«Pago ao mês a juros para viver num inferno». «Investimos aqui, escolhemos viver nesta terra e fomos arrastados para esta situação. É um verdadeiro beco sem saída».
As palavras publicadas hoje no Diário de Coimbra, são de desespero de um morador no empreendimento da Quinta da Fonte Nova, em Brenha, construído pela Figueira Domus, empresa municipal da autarquia, nos primeiros anos deste milénio.
A vida, para alguns, é exasperante, aborrecida, tristonha, maçadora...
Basta, nas pequenas voltinhas que vamos dando ao longo da vida, termos o azar de comprar uma casa no sítio errado, para sermos surpreendidos por algo que, se calhar até estava à vista, mas em que nunca tínhamos reparado!
Mas, a vida terá mesmo de ser assim?..
terça-feira, 22 de novembro de 2016
Escrever, é a única profissão em que ninguém é considerado ridículo, se não ganhar dinheiro. Já a política é outra coisa. Cuidado com as palavras...
Teotónio Cavaco, ontem no jornal AS BEIRAS.
"De facto, as palavras nem sempre significam o mesmo ao longo do tempo, nem sempre denominam a mesma coisa em geografias e contextos culturais diversos, e, por isso mesmo, temos de as saber usar. Certamente muitos dos que hoje se têm pronunciado contra o populismo corarão ao saber que os populistas russos das décadas de 1860 e 1870 foram inspiradores do Comunismo (o termo deriva aliás da expressão “ir para o povo”), ou que estes movimentos se opõem aos partidos políticos tradicionais, mostrando-se, na praxis ou na retórica, muito combativos perante as elites dominantes e opressoras.
De facto, ser populista é apelar à simpatia do povo (os sem acesso aos privilégios sociais, culturais, económicos ou políticos), para construir o seu poder, denunciando constantemente os males que encarnam as classes privilegiadas, na tentativa de dar voz e de redimir os humildes. E se por populismo entendermos então as propostas de construir o poder a partir da participação popular e da inclusão social?! Não quereremos ser todos populistas?!"
Nota de rodapé.
Colunista prevenido, vale por dois: ao escrever com palavras leves e doces, o novo colunista das segundas-feiras do jornal AS BEIRAS, mostra ser um Homem com capacidade de prevenir alguma surpresa desagradável no futuro.
Mais vale prevenir que remediar: na política nunca se sabe que "botas se pode ter de calçar", em breve.
Por isso, entretanto, as palavras querem-se leves e doces, pois nunca sabemos quando temos de as engolir, como aconteceu recentemente com outros que, depois da escrita nos jornais, passaram para a política executiva, pura e dura...
"De facto, as palavras nem sempre significam o mesmo ao longo do tempo, nem sempre denominam a mesma coisa em geografias e contextos culturais diversos, e, por isso mesmo, temos de as saber usar. Certamente muitos dos que hoje se têm pronunciado contra o populismo corarão ao saber que os populistas russos das décadas de 1860 e 1870 foram inspiradores do Comunismo (o termo deriva aliás da expressão “ir para o povo”), ou que estes movimentos se opõem aos partidos políticos tradicionais, mostrando-se, na praxis ou na retórica, muito combativos perante as elites dominantes e opressoras.
De facto, ser populista é apelar à simpatia do povo (os sem acesso aos privilégios sociais, culturais, económicos ou políticos), para construir o seu poder, denunciando constantemente os males que encarnam as classes privilegiadas, na tentativa de dar voz e de redimir os humildes. E se por populismo entendermos então as propostas de construir o poder a partir da participação popular e da inclusão social?! Não quereremos ser todos populistas?!"
Nota de rodapé.
Colunista prevenido, vale por dois: ao escrever com palavras leves e doces, o novo colunista das segundas-feiras do jornal AS BEIRAS, mostra ser um Homem com capacidade de prevenir alguma surpresa desagradável no futuro.
Mais vale prevenir que remediar: na política nunca se sabe que "botas se pode ter de calçar", em breve.
Por isso, entretanto, as palavras querem-se leves e doces, pois nunca sabemos quando temos de as engolir, como aconteceu recentemente com outros que, depois da escrita nos jornais, passaram para a política executiva, pura e dura...
O transparente mural de Buarcos...
O Mural de homenagem às gentes do mar, em Buarcos, da autoria do mestre Luís Soares, intitulado «Homenagem às Gentes do Mar», no âmbito da celebração do Dia Nacional do Mar, que ocorreu no dia 16 de novembro, foi inaugurado no passado sábado.
O mural encontra-se aplicado no muro do Cemitério de Buarcos, lado sul. Tem uma extensão de cerca de 99 metros, ocupa uma área de 282,5 m2 e é composto por 1427 azulejos de 33x60.
Como sabemos em outubro, o painel do mural já estava colocado no sítio.
Todavia, a data da celebração do contrato tem data de 11 do corrente mês de novembro!
Por sua vez, o relatório, que fundamentou o procedimento que deu origem ao ajuste directo à firma Pascoal & Veneza, ldª., no valor de 832,22 euros tem data de 8 do corrente mês de novembro.
Como também sabemos, a empreitada de colocação do painel, ao contrário do que consta no detalhe do contrato ontem publicado, também não respeitou o prazo legal dos três dias.
Ora cá está uma bela demonstração daquilo que a "nossa" Câmara entende por cumprimento de prazo...
É um conceito que se aplica aos outros!..
Nunca a nós.
O mural encontra-se aplicado no muro do Cemitério de Buarcos, lado sul. Tem uma extensão de cerca de 99 metros, ocupa uma área de 282,5 m2 e é composto por 1427 azulejos de 33x60.
Como sabemos em outubro, o painel do mural já estava colocado no sítio.
Todavia, a data da celebração do contrato tem data de 11 do corrente mês de novembro!
Por sua vez, o relatório, que fundamentou o procedimento que deu origem ao ajuste directo à firma Pascoal & Veneza, ldª., no valor de 832,22 euros tem data de 8 do corrente mês de novembro.
Como também sabemos, a empreitada de colocação do painel, ao contrário do que consta no detalhe do contrato ontem publicado, também não respeitou o prazo legal dos três dias.
Ora cá está uma bela demonstração daquilo que a "nossa" Câmara entende por cumprimento de prazo...
É um conceito que se aplica aos outros!..
Nunca a nós.
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
De boas intenções está o inferno cheio!
"PS diz que até Outubro precários começam a entrar no Estado".
Vai ser um vê se te avias para os recibos verde-cunha do amiguismo e do cartão do partido que, de outra forma, nunca teriam entrada na administração pública.
Vai ser um fartar vilanagem para a clientela político-partidária, de todos os partidos sem excepção, com o maior impacto a ser sentido e absorvido pelas Câmaras Municipais e a legião de assessores, técnicos e licenciados de todas as áreas.
É a sorte grande, a lotaria do Natal, a taluda, o El Gordo, o Euromilhões em jackpot, com Joker e tudo.
Vai ser um vê se te avias para os recibos verde-cunha do amiguismo e do cartão do partido que, de outra forma, nunca teriam entrada na administração pública.
Vai ser um fartar vilanagem para a clientela político-partidária, de todos os partidos sem excepção, com o maior impacto a ser sentido e absorvido pelas Câmaras Municipais e a legião de assessores, técnicos e licenciados de todas as áreas.
É a sorte grande, a lotaria do Natal, a taluda, o El Gordo, o Euromilhões em jackpot, com Joker e tudo.
A Figueira tem mesmo um verdadeiro problema: é a chamada "economia moderna"...
De harmonia com o jornal AS BEIRAS, de hoje, "a cidade da foz do Mondego ocupa o primeiro lugar no desemprego, acima da média nacional. O grupo etário que mais sofre com a falta de trabalho é aquele que se situa entre os 35 e os 54."
A Figueira, "que é um dos concelhos mais industrializados e exportadores da Região Centro", é a prova viva de que a tecnologia moderna é capaz de realizar produção sem emprego.
O problema, é que a economia moderna não conseguiu inventar o consumo sem salário.
A Figueira, "que é um dos concelhos mais industrializados e exportadores da Região Centro", é a prova viva de que a tecnologia moderna é capaz de realizar produção sem emprego.
O problema, é que a economia moderna não conseguiu inventar o consumo sem salário.
... sem aquele de Abril de 1974, seria impensável ler no jornal que "a Figueira possui uma alta taxa de desemprego, sobretudo quando comparada com os outros concelhos do distrito", ou ter acesso à praga de um blogue como este!..
A propaganda do regime há sete anos no poder na Figueira, não consegue ofuscar a evidência da realidade.
Cá pelo OUTRA MARGEM, os fait divers com o "cais" da sardinha, não conseguem desviar a atenção do essencial.
Há muito que sabemos, que este executivo camarário tem muito de circo: aquilo que consegue anunciar, via canais de agitação, não consegue ser pouco mais do que propaganda...
Por onde têm andado os partidos políticos, na Figueira, nos últimos anos?
A realidade, é apenas aquilo de que nos dá jeito aperceber?
Esta imagem, ainda não é realidade (...se calhar, porém, nos dias que se vão seguir, até poderá vir a ser...), mas tem o sortilégio de nos fazer viajar até ao sonho...
Por sinal, uma das poucas realidades interessantes!..
"Pelo sonho é que vamos, comovidos e mudos", escreveu um dia Sebastião da Gama.
O sonho pode levar-nos a sítios maravilhosos, locais esses, que por serem maravilhosos, nos podem fazer sonhar
O sonho, que é uma parte da realidade, é sempre uma outra realidade, tal como a história, quando é só contada uma parte, é uma outra história.
Mas, não a realidade dos factos.
Por sinal, uma das poucas realidades interessantes!..
"Pelo sonho é que vamos, comovidos e mudos", escreveu um dia Sebastião da Gama.
O sonho pode levar-nos a sítios maravilhosos, locais esses, que por serem maravilhosos, nos podem fazer sonhar
O sonho, que é uma parte da realidade, é sempre uma outra realidade, tal como a história, quando é só contada uma parte, é uma outra história.
Mas, não a realidade dos factos.
domingo, 20 de novembro de 2016
A ética, o despudor e a indignidade...
Passos Coelho, o líder do PSD, segundo o Expresso, classificou no sábado à noite, em Vila Real, como um “despudor total”, uma “indignidade” para a função do Estado e uma “total falta de ética política” a polémica em torno da Caixa Geral de Depósitos.
«Vista de fora, em nenhuma acção humana existe nada que possa ser chamado inequivocamente ético.» (Fernando Savater)
Eu, que procuro não ser parvo, constato, depois de ouvir Passos Coelho, três coisas:
1. que a ética, em Portugal, é invisível...
2. que o despudor, em Portugal, está a ser manifestamente exagerado...
3. que a indignidade de um homem, não devia estar no seu âmago...
«Vista de fora, em nenhuma acção humana existe nada que possa ser chamado inequivocamente ético.» (Fernando Savater)
Eu, que procuro não ser parvo, constato, depois de ouvir Passos Coelho, três coisas:
1. que a ética, em Portugal, é invisível...
2. que o despudor, em Portugal, está a ser manifestamente exagerado...
3. que a indignidade de um homem, não devia estar no seu âmago...
sábado, 19 de novembro de 2016
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
"MÁ SORTE", uma crónica de Carlos Tenreiro, que explica muita coisa que se passa na Figueira...
A ler, clicando aqui.
Nota de rodapé.
Este batel, de que fala a crónica de Carlos Tenreiro, que espero tenham lido, faz-me lembrar uma mulher vulgar, mas bem produzida: quando a conhecemos, acreditamos que vai mudar a nossa vida…
Depois, perguntamos para que foi, afinal, tanta excitação…
É uma tristeza ver o último batel do Mondego, parado sem navegar...
Ao que julgo saber, todos os rios portugueses têm barcos tradicionais a navegar. A excepção é o nosso rio - o Mondego.
Uma pergunta, passados todos estes anos, continua pertinente...
Que fazer com este batel?..
Nota de rodapé.
Este batel, de que fala a crónica de Carlos Tenreiro, que espero tenham lido, faz-me lembrar uma mulher vulgar, mas bem produzida: quando a conhecemos, acreditamos que vai mudar a nossa vida…
Depois, perguntamos para que foi, afinal, tanta excitação…
É uma tristeza ver o último batel do Mondego, parado sem navegar...
Ao que julgo saber, todos os rios portugueses têm barcos tradicionais a navegar. A excepção é o nosso rio - o Mondego.
Uma pergunta, passados todos estes anos, continua pertinente...
Que fazer com este batel?..
Revolta!..
imagem sacada daqui |
Isso tem explicação fácil: alguém pode sentir revolta perante algo, ou alguém, em que deixou de acreditar que exista?..
Quando muito, poderia senti-la perante a imagem passada deste, agora, personagem que alguns continuam a tentar endeusar...
Ora, mesmo nesse caso, não sentiria nunca revolta...
Esta, agora, personagem, para outros esse ainda o tal "deus", tem uma desculpa aceitável perante tudo o que fez, de 2013 para cá: é a sua não existência!
Desde 2013, antes das eleições autárquicas desse ano, pura e simplesmente, desapareceu...
E não é que, entretanto, os dias na Figueira continuaram a suceder-se indiferentes ao que o rodeia!..
Apesar do tempo, bom dia...
A gente bem se quer animar, mas, hoje, o tempo parece que não está para sorrisos!..
Todavia, com o tempo assim, temos mais tempo para olhar.
E havendo mais tempo para olhar, acabamos por ter tempo para reparar.
Mas, para isso, temos de ter a disponibilidade necessária para perdermos um pouco, pouquinho que seja, de tempo para observar!
Se assim fizermos, teremos tempo para verificar que não perdemos tempo nenhum...
Atrevia-me a escrever, que ganharíamos o tempo todo!
Todavia, com o tempo assim, temos mais tempo para olhar.
E havendo mais tempo para olhar, acabamos por ter tempo para reparar.
Mas, para isso, temos de ter a disponibilidade necessária para perdermos um pouco, pouquinho que seja, de tempo para observar!
Se assim fizermos, teremos tempo para verificar que não perdemos tempo nenhum...
Atrevia-me a escrever, que ganharíamos o tempo todo!
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Esta medida faz parte do programa Simplex+, estando prevista no Programa do Governo, no que respeita à disponibilização de todo o acervo legislativo do Diário da República de forma universal e gratuita.
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