sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
A vida, por vezes, tem destas coisas: pormenores e descobertas deliciosas...
"Os deputados não são todos iguais"...
Depois de, um dia destes, Paulo Sá ter ensinado Maria Albuquerque a brincar com legos, mais uma jovem deputada, de esquerda, explica ao tipo das bjécas agora ministro, que viragem económica só no fundo da garrafa quando acaba de as beber...
Gostava de ter ainda o optimismo suficiente que me permitisse ver em "Mariana Mortágua a garantia de que este país tem futuro, e a esquerda, devagarinho, vai encontrando quem nos tire deste buraco"...
A dignidade e os partidos de que eu conheço o funcionamento – naturalmente, os da Figueira...
Numa cidade que pouco depois do 25 de Abril - o de 74 - sempre teve no poder gente lá colocada democraticamente, por um povo que se habituou a viver numa sociedade amorfa e acrítica, a elite dominante aproveitou para sobreviver estes cerca de 40 anos no meio da indiferença quase geral...
Dignidade
não enche barriga. Ponto.
Dignidade
não existe, não se quer ter e existe raiva de quem a tenha ou
alguma vez teve, como alguns desses pacóvios dos nossos
antepassados (a história os varra e o passado os descarregue numa qualquer lixeira da memória...)
Hoje
em dia o que vale e conta é a falta de dignidade. E, quanto mais indigna e
infame, melhor.
A
indignidade, é que dá lugares, tachos, euros e garante carreiras e
ascenções na vida política local.
A
dignidade é para os palermas, os tolos, os tristes ou os otários....
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
A dignidade dos portugueses não foi "beliscada", foi tratada com chicote...
"Quem é amigo dos gregos?..."
E ninguém tenha dúvidas que mesmo Passos e Cavaco ainda vão virar o bico ao prego. Basta que Tsipras e Varoufakis consigam cortar a dívida, baixar os juros e sacarem mais uns milhões para aumentarem a despesa pública, para os dois passarões inimigos dos gregos passarem a ser os mais fervorosos amigos dos gregos do Syriza, dos Gregos Independentes, da Aurora Dourada, da Nova Democracia e dos desgraçados dos socialistas.
Vá lá, também serão amigos dos comunistas para não os acusarem de discriminações. E viva a Grécia e quem a apoiar.
Há cada artista!...
Disse, entre outras coisas, Juncker, que criticou Durão Barroso:
"Pecámos contra a dignidade dos povos, especialmente na Grécia, em Portugal e também na Irlanda. Eu era presidente do Eurogrupo e pareço estúpido em dizer isto, mas há que retirar lições da história e não repetir os erros"...
"A troika é pouco democrática, falta-lhe legitimidade democrática e devemos rever essa questão quando chegar o momento..."
"Pecámos contra a dignidade dos povos, especialmente na Grécia, em Portugal e também na Irlanda. Eu era presidente do Eurogrupo e pareço estúpido em dizer isto, mas há que retirar lições da história e não repetir os erros"...
"A troika é pouco democrática, falta-lhe legitimidade democrática e devemos rever essa questão quando chegar o momento..."
A propósito de reuniões camarárias à porta fechada...
Foi uma reunião que teve muita participação popular no período a esse fim destinado.
Foi essa a melhor memória que registei da reunião camarária de ontem à tarde...
Mas, por quanto tempo pode essa imagem
persistir na minha memória?
Na próxima reunião de câmara, mesmo que queira, não posso acompanhar o que, presumo, de mais importante se passa no meu concelho.
Na próxima reunião de câmara, mesmo que queira, não posso acompanhar o que, presumo, de mais importante se passa no meu concelho.
Deverei concluir que a persistência
dessa futura nova imagem na minha memória, se ficará a dever ao
facto de a porta daquela casa se encontrar fechada durante as horas
que durar a próxima reunião camarária?
A meu ver não deverei.
A meu ver não deverei.
A
persistência da perturbação que essa futura memória causa em mim e,
estou certo, em muitos figueirenses, ficará a dever-se mais ao
facto de perdurar em nós a imagem da porta fechada.
Mas, sobretudo, em mim e, presumo, que em
milhares de figueirenses, vai perdurar a imaginação daquilo que, para além
da porta fechada, não pude observar...
Nessa futura próxima memória, o elemento mais
forte pode muito bem consistir numa imagem daquilo que não pude assistir, mas posso
imaginar que, eventualmente, possa vir a acontecer...
Imaginações vagas e férteis todos temos... E, sobretudo, persistentes.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Senhor Doutor Nobre:
A malta tem memória curta, mas assim tanto também não...
Senhor Doutor Nobre:
Fernando Nobre, o Senhor Doutor, andou meses a fazer campanha eleitoral para a presidência da república, jurando aos portugueses que estava acima dos partidos.
Em 2011, foi o cabeça de lista do PSD por Lisboa e candidato a presidente da AR se o PSD vencesse as eleições, como aconteceu.
Não precisávamos de Fernando Nobre, o Senhor Doutor, para nos confirmar que a política em Portugal, hoje em dia, é uma obscenidade, um jogo de interesses obscuros, onde está aberto o campo a todo o tipo de oportunismos.Senhor Doutor Nobre:
Assim se foi tirando credibilidade à política e desacreditando a democracia!..
Embora não tenha votado em si, sinceramente, ainda hoje tenho pena...
Embora não tenha votado em si, sinceramente, ainda hoje tenho pena...
Isto, depois de Fernando Nobre, o Senhor Doutor, ter sido candidato pelo BE ao Parlamento Europeu!..
Sempre coerente, portanto...
Para a democracia portuguesa ficar completa só faltava Fernando Nobre, o Senhor Doutor!..
Sempre coerente, portanto...
Presidenciável...
António Vitorino, será sempre um nome
a ter em conta: a opinião dele pesa no PS. Poucos ainda se lembram
que António Vitorino entrou no partido pela ala esquerda, vindo da
UEDS de Lopes Cardoso: hoje, é um dos expoentes da ala direita...
Prós - Tem um discurso fluente, embora fale com excessiva rapidez para o entendimento de alguns, que não lhe acompanham o raciocínio.
Contras - Nas "fotos de família" da União Europeia corria o risco de não ser visto se alguém cometesse a maldade de o colocar na segunda fila. (daqui)
Em tempo.
"Num golpe de génio, Santana Lopes enunciou ontem uma verdadeira novidade teórica que fará tremer os fundamentos do pensamento político e, digo mesmo, filosófico. Segundo ele, a prova de boa governação e a permanente relegitimação do governo, emerge do número de grandes manifestações que não se fazem. Quer dizer: não havendo manifestações, o povo está com o governo. É feliz.
Estivesse do outro lado da mesa qualquer cândido cidadão que não o sabido do Vitorino, não deixaria de lhe perguntar se o governo, quando há grandes manifestações, se deveria demitir.
Mas parece que, no seu tempo, ambos faltaram às aulas de lógica." (daqui)
A propósito de «gajos porreiros» que apoiam reuniões camarárias à porta fechada...
Hoje de manhã - ironicamente, eu sei... - um amigo meu de longa
data, alertou-me para algo que, confesso, me estava a passar
completamente ao lado.
Pela conversa, fiquei a perceber que, na Figueira, devo ser o único tolinho
a achar - como sabem, o figueirense gosta de «achar»... - obscenas
as manifestações públicas de um dos «gajos mais porreiros» da política e da cultura local - «quando convém, está sempre estrategicamente ausente, faz de conta que discorda, para, depois, de forma hipócrita e sagaz, através de palavrinhas mansas, manipuladas e ensaiadas, aparecer a salvar a face do poder que assume e exerce com unhas e dentes».
É pá, mas o que querem?.. Eu sou
assim, inquieto e rebelde...
Não é que eu tenha nada contra os
«gajos porreiros» que gostam de apoiar e ser apoiados. E é sabido que
o figueirense gosta muito de «apoiar». Principalmente quem está conjunturalmente no poder. É uma coisa que lhe está no sangue: «apoiar».
O que, reconheço, é sinal de
inteligência: a tendência é «apoiar-se» o poder, não vá a
solidão e o ostracismo tecê-las...
Não querendo pôr em causa nada e,
muito menos, ninguém, ingenuamente pergunto: que é feito do homem de cultura, anti-sistema, revoltado com o populismo, entregue à discreta solidão criadora?
Finou-se? Faleceu? Bateu as botas?
Agora é só alegria, confraternização,
pancadinhas nas costas: no fundo o culto do «lambe-botismo».
O que prova, que pela Figueira, o
pudor é qualidade em avançado estado de rarefacção.
Bom, mas tudo tem os seus pontos
positivos: por exemplo, podermos observar o lado cómico-trágico do
exercício.
Contudo, a conclusão é trágica: a
aritmética não quer nada com a Cultura.
Assessores...
Cada um faz o que quer.
Porém, quando alguém faz uma coisa muito
estúpida, só com muito custo aceitamos que seja capaz de um acto
inteligente.
O anonimato não é motivo para
desqualificar argumentos. O cerne do problema é que ao longo dos
anos o anonimato tem servido para se saltar do argumento para o
insulto vil e cobarde.
Por aqui, há muito que apertámos a
malha ao fartar vilanagem que são as caixas de comentários abertas
aos anónimos.
Consequência: milhares de
“comentários” foram para o lixo.
Curiosamente, apesar de não
ser esse o nosso objectivo primacial, disparou o contador...
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
Diz-me, espelho meu, quem é mais democrata do que eu?..
para ler melhor clicar na imagem |
Cá pela Figueira, continuamos com “o mesmo ar bafiento”, e a porta continua por abrir...
Em termos futebolísticos, não temos um Sporting- Benfica, mas temos um Sporting-Belenenses...
Em termos futebolísticos, não temos um Sporting- Benfica, mas temos um Sporting-Belenenses...
Tentando elevar a polémica e passando
para o ramo cultural, o teatro avant-garde, ou mesmo uma
opereta, têm uma coisa em comum: o conteúdo significava nada, a
mascarada tudo...
Lá por ser Carnaval, ninguém leva a mal?..
Os números ainda não estão fechados,
mas presumo que a edição do carnaval deste ano, mais uma vez, volte
a não cobrir os gastos.
Tudo por causa das condições do
tempo, que não permitem que o corso decorra com a normalidade
desejada.
Daí, continuar a pensar que mudar o carnaval lá mais para o verão, talvez não seja assim tão má
ideia...
Na Figueira, e em outros locais do
nosso País, pode haver sempre carnaval, pois existem sempre
soluções...
Essa de mudar a data do carnaval mais
para o verão, é uma delas...
Mas, há mais. Por exemplo, retomar uma comissão para organizar o carnaval. Depois, face ao
prejuízo, poderá recorrer-se a um peditório público.
Não será nada de espantar. Será
apenas mais um...
Num país de pedintes, contribui
quem quer...
Assim, como isto está contribuímos
todos, via Câmara Municipal, através dos impostos que somos
obrigados a pagar.
Eu sei que esta coisa de tudo tentar
resolver pelo recurso à caridade, é assim uma espécie
de menoridade intelectual, mas é o país e o povo que temos (o dos peditórios para amenizar a pobreza, para
proporcionar alguns cuidados de saúde e assistência na
velhice, para realizar festas com artistas que vêm actuar a peso de
ouro, etc... Por conseguinte, porque não um peditório
para organizar os carnavais?)
Um país com as dificuldades
financeiras que todos conhecemos, por experiência própria,
ferozmente escrutinado pelas mais diversas instituições financeira
internacionais, continuar a organizar carnavais com dinheiro
emprestado, isso tenham santa paciência, é que não pode continuar a acontecer!..
Tudo menos isso.
Eu não quero acreditar que vivo numa
cidade - que tal como o País - é governada por irresponsáveis e alienados políticos. Hoje, é um dia à imagem deste governo: "dois terços do país não trabalha e um terço finge que está a trabalhar. Os privados, enquanto gozam a folga, aproveitam para dizer que é muito bem feito que os funcionários públicos (praticamente só os da administração central, porque dois terços das autarquias marimbaram-se para as ordens do governo) estejam a trabalhar, porque são uns calaceiros, pouco produtivos e têm salários exorbitantes.
Ou da estupidez tuga."
Carnaval e dia dos namorados...
Este ano, carnaval e dia dos namorados ocorreram no mesmo fim de semana.
Nada contra.
Para quem está de fora, é tudo mais ou menos a mesma palhaçada...
Nada contra.
Para quem está de fora, é tudo mais ou menos a mesma palhaçada...
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
Ontem, foi o dia dos namorados...
- Pedrito, apetece-me algo...
- Claro, senhora, os vossos desejos são ordens para mim...
- Traz-me um copo de água!..
- Sim, senhora, vou já privatizar!
daqui
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