terça-feira, 3 de junho de 2014

Um sonho lindo.

Outubro de 2015. A noite das eleições é pródiga em sobressaltos. No Altis acotovela-se a multidão solidária. Seguro aparece à janela vestido de branco entre pombas esvoaçantes. O seu olhar inteligente acaricia o povo socialista, que veio de tão longe para o felicitar.
“Camaradas”, exclama. “Por um expressivo ponto percentual ultrapassámos os nossos amigos do PSD!” Uma ovação percorre o átrio do hotel e alastra à rua Castilho. Nunca se tinham visto tantos portugueses e portuguesas felizes naquele local. Erguendo o punho ele grita — “PS! PS!”
O senhor Presidente da República congratula-o na manhã seguinte. Que honra, ver assim reconhecido o desempenho irrepreensível das suas elevadas funções de líder da oposição.
O Pedro está ansioso para formar Governo. Ficará ministro de Estado e da Defesa. O doutor Relvas receberá a pasta da Educação. Marco António Costa ornamentará as obras públicas. Marques Mendes caberá onde puder. A doutora Maria de Belém, João Soares (noblesse oblige), Ana Gomes e um punhado de bons amigos dividirão entre si as prebendas que restarem.  A reunião com o Pedro seria perfeita não fossem as chamadas insistentes de Paulo Portas, que ele teima, felizmente, em ignorar.
O novo Governo de União Nacional tomará posse em Novembro. A doutora Maria Cavaco e o Senhor Presidente da República abençoam os nubentes.  Mais tarde ela celebra a ocasião num recital de poesia declamada por si com fulgor em atmosfera informal, trajando um bonito vestido de cetim lilás e azul-celeste ousadamente decoleté.
À porta de São Bento, Pedro e António unem as mãos para exibirem todo o afecto e confiança que depositam no futuro de Portugal. A limusina aproxima-se. O casal entra. A doutora Maria Cavaco enxuga um lágrima. Aníbal  dirige-lhes um último aceno viril mas comovido. O carro sai, recortado pelos jardins de Belém e pelo céu escarlate, em direcção a Massamá.
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Festas da Cidade

As Festas da Cidade/S. João 2014 têm início na próxima quinta-feira e terminam no dia 7 de julho.
Abrem com a Festa da Sardinha, no Coliseu Figueirense, e encerram com a Feira das Freguesias, no pavilhão multiusos do Parque das Gaivotas.

Pormenores aqui.


Momento PS

… quem festejou vitória, tenta não passar à estória.
mais um galo e um só poleiro, aumenta confusão no galinheiro.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Cartaz Oficial da Festa São Pedro - Cova-Gala 2014!..


O código genético da "nossa" democracia...

Os fenómenos sociais ligados à traficância de influências políticas e ao estabelecimento de um autêntico nepotismo que conduz necessariamente à perversão democrática, traduzida em epifenómenos de oligarquia, instalou-se aos poucos na sociedade portuguesa. 
Os políticos no activo são sempre os mesmos - aqueles que verdadeiramente mandam e influenciam...

Rescaldo do último fim de semana

"Os portugueses estiveram menos presentes nas lojas sendo as recolhas inferiores às da campanha homóloga de 2013."
Mesmo assim, este foi mais um fim-de-semana em que os senhores Belmiros de Azevedos e Alexandres Soares dos Santos deste país ficaram com as contas bancárias mais recheadas graças ao espírito humanista e solidário dos portugueses. 

Etiqueta e boas maneiras do centrão figueirense

"Quero felicitar o Manuel Domingues pela sua recente eleição para líder do PSD da Figueira da Foz.

Deixo aqui também um abraço ao Teo Cavaco, pois quem se disponibiliza para servir a causa pública, deve ser louvado independentemente dos resultados. 

No meu partido não tenho adversários, tenho camaradas com diferença de opinião. Nos outros partidos não tenho inimigos, tenho pessoas que pensam diferente de mim.

Um abraço aos dois e muitos sucessos na vida, sem vitórias políticas, obviamente."


João Moura Portugal

João Portugal, deu um enorme exemplo de como é possível os políticos elevarem-se sobre as barreiras ideológicas e os pequenos preconceitos que muitas vezes nos separam, demonstrando que existem matérias verdadeiramente transversais na sociedade figueirense que exigem entendimentos de bases alargadas. 
Traduzindo, pelo que percebi,disse: 
Obrigado Manuel Domingues por ter ganho as eleições... 
O PS figueirense gosta muito de si. 
Eis o centrão figueirense em todo o seu esplendor. 

O que se está a passar no PS não augura nada de bom...

António José Seguro, líder do PS, durante a Comissão Nacional do PSrealizada no sábado...

Segundo período de greve foi desconvocado na Soporcel

Os trabalhadores da Soporcel, desconvocaram o segundo período de greve que estava previsto iniciar-se às 00H00 de hoje. 
Segundo Vítor Abreu, da Comissão Sindical, o pré-aviso foi levantado cerca das 19H00, no seguimento de uma decisão do plenário de trabalhadores realizado ontem. 
Os trabalhadores da Soporcel cumpriram um período de greve de quatros dias, que terminou às 24H00 de sábado. “Desconvocámos o segundo período de greve para aguardar alguma acção da Comissão Executiva e conforme for o diálogo voltar a tomar as medidas que entendermos serem necessárias”, disse Vítor Abreu.

domingo, 1 de junho de 2014

Uma nota para lembrar que o prof. Marcelo é PSD, mas antes dessa qualidade é comentador ...

No Dia da Criança...

«A POBREZA INFANTIL ESTÁ A AUMENTAR DE FORMA ALARMANTE».

A Figueira em 1899...


"Os militantes do PPD/PSD do concelho da Figueira da Foz que votaram decidiram que Partido querem para o futuro"...

Teo Cavaco e a missão que era impossível...

No PSD, as eleições internas deste sábado à noite deram a Manuel Domingues a vitória da Comissão Política de Secção. Manuel Domingues venceu com 103 o seu único adversário, Teotónio Cavaco, que obteve 31. Na eleição da mesa da assembleia da secção a vitória foi ainda mais expressiva, com 104 votos para a lista encabeçada por Tiago Cadima e 28 para a de Carlos Rascão. Manuel Domingues sucede a Miguel Almeida na estrutura partidária, com o objectivo de, nos próximos dois anos "agilizar equipas de apoio aos autarcas social-democratas nas freguesias" e aproximar o PSD das pessoas em todo o concelho. As autárquicas de 2017, lembra Manuel Domingues, «não estão tão longe como pode parecer».”  (via Foz Do Mondego Rádio)

Na Figueira, tudo indica, daqui a mais ou menos  3 anos,  vamos ter de escolher, não entre o «inferno» e o «mal menor», como é hábito, mas entre o «inferno» e o «inferno»
O caminho aponta para aí.
A Figueira, é uma cidade de gente resignada, onde quase todos negam ser fatalistas e acreditar no destino, mas onde quase todos se regem por uma pretensa ordem natural das coisas, na vida e nos Partidos.  
Eu chamo-lhe cinismo em estado puro, medo de perder, medo de ousar, medo de ir contra as estatísticas, medo de ir contra a "ordem" natural, o que quer que isso seja ... 
É assim em todos os Partidos.
Ontem, nas eleições locais internas no PSD, o candidato de continuidade, como se viu e sabia desde que apareceu na corrida, seria o vencedor, pela simples razão de ter o aparelho com ele! 
Teo Cavaco, presumo, também não o desconhecia. E mesmo assim, contrariando o que é habitual em casos semelhantes, resolveu ir a votos, com os resultados que já se conhecem. 
Não sou do PSD, nem nunca serei, mas reconheço que Teo Cavaco, com quem, que me lembre, nunca falei pessoalmente, contrariou (ou, pelo menos, já estava a ser incómodo para....) o «sistema». Por isso foi derrotado.
Mas, será que, em política como em tudo na vida,  só se deve correr quando se sabe que se ganha? Será que não há causas maiores e mais importantes que a simples vitória e a derrota? 
A Figueira merece mais e melhor do que o que tem tido e vai continuar a ter. A Figueira, como o passado relativamente recente provou, não precisa de Messias que viram o seu futuro "escrito nas estrelas". A Figueira precisa, só e apenas, de gente séria, competente e honesta. E essa gente séria, honesta e competente existe, e até estaria disponível - mas,  existe um monstro voraz chamado «aparelhos partidários» que a afasta...
"Os militantes do PPD/PSD do concelho da Figueira da Foz que votaram decidiram que Partido querem para o futuro", disse Teotónio Cavaco, na hora de saudar o vencedor. 
E disse tudo....

Bom domingo

sábado, 31 de maio de 2014

Como sabemos, na Figueira não há dinheiro para nada!..

2005-07-30
Inauguração das Obras de Requalificação do Jardim Municipa
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O município da Figueira da Foz vive sufocado pelos empréstimos contraídos - só este ano vai pagar mais de 1,7 milhões de euros(1.767.127,44€  em juros) mas, ainda assim, decidiu "investir" mais de meio milhão de euros (518.692,98 €) só na remodelação do jardim junto ao mercado municipal. 
Via Má Despesa Pública

Em tempo.
A requalificação inaugurada em 2007, custou  aos contribuintes a módica quantia de € 979,922.95 (adjudicação da obra) mais 122.124,78 €, correspondendo  aos clássicos "trabalhos a mais não previstos" das obras públicas (12% do valor adjudicado...). 
Ou seja, € 1,102,047.73 - cerca dum milhão e cem mil euros. 

Ora f......

"Uma pessoa tira um curso, com mais ou menos esforço dos pais - médico, engenheiro, advogado, arquitecto, o que seja, ou uma pessoa não tira curso nenhum, por todas as razões e mais algumas. Uma pessoa tira um curso, ou nem por isso, e arranja um emprego. E dá o melhor de si, todos os dias, a todas as horas.

Uma pessoa tem um emprego e casa e compra uma casa e constitui família e tem filhos e compra um carro e mais umas extravagâncias de vez em quando, que a vida não é só trabalho. E duas pessoas trabalham todos os dias do ano nos seus empregos e vêm os filhos crescer e vão de fim-de-semana com a família e umas férias em Agosto, coisas simples, não pedem mais da vida.

Uma pessoa trabalhou toda a vida num emprego, a contar os dias para ver crescer os filhos e pagar as contas e os dias que faltam para a reforma, para ter finalmente descanso e dizer "missão cumprida!".

Uma pessoa que tirou um curso, ou nem por isso, e que tem um emprego, e duas pessoas que constituíram família e têm contas para pagar e filhos para crescer, e uma pessoa que trabalhou toda a vida e vai ter agora, finalmente, um pouco de descanso, essas pessoas descobrem que afinal não são pessoas, são "despesa do Estado".

Ora foda-se!" (daqui)

A questão dos pormenores...

António Costa foi, um dia destes, inaugurar a Feira do Livro de Lisboa
 e levou para casa uma nova edição das "Intermitências da Morte"
E também deu para mostrar que anda a precisar de calçar melhor!.. 
Será que em política o que parece é mesmo?