Os resultados eleitorais obtidos pelo PCP e pela CDU no Concelho da Figueira da Foz acompanharam a tendência nacional, pelo que a CDU aumentou significativamente a percentagem e o número de votos, vencendo mesmo as eleições em algumas mesas do Concelho.
Em Vila Verde a CDU foi a segunda força política com mais de 24% dos votos expressos.
No que refere às outras forças políticas, todas sofreram descidas acentuadas mas o destaque principal vai para a coligação governamental PSD/CDS.
A abstenção verificada no Concelho, quase 70%, penaliza justamente as forças politicas que tudo têm feito para afastar as pessoas das políticas europeias e esconder as suas consequências para o Povo Português.
Não só o PSD/CDS “pagou a factura” pelo seguidismo acéfalo das políticas Troikistas da UE, BCE e FMI e do impacto destruídor das mesmas no nosso país, este “castigo” atingiu também o PS. Apesar de vencedor, e devido à sua política oportunista, continua a fazer de conta que é oposição, à espera de que o poder lhe caia nos braços, sem se comprometer com políticas significativamente diferentes das praticadas pelo PSD/CDS.
Na opinião do PCP, é esta não clarificação no que se refere às questões vitais para os portugueses, como sejam a saúde, a educação, a protecção social, o desenvolvimento económico e o emprego, que fez com que milhares dos seus potenciais eleitores não lhe dessem o seu voto, optando pela abstenção, pelo voto branco ou nulo ou ainda por outras candidaturas, cujas motivações aventureiristas e reaccionárias são bem evidentes.
Não deixa de ser um mau sintoma que o PS, em vez de ver nos seus resultados o reflexo da sua opção política, procure corrigi-los desenterrando projectos de leis eleitorais da direita, procurando, por este caminho conseguir na “secretaria” o que não conseguem através de adesão eleitoral.
No que se refere ao BE, e malgrado o “contraciclo figueirense” descoberto por alguns “analistas” locais em relação ao BE nacional, a verdade é que perdeu no Concelho 900 votos acompanhando assim a tendência global.
Finalmente, a Comissão Concelhia da Fig Foz do PCP, saúda todos os seus militantes e os apoiantes da CDU, todos os que decidiram votar nesta força, muitos pela primeira vez, e que assim reconheceram a seriedade e coerência de quem está na luta política para servir e não para se servir.
A Comissão Concelhia da Figueira da Foz do
PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
segunda-feira, 9 de junho de 2014
A escolha é sempre do povo, que quase sempre escolhe com parcimónia...
“Procurámos
o caminho da renovação e da evolução na continuidade, sem
esquecer todos aqueles que dão o melhor de si à política
figueirense há muitos anos. As eleições autárquicas foram um
grande desafio...
É
possível que tenha cometido vários erros ao longo deste processo,
mas saio, sinceramente, de consciência tranquila que
dei o melhor de mim. Durante a campanha, numa visita que fiz a uma
das empresas do concelho, vi uma mensagem várias vezes repetida que
pretendia contrariar uma frase feita. Nessa empresa podia ler-se:
“Acertar é Humano”. É isso que tento fazer, mas nem sempre
consigo...”
Miguel Almeida, hoje no jornal AS BEIRAS
domingo, 8 de junho de 2014
A ABERRAÇÃO DAS PRIMÁRIAS
"Os portugueses vão poder escolher o secretário-geral do PS. Em teoria, o secretário-geral do PS é o candidato a primeiro-ministro do PS.
Até aqui, tudo pode fazer sentido.
Mas num sistema multipartidário e com a configuração do nosso, a ideia vai-se estragar. Os socialistas vão votar na sua facção, enquanto a oposição vai votar no pior candidato, para enfraquecer o PS, objectivo que será sempre alcançado, pois ainda que ganhe o candidato mais forte, será sempre por uma margem inferior, o que retira força ao forte, tanto no país como no partido.
Em relação à generalidade dos portugueses, esses não vão votar, como se compreende. Não votam em eleições nacionais, não vão naturalmente votar para o líder do PS."
Via Lóbi do Chá
Até aqui, tudo pode fazer sentido.
Mas num sistema multipartidário e com a configuração do nosso, a ideia vai-se estragar. Os socialistas vão votar na sua facção, enquanto a oposição vai votar no pior candidato, para enfraquecer o PS, objectivo que será sempre alcançado, pois ainda que ganhe o candidato mais forte, será sempre por uma margem inferior, o que retira força ao forte, tanto no país como no partido.
Em relação à generalidade dos portugueses, esses não vão votar, como se compreende. Não votam em eleições nacionais, não vão naturalmente votar para o líder do PS."
Via Lóbi do Chá
sábado, 7 de junho de 2014
Ao que isto chegou...
Já atingimos os limites?
Penso que não...
Aguardam-se desenvolvimentos.
Uma sugestão: que tal contratarem esta artista para fazer o retrato do professor Cavaco Silva para a galeria dos Presidentes?
Um Cavaco em loiça, todo forrado a alvas rendas, e a pingar lantejoulas.
Era bonito.
Penso que não...
Aguardam-se desenvolvimentos.
Uma sugestão: que tal contratarem esta artista para fazer o retrato do professor Cavaco Silva para a galeria dos Presidentes?
Um Cavaco em loiça, todo forrado a alvas rendas, e a pingar lantejoulas.
Era bonito.
Factos relatados e opiniões moldadas por interesses e paixões
“Se alguém pensa que está a pressionar-me, é melhor desistir”, avisou ontem Cavaco Silva.
Os factos relatados são a matéria das opiniões, e as opiniões, inspiradas por diferentes interesses e diferentes paixões.
Mas, o que são os factos?
Arendt diz que há uma «verdade de facto» e uma «verdade da razão», e que uma deve respeitar a outra. Só que, como também escreve, «quem diz a verdade tende a tornar o facto em opinião». Isso é assim porque há «interesses» e «paixões» que conduzem a uma interpretação.
“Eu guio-me exclusivamente por aquilo que considero ser o superior interesse nacional”, justificou o chefe de Estado e acrescentou que “por respeito pelo princípio constitucional da separação de poderes, como Presidente da República" não deve "comentar em público as decisões dos tribunais".
Um Presidente "respeita-as e aceita-as”. Lembrou que a independência dos tribunais está consagrada na Constituição, mas não resistiu a deixar uma crítica: “O que eu noto é que alguns agentes políticos têm memória curta porque nem se lembram, talvez, de algumas declarações ousadas que fizeram no passado em relação a outros órgãos de soberania.”
Acerca do pedido de aclaração em si – que motivou acesa discussão no Parlamento mas acabou por ser aprovado com os votos da maioria PSD/CDS-PP -, Cavaco Silva defendeu que se trata de uma matéria que não é do Governo mas do Parlamento, por ser acerca de uma lei da Assembleia da República.
Mas, mesmo assim, não vê qualquer problema no pedido do Executivo liderado por Pedro Passos Coelho. “Se o aplicador da lei, se aquele que tem que aplicar as decisões dos tribunais – porque as decisões dos tribunais devem ser respeitadas e cumpridas – tiver dúvidas sobre aquilo que deve fazer para cumprir na íntegra as decisões de um tribunal, então pode-se pedir um esclarecimento das dúvidas no quadro da cooperação institucional entre órgãos de soberania. Acho isso absolutamente normal.”
Para quê perguntas a Cavaco Silva sobre os «factos» relatados?
A sua resposta só podia ser o que foi: uma interpretação, moldada pelos interesses e muito mais moldada ainda pelas paixões de um Presidente que é apenas de alguns portugueses.
Os factos relatados são a matéria das opiniões, e as opiniões, inspiradas por diferentes interesses e diferentes paixões.
Mas, o que são os factos?
Arendt diz que há uma «verdade de facto» e uma «verdade da razão», e que uma deve respeitar a outra. Só que, como também escreve, «quem diz a verdade tende a tornar o facto em opinião». Isso é assim porque há «interesses» e «paixões» que conduzem a uma interpretação.
“Eu guio-me exclusivamente por aquilo que considero ser o superior interesse nacional”, justificou o chefe de Estado e acrescentou que “por respeito pelo princípio constitucional da separação de poderes, como Presidente da República" não deve "comentar em público as decisões dos tribunais".
Um Presidente "respeita-as e aceita-as”. Lembrou que a independência dos tribunais está consagrada na Constituição, mas não resistiu a deixar uma crítica: “O que eu noto é que alguns agentes políticos têm memória curta porque nem se lembram, talvez, de algumas declarações ousadas que fizeram no passado em relação a outros órgãos de soberania.”
Acerca do pedido de aclaração em si – que motivou acesa discussão no Parlamento mas acabou por ser aprovado com os votos da maioria PSD/CDS-PP -, Cavaco Silva defendeu que se trata de uma matéria que não é do Governo mas do Parlamento, por ser acerca de uma lei da Assembleia da República.
Mas, mesmo assim, não vê qualquer problema no pedido do Executivo liderado por Pedro Passos Coelho. “Se o aplicador da lei, se aquele que tem que aplicar as decisões dos tribunais – porque as decisões dos tribunais devem ser respeitadas e cumpridas – tiver dúvidas sobre aquilo que deve fazer para cumprir na íntegra as decisões de um tribunal, então pode-se pedir um esclarecimento das dúvidas no quadro da cooperação institucional entre órgãos de soberania. Acho isso absolutamente normal.”
Para quê perguntas a Cavaco Silva sobre os «factos» relatados?
A sua resposta só podia ser o que foi: uma interpretação, moldada pelos interesses e muito mais moldada ainda pelas paixões de um Presidente que é apenas de alguns portugueses.
sexta-feira, 6 de junho de 2014
PARQUE DE ESTACIONAMENTO DO HOSPITAL DA FIGUEIRA DA FOZ...
"Entrou em vigor às 0h00 do dia de hoje (6 de Junho) uma nova redução no tarifário do parque de estacionamento do hospital, a segunda alteração desde que o sistema foi aplicado.
Assim, a tarifa horária a praticar baixará dos actuais 60 cêntimos para 40 cêntimos, mantendo-se, nos termos já vigentes, o regime de não pagamento para permanências inferiores a 1 hora. Para permanências superiores a 1 hora, será aplicada uma tarifa de 20 cêntimos pela 1ª hora.
A título de exemplo refere-se que, para os utilizadores que permanecerem 1 hora e 30 minutos no parque do Hospital, este novo tarifário representa uma redução superior a 50% face ao tarifário anterior.
Manter-se-á, também, a regra actual de não tarifação no período compreendido entre as 22 horas e as 7 horas." (daqui)
Em tempo:
Já que o estacionamento no Hospital Distrital da Figueira da Foz, sito na Aldeia da Gala, continua a ser pago, A LUTA VAI TER QUE CONTINUAR!..
Assim, a tarifa horária a praticar baixará dos actuais 60 cêntimos para 40 cêntimos, mantendo-se, nos termos já vigentes, o regime de não pagamento para permanências inferiores a 1 hora. Para permanências superiores a 1 hora, será aplicada uma tarifa de 20 cêntimos pela 1ª hora.
A título de exemplo refere-se que, para os utilizadores que permanecerem 1 hora e 30 minutos no parque do Hospital, este novo tarifário representa uma redução superior a 50% face ao tarifário anterior.
Manter-se-á, também, a regra actual de não tarifação no período compreendido entre as 22 horas e as 7 horas." (daqui)
Em tempo:
Já que o estacionamento no Hospital Distrital da Figueira da Foz, sito na Aldeia da Gala, continua a ser pago, A LUTA VAI TER QUE CONTINUAR!..
Número sete
O nosso Portugal, é cada vez mais o Portugal dos milhões de patrocínio para o futebol e dos tostões para “as artes”.
Quem sabe, hoje , por exemplo, quem é o Garrett?..
Alguém conhece Pascoaes?..
Quem conhece hoje o Camões ou o Padre António Vieira, de os ter lido, não de ouvir falar?..
E a literatura ainda não é do pior...
Se formos para a música e a pintura, tudo piora...
Podíamos referir o teatro e o cinema.
A política de cultura em Portugal tem um efeito altamente nocivo: o de manter a ilusão de que as coisas que por aí se fazem têm eficácia.
Verifique-se o que se passa na nossa cidade, a Figueira da Foz: temos um vereador azougado e está a criar-se a ficção de que existe uma política cultural no nosso concelho.
Se a realidade fosse essa, mas, sobretudo se a realidade cultural fosse diferente, não estávamos como estamos.
Como é que do vazio cultural pode sair alguma coisa?
Na Figueira e em Portugal...
Na Figueira, se existem tostões para a cultura, para o futebol existem cêntimos.
Estou a referir-me aos Clubes das Aldeias...
Em Portugal, nunca há inocentes: apenas quem não foi declarado culpado...
Mário Soares fez a previsão de que o PS iria "ganhar por pouco" as eleições europeias e acertou.
Mário Soares, o ex-Presidente da República, decidiu tomar partido na guerra interna que depois das eleições europeias foi aberta no Partido Socialista, por causa daquilo a que foi o primeiro a chamar "vitória de Pirro".
Mário Soares, o ex-primeiro ministro, apoia claramente António Costa para a liderança do PS e faz críticas muito violentas a António José Seguro, que, na sua opinião, nunca "ouviu os socialistas que não o bajulassem" e "nunca falou à esquerda".
Em Março de 1976 o Partido Socialista, dirigido por Mário Soares, preparava-se activamente para as eleições de 25 de Abril de 1976 e para a formação de um governo minoritário, já que todas as sondagens o davam como o partido que ganharia as eleições, como de facto ganhou.
Num discurso proferido por Mário Soares, no Porto no decurso da cimeira de dirigentes de partidos europeus integrados na Internacional Socialista, da própria Internacional Socialista e da Confederação Internacional dos Sindicatos Livres, reunida sob o lema «A Europa connosco!», Mário Soares disse a determinada altura:«Perante estas eleições o PS definiu uma orientação sem ambiguidades: apresentar-se-á só, recusando quaisquer alianças, quer com o PCP (partido que não deu até hoje suficientes provas de respeitar as regras democráticas) quer com os partidos da direita - o PPD e o CDS, que visam um regresso ao passado, ao feudalismo económico do passado, embora sob o disfarce de uma democracia autoritária que nem sequer respeitaria a pura forma.»
As verdades são para ser ditas.
E Mário Soares, para quem tem memória, não pode fugir ao facto de ser o «traidor mais emblemático» da nossa revolução e aos ideais do 25 de Abril de 1974.
Mário Soares, lembram-se, vendeu-se ao capitalismo e ao imperialismo dos Estados Unidos da América e ao seu amigo Frank Carlucci, que ao serviço da CIA controlou a nossa GLORIOSA REVOLUÇÃO DE ABRIL!
Mário Soares, lembram-se, quando primeiro-ministro, aliou-se ao CDS, de Freitas do Amaral, e fez parte do Governo do Bloco Central, com Mota Pinto.
Lembram-se?..
Nos 40 anos do falecimento do meu Pai
A liberdade de ir ao mar e voltar, devolve-nos a nós mesmos.
Faz-nos ser o que somos. Fazer o que queremos.
E o que gostamos.
Este é o nosso trabalho. O nosso destino. A nossa faina.
A nossa luta pela sobrevivência, é uma vida dura, mas libertadora, que nos alivia e protege dos olhares dos outros – os que ficam por terra.
O mar tem poder – um imenso poder, tão imenso que pode provocar mesmo a mudança dentro de nós.
O mar, este mar da Figueira, é como a alma da sua gente.
Limpo.
Pelo menos era assim que as almas deviam ser.
Gentes do mar, pescadores - é o que somos.
Temos a liberdade de fazer o que queremos e gostamos.
De viver e morrer nesta vida que a gente transporta dentro de nós.
Que vai e volta.
Sobre as ondas do mar.
Nota:
O texto acima, foi escrito por mim, de propósito, para uma Exposição fotográfica do meu sobrinho Pedro Agostinho Cruz, que decorreu entre 14 de Maio e 12 de Junho de 2011, no CAE.
Foi escrito por um filho, neto e bisneto de pescadores. Foi neles que me inspirei.
Na foto do lado direito está o meu Pai, José Pereira Agostinho, náufrago três vezes na pesca do bacalhau, falecido em 6 de Junho de 1974, aos 47 anos de idade.
O Pedro, nascido em 1987, não conheceu o avô. Aliás, como as outras três netas: a Joana, minha filha, e as minhas sobrinhas, Vanessa e Beatriz.
Uma coisa, porém, eu garanto: se o meu Pai fosse vivo, seria um velhinho babado e orgulhoso com todos as netas. E, naturalmente, também com o neto Artista. Que, ao que consta, tem o mesmo olhar do avô...
O texto acima, foi escrito por mim, de propósito, para uma Exposição fotográfica do meu sobrinho Pedro Agostinho Cruz, que decorreu entre 14 de Maio e 12 de Junho de 2011, no CAE.
Foi escrito por um filho, neto e bisneto de pescadores. Foi neles que me inspirei.
Na foto do lado direito está o meu Pai, José Pereira Agostinho, náufrago três vezes na pesca do bacalhau, falecido em 6 de Junho de 1974, aos 47 anos de idade.
O Pedro, nascido em 1987, não conheceu o avô. Aliás, como as outras três netas: a Joana, minha filha, e as minhas sobrinhas, Vanessa e Beatriz.
Uma coisa, porém, eu garanto: se o meu Pai fosse vivo, seria um velhinho babado e orgulhoso com todos as netas. E, naturalmente, também com o neto Artista. Que, ao que consta, tem o mesmo olhar do avô...
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