quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Para admiração dos ímpios, em maio Fátima continua a fazer milagres!..

"Em Maio de 2017, a Figueira da Foz deverá registar uma taxa de ocupação hoteleira próxima dos 100 por cento..."
Se fosse hoteleiro na Figueira, ia já comprar uma velinha e pô-la a Nossa Senhora de Fátima.
Podia ser, também, por minha intercessão...

OUTRA MARGEM

Foto António Agostinho
O Mondego tem duas margens. 
Direita e esquerda.
Esta, a que se vê ao fundo, é OUTRA MARGEM

Será que os citadinos sabem o que existe nesta OUTRA MARGEM
Eis o mistério, envolvente e desconhecido, de não se saber o que existe para lá da ponte, nesta OUTRA MARGEM  do rio e da vida.

Para que serve esta OUTRA MARGEM?
Se olharmos para a foto começa por colocar desafios. 
Questiona...

Quando conseguirem perceber a independência desta OUTRA MARGEM, perceberão todo o resto. 
Enquanto morar nesta OUTRA MARGEM a esperança de que há uma possibilidade de ser possível viver numa Aldeia, num Concelho e num País melhor do que isto que temos, vai continuar por aqui.
Quando perder totalmente essa esperança, OUTRA MARGEM mete o teclado no saco... 

O pensador é mais do que aquele que pensa: é aquele que assume o que pensa, que expõe o que pensa, que trabalha o que pensa e que consegue viver com o que pensa.
Se assim o entenderem, pensem!..

Andam a contar-nos histórias da carochinha e nós a deixarmo-nos embalar...

Os alemães são muito trabalhadores, muito rigorosos, muito honestos, mas no fundo, é isto: "DEUTSCHE BANK FOI FAVORECIDO PELO BCE NOS TESTES DE STRESS".
O banco alemão Deutsche Bank foi favorecido pelo Banco Central Europeu (BCE) nas provas de resistência realizadas este verão à banca europeia, revela esta segunda-feira o jornal britânico Financial Times (FT).
O jornal destaca que o Deutsche Bank recebeu um tratamento especial do BCE, uma vez que conseguiu incluir nos seus resultados uma operação que não estava fechada no final do ano passado.
Em causa está a inclusão das mais valias resultantes da venda da participação que o Deutsche Bank detém na entidade chinesa Hua Xia nos resultados dos testes de ‘stress’ do Deutsche Bank, ainda que o negócio não estivesse concluído no final de 2015 – a data limite para incluir estas transacções nas provas de resistência.
O Deutsche Bank terá beneficiado 4 mil milhões de dólares com a venda, mas como a operação não foi fechada – algo que o Deutsche Bank acredita que vai acontecer este ano – não deveria ter sido incluída nos resultados dos testes de stress.
Abreviando:  "Banco ou Governo, nesta União são todos iguais. O Deutsche Bank é o mais igual de todos."

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Mostrar sensibilidade pela Igualdade, é uma obrigação. Ser solidário deveria ser um dever para os políticos. Infelizmente na Figueira, parece que a Igualdade vive para o faz de conta...

Quando, há cerca de dois anos e meio, me endereçou o convite e posterior nomeação (aprovada por unanimidade) para Conselheiro Local para a Igualdade (CLI) senti um orgulho enorme e um dever de responsabilidade para com todo o município. Senti que o trabalho iria ser longo e moroso, mas que os resultados iriam começar a aparecer. E começaram, um dos exemplos é a comemoração do Dia Municipal para a Igualdade (24 de Outubro) ter sido aprovado em reunião de Câmara, por nossa iniciativa.
No entanto a continuada falta de comunicação entre o município e os CLI's leva-me a escrever-lhe estas linhas: o município marca reuniões para a criação do Plano Municipal para a Igualdade sem nos consultar (sabendo que desempenhamos um cargo não remunerado e, necessariamente tem de ser articulado com as nossas profissões), decide festejar o Dia Municipal para a Igualdade sem nos consultar, nem perguntar se temos algum tipo de iniciativa. Pior, candidata-se a um prémio (Viver em Igualdade) promovido pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) sem sequer nos dar conta do mesmo, nem nos perguntar quais as iniciativas que fomos desenvolvendo, para tentar ganhar o mesmo.
Sinto, muito sinceramente, que foram ultrapassados todos os limites do que deve ser considerada a boa vivência institucional e assim, não me resta outra solução senão apresentar, por este meio, a minha demissão do cargo supra citado.
Espero, que esta tomada de posição da minha parte sirva de alerta e, futuramente, não se repitam os erros de acima citei e que a Igualdade deixe de ser uma utopia badalada para debitar frases feitas, mas passe a ser uma realidade que sirva de estandarte a este concelho.
Os meus mais sinceros cumprimentos

Diogo Serôdio

Recordar faz parte da viagem...

"Só estranho que uma maioria relativa tenha fechado a porta agora que é maioria absoluta, ou melhor, até entendo, mas as razões são as piores… ou até absurdas como na última sessão camarária à porta fechada."

Joaquim Gil, em vida, foi advogado em Coimbra e o último director do semanário «O Figueirense».

Nasceu a 10 de Outubro de 1813...

...portanto, nesse ano, neste dia, Giuseppe Verdi, compositor italiano, tinha um dia.

Ouviram este video?.. 
Ouviram simplesmente?
Ouçam, agora, o silêncio. 
A ausência de som. 
Ouçam o silêncio. 
Apreciem. 
É um bem escasso a que temos que dar valor! 
Ouçam apenas!

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

A morte de uma pessoa já teria sido uma tragédia. A de cinco não pode ser uma estatística...

Esta notícia foi sacada da edição de sábado passado do jornal AS BEIRAS.
Recorda que passou um ano.
Mais anos vão passar, mas  esta tragédia vai resistir à passagem do tempo na memória dos figueirenses...

Um texto que talvez seja oportuno ler hoje...

Resistir à uberização do mundo...
"A empresa Uber, ao transformar particulares que possuem um veículo em motoristas ocasionais sem estatuto, não se limitou a suscitar a reacção dos táxis profissionais: o seu nome simboliza agora a ligação entre novas tecnologias e precarização. O êxito dos gigantes de Silicon Valley faz-se acompanhar por uma vaga de desregulamentações. E se os dirigentes políticos recuperassem o controlo?"

Miguel Figueira na RTP

É uma entrevista de Maria João Seixas a Miguel Figueira. 
Nesta conversa, em tom informal, o entrevistado fala do seu percurso pessoal e profissional. 
Dos prémios, da obra em Montemor-o-Velho... Da escada rolante até ao Castelo, para facilitar a locomoção da população envelhecida, e do centro de alto rendimento. 
Da sua casa...
E, também, do Cabedelo e da sua onda
Para ver, clicar aqui.

Se é assim...

... se o cliente tem sempre razão, fique o senhor ministro a saber que faço parte daqueles milhões de clientes que só desejam pagar a electricidade, a água e gás que realmente consomem, e não a  enormidade violenta de taxas e taxinhas que aparecem nas facturas...

A moda...

A moda, para quem eventualmente não saiba, é o exemplo do passageiro, do efémero. 
No fundo, é sujeitar ao uso do gosto do momento, a forma de viver e de estar.
Usa-se, deixa-se de usar. Eventualmente, uns anos mais tarde, poderá voltar a usar-se. 
Há modas imbecis e idiotas, outras com bom gosto, aliás como tudo na vida. 
Sobre moda, apenas tenho a dizer que lhe resisto com uma certa facilidade. 
Uso o que gosto, independentemente da corrente do momento.
A moda, no fundo, não passa de uma epidemia provocada. 

domingo, 9 de outubro de 2016

Este meu mar, em outubro...

Foto António Agostinho
Estamos a 9 de outubro. Mas, apesar do dia ter amanhecido cinzento, acredito que neste domingo o sol ainda vai aparecer com um sorriso lindo, a lembrar que o  "verão" está a querer prolongar-se pelo outono dentro. 
De dia, ainda tem sido possível andar em t shirt...
Porém, ao passear pela praia e ao olhar o mar, vejo que já é outono.
A ondulação está diferente e o areal tem outra cor.
O sol já não sobe tão alto... 
Está como eu: mais preguiçoso, acorda mais tarde e também se despede de nós, em cada dia que vai passando, mais cedo...
Certamente já repararam que os dias têm 2 horas a menos de sol... Esta diminuição tem sido lenta, mas inexorável. 
Depois de setembro, que foi o mês de transição, em outubro afloraram em todo o seu esplendor as cores do outono, e os entardeceres precoces.
Contudo, em 2016, em outubro ainda se têm sentido os calores de Verão... Aproveitemo-los enquanto podemos...
Dia a dia, todos os dias que pudermos... 
Cada dia das nossas vidas é decisivo. 
Um dia, é tudo o que temos hoje, domingo, para viver... E nunca sabemos quando é o único por viver. 

Um doido que não oferece perigo

«(...) como se tratam as pessoas que se conhecem há muito: como um doido que não oferece perigo» (Agustina Bessa-Luís, A Ronda da Noite, pág. 246).

É isto:

"Se não estamos a ficar mais estúpidos, estamos mais estupidificados... Sim, porque quem come e cala é, neste momento, a esmagadora maioria da chamada opinião pública. Que tem opinião sobre tudo, mas não sabe de nada. Que compra religiosamente o Correio da Manhã e vê o «Secret Story»."

sábado, 8 de outubro de 2016

Mais uma, para fazer rir o António Tavares...

António Tavares, faz parte daqueles políticos, para quem a política é a  arte da dissimulação e do parecer ser, no seu melhor. 
A impassibilidade, serenamente estúpida de um povo que habita num concelho amorfo, deu-lhe muito jeito...
Vive da política, como profissão, quem trata de fazer dela uma fonte de receita. 
Vive para a política, quem não precisa da política para fazer dela uma fonte de receita. 
Para que alguém pudesse viver para a política,  tinha de ser economicamente independente das receitas que a política lhe pudesse proporcionar. 
Quem vive para a política tem de ser economicamente "livre"

Considero a política uma ocupação decente e nobre. 
Gosto de pensar no ideal de alguém se dedicar a pensar na melhor forma de resolver problemas que nos afectam a todos. 
Como tal, olho para  os políticos com critério de exigência, como pessoas diferentes do resto dos cidadãos... 

Por isso, não consigo esquecer que o político quase nunca opta por uma carreira política baseada na promoção do bem comum. 
Aquilo que, a meu ver,  é verdadeiramente importante, não é a forma como se chegou lá, mas o que fez com o poder quando lá chegou...

A vida difícil das pessoas com deficiência

Até à passada sexta-feira, o púlpito do plenário da Assembleia da República nunca tinha sido usado por um deficiente motor. 
Jorge Falcato, o deputado eleito pelo BE, experimentava pela primeira vez as plataformas criadas para permitir o acesso a deputados com deficiência motora
Este deputado, voltou a trazer ao debate parlamentar a questão do apoio às pessoas com deficiência. Falcato bate-se pelo apoio directo à pessoa deficiente, dando-lhe a possibilidade de ter um vida independente, de poder escolher quem a pode ajudar e em que condições. Quer isto dizer, que o actual paradigma de institucionalizar a pessoa, seria substituído com base na implementação desse conceito.
Falcato, neste período em que se discute o Orçamento, aproveitou para questionar o Governo sobre o que vai acontecer, nesta matéria, em 2017. 
Esta sua intervenção, assinalou a primeira vez que um deputado com mobilidade reduzida, que se desloca em cadeira de rodas, subiu ao púlpito para discursar. 
Talvez para ficar o testemunho de como é muito mais difícil a vida destas pessoas, o momento ficou marcado por um acidente, sublinhe-se, provocado pelo facto de a cadeira de rodas do deputado não estar travada e não por ter havido um erro na construção da plataforma elevatória. 
Sexta-feira passada, foi um dia marcante para os cidadãos com deficiência e para os que defendem uma sociedade mais inclusiva e mais justa. 
Esperemos que o Orçamento para o próximo ano contemple as expectativas que estão criadas.

Joaquim de Sousa, um ex-edil figueirense ao raio x

Para ler melhor, clicar na imagem
Há 35 anos, estávamos em 1981. Na Figueira, na altura uma cidade em transformação, Joaquim de Sousa era o presidente da Câmara.
Recorde-se. 
Estava em curso o processo de instalação de uma nova fábrica de celulose: a Soporcel. Na margem sul, as obras do porto, na zona do Cochim, avançavam em bom ritmo. A marginal ribeirinha, com terrenos que tinham sido ganhos ao rio, estava a ser transfigurada. 
Nas zonas rurais ainda havia muitas carências. Apesar da electricidade já chegar praticamente a todo o concelho, existiam problemas de potência e iluminação pública. Na rede de abastecimento de água havia muitas obras em andamento, nomeadamente, em Quiaios, Lares, Vais, Marinha das Ondas, Carvalhal e Alhadas. Por essa altura, há apenas 35 anos, sublinhe-se, o sul do Paião ainda não era abastecido por água canalizada.
Mas havia mais coisas em andamento no concelho. Por exemplo, estava em curso o processo de pôr o Paço de Tavarede sob domínio do Património Municipal para ser recuperado e utilizado para fins sociais e culturais.
O Ciclo Preparatório e Escola Secundária do Paião estava prestes a ser uma realidade. Ainda não existia aberta ao público a Ponte Edgar Cardoso, mas já faltava pouco. Viria a ser inaugurada, pouco tempo depois, a 12 de Março de 1982.

Em pinceladas rápidas era assim a Figueira e o concelho há 35 anos. Joaquim de Sousa, então um político profissional, passados 6 anos depois do 25 de Abril de 1974, depois de 5 anos como deputado e membro do governo, sentia "uma profunda desilusão e um desencanto enorme". Segundo o que ele, na altura, confidenciou numa entrevista que deu, em Maio de 1981, ao Director do Barca Nova, o falecido jornalista José Martins, "conhecer o poder por dentro não é agradável". "Sabes?", desabafou a determinado ponto da conversa com o Zé Martins, "não tenho feitio para prostituta, nem mesmo por obrigação. O poder não é tão poder como as pessoas pensam".
O que Joaquim de Sousa, naquela altura, estava a gostar era de ser presidente de câmara: "agora sim, apesar das muitas vicissitudes por aqui e por além, sinto que o cargo que ocupo na Câmara me está a proporcionar dos momentos mais felizes da minha vida".

Durou foi pouco como presidente de câmara: fez apenas um mandato, que decorreu de 1979 a 1982...
O que valeu ao doutor Joaquim de Sousa, é que gostava de ser professor, que era a sua profissão...

sexta-feira, 7 de outubro de 2016