sábado, 21 de junho de 2014

Silêncios e cartas

Há, sempre houve,  silêncios diferentes na Figueira.
Dois grupos são facilmente identificáveis: os que calam por conveniência; e os que calam por desinteresse.
No primeiro grupo, e para não sair da Figueira, temos os que não percebem “nada de ciclismo”...
Precisam tanto do silêncio!..
E, depois, temos os outros, os que escreveram a tempo.
E não precisam de se repetir.
Na Figueira, quem precisa - e são tantos, tantos... - cala-se.

De preferência, fazendo muito ruído para entreter e continuar.
Quem não precisa, por ter a espinha direita - e tão tão poucos - cala...
Por saber que na Figueira ter razão antes do tempo, ainda que complicado, é o menos: não se pode é querer saber da razão.
Isso, é insuportável para os que julgam dispor sempre da razão no tempo certo - o deles.
Mas, como atrás do tempo, tempo vem, sofra quem pesares tem...
Passo, com a devida vénia, a citar uma carta que li no jornal AS BEIRAS!..
É um texto para ler na íntegra...

"Exmª. Senhora Vereadora
Permita-me que lhe enderece esta missiva e a torne pública nesta coluna para lhe dirigir público louvor e aplauso pela nova regulamentação de esplanadas e quiosques. 
Se há cerca de 4 anos critiquei em “O Figueirense” os seus antecessores pela apresentação dum mero regulamento de taxas que não também das esplanadas, tinha hoje a estrita obrigação do aplauso à nova regulamentação.
Se há cerca de 4 anos defendi uma tipologia e cor próprias para a zona marginal e ribeirinha (que atente aos ventos) outra para o Bairro Novo (que o diferencie) e talvez outra para a cidade então hoje só tenho que louvar a coincidente proposta de Vª. Exª. 
Quanto às taxas não me pronuncio acreditando na capacidade, habilidade e bom senso de Vª. Exª. para gerar os necessários entendimentos com os interessados.
Há cerca de 4 anos não fui entendido, nem atendido no meu alerta, paciência. 
Em boa hora avança hoje Vª. Exª. na direção então proposta porque é sempre hora boa para corrigir e acertar o rumo.
Afinal nem Vª. Exª., nem eu gostamos de ver as esplanadas da Praia da Claridade dominadas pelo discutível gosto das cervejeiras e cafezeiras.
Esta carta porque minha não ajudará ao currículo político de Vª. Exª., mas que ajude a fixar o seu (bom) desempenho.
Subscrevo-me com elevada consideração e peço-lhe aceite a reafirmação do público louvor deste (agora já) seu admirador.

Joaquim Gil, advogado" 

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Um retrato do país...

Depois do BPN, BCP, BPP, CGD, BANIF e BPI, chegou a vez da "família" BES. Deve ser exactamente por isso que a crise não tem fim e necessita de tanta almofada para as intermináveis "diabruras" bancárias destas pessoas de moral intocável.

«Mota Pinto será chairman e Ricardo Salgado ficará à frente do Conselho Estratégico do BES»

eco bike


Apoios concedidos a todos os clubes/coletividades com modalidades desportivas desde o ano de 1997

Na reunião de Câmara realizada no passado dia 17, a vereação da coligação Somos Figueira remeteu três requerimentos ao presidente da Câmara da Figueira da Foz. 
Num deles, "a coligação  Somos Figueira pediu uma listagem de todos os apoios concedidos a todos os clubes/coletividades com modalidades desportivas desde o ano de 1997."
No concelho do nacional porreirismo...,  vamos ver o que isto vai dar...

Um ano de reabilitação do Mercado da Figueira...


No país das novas oportunidades...


A legalização do jogo na internet dará 60 milhões por ano ao Estado e o negócio será aberto a empresas com capital de 250 mil euros e que criem um domínio pt. Este assunto está em destaque na edição de hoje do DN.

Não, claro que não, que não foi um recuo... Foi uma fuga prá frente - do ridículo.

Depois das certezas da cabecinha pensadora que dá pelo nome de Poiares Maduro ("Quem já recebeu subsídio de férias com cortes não receberá mais nada", disse ele), tudo parece, finalmente, aclarado (Governo recua em 24 horas e decide pagar subsídio de férias sem cortes)...
Mas, como segundo Luís Menezes Leitão, "o Governo não dá ponto sem nó, mais uma vez quer excluir alguns trabalhadores da reposição dos cortes, agora os trabalhadores das empresas públicas, com o argumento de que estão sujeitos à legislação laboral comum e às convenções colectivas. É o que se chama ser preso por ter cão e por não ter cão. O facto de estes trabalhadores estarem sujeitos ao regime laboral comum e às convenções colectivas não os impediu de serem sujeitos aos cortes salariais dos funcionários públicos, mas afinal impede-os de receber a reposição dos referidos cortes, quando a mesma é decretada para os funcionários públicos. Se os disparates jurídicos deste governo pagassem imposto, Portugal há muito que tinha o seu problema do défice resolvido."

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Se eu fosse presidente da Câmara da Figueira da Foz...

... mandava hastear na Torre do Relógio a bandeira  Nacional, a bandeira do município da Figueira da Foz, a bandeira da freguesia de Buarcos e (já agora) a bandeira do Sporting... 
O resto é puro folclore...  
O circo segue dentro de momentos.  

A selecção de futebol está muito bem e representa muito bem o país que somos...

 imagem daqui

"...esquecemos tudo. Até a miséria esfarrapada do nosso esfarrapado viver. Protestamos sem ira nem cólera. Protestamos com estribilhos e dizeres em cartazes, e vamos à vida que se faz tarde. 
Somos o Mundial! Gritam as televisões, todas as televisões, durante todo o dia, e enviados especiais embevecidos, comentadores severos, especialistas engravatados e graves ensinam-nos as razões por que perdemos. Lá vamos, cantando e rindo. Dizia o O"Neill: "Às duas por três nascemos/ às duas por três morremos/ e a vida?, não a vivemos." O O"Neill é como o Pessoa: serve para explicar o aparentemente inexplicável. Lemos os jornais, os que lêem, claro!, e o fastio é tanto que só sabemos de futebol: decoramos os nomes, os lances e as jogadas, nada de mais nada. Somos assustadoramente ignorantes, iletrados contundentes, fecham-se escolas, reduz-se o dinheiro para o ensino, os miúdos vão para as aulas em jejum, e temos, temos é como quem diz..., três jornais diários consagrados ao futebol, fora o que escorre, uma multidão de programas de, sobre e com futebol e adjacências; o mesquinho na mesquinhez elevado ao quadrado."

Entre os problemas básicos que a democracia que temos não conseguiu resolver nos últimos 40 anos, um deles, tem a ver com a classe política que nos tem governado...

"Curiosamente, no mesmo dia em que os deputados da maioria falavam grosso ao TC, desafiando os juízes a "não desertar" e a "não fugir às suas responsabilidades", o[s] mesmo[s] PSD e CDS davam luz verde a que o Parlamento repusesse de imediato, sem margem para dúvidas, os salários dos deputados e dos funcionários parlamentares."

"Um homem é um génio ao ser ele próprio"

Pelos vistos, os blogues na Figueira continuam a ser uma vergonha... 
Diga-se em abono da verdade, que nem todos, porém.... 
Suspeita-se, contudo, que os mais vergonhosos possam também ser os mais lidos por quem sente a vergonha na pele
E quais serão os blogues vergonhosos? 
Obviamente, aqueles que incomodam os sem-vergonha!.. 
A Figueira, em 2014, é a mesma cidade que era há 14 anos atrás, no ano 2000, início do século XXI!.. 
Quando se diz “a mesma cidade”, quer dizer-se a cidade com o mesmo grau de evolução cívica e democrática, o mesmo desenvolvimento económico e a mesma perspectiva geral quanto ao futuro.

5as de leitura


quarta-feira, 18 de junho de 2014

No concelho do nacional porreirismo...

Mais palavras para quê?.. 
Na Figueira, o que interessa é o Carnaval e o S. João. Uma rapaziada fixe que se junte para desfilar no Carnaval ou nas marchas de S. João em quanto é que é subsidiada? 
2 250, 3 000 euros? 
E uma colectividade que trabalha todos os dias em prol da formação social, cultural e desportiva da juventude em quanto é subsidiada? 
930 euros e 60 cêntimos, repartidos por 4 tranches no valor de 232,65!.. 
Temos enormes despesas correntes – gasóleo, luz, água, manutenção das instalações, inscrições dos atletas, despesas com a organização dos jogos, etc., etc., etc, etc., etc.,  e temos o apoio autárquico  que viram acima!.. 
Como é compreensível, mais do que tristes e desolados, sentimo-nos injustiçados.
Que critérios são estes? 
Os do nacional porreirismo?..


Via GRUPO DESPORTIVO COVA-GALA

A Agenda 21 Local numa lógica de Plano Estratégico para a Figueira da Foz...


Eng. Daniel Santos, hoje no jornal AS BEIRAS.

A Bernardino Machado...

Ontem, o eng. Daniel Santos, entregou uma carta aberta ao presidente da câmara, vereadores e comunicação social, no decorrer da reunião da autarquia figueirense.
Fê-lo na qualidade de cidadão figueirense e ex-aluno da Escola Bernardino Machado.
Manifesta solidariedade com a “indignação” do presidente do agrupamento de Escolas Figueira Mar, Pedro Mota Curto, na sequência das declarações proferidas pelo director da Escola Secundária Joaquim de Carvalho, Carlos Santos, numa entrevista dada ao jornal AS BEIRAS.
Recorde-se, que nessa entrevista Carlos Santos considerou a sua escola e a congénere Cristina Torres melhor posicionadas para receber alunos.
Sei que não compete à câmara resolver este problema, mas compete-lhe resolver os problemas dos figueirenses. Estamos a falar da mais antiga escola da Figueira da Foz”, disse Daniel Santos.
Registo com agrado a evolução que a escola teve nos últimos anos”, ripostou o presidente
da câmara. “Aguardamos a evolução das opções políticas sobre o ensino. Há um forte incentivo à formação permanente e em retomar um pouco o velho ensino da Bernardino Machado”, disse ainda João Ataíde.
Por sua vez, o vereador da educação António Tavares afirmou: “neste momento, em termos de valorização da própria escola, estamos a tratar todo o processo burocrático no sentido de aprovar novos cursos de Especialização Tecnológica”. “Já fizemos visitas à escola com o conselho directivo do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra e estão a ser feitos contactos com empresas”.
O vereador da coligação Somos Figueira, Miguel Almeida, foi mais conclusivo: “não se olhou para Bernardino Machado como se devia ter olhado”. “Durante anos tem sido o patinho feio do concelho”. E a prosseguir salientou: “não se percebe como a Bernardino Machado está nas condições que está e a Joaquim de Carvalho tenha conseguido fazer o que se fez (referia-se às instalações)”.
Miguel Almeida concluiu com um apelo à câmara para uma acção forte para ajudar a escola a aprovar os cursos que são necessários”.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Esta, ia passar incógnita...

Hoje na Figueira, à falta de melhor, o assunto do dia foi o Verão Total.
Lamentavelmente, passou despercebida a crónica que era o texto adaptado pelo intelectual de renome nacional e vereador PS, António Tavares, “Dez anos de Cinema em Festival”, de Lauro António, publicada no jornal AS BEIRAS.
O texto, confesso, interessou-me pouco ou nada.
Interessa-me, isso sim, é que um intelectual, seja ele de direita ou de esquerda, pense.
Quem se limita a publicar um texto articulado e assente num monte de chavões e frases já feitas, articulação essa efectuada de modo incompetente, duvido que seja um intelectual...
E por falar em pensar...
Eu penso que o que falta a muita boa gente é vergar a mola.
Talvez, depois, passassem a pensar e a agir melhor.

Desperdício...

VerãoTotal -  ainda estamos mais ou menos a meio, mas já deu para perceber que foi um  programa que poderia ser interessante que se perdeu nas habituais compulsivas obsessões... 
Triste!
Não bastou à Figueira ter tido Santana, o político português com mais experts de comunicação propaganda ao seu serviço?..
Tudo à pala do contribuinte...

Com vento é que se iça a vela… (II)



Em tempo…
Se a inauguração do "babilónico edifício da Ponte Galante"desta vez, acontecer, confesso  que continuo  curioso para saber quem vai estar presente...