economia, também integra o Conselho Geral e de Supervisão da EDP. Quanto a Francisco Seixas da Costa, ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus, desde abril de 2016 que exerce o cargo de administrador não-executivo da EDP Renováveis, onde estão concentrados os negócios da EDP no setor das energias renováveis.
Por sua vez, João Marques da Cruz (administrador executivo da EDP) não é um ex-governante, mas é um militante do PS e apoiante de Costa. Na noite de 28 de setembro de 2014, Marques da Cruz festejou a vitória de Costa nas eleições diretas contra António José Seguro, empunhando uma bandeira do PS junto ao Fórum Lisboa (quartel-general da candidatura de Costa), como relatou na altura a Rádio Renascença.
“Estas eleições são a prova de que quando os partidos se abrem às pessoas, a adesão é sempre boa. Nasce um novo ciclo para o PS e para o país”, disse Marques da Cruz. “Numa campanha em que as acusações de promiscuidade entre negócios e política foram feitas a António Costa, nomeando apoiantes que o personificam, sendo Marques da Cruz administrador da EDP, não se sentiu atingido?”,perguntou a jornalista da Rádio Renascença. “Separo totalmente as minhas responsabilidades como cidadão e profissionais. Estou cá como cidadão“, respondeu Marques da Cruz.
Enquanto administrador da EDP, desta vez Marques da Cruz também terá festejado a vitória de Costa sobre a proposta do BE, negociada por Jorge Seguro Sanches, actual secretário de Estado da Energia (e, por ironia do destino, primo de António José Seguro).
Muitos outros ex-governantes ou ex-políticos (do PS, como do PSD e do CDS-PP) foram recrutados pela EDP (antes e depois da privatização) ao longo das últimas décadas. Por exemplo, o atual presidente executivo da EDP, António Mexia, foi ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações num Governo de coligação entre o PSD e o CDS-PP. Aliás, Mexia foi nomeado presidente do Conselho de Administração da EDP em 2005, menos de um ano depois de ter cessado funções governativas. E o presidente do Conselho Geral e de Supervisão, Eduardo Catroga, foi ministro das Finanças do PSD.
Mais discreta foi a passagem de Vital Moreira (ex-deputado e ex-eurodeputado do PS) pelo Conselho de Supervisão da EDP, entre 2007 e 2009. Curiosamente, Moreira foi uma das vozes do PS que alertaram nos últimos dias para os riscos inerentes à proposta do BE.“Iria gerar seguramente pedidos de indemnização por responsabilidade extracontratual do Estado“, sublinhou Moreira no dia 28 de novembro, em texto publicado no blogue “Causa Nossa”. “Que o BE tenha congeminado esta brilhante solução de ‘expropriação por via fiscal’, isso faz parte do irresponsável radicalismo antinegócios, típico da agremiação. Que o PS se tenha associado a ela até quase ao final, caindo na tentação da leviandade política, de que só à última hora recuou, já é bastante mais inquietante. Afinal, o esquerdismo pega-se por contacto”, escreveu Moreira, antigo militante do PCP.CABEDELO DO BETÃO, O FUTURO?..
Betão, lixo espalhado pelos espaços públicos (ruas, avenidas, jardins,etc.) implantação de muros e divisórias - enfim, uma atmosfera suja e pesada...
Esta é a visão da cidade da Figueira da Foz, oito anos depois de João Ataíde ter assumido o cargo de presidente da câmara!
Oito anos e picos depois, é nisso que, uma câmara que não é socialista nem uma pessoa de bem, quer transformar um reduto especial, como ainda é o Cabedelo, em mais um mártir ambiental no nosso concelho, não recuando perante nada, nem mesmo a evidência das coisas, cometendo mais um atentando paisagístico e ambiental.
Recordo a quem de direito, que uma cidade é sempre, pelo menos, dual.
Tem uma zona cosmopolita e tem, por assim dizer, outras mais características, a que se costuma designar como típicas.
O tipicismo é a profunda genuinidade...
É onde reside a alma de uma cidade como a Figueira, a sua verdade que se tem que manter, sob pena dela se descaracterizar.
É isto que o Cabedelo é: genuíno, assim como está, com o Parque de Campismo, que foi, já lá vão quase 30 anos, que deu vida e alma ao Cabedelo, como todas as suas valências, incluindo a onda de surf.
Será que vamos consentir que, aqui, também passe a vigorar a lei do mais forte?..
Esta é a visão da cidade da Figueira da Foz, oito anos depois de João Ataíde ter assumido o cargo de presidente da câmara!
Oito anos e picos depois, é nisso que, uma câmara que não é socialista nem uma pessoa de bem, quer transformar um reduto especial, como ainda é o Cabedelo, em mais um mártir ambiental no nosso concelho, não recuando perante nada, nem mesmo a evidência das coisas, cometendo mais um atentando paisagístico e ambiental.
Recordo a quem de direito, que uma cidade é sempre, pelo menos, dual.
Tem uma zona cosmopolita e tem, por assim dizer, outras mais características, a que se costuma designar como típicas.
O tipicismo é a profunda genuinidade...
É onde reside a alma de uma cidade como a Figueira, a sua verdade que se tem que manter, sob pena dela se descaracterizar.
É isto que o Cabedelo é: genuíno, assim como está, com o Parque de Campismo, que foi, já lá vão quase 30 anos, que deu vida e alma ao Cabedelo, como todas as suas valências, incluindo a onda de surf.
Será que vamos consentir que, aqui, também passe a vigorar a lei do mais forte?..
Os “esquemas” dos profissionais da política... (II)
Por cá é mais o sobrinho do PC e a filha do PAM...
Recuando uns anos, recordam-se do assessor Miguel Almeida?
Penso que muita gente saberá que o Município de Lisboa, entre 09.01.2012 e 31.10.2013, pagou durante 670 dias (um ano e 10 meses) a Miguel Almeida 66 000 Euros, para Miguel Almeida andar a fazer campanha para as autárquicas na Figueira.
Miguel Almeida deveria andar com
problemas de emprego e o seu partido arranjou-lhe um
Contrato de prestação de serviços de assessoria nas áreas de ambiente e
energias no gabinete dos vereadores PPD/PSD na Câmara de Lisboa.
Pagou a Câmara de Lisboa, isto é, os
contribuintes.
Mesmo assim, antes a Câmara que a Misericórdia...
Mesmo assim, antes a Câmara que a Misericórdia...
Ninguém gosta muito de falar sobre
estes assuntos.
Desde já um aviso: isto não é nada contra ou em desabono de Miguel Almeida.
A política não pode ser feita só
pelos ricos.
As pessoas têm contas a pagar.
Alguém tem de pagar.
Mas quem?
Os privados?
Isso tem sempre um custo...
Os contribuintes, como foi o caso?
Isso também tem sempre um custo...
Como achamos que ninguém deve pagar,
valemo-nos de “esquemas”...
A democracia, qualquer dia, só será acessível aos chamados “profissionais da política”.
A democracia, qualquer dia, só será acessível aos chamados “profissionais da política”.
Da direita à esquerda.
O sistema profissionalizou-se e exige dedicação a tempo inteiro – como foi o caso: entre a eleição interna e as autárquicas de outubro de 2013, o político Miguel Almeida passou largo meses "a tempo inteiro" em campanha.
Temos de ser realistas e concretos: como isto funciona, só um político a tempo inteiro ou um detentor de um emprego público tem condições de fazer campanha para um cargo político de relevo como é a presidência da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Nós, os normais, ou somos ricos, ou temos pais ricos, ou temos de ir trabalhar todos os dias, ou vamos ao Totta...
Quer queiramos, quer não, estamos entregues a profissionais da política – Cavaco Silva, Passos Coelho, António José Seguro, António Costa, Paulo Portas – e depois limitamo-nos a queixar que os políticos não percebem nada da vida real. O que é verdade.
Como em tudo na vida, há a excepção que confirma a regra - os funcionários públicos.
Aqui na Figueira, o Município de Lisboa, entre 09.01.2012 e 31.10.2013, pagou a Miguel Almeida 66 000 Euros, para Miguel Almeida andar a fazer campanha para as autárquicas de 2013, que se realizaram no dia 29 de setembro.
Nada de mais aceitável, compreensível e justo. Alguém tinha de o fazer. Isto, é: alguém tinha de pagar.
Antes a Câmara de Lisboa do que a Misericórdia...
Percebem porque é que isto funciona assim?
Percebem agora porque é que, também, cá pela Figueira, alguns assuntos - como o caso Figueira DOMUS - são tratados com "paninhos quentes" - como diz o povo...
Cá pra mim, que não percebo nada destes assuntos, devem existir muitos telhados de vidro na democracia figueirense e portuguesa...
Na Aldeia, na Figueira, em todo o Portugal continental e nas ilhas adjacentes...
O sistema profissionalizou-se e exige dedicação a tempo inteiro – como foi o caso: entre a eleição interna e as autárquicas de outubro de 2013, o político Miguel Almeida passou largo meses "a tempo inteiro" em campanha.
Temos de ser realistas e concretos: como isto funciona, só um político a tempo inteiro ou um detentor de um emprego público tem condições de fazer campanha para um cargo político de relevo como é a presidência da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Nós, os normais, ou somos ricos, ou temos pais ricos, ou temos de ir trabalhar todos os dias, ou vamos ao Totta...
Quer queiramos, quer não, estamos entregues a profissionais da política – Cavaco Silva, Passos Coelho, António José Seguro, António Costa, Paulo Portas – e depois limitamo-nos a queixar que os políticos não percebem nada da vida real. O que é verdade.
Como em tudo na vida, há a excepção que confirma a regra - os funcionários públicos.
Aqui na Figueira, o Município de Lisboa, entre 09.01.2012 e 31.10.2013, pagou a Miguel Almeida 66 000 Euros, para Miguel Almeida andar a fazer campanha para as autárquicas de 2013, que se realizaram no dia 29 de setembro.
Nada de mais aceitável, compreensível e justo. Alguém tinha de o fazer. Isto, é: alguém tinha de pagar.
Antes a Câmara de Lisboa do que a Misericórdia...
Percebem porque é que isto funciona assim?
Percebem agora porque é que, também, cá pela Figueira, alguns assuntos - como o caso Figueira DOMUS - são tratados com "paninhos quentes" - como diz o povo...
Cá pra mim, que não percebo nada destes assuntos, devem existir muitos telhados de vidro na democracia figueirense e portuguesa...
Na Aldeia, na Figueira, em todo o Portugal continental e nas ilhas adjacentes...
sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
Jardim municipal, vira jardim de Natal!..
O Jardim de Natal
volta a partilhar a magia
desta época do ano pelos
figueirenses e visitantes,
a partir de hoje até ao dia
24 (Natal, é quando o homem quiser!..).
Este ano, há uma novidade: a Embaixada da Finlândia, país associado o Pai Natal, marca presença no evento através da realização de pequenas partidas do jogo tradicional “mölkky” e exibição de um dos seus mais populares filmes de Natal dos últimos tempos – “Niko e o pequeno traquinas”.
O Jardim do Natal 2017 realiza-se no âmbito de uma parceria entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, com o apoio da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião, Águas da Figueira, Santiago Bikes, Magenta, escolas e colectividades, associações e instituições locais.
A empresa municipal Figueira Parque associa-se ao evento através da isenção do pagamento de estacionamento em determinadas horas e zonas da cidade.
Este ano, há uma novidade: a Embaixada da Finlândia, país associado o Pai Natal, marca presença no evento através da realização de pequenas partidas do jogo tradicional “mölkky” e exibição de um dos seus mais populares filmes de Natal dos últimos tempos – “Niko e o pequeno traquinas”.
O Jardim do Natal 2017 realiza-se no âmbito de uma parceria entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, com o apoio da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião, Águas da Figueira, Santiago Bikes, Magenta, escolas e colectividades, associações e instituições locais.
A empresa municipal Figueira Parque associa-se ao evento através da isenção do pagamento de estacionamento em determinadas horas e zonas da cidade.
Esclarecimentos acerca do socorro à embarcação "Veneza"
Os Deputados na Assembleia da Republica do PSD pelo círculo eleitoral de Coimbra colocaram questões ao Ministro da Administração Interna e ao Ministro da Defesa Nacional acerca do socorro prestado ao naufrágio ocorrido ao largo da Figueira da Foz.
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
Actos ilícitos alegadamente praticados por funcionários, estão a ser investigados pela Autarquia figueirense...
A Câmara da Figueira da Foz tem dois inquéritos em curso sobre suspeitas de actos ilícitos alegadamente praticados por vários funcionários.
Num dos casos, uma denúncia aponta para desvio de dinheiro, por um ou mais elementos da mesma equipa, e favorecimento de amigos através de descontos não contemplados na tabela de preços - entretanto, a diferença já terá sido resposta.
Noutro caso, foi denunciado que um funcionário terá dito a um empresário da Região Centro que era vereador da Câmara da Figueira da Foz, para beneficiar um colega que está sob a sua alçada hierárquica num caso que terá envolvido a requisição de licenças de utilização de espaços públicos para a realização de eventos para uma área muito menor do que aquela que era utilizada, cobrando ao promotor o preço do espaço ocupado.
Isto, já era do conhecimento público em certos meios da sociedade figueirense, mas foi hoje tornado público pelo jornal AS BEIRAS.
Entretanto, fonte da câmara contactada pelo mesmo jornal, informou que "no caso das licenças e do funcionário que se terá apresentado como vereador, um denunciante já terá alterado as declarações iniciais, dando o dito pelo não dito."
Segundo a mesma fonte contactada pelo jornal AS BEIRAS, disse ainda, "que as áreas licenciadas terão sido ratificadas e a diferença foi paga."
Ainda de acordo com o mesmo jornal, "o gabinete da presidência, confirmou que aqueles dossiês encontram-se em fase de inquérito, para se aferir a idoneidade das denúncias e a veracidade dos fatos. Se forem validadas, serão abertos processos disciplinares."
A propósito de processos disciplinares, o mesmo jornal informa na edição de hoje, que "está em curso um, tendo como alvo um funcionário suspeito de se ter apropriado de receitas geradas por um dos equipamentos municipais, prática que se terá repetido durante vários meses, cujo montante não foi possível apurar."
Entretanto, "o inquirido foi transferido para outro serviço, enquanto aguarda o desfecho do processo".
Questionado sobre se a autarquia vai enviar os processos para o Ministério Público, caso as suspeitas se confirmem, "o gabinete da presidência respondeu que cabe ao relator dos processos indicar as sanções a aplicar e os trâmites a seguir. Garantiu, no entanto, que "se as suspeitas se confirmarem, não haverá impunidade para os envolvidos."
O jornal AS BEIRAS optou por não mencionar os nomes dos suspeitos, por gozarem da presunção de inocência, nem dos departamentos e divisões municipais onde trabalham, para não se generalizarem as suspeitas.
Ao que sei, pelo que corre em certos círculos, todavia isso já é do conhecimento de franjas substanciais da sociedade figueirense há, pelo menos, mais de um mês.
Num dos casos, uma denúncia aponta para desvio de dinheiro, por um ou mais elementos da mesma equipa, e favorecimento de amigos através de descontos não contemplados na tabela de preços - entretanto, a diferença já terá sido resposta.
Noutro caso, foi denunciado que um funcionário terá dito a um empresário da Região Centro que era vereador da Câmara da Figueira da Foz, para beneficiar um colega que está sob a sua alçada hierárquica num caso que terá envolvido a requisição de licenças de utilização de espaços públicos para a realização de eventos para uma área muito menor do que aquela que era utilizada, cobrando ao promotor o preço do espaço ocupado.
Isto, já era do conhecimento público em certos meios da sociedade figueirense, mas foi hoje tornado público pelo jornal AS BEIRAS.
Entretanto, fonte da câmara contactada pelo mesmo jornal, informou que "no caso das licenças e do funcionário que se terá apresentado como vereador, um denunciante já terá alterado as declarações iniciais, dando o dito pelo não dito."
Segundo a mesma fonte contactada pelo jornal AS BEIRAS, disse ainda, "que as áreas licenciadas terão sido ratificadas e a diferença foi paga."
Ainda de acordo com o mesmo jornal, "o gabinete da presidência, confirmou que aqueles dossiês encontram-se em fase de inquérito, para se aferir a idoneidade das denúncias e a veracidade dos fatos. Se forem validadas, serão abertos processos disciplinares."
A propósito de processos disciplinares, o mesmo jornal informa na edição de hoje, que "está em curso um, tendo como alvo um funcionário suspeito de se ter apropriado de receitas geradas por um dos equipamentos municipais, prática que se terá repetido durante vários meses, cujo montante não foi possível apurar."
Entretanto, "o inquirido foi transferido para outro serviço, enquanto aguarda o desfecho do processo".
Questionado sobre se a autarquia vai enviar os processos para o Ministério Público, caso as suspeitas se confirmem, "o gabinete da presidência respondeu que cabe ao relator dos processos indicar as sanções a aplicar e os trâmites a seguir. Garantiu, no entanto, que "se as suspeitas se confirmarem, não haverá impunidade para os envolvidos."
O jornal AS BEIRAS optou por não mencionar os nomes dos suspeitos, por gozarem da presunção de inocência, nem dos departamentos e divisões municipais onde trabalham, para não se generalizarem as suspeitas.
Ao que sei, pelo que corre em certos círculos, todavia isso já é do conhecimento de franjas substanciais da sociedade figueirense há, pelo menos, mais de um mês.
A morte de Belmiro de Azevedo e a votação do voto de pesar no Parlamento
O empresário português Belmiro de Azevedo, um português com grande visão para o negócio e um explorador dos necessitados, morreu, ontem, aos 79 anos, no Hospital da CUF, no Porto, onde estava internado desde segunda-feira.
Também ontem, o Parlamento aprovou um voto de pesar pela sua morte.
No entanto a votação não foi unânime.
O PCP votou contra o voto de pesar pela morte de Belmiro de Azevedo, enquanto BE e Verdes se abstiveram. As restantes bancadas parlamentares (PSD, CDS, PS e PAN) votaram a favor, o que conduziu à aprovação do voto de pesar apresentado pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.
Paz à sua alma.
A proposta e aprovação do "voto de pesar" no Parlamento, foi algo de muito significativo e marcante sobre o que é Portugal.
1. Confirma a inversão total de valores da sociedade em que vivemos.
2. Confirma a ausência de Política nas nossas Vidas.
3. Confirma a submissão da Política ao Poder Económico.
4. Confirma que a maioria da "classe política", ligada ao tal bloco central do poder, que tem decidido as nossas vidas ao longo de décadas, mais não é do que o somatório de funcionários - ou candidatos a... - dos Poderes Económicos que, há muito tempo e cada vez mais, "mandam nisto tudo"!..
5. Para além de ser ultrajante para o povo viver numa sociedade assim, não dá tranquilidade a ninguém.
Um "voto de pesar" no Parlamento, deveria ser só para figuras Grandes.
Não para figuras MUITO RICAS!
Essas, têm o destaque no local próprio: na Forbes.
As homenagens no Parlamento, a Casa da Democracia, deveriam deveriam estar balizadas por outros valores, que não a conta bancária...
Portugal precisava de uma maior intervenção da sociedade civil na política, pois esse é o único caminho para libertar o poder político da esfera das "grandes corporações financeiras".
Também ontem, o Parlamento aprovou um voto de pesar pela sua morte.
No entanto a votação não foi unânime.
O PCP votou contra o voto de pesar pela morte de Belmiro de Azevedo, enquanto BE e Verdes se abstiveram. As restantes bancadas parlamentares (PSD, CDS, PS e PAN) votaram a favor, o que conduziu à aprovação do voto de pesar apresentado pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.
Paz à sua alma.
A proposta e aprovação do "voto de pesar" no Parlamento, foi algo de muito significativo e marcante sobre o que é Portugal.
1. Confirma a inversão total de valores da sociedade em que vivemos.
2. Confirma a ausência de Política nas nossas Vidas.
3. Confirma a submissão da Política ao Poder Económico.
4. Confirma que a maioria da "classe política", ligada ao tal bloco central do poder, que tem decidido as nossas vidas ao longo de décadas, mais não é do que o somatório de funcionários - ou candidatos a... - dos Poderes Económicos que, há muito tempo e cada vez mais, "mandam nisto tudo"!..
5. Para além de ser ultrajante para o povo viver numa sociedade assim, não dá tranquilidade a ninguém.
Um "voto de pesar" no Parlamento, deveria ser só para figuras Grandes.
Não para figuras MUITO RICAS!
Essas, têm o destaque no local próprio: na Forbes.
As homenagens no Parlamento, a Casa da Democracia, deveriam deveriam estar balizadas por outros valores, que não a conta bancária...
Portugal precisava de uma maior intervenção da sociedade civil na política, pois esse é o único caminho para libertar o poder político da esfera das "grandes corporações financeiras".
O desemprego causado pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, no Cabedelo, é um problema de consciência e reputação para os seus responsáveis
Na passada quinta-feira, escrevi numa postagem que a câmara da Figueira não é socialista nem uma pessoa de bem.
E expliquei porquê.
Enquanto, a sul da Praia da Cova há uma erosão das dunas que anda a deixar os moradores com o credo na boca, e não há notícias de que haja a mínima preocupação com o assunto mais importante para os habitantes que moram a sul do concelho - Cova,Gala, Costa de Lavos e Leirosa -, no Cabedelo, está em curso uma mirabolante requalificação, que já foi isto, aquilo, tudo e mais alguma coisa e, agora, ao que parece se resume em encerrar um parque de campismo, que está no local há 30 anos, para colocar numa pequeníssima área desse mesmo espaço outros bares, putativamente, pertencentes a gente da "cor"... (eu até sei de uma história que provava que isto não está acontecer por acaso, mas vou deixar que aconteça mesmo...), ao que dizem um hostel para 11 quartos, aproveitando o edifício sede do parque Foz do Mondego e a actual esplanada, e a ligação por estrada pelo interior da lota...
Alguém me consegue explicar bem (eu sei que sou muiiita burro!...) em que é que isso colide com o parque de campismo?
É que com esta brincadeira vão ficar em causa postos de trabalho.
No inverno 15 e no verão mais de 30. De pessoas, na sua maioria, a quem vai ser extremamente difícil arranjar outro posto de trabalho.
É pouco senhor presidente da câmara?...
Vamos ver quantos novos postos de trabalho vão ser criados com os 2 milhões seiscentos mil euros que se vão gastar no Cabedelo...
Aliás, para que fique explícito, os senhores vereadores deste executivo não fazem a mínima ideia do que custa a vida para um cidadão normal. Mais: que eu tenha conhecimento, nenhum dos senhores vereadores deste executivo criou, sequer, um posto de trabalho no decorrer de todas as suas vidas. Eu não criei muitos: durante anos, criei dois e mantive-os.
Quando escrevi isto, estava a pensar nos trabalhadores que vão ser mandados para o desemprego. E que, por via disso, alguns, os mais idosos, que já trabalham no Cabedelo há 30 anos, vão passar o resto da vida que lhes resta na angústia de perderem a reforma ou de a verem drasticamente diminuída. Estava a pensar nos mais jovens, que vão deixar o seu país em busca de trabalho no estrangeiro ou, se ficarem por cá, vão ficar na expectativa de arranjar um emprego que os fará mergulhar para sempre na espiral da precariedade, da insegurança e da exploração.
Estava a pensar no sofrimento destas pessoas. Que têm nome. É o Raul, o Robalo, a Graça, a Albertina, a Sónia, o Miranda, a Celestina e a Denise. Isto, no Parque de Campismo. Na Cantina Bar, é o Tiago, a Helena, o Luís, o Carlos, a Rosalina, a Cristela e a Ana.
Isto, nesta altura. No Verão, são mais alguns.
Será que tudo isto vai ser resolvido pelo vosso tal de Gabinete de Inserção Social? E será que esse sofrimento vai desaparecer completamente?
Os senhores vereadores da Câmara Municipal, responsáveis por esta tomada de posição da edilidade figueirense têm dois problemas com que se vão defrontar e que, se fosse eu, me preocuparia para toda a vida: a consciência e a reputação.
Porque a consciência é o que vocês são. E a reputação é o que os outros pensam de vocês...
E expliquei porquê.
Enquanto, a sul da Praia da Cova há uma erosão das dunas que anda a deixar os moradores com o credo na boca, e não há notícias de que haja a mínima preocupação com o assunto mais importante para os habitantes que moram a sul do concelho - Cova,Gala, Costa de Lavos e Leirosa -, no Cabedelo, está em curso uma mirabolante requalificação, que já foi isto, aquilo, tudo e mais alguma coisa e, agora, ao que parece se resume em encerrar um parque de campismo, que está no local há 30 anos, para colocar numa pequeníssima área desse mesmo espaço outros bares, putativamente, pertencentes a gente da "cor"... (eu até sei de uma história que provava que isto não está acontecer por acaso, mas vou deixar que aconteça mesmo...), ao que dizem um hostel para 11 quartos, aproveitando o edifício sede do parque Foz do Mondego e a actual esplanada, e a ligação por estrada pelo interior da lota...
Alguém me consegue explicar bem (eu sei que sou muiiita burro!...) em que é que isso colide com o parque de campismo?
É que com esta brincadeira vão ficar em causa postos de trabalho.
No inverno 15 e no verão mais de 30. De pessoas, na sua maioria, a quem vai ser extremamente difícil arranjar outro posto de trabalho.
É pouco senhor presidente da câmara?...
Vamos ver quantos novos postos de trabalho vão ser criados com os 2 milhões seiscentos mil euros que se vão gastar no Cabedelo...
Aliás, para que fique explícito, os senhores vereadores deste executivo não fazem a mínima ideia do que custa a vida para um cidadão normal. Mais: que eu tenha conhecimento, nenhum dos senhores vereadores deste executivo criou, sequer, um posto de trabalho no decorrer de todas as suas vidas. Eu não criei muitos: durante anos, criei dois e mantive-os.
JOÃO ATAÍDE/CARLOS MONTEIRO/ANA CARVALHO/MAFALDA AZENHA/NUNO GONÇALVES/MIGUEL PEREIRA EXECUTIVO CAMARÁRIO FIGUEIRENSE (QUADRIÉNIO 2017-2021) |
Quando escrevi isto, estava a pensar nos trabalhadores que vão ser mandados para o desemprego. E que, por via disso, alguns, os mais idosos, que já trabalham no Cabedelo há 30 anos, vão passar o resto da vida que lhes resta na angústia de perderem a reforma ou de a verem drasticamente diminuída. Estava a pensar nos mais jovens, que vão deixar o seu país em busca de trabalho no estrangeiro ou, se ficarem por cá, vão ficar na expectativa de arranjar um emprego que os fará mergulhar para sempre na espiral da precariedade, da insegurança e da exploração.
Estava a pensar no sofrimento destas pessoas. Que têm nome. É o Raul, o Robalo, a Graça, a Albertina, a Sónia, o Miranda, a Celestina e a Denise. Isto, no Parque de Campismo. Na Cantina Bar, é o Tiago, a Helena, o Luís, o Carlos, a Rosalina, a Cristela e a Ana.
Isto, nesta altura. No Verão, são mais alguns.
Será que tudo isto vai ser resolvido pelo vosso tal de Gabinete de Inserção Social? E será que esse sofrimento vai desaparecer completamente?
Os senhores vereadores da Câmara Municipal, responsáveis por esta tomada de posição da edilidade figueirense têm dois problemas com que se vão defrontar e que, se fosse eu, me preocuparia para toda a vida: a consciência e a reputação.
Porque a consciência é o que vocês são. E a reputação é o que os outros pensam de vocês...
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