Anda por aí uma polémica danada com um tal de Nuno Carvalho, boss da Padaria Portuguesa.
Nunca entrei num estabelecimento desse senhorito.
Pessoalmente, portanto, não poderia ser mais favorável a um boicote generalizado à Padaria Portuguesa, algo que, aliás, pelos vistos, sempre pratiquei.
Não por causa das opiniões sobre o salário mínimo de um dos seus donos, mas apenas porque, apesar de estar na moda junto de gente sem bom gosto, os chamados in, aquilo que oferece, ao que me disse quem já lá foi, não vale nem metade do seu preço.
Quanto ao resto, apenas diria o seguinte ao senhorito que anda para aí a disparatar...
Não são apenas os investidores que têm direito a ser bem e dignamente remunerados.
Sem dignidade do trabalho - que passa obviamente também por uma digna remuneração - não há justiça, nem países europeus modernos, desenvolvidos e civilizados...
sábado, 28 de janeiro de 2017
Bom sábado
A vida, todas as vidas, é uma sucessão de dias que se repetem. A vida, todas as vidas, tem poucos momentos empolgantes. Por isso mesmo, exactamente por serem poucos, é que devemos estar preparados para os fruirmos com a intensidade com que têm de ser vividos. Temos de perceber, enquanto temos tempo para isso, que os raros momentos de felicidade que fazem com que a vida, todas as vidas, mereça ser vivida, têm que ser vividos sem filtros, pois são absolutamente imperdíveis.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
Eleições ...
Para ler melhor, clicar na imagem sacada daqui |
Amigos, leitores, companheiros, detractores e palhaços que habitam neste concelho que, daqui até outubro p. f., não será mais do que uma arena de circo (e nós todos espectadores, alguns participantes e, outros, intervenientes).
Por este meio venho desejar, do fundo do coração, que passe depressa este ano de 2017, que ainda agora acabou de começar, mas está a ser lastimoso, com a maior das alegrias, e que entremos no Ano de 2018 com toda a pujança que nos permita, juntos, pensar em erguer, de novo, este nosso concelho da Figueira da Foz!
Um pedido.
Por favor, não liguem...
Estou traumatizado pela época de Eleições que atravessamos!..
Confesso que ando perturbado por 40 anos de votações de eleitores mais influenciados e seduzidos por sonhos do que por mensagens baseadas em promessas realísticas ou em obra feita.
Agora, só agora, vejam o quanto burro eu não sou!, é que começo a perceber os resultados eleitorais, ao longo dos anos, na Figueira!..
PEDRO AGOSTINHO CRUZ...
PEDRO AGOSTINHO CRUZ, já não é um menino. Os anos, entretanto, passaram e tornou-se num assumido fotojornalista, que cresceu e aperfeiçoou o seu profissionalismo e o sentido de cidadania: quem o conhece a nível profissional, sabe que trabalhou sempre com grande ética, rigor e dedicação. Daí, que a qualidade daquilo que faz - a arte de trabalhar para o “boneco” - seja a que muitos já conhecem.
Ao contrário do que muitos chegaram a pensar, eu não sou o pai espiritual do Pedro Agostinho Cruz. Sou, apenas, "o tio Tó", como ele sempre me tratou desde tenra idade.
Como é óbvio, sempre estive atento ao Pedro.
Todavia, ele foi sempre pouco expansivo e muito cioso do seu mundo. Raramente fala, em profundidade, dos seus projectos de vida. Eu, sempre fiz o que tinha que fazer: respeitar o espaço dele. Quando ele precisa, sabe que tem aqui o "tio Tó" disponível.
Mas, claro, tenho estado atento.
Por isso, tenho observado, com apreço, a sua capacidade e disciplina no trabalho.
Tem trabalhado - e muito - não para as necessidades que a sociedade de consumo nos cria. Aqueles óculos fantásticos; aquele relógio magnífico, que dá horas certas como outro qualquer; aquela T-Shirt, capaz de nos fazer sentir especiais; o carrinho dos nossos sonhos, que nos leva rapidamente à confusão do trânsito; aquela casa, que será nossa ao fim de 40 anos, e que nessa altura não valerá um chavo, apesar de termos pago por ela, em suaves prestações, mais do dobro do seu preço; aquele telemóvel, descartável dentro de 6 meses...
Tenho observado, com distância, a sua necesssidade de viver a carreira profissional com valores e sentimentos...
Por vezes interrogo-me: o que leva um jovem, ainda em início de carreira, num meio tão difícil, selvagem e hostil, a tentar seguir o seu percurso profissional por este caminho?
Que valor têm esses valores na actual sociedade avançada em que todos andamos a tentar conseguir sobreviver?
Tenho mais interrogações do que respostas. Talvez, um dia, se ele estiver aberto a tal, tenhamos uma conversa sobre o tema.
Portanto, para tentar concluir algo vali-me da experiência de vida e pensei (às vezes penso, sabiam?..): a dignidade de um homem está no seu âmago. Pode-se tentar humilhar, ofender, maltratar, ignorar uma pessoa, mas nunca se lhe retira a dignidade, já que ela lhe é intrínseca.
Entretanto, como a prosa já vai estendida, e nesta parte parte final me deu para falar de minudências sem interesse, termino-a por aqui.
Não podemos esquecer que, quase 43 anos depois de Abril de 1974, aqui na Figueira, circulamos em piso escorregadio. E pouca gente se arrisca a andar à vontade num piso assim...
Confesso que é difícil um gajo manter-se lúcido com tanta coisa notável que é oferecida de hora a hora na Figueira!.. (III)
Em 2019, e com as iniciativas anteriores já consolidadas, a Figueira da Foz pretende assumir-se como a sede da European Beach Sports Cities Network.
O "Figueira Beach Sports City" vai beneficiar de um conjunto de intervenções já realizadas ou a realizar no areal e zona envolvente, no âmbito dos financiamentos obtidos pela Autarquia junto do Turismo de Portugal e através do Contrato do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU). «Em termos de investimento municipal, o "Figueira Beach Sports City" tem um orçamento de cerca de 10.000€, destinado a dotar as duas zonas desportivas de sinalética e equipamentos adequados. Posteriormente, acreditamos, será possível candidatar o projeto a apoios específicos para intercâmbios e outras atividades», afirmou João Ataíde. «O importante é valorizar as estruturas que temos, as obras que fazemos e as condições da Figueira da Foz para a potenciar enquanto destino turístico líder e enquanto marca, contribuindo para o estímulo da economia e para o desenvolvimento local numa lógica de menor sazonalidade, garantindo um afluxo regular de turistas num período que estimamos que possa ir de abril a outubro de cada ano», concluiu."
Nota de rodapé.
"Aquilo que é chamado populismo não tem entrado no nosso país, entre outras razões, porque há poder local democrático. Tem sido fusível de segurança da democracia portuguesa", afirmou o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, numa intervenção no encerramento da conferência nacional "40 anos do poder local democrático", em Loures.
Não podia discordar mais do presidente Marcelo.
Existe populismo no país. Em especial no poder local.
PSD: o seguro de vida da geringonça?..
"As bancadas do PS e do PSD vão chumbar o regresso dos 25 dias de férias para os sectores público e privado. Actualmente, os trabalhadores portugueses têm direito a 22 dias de férias. O PCP acusa o PS de se aliar às bancadas da direita."
Nota de rodapé.
Registe-se: um dia depois de se ter aliado ao Bloco, ao PCP, aos Verdes e ao PN, para chumbar a descida da TSU, o PSD anunciou que vai aliar-se ao PS e votar contra a reposição dos três dias de férias que foram retirados há cinco anos!
Nota de rodapé.
Registe-se: um dia depois de se ter aliado ao Bloco, ao PCP, aos Verdes e ao PN, para chumbar a descida da TSU, o PSD anunciou que vai aliar-se ao PS e votar contra a reposição dos três dias de férias que foram retirados há cinco anos!
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Confesso que é dificil um gajo manter-se lúcido com tanta coisa notável que é oferecida de hora a hora na Figueira!.. (II)
Figueira Beach Sports City é um projecto que Rui Loureiro, ligado à organização do Figueira Beach Rugby, elaborou a convite da autarquia e que tem como objectivo promover a cidade como destino turístico dos desportos de areia e proporcionar aos residentes condições para a prática de diversas modalidades no extenso areal urbano.
O conceito inclui um centro de alto rendimento, tendo o parque municipal de campismo como base (com bangalôs, piscina e ginásio), ao qual deverão juntar-se unidades hoteleiras, para receber estágios de seleções e clubes, nacionais e estrangeiros.
O Figueira Beach Sports City foi apresentado no salão nobre da câmara.
João Ataíde destacou que a Figueira da Foz já é conhecida pelo torneio internacional de râguebi de praia, defendendo a valorização do areal para outras modalidades e para o “usufruto público”. (Via AS BEIRAS)
Dentro do espírito de colaboração que caracteriza este espaço, deixo a sugestão abaixo, que apresenta potencial necessário para mudar de vez toda a vida figueirense.
O conceito inclui um centro de alto rendimento, tendo o parque municipal de campismo como base (com bangalôs, piscina e ginásio), ao qual deverão juntar-se unidades hoteleiras, para receber estágios de seleções e clubes, nacionais e estrangeiros.
O Figueira Beach Sports City foi apresentado no salão nobre da câmara.
João Ataíde destacou que a Figueira da Foz já é conhecida pelo torneio internacional de râguebi de praia, defendendo a valorização do areal para outras modalidades e para o “usufruto público”. (Via AS BEIRAS)
Dentro do espírito de colaboração que caracteriza este espaço, deixo a sugestão abaixo, que apresenta potencial necessário para mudar de vez toda a vida figueirense.
Uma sugestão, apenas uma sugestão... Fica à atenção de quem de direito...
Não é preciso muito, para algo nos chamar a atenção.
Tem é que haver uma simbiose, uma atracção, uma identificação entre nós e o foco dessa atenção.
Aquilo que nos prende o olhar é o importante...
O acaso existe?
Para mim existe.
Já quanto à coincidência, tenho as minhas dúvidas...
Reparem na harmonia existente entre a falta de tinta para sinalizar a passadeira, que com alguma dificuldade ainda se nota na foto, e o poste.
Para quem conhece o local, o poste, funciona como elemento perfeito de identificação da passadeira com falta de tinta.
Este, é o equilíbrio que poderia ser procurado a nível geral, na cidade e no resto do concelho: registe-se e sublinhe-se, neste caso, a complementaridade desses dois equipamentos - a passadeira sem tinta e um poste - como contributo inestimável para a segurança dos peões figueirenses.
Que tal, dada a falta de manutenção das passadeiras para atravessamento de peões nas ruas e avenidas do nosso concelho, inventar uma lei que torne obrigatório a colocação de postes a identificar as passadeiras?..
Tem é que haver uma simbiose, uma atracção, uma identificação entre nós e o foco dessa atenção.
Aquilo que nos prende o olhar é o importante...
O acaso existe?
Para mim existe.
Já quanto à coincidência, tenho as minhas dúvidas...
Reparem na harmonia existente entre a falta de tinta para sinalizar a passadeira, que com alguma dificuldade ainda se nota na foto, e o poste.
Para quem conhece o local, o poste, funciona como elemento perfeito de identificação da passadeira com falta de tinta.
Este, é o equilíbrio que poderia ser procurado a nível geral, na cidade e no resto do concelho: registe-se e sublinhe-se, neste caso, a complementaridade desses dois equipamentos - a passadeira sem tinta e um poste - como contributo inestimável para a segurança dos peões figueirenses.
Que tal, dada a falta de manutenção das passadeiras para atravessamento de peões nas ruas e avenidas do nosso concelho, inventar uma lei que torne obrigatório a colocação de postes a identificar as passadeiras?..
Esta nossa barra, ai esta nossa barra!.. Esta nossa barra...
Rui Curado da Silva, hoje no jornal AS BEIRAS.
"Um vídeo captado a passada semana pela associação SOS Cabedelo mostra um cargueiro em dificuldades a renunciar à entrada na barra, depois da rebentação o ter desviado subitamente da sua trajetória em direção ao Porto Comercial. Dois meses depois de 180 mil euros investidos em dragagens ficam enormes dúvidas sobre o alcance deste investimento e sobre a configuração atual da barra. Entretanto na mesma semana, a equipa do arquiteto Miguel Figueira apresentou perante uma comissão parlamentar a solução de transferência de areia em excesso na Praia da Claridade para o Cabedelo através de bypass. Os deputados presentes não ficaram indiferentes aos argumentos apresentados e existe agora a expetativa de elaboração de um projeto de recomendação a favor desta solução."
Nota de rodapé.
Esta nossa barra!..
Na Figueira, há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra...
Vou recuar até ao já longínquo ano de 1996.
Manuel Luís Pata, no extinto Correio da Figueira, a propósito da obra, entretanto concretizada, do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava então isto.
“Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”
No PS é assim. Nos outros, é mais ou menos igual...
Na imagem sacada da edição do Diário de Coimbra de ontem, está identificado um problema que afecta uma cidade e um concelho que tem o nome de Figueira da Foz.
Nela estão patentes alguns dos problemas básicos e as fragilidades que a democracia que temos não conseguiu resolver.
Os partidos não funcionam e só se agrupam, de 4 em 4 anos, para escolher candidatos.
Isto, depois, tem implicações, pois tem a ver com a escassa qualidade da classe política que tem governado a cidade e o concelho. Uma classe política escolhida desta maneira, só pode resultar em listas formadas por políticos medíocres...
E, depois, admiram-se por mais de 50% do eleitorado não ir votar, o que conduz à desgraça que sabemos: o poder fica nas mãos de uma maioria incompetente!
E já agora, ainda que mal pergunte: o candidato nomeado para a presidência da câmara, no que ao PS diz respeito, que tem fortes hipóteses de ser o futuro presidente de câmara, foi designado, eleito, constituído, proclamado ou escolhido por quem?
Nela estão patentes alguns dos problemas básicos e as fragilidades que a democracia que temos não conseguiu resolver.
Os partidos não funcionam e só se agrupam, de 4 em 4 anos, para escolher candidatos.
Isto, depois, tem implicações, pois tem a ver com a escassa qualidade da classe política que tem governado a cidade e o concelho. Uma classe política escolhida desta maneira, só pode resultar em listas formadas por políticos medíocres...
E, depois, admiram-se por mais de 50% do eleitorado não ir votar, o que conduz à desgraça que sabemos: o poder fica nas mãos de uma maioria incompetente!
E já agora, ainda que mal pergunte: o candidato nomeado para a presidência da câmara, no que ao PS diz respeito, que tem fortes hipóteses de ser o futuro presidente de câmara, foi designado, eleito, constituído, proclamado ou escolhido por quem?
Confesso que é dificil um gajo manter-se lúcido com tanta coisa notável que é oferecida de hora a hora na Figueira!..
A cidade da Figueira da Foz quer assumir-se como uma referência nos desportos de areia.
Ontem, apresentou um projeto nesse sentido, que inclui as vertentes competitivas e de lazer.
O projeto, intitulado “Figueira Beach Sports City”, tem a duração de três anos, até 2019, e inclui a promoção da prática de modalidades como o râguebi, vólei ou futebol de praia, entre outros, no areal da Figueira da Foz, eventos competitivos na praia de Buarcos e a criação de uma escola municipal de desportos de praia.
Na sessão de hoje, o presidente da autarquia, João Ataíde, disse que na Figueira da Foz há hoje uma “separação clara do que é o espaço de praia e antepraia [junto à avenida marginal e mais longe do mar]”, defendendo a valorização da antepraia “para o usufruto do público”.
Por outro lado, o turismo “tem cada vez mais uma perspetiva interativa de ocupação do tempo” e a autarquia achou que podia “tirar vantagem do imenso areal” para ali promover atividades de lazer e competitivas de desportos de areia, afirmou João Ataíde.
“Mas a Figueira da Foz tem de contar, em primeiro nível, com os seus residentes, com os seus cidadãos, os jovens da Figueira são os primeiros destinatários do que se está a promover”, sustentou o autarca.
Ontem, apresentou um projeto nesse sentido, que inclui as vertentes competitivas e de lazer.
O projeto, intitulado “Figueira Beach Sports City”, tem a duração de três anos, até 2019, e inclui a promoção da prática de modalidades como o râguebi, vólei ou futebol de praia, entre outros, no areal da Figueira da Foz, eventos competitivos na praia de Buarcos e a criação de uma escola municipal de desportos de praia.
Na sessão de hoje, o presidente da autarquia, João Ataíde, disse que na Figueira da Foz há hoje uma “separação clara do que é o espaço de praia e antepraia [junto à avenida marginal e mais longe do mar]”, defendendo a valorização da antepraia “para o usufruto do público”.
Por outro lado, o turismo “tem cada vez mais uma perspetiva interativa de ocupação do tempo” e a autarquia achou que podia “tirar vantagem do imenso areal” para ali promover atividades de lazer e competitivas de desportos de areia, afirmou João Ataíde.
“Mas a Figueira da Foz tem de contar, em primeiro nível, com os seus residentes, com os seus cidadãos, os jovens da Figueira são os primeiros destinatários do que se está a promover”, sustentou o autarca.
O SEXO QUE MATA
O maior génio musical e poético da Música Popular da segunda metade do século XX, na opinião de Alfredo Pinheiro Marques, é uma mulher.
A cantora compositora e instrumentista canadiana Joni Mitchell (Roberta Joan Anderson), em 1995 — após vinte e cinco anos sem querer aparecer em qualquer televisão… —, aceitou apresentar uma canção ("Sex Kills") e ser entrevistada na NBC em Los Angeles (no programa "The Tonight Show, with Jay Leno").
Fica, por gentileza do seu responsável máximo, um excerto conservado e transcrito na videoteca do ABCD-Arquivo Biblioteca e Centro de Documentação do CEMAR(Centro de Estudos do Mar), Figueira da Foz, Portugal.
Joni Mitchell, “Sex Kills”, in Turbulent Indigo, 1994 (trad. port. Alfredo Pinheiro Marques, 2012)
Esperando a luz verde do semáforo
Olhei a placa da matrícula
Dizia "Just Ice" (Só Gelo).
É a Justiça só gelo?
Governada pela ganância e a cobiça?
Somente quem é forte fazendo o que quer
E quem é fraco sofrendo o que deve?
E as fugas de gás
E os derrames de petróleo
E o sexo que vende tudo.
O sexo que mata.
Sexo mata…!
As pílulas dos doutores dão-te novas doenças
E as contas submergem-te numa avalancha.
Os advogados já não eram tão requisitados
Desde que Robespierre chacinou metade de França.
E os chefes índios, com suas velhas crenças, sabiam
Que o equilíbrio está desfeito, com estes ions loucos.
Sente-se no trânsito automóvel
Toda a gente odeia toda a gente!
E as fugas de gás
E os derrames de petróleo
E o sexo que vende tudo.
O sexo que mata.
Sexo mata…!
Todas essas masturbações nos escritórios
O violador na piscina.
E as tragédias nos jardins de infância
Crianças pequenas levando armas para a escola.
O ozono ferido
Estes cancros da pele
O sol hostil agredindo
Este caos massivo em que estamos!
E as fugas de gás
E os derrames de petróleo
E o sexo que vende tudo.
O sexo que mata.
Sexo mata…!
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
"Tranquilidade", ou falta dela?..
foto António Agostinho |
Daniel Santos, hoje no jornal AS BEIRAS.
Nota de rodapé.
A propósito de tranquilidade, dado que estou bem disposto e tranquilo, aproveito para vos deixar uma história, que esteve recentemente novamente na ordem do dia a propósito da morte de Mário Soares.
A história é sempre contada pelos vencedores.
Foi assim que aconteceu em Portugal ao longo da sua secular história. Foi assim que aconteceu em Novembro de 1975.
Os “fazedores da verdade” insistiram e persistiram na ideia de que Cunhal queria impor uma ditadura soviética em Portugal a seguir ao 25 de Abril.
Apesar disso não passar de um famigerado “se”, o facto é que continua a fazer o seu caminho, tal a força dos “média” e o empenho dos "comentadores oficiais do regime".
Pergunto-me, ainda hoje, se no quadro de guerra-fria, então existente, entre os EUA e a União Soviética de 1975, não terão sido os americanos e os ingleses, os amiguinhos de Mário Soares, que o manipularam (ao Soares) e fizeram sobressair a ideia de que Portugal seria a nova Cuba da Europa, até como forma de mostrarem aos Russos e ao mundo que eles, os capitalistas, estavam a recuperar e a ganhar terreno, tal como aconteceu.
Cá por mim, que vivi os acontecimentos ao vivo e a cores, continuo convencido que Cunhal sempre quis implementar a democracia parlamentar em Portugal - de esquerda, evidentemente.
Registe-se, a bem da verdade, a influência que Cunhal teve no 25 de Novembro ao desaconselhar uma guerra civil em Portugal.
Cunhal, em Novembro de 1975, respeitou os portugueses, foi tolerante: aceitou com tranquilidade a vontade do povo, apesar de saber que esse mesmo povo já estava contaminado pelo vírus daquilo que ele designava por contra-revolução.
Cunhal, a meu ver, é, com todo o mérito, uma grande figura da nossa história.
Não por ser ditador, que nunca o foi, não por ser um tirano, que nunca o foi, mas sim porque esteve sempre ao lado dos que sempre sofreram - os explorados e oprimidos.
Cunhal, tinha convicções - lutou por elas. Cunhal, tinha um sonho de liberdade - e bateu-se por ele.
Com armas?..
Todos sabemos que não - com paz e tranquilidade.
Lutou a vida inteira - e começou muito antes do 25 de Abril de 1974.
Um homem destes merecia outro país? Claro que merecia.
Mas, era Portugal que ele amava e que o fazia sonhar.
Muitos figueirenses mereciam outra Figueira.
Claro que mereciam.
Mas, é esta que temos - e é esta que temos de continuar a tentar mudar.
Com tranquilidade. E com serenidade - mas, talvez, sem toda a serenidade...
O Largo de Santo António e a gestão "dos intelectuais baratos"...
foto Diário de Coimbra |
Para a requalificação do espaço, segundo o que disse aos jornalistas, Celeste Amaro, a diretora regional de Cultura do Centro, durante a visita à instituição, «têm de ser compatibilizadas todas as vontades», ou seja, a vontade da instituição, da autarquia e daquela direção regional. Uma coisa é certa, concluiu: «como está, não pode continuar».
Joaquim de Sousa, provedor da Misericórdia Obra da Figueira, revelou ainda que, em março de 2016, apresentou à vereadora Ana Carvalho um esboço das obras que defende que deviam ser feitas na zona protegida da igreja da Misericórdia, que abrange um raio de 50 metros, para corrigir a «asneira» da década de 1940, época em que foi reabilitado o espaço com uma solução arquitetónica desenquadrada do conjunto histórico. «Tal como está, não pode continuar», afirmou ainda o Provedor, que sublinhou a disponibilidade da Misericórdia para apoiar financeiramente a requalificação do espaço, como já fizera, aliás, no mandato autárquico do falecido presidente Duarte Silva, quando construiu um muro na rua do Hospital e cedeu uma área de terreno à câmara. A colaboração com a autarquia para a manutenção do largo, no entanto, durou até João Ataíde tomar posse, em 2009. «A primeira coisa que esta câmara fez foi meter uma placa de madeira para assinalar o que já estava assinalado, que entretanto já apodreceu, e duas mesas de madeira», afirmou Joaquim de Sousa aos jornalistas.
«Perante isto», acrescentou: «retirámos o mobiliário que lá tínhamos e entregámos o largo aos intelectuais baratos».
Subscrever:
Mensagens (Atom)