segunda-feira, 3 de agosto de 2015

"Jogos de poder"

"A constituição das listas a deputados para a Assembleia da República é, historicamente, sempre um momento de euforia para uns e de desilusão para outros...
Os órgãos distritais dos partidos pretendem colocar os seus e as direcções nacionais não resistem em impor quem lhes convém. 
Obviamente que quanto menos peso político tiverem os órgãos distritais, mais fácil é para Lisboa impor a sua vontade. 
Não tivemos, portanto, este ano, nada de novo."

Miguel Almeida, hoje no jornal AS BEIRAS

sábado, 1 de agosto de 2015

As listas

A pouco mais de 60 dias das eleições, as notícias da política eleitoral no distrito de Coimbra são listas. Listas que incluem não só as de candidatos a deputados como as dos candidatos a todos os lugares possíveis e imaginários aos "tachos"
Hoje, o jornal AS BEIRAS dá notícia do que já era do conhecimento de quem anda minimamente atento ao que se passa em seu redor e que tem real influência na sua vida.

"Não caíram nada bem as escolhas aprovadas pelos conselhos nacionais do PSD e CDS-PP. 
No caso social-democrata, a presença do secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues, no segundo lugar da lista – relegando o líder da distrital, Maurício Marques, para o terceiro posto – desgostou a diversos membros da distrital e de algumas das concelhias do partido. 
O primeiro sinal desse descontentamento teve lugar logo na ordenação da lista, com o líder da distrital da JSD, João Paulo Oliveira, a recusar-se a ocupar o oitavo lugar da lista. Desta forma, a penúltima posição da lista de efectivos foi ocupada por Rita Neves (Soure). João Francisco Campos, militante do PSD e antigo membro da distrital do partido, disse no facebook que iria estar “em blackout político” nos próximos meses.  
Do lado do CDS-PP, a presença do líder da Juventude Popular, Miguel Pires da Silva – em detrimento do líder da distrital e deputado Paulo Almeida – já levou à primeira demissão da distrital do partido. Rui Nuno Castro considera a sua decisão simbólica, mas tem o objetivo de “alertar consciências para a desvalorização sumária da estrutura distrital”
Maurício Marques, que vai em 3º. lugar na lista, mostrou-se surpreendido com este descontentamento dos militantes e das concelhias do partido, até porque entende que esta é “uma boa lista”.  
Sobre a ausência de nomes de Coimbra, o presidente da distrital desvalorizou a questão, dizendo que o distrito estará “bem representado por mim próprio” e pelos restantes nomes da lista."

Nada disto é novo. Desta vez, os “cromos” do PSD e do CDS que conseguiram integrar a lista de candidatos que Passos Coelho impôs a quem pretenda votar no PAF! foi esta. 
Poderia ter sido outra... Pronto!... 
Faltam pouco mais de 60 dias para o povo ir às urnas e o que sabe de concreto são estas guerrilhas intestinas da luta pelo “tacho”
Pelo que tem chegado ao meu conhecimento, tanto a vida política no interior do PAF!, como no interior do PS, no distrito de Coimbra, define-se em três palavras: autoridade sem ideias
Possivelmente, serão eles que estarão certos, como veremos em 4 de Outubro p. f.. 
O povo, pelos vistos, não quer saber do conteúdos dos programas, nem da qualidade dos deputados. O povo quer, quanto muito, escolher um “chefe”.
Portanto, os putativos "chefes" limitam-se a jogar com o óbvio: para quem é bacalhau basta.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

As perguntas são sempre mais importantes do que as respostas

foto PAC . Ponto de Acesso à Cultura
As pessoas que têm muitas certezas estão sempre a tentar mudar os outros, enquanto que as que não têm tantas certezas, procuram transformar-se a si mesmas.
Mera coincidência ou talvez não. Ontem à noite PAC (Ponto de acesso à cultura) e PAC (Pedro Agostinho Cruz) falaram sobre arte.
O fotojornalista Pedro Agostinho Cruz foi o convidado de mais uma edição do «PAC», espaço tertuliano que pretende, até 15 de agosto, “agitar o pulsar cultural figueirense”.
Sete meses, sete imagens. Foi este o convite prontamente respondido por muitos que quiseram partilhar a conversa que surgiu de forma natural e informal. Momentos captados em Lisboa, Nazaré e Figueira da Foz figuram entre as sete imagens ali apresentadas.
Aconteceu no Hotel Wellington, ontem à noite, a revelação do segredo do fotógrafo Pedro Agostinho Cruz: “Pensar, ver e sentir”.
176,98 € foi a verba apurada com os donativos do «Alerta Costeiro», o que permitirá levar por diante as intenções do fotojornalista figueirense.
Em estreita ligação com o Núcleo Regional de Coimbra da QUERCUS, a plantação dos pinheiros deverá realizar-se a 23 de novembro próximo (Dia da Floresta).
Em tempo.
No decorrer da Tertúlia de ontem à noite, houve apenas uma pergunta que ficou por responder por parte do Pedro Agostinho Cruz.
Foi a seguinte e foi colocada por mim: com tanta coisa interessante para fazer na vida porque que é que um jovem decidiu cerca dos 20 anos que a sua vida seria a fotografia?
O Pedro pensou e respondeu simplesmente: “não sei”
Penso que acabei de encontrar a resposta.
Sendo um grande e já reconhecido profissional na arte, o Pedro continua o que sempre foi: um fotógrafo amador.
Isto é: continua a fotografar por prazer e amor à arte.
Tenho o privilégio de conhecer esta sua faceta há bastante tempo…

CARTA ABERTA DE MANUEL CINTRÃO, DIRIGIDA AO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ, SOBRE AS OBRAS DE INTERVENÇÃO DUNAR NA PRAIA DA LEIROSA

Para ler clicar aqui.

Destruídos 210 mil empregos em 4 anos de legislatura

Foram destruídos 210,4 mil empregos em precisamente quatro anos de legislatura PSD-CDS, indicam as séries longas do Instituto Nacional de Estatística divulgadas esta quinta-feira.

Esta quinta-feira, o porta-voz do PSD, Marco António Costa, quase pintou um quadro idílico ao tentar fazer um diagnóstico de fim de legislatura em relação ao mercado de trabalho em Portugal. 
Citado pela Lusa, o ex-governante, entretanto remodelado por Passos Coelho, acenou que "a verdade dos factos comprova que, face a junho de 2011, primeiro mês de governação do actual Governo da maioria", houve "uma redução efectiva do número absoluto de desempregados em Portugal". E relevou que "face aos 661 mil existentes em junho de 2011, temos hoje em junho de 2015 636 mil. Isto é, temos uma redução superior a 20 mil desempregados".
Via Jornal de Notícias
Em tempo.
A fronteira esbatida entre desemprego e precariedade serve apenas para lançar um manto de nevoeiro sobre a verdadeira dimensão da realidade laboral no nosso País.
Passos Coelho, Marco António Costa, Mota Soares, Paulo Portas, etc.,  fazem, há muito, da demagogia e da mentira a sua acção quase exclusiva no dia a dia.
Pode-se descer sempre um pouco mais baixo, mas o processo nunca consegue chegar para defender o indefensável.
Entretanto, a realidade cifra-se em milhões de vidas num limbo entre o desemprego de longa duração e os contratos precários mal pagos e de curto prazo.
Como interpretá-lo varia muito: podemos contabilizar, além dos desempregados “oficiais”, os inactivos desencorajados e os activos migrantes, introduzindo, a dimensão de uma emigração histórica, resultado das políticas catastróficas do Governo, e chegamos a uma taxa de cerca de  25% de desemprego real.
Aquilo que nós sabemos é que a realidade duplica os números oficiais do desemprego em Portugal.
A confusão lançada na discussão sobre quais os números reais do desemprego não consegue  esconder a realidade por mais demagogia e mentira que se atirem aos olhos dos portugueses: quem é precário, só tem desemprego pela frente; e quem está desempregado pode esperar, no máximo, uma das múltiplas formas de precariedade.
A realidade fala por si: mais de 2 milhões e meio de pessoas são precárias ou desempregadas, metade da população activa.
Quem leu o Capital de Karl Marx sabe o que isto quer dizer: para a sobrevivência do capitalismo é necessário um enorme exército de desempregados para baixar o preço de custo do trabalho.

Futebol distrital

Para ficar a saber o calendário do futebol sénior do GRUPO DESPORTIVO COVA-GALA para 2015/2016 basta clicar aqui.

Toponímia


O programa do governo para a próxima legislatura apresentado pelo "PAF!" é o que conhecemos há 4 anos...


quinta-feira, 30 de julho de 2015

"25 de Abril, sempre, fascismo nunca mais!.."


Passos reivindica herança de Abril no programa da coligação para o Estado Social. 
Pisca o olho à maioria absoluta e puxa pelo discurso do medo: 
“As empresas de rating estão à espera do resultado das eleições”.

Em tempo.
De pé, ó vitimas da fome!... 
O PSD também é dos pobres!..
Daqueles que gostam de ficar cada vez mais pobres...

O voto em Liberdade e Democracia

Portugal, final de julho de 2015: em 4 de Outubro próximo os portugueses vão travar mais um combate político em democracia.
A campanha eleitoral em curso vai ser suja e descarada. 
Quando o que precisamos é de confrontar ideias - dispensamos a demagogia e a propaganda - reparem no cartaz. Não passa de um truque retórico fácil de desmontar: um avô,  a quem cortaram na pensão; os netos, a quem comprometeram o futuro. Todos com caras de felicidade!
Isto vai aquecer. E a ventoinha vai continuar a trabalhar…
Fica, desde já, este alerta para se abrigarem: na página 35 do programa da coligação PSD-CDS consta a proposta de privatização da Segurança Social.

Em Portugal, durante 48 anos, vigorou uma ditadura.
Sejamos claros e concisos. Em 24 de Abril de 1974, o governo de Marcelo Caetano não autorizava a existência de partidos políticos, muito menos opiniões discordantes da ditadura em que Portugal vivia e que Salazar baptizou de Estado Novo.
Havia censura: os jornais, os livros, o cinema e o teatro eram visados por censores que proibiam as palavras que não agradavam ao regime. Muitos escritores, jornalistas, cantores e músicos eram proibidos de divulgar as suas obras. 
Havia PIDE, a Polícia Internacional de Defesa do Estado: existia para perseguir, vigiar, prender e torturar todas as pessoas que tinham opiniões diferentes das do governo. Muitos antifascistas foram assassinados pela PIDE. 
Havia as prisões da ditadura: os opositores ao Estado Novo eram presos em prisões como as de Peniche e Caxias, onde permaneciam em péssimas condições e eram torturados, só pelo facto de não concordarem com o regime. 
Havia o exílio: muitos portugueses foram obrigados a emigrar para não serem presos ou por recusarem ir combater na injusta guerra colonial. Nos países de exílio, continuaram a sua luta contra a ditadura. 
Havia a Mocidade Portuguesa: os jovens, a partir dos sete anos, eram obrigados a pertencer a esta organização militarista de juventude, que exigia que andassem fardados, marchassem como soldados e fizessem uma saudação muito parecida com a nazi. 
Havia a guerra colonial: os territórios de Angola, Guiné e Moçambique, para alcançarem a sua liberdade, foram obrigados a fazer guerra a Portugal. Em consequência, morreram milhares de africanos e portugueses em África. 
Havia o poder autoritário: quem nomeava os presidentes das Câmaras Municipais e das Juntas de Freguesia eram os governantes, que não ouviam a opinião das populações nem tinham que cumprir um programa de acção. 

Durante 48 anos, algumas gerações de portugueses foram enganados por simulacros de eleições.
Contudo, sempre houve Resistência: como estavam proibidos os partidos políticos, lutava-se na clandestinidade pela liberdade. 
A Oposição Democrática participou em eleições, mas os resultados foram falseados e os candidatos presos. 
Apenas a seguir ao 25 de Abril de 1974 se realizaram eleições livres e democráticas. Registe-se, que mesmo na primeira República o sufrágio universal em pleno havia sido limitado - por exemplo, no acesso ao voto pelas mulheres.
O voto, em Liberdade e Democracia, só tem sentido no respeito sagrado pelo sentido do voto de todos e de cada um.
Votar é, antes do mais, uma enorme responsabilidade de cada um de nós.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

PAC . Ponto de Acesso à Cultura‎ - TERTÚLIA COM PEDRO AGOSTINHO CRUZ

Quinta Feira, 30 de julho, o fotógrafo  Pedro Agostinho Cruz vai estar no Hotel Wellington, às 21.30 numa conversa informal que o festival artístico, PAC - Ponto de Acesso à Cultura, chama de Tertúlia. 
Vai falar um bocadinho do seu trabalho, motivações, projectos, entre outras coisas (que até podem ser novidades)
A tertúlia será aquilo que vocês quiserem!.. O artista conta com a vossa presença. E promete responder a perguntas difíceis!.. 
Sintam-se convidados.

Para formar opinião é preciso informação…

Sabia que a produtividade por trabalhador nacional passou de 28% da média europeia em 1986 para 64% em 2013? 
E que desde 2001/02, enquanto o número médio de filhos por mulher em idade fértil subiu quase 10% na UE, em Portugal caiu mais de 10%? 
E ainda que a crise económica e financeira inverteu a tendência de Portugal na aproximação ao mais reduzido horário de trabalho europeu? 
Se em 2009 os trabalhadores portugueses trabalhavam em média mais uma hora que os seus congéneres europeus, em 2013 essa diferença já era superior a duas horas. 
Estas e outras revelações encontram-se trabalhadas
e publicadas no livro coordenado por Augusto Mateus “Três décadas de Portugal europeu – balanços e perspectivas” publicado este mês pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, disponível gratuitamente na internet.

Em tempo.
Via eng. Daniel Santos, na crónica Curiosidades, hoje publicada no jornal AS BEIRAS.

Ricos e pobres...

Os ricos têm angústias, os pobres inquietações.
Um cidadão vulgar, na situação de Ricardo Salgado estaria em prisão domiciliária.
Para o Conselho Superior da Magistratura  Ricardo Salgado não está em prisão domiciliária,  está “confinado à sua residência e respectivos logradouros”.
O azar dos gregos, foi terem Tsipras como primeiro-ministro e este não pertencer à"raça de homens que paga o que deve", como, por exemplo,  o "nosso" primeiro. Evidentemente, salvo um ou outro “lapso”...
Os ricos sabem que podem comprar quase tudo com dinheiro. Os pobres pensam que dinheiro compra tudo. E, assim, o dinheiro vai mandando…
A única coisa que os pobres continuam a ter em Portugal,  é a razão: "é cada vez maior o fosso entre os mais ricos e os mais pobres em Portugal. Há cinco anos que não pára de aumentar a desigualdade na distribuição dos rendimentos."

Paulo Morais na Figueira


terça-feira, 28 de julho de 2015

Grandes cabeças de lista

Peixoto, o "lambe cús"

O Povo Culto

Agostinho da Silva
Os povos serão cultos na medida em que entre eles crescer o número dos que se negam a aceitar qualquer benefício dos que podem; dos que se mantêm sempre vigilantes em defesa dos oprimidos não porque tenham este ou aquele credo político, mas por isso mesmo, porque são oprimidos e neles se quebram as leis da Humanidade e da razão; dos que se levantam, sinceros e corajosos, ante as ordens injustas, não também porque saem de um dos campos em luta, mas por serem injustas; dos que acima de tudo defendem o direito de pensar e de ser digno.

Apesar de tudo, ser da elite cultural figueirense não é a mesma coisa que ser da elite cultural lisboeta...

"Se mesmo em Lisboa e no Porto é difícil fazer com que a comunicação social divulgue o que se faz na área da cultura, imagine-se nas restantes cidades do país. Por isso, compreenda-se o nosso desalento ao percebermos que produzimos eventos dignos de relevo, mas que não passam as fronteiras do “nosso quintal”. Foi o que se passou com a vinda de Fernando Arrabal à Figueira ou com a exposição das esculturas de Laranjeira Santos, só para dar dois exemplos. 
A macrocefalia de Lisboa continua a afogar o país e a tentar fazer crer que o resto são umas pracetas onde se levam os cantores pimba para fazer programas de entretenimento de gosto e interesse duvidoso; e onde acontecem, de vez em quando, algumas desgraças."