quarta-feira, 14 de maio de 2014

E vão duas seguidas...

Grupo etnográfico da Gala, que se fez representar num desfile na Figueira da Foz. A foto deve ser dos anos 50 ou 60 do século passado.

daqui

Grupo etnográfico da Cova, que se apresentou num desfile realizado na Figueira da Foz. A foto é dos anos 50 ou 60 do século passado

daqui

Terceiro mundo...

«Entre a falta de ideias e fechar o país para as eleições, há o discurso típico de um hospício e não de um país civilizado. Não há debate político nem alternativas e tudo não passa de uma exibição de luta livre para conquistar espectadores. O que interessa é o ruído e não a substância. E esta é, por um lado, uma Europa do sul arruinada e destruída socialmente pela austeridade cega. E, por outro, a possível entrada em Bruxelas de um forte pelotão de eleitos que querem destruir esta Europa. Ou seja, a capacidade de atracção da UE, que prometia riqueza e futuro para todos os povos, e que agora distribui pobreza e incerteza em nome da contabilidade, desintegrou-se. E agora só resta saber quem apanha os cacos.
Mas em Portugal a campanha é anedótica, como se a troika não continuasse a pairar por cá e se a vitória ou derrota do Governo não fosse algo sem valor porque todo o arco do poder tem de beber vinagre e cumprir o Tratado Orçamental.»

Fernando Sobral, no Negócios

Esplanadas

“...dispor de uma esplanada na Figueira da Foz é hoje um desejo que parece não estar ao alcance de todos, atendendo ao valor das taxas que, acrescidas ao valor do arrendamento ou do IMI, acabam por constituir um encargo pesado para os comerciantes.
A Câmara Municipal, amarrada embora ao cumprimento do Plano de Saneamento Financeiro, decidiu desenvolver alguns projectos para valorização da cidade, o que significa que dispõe de algumas disponibilidades.
Talvez se possa permitir libertar algumas obrigações aos agentes económicos.
Pode ser a ocasião para adoptar uma solução semelhante àquela que a Câmara de Oliveira do Hospital tem vindo anualmente a aprovar: a isenção do pagamento de taxas de ocupação do espaço público para efeito de esplanadas.
Os comerciantes, os figueirenses e os turistas agradeceriam. E a cidade poderia ganhar um pouco da vivência que tem vindo a perder.”
Daniel Santos, engenheiro civil, hoje, no jornal AS BEIRAS

Uma rua para Joaquim Namorado

"Joaquim Namorado pode vir a ter uma rua com o seu nome em Coimbra. A proposta ainda não foi formalizada à Comissão de Toponímia mas a maioria do executivo municipal (PS e CDU) já se manifestou favorável à ideia.
O matemático e poeta vai ser alvo de um programa de homenagem, por ocasião do centenário de nascimento.
Nascido a 30 de junho de 1914, em Alter do Chão, Joaquim Namorado passou a maior parte da vida em Coimbra, onde foi docente universitário e, acima de tudo, figura incontornável do neo-realismo literário e da intervenção intelectual oposicionista, o que lhe valeu, de resto, dissabores com o regime do Estado Novo.
A iniciativa da homenagem a Joaquim Namorado é da responsabilidade do PCP de Coimbra. Anteontem, na reunião do executivo, o vereador da CDU informou que o programa comemorativo deverá, em breve, ser tornado público. Para Francisco Queirós, faz todo o sentido que a Câmara de Coimbra se associe à homenagem, designadamente, atribuindo o seu nome a uma rua da cidade, no que foi seguido pelo presidente e pela vice-presidente do município."
P. M.  AS BEIRAS

terça-feira, 13 de maio de 2014

Os manipuladores são terrivelmente desgastantes...

Mota Soares, ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social

Brincadeira...

Teresa Leal Coelho, que acompanhou Vale Azevedo na Direcção do Benfica, como vice-presidente, não tem manchas no curriculum.
Ainda por cima, é uma pessoa bem disposta e danada para a brincadeira.
Ontem, a Universidade Política de Verão da JSD ficou marcada por um desabafo da vice-presidente do partido. Quando introduzia o convidado Paulo Mota Pinto, Teresa Leal Coelho disse que o deputado tinha no currículo a "mancha" de ter sido juiz do Tribunal Constitucional.
Mais tarde explicou à SIC que a afirmação não passou de uma brincadeira. No mesmo encontro, o ministro adjunto Poiares Maduro garantiu que o Governo não antecipa dificuldades em relação à análise do Tribunal Constitucional sobre o Orçamento do Estado.  

E assim se desperdiçou uma bela oportunidade de "dar uma chapada com luva branca"...

O Benfica convidou todos os presidentes da I e II Ligas para a final da Liga Europa, excepto Pinto da Costa.

À atenção dos mais distraídos, dos distraídos...

Terra queimada...

Lido na imprensa...
Finanças travam a classificação de imóveis como monumentos para vendê-los; o ministro da Economia foi à China vender os transportes de Lisboa e Porto e a EGF. 

Martin Schulz

“... o candidato socialista a presidente da Comissão Europeia,  Schulz foi livreiro e editor. Quando esteve em Lisboa fez questão de visitar as livrarias da baixa e durante 12 anos teve e dirigiu uma livraria em Wurselen.
Não fez vida académica nem passou por conselhos de administração de grandes empresas, tampouco por cargos governamentais. Começou na política como autarca e foi presidente da câmara da sua cidade, antes de ser parlamentar europeu.
Insiste em duas ideias fundamentais: combater a má repartição da riqueza e pôr as multinacionais a pagar impostos nos locais onde geram os lucros. Depois de Durão Barroso dificilmente virá pior, mas é uma esperança, para já, perceber que existe uma diferença muito grande no discurso político, e não só, de um e outro.”
António Tavares, vereador socialista, hoje, no jornal AS BEIRAS.

Em tempo.
Os dois candidatos mais fortes à sucessão de Durão Barroso que vão sair das eleições de 25 de Maio próximo, deverão ser o conservador Jean Claude Juncker e o socialista alemão Martin Schulz.
Os dois já participaram em vários debates e, ao contrário do que opina o vereador e militante socialista António Tavares, há poucas diferenças entre ambos.
Recentemente, Juncker e Schulz estiveram frente-a-frente num debate organizado por uma televisão francesa e ficou patente que ambos consideram que a mutualização da dívida ao nível europeu é um assunto que não estará no horizonte da Zona Euro nos próximos anos. O que não surpreende, tendo em conta que Juncker participou em todas as discussões e decisões europeias dos últimos 20 anos na qualidade de Primeiro-ministro do seu país; e que Schulz é de um partido que agora integra a coligação que governa a Alemanha, de braço dado com Angela Merkel.
Mas os dois coincidem na identificação do que deve ser a prioridade política europeia: o crescimento económico e o combate ao desemprego. A distinção, porém, é sobretudo retórica, com Juncker a defender que se não fosse a acção da União Europeia os efeitos da crise teriam sido muito mais violentos, enquanto Schulz culpa os Governos da União pelos actuais 26 milhões de desempregados.
Para o diminuir, o socialista alemão e ainda presidente do Parlamento Europeu defende o desenvolvimento e reforço da chamada Garantia Jovem, um instrumento copiado do modelo germânico que prevê a concessão de um estágio, formação ou emprego a um jovem num prazo de apenas quatro meses.
Schulz culpa a direita europeia por ter sido “generosa a salvar os bancos com o dinheiro dos contribuintes” e reclama para o Parlamento os louros pela criação da união bancária, que deverá reforçar a vigilância e evitar a repetição de uma nova crise.
Martin Schulz quer igualmente acabar com os paraísos fiscais na União e combater a evasão fiscal e garante que, se for presidente da Comissão, obrigará as grandes empresas a pagar impostos no país em que efectuam os lucros e não onde a carga fiscal é mais favorável.
Identifica as PMEs como o motor do crescimento europeu e defende genericamente a melhoria das condições de acesso ao crédito. Quer igualmente que seja criado um salário mínimo em cada país, apesar de esta não ser uma competência da União.
O discurso de Martin Schulz, o amigo alemão do PS, é normalmente adaptado ao público a que se destina. Quando esteve em Portugal o candidato alemão não se esqueceu de criticar a “troika” e de defender um maior controlo democrático na sua actuação.
Numa coisa, porém, concordo com António Tavares: "depois de Durão Barroso dificilmente virá pior".

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Reconhecimento da fidelidade

“Conheço o Azenha Gomes há vários anos, trabalhamos juntos em muitas ocasiões e tenho-o como um exemplo a seguir, como alguém que ama a sua terra, honra as suas raízes e procura fazer as coisas acontecerem, em vez de se abster de participar na vida activa do nosso concelho. É este caminho de renúncia ao comodismo e à inércia e de entrega à cidadania que temos de cultivar.
Aqui deixo a minha singela palavra de reconhecimento a Azenha Gomes e o desejo de que muitos possam seguir o seu grande exemplo.”
Miguel Almeida, vereador Somos Figueira, hoje no jornal AS BEIRAS.

Em tempo.
Fica sempre bem uma palavra de reconhecimento.
Para mais, reconheça-se e registe-se, a importância de Azenha Gomes nas últimas autárquicas no apoio dedicado, fiel e eficaz que deu a Miguel Almeida e à coligação Somos Figueira.
Miguel Almeida não ganhou, mas teria certamente obtido um resultado ainda pior, não fora o precioso contributo de Azenha Gomes.
Na ilha deserta em que Miguel Almeida se meteu com essa candidatura, foi muito importante o «manual de construção de botes» que Azenha Gomes lhe proporcionou...
Só que Miguel Almeida, na conjuntura em questão, precisava mesmo era da “Bíblia”...

domingo, 11 de maio de 2014

Pensando na Figueira

Mesmo longe, há qualquer coisa que cheira mal, muito mal mesmo, nesta história do estacionamento pago pelos utentes do Hospital da Figueira.
Já deu para perceber de onde veio a ideia. Só ainda não deu para perceber de onde veio a ideia de a Câmara se meter no assunto, tipo “tudo ao molho e fé em Deus”.
Um partido é (ou devia ser) um agrupamento ideológico, uma congregação de pessoas - os militantes - em torno de um conjunto de ideais fundamentais.
Deveria ser apenas a elas que se respeitaria fidelidade. Nunca a pessoas, direcções ou mesmo programas eleitorais.
Esses vão e vêm numa mudança própria do regime democrático; as ideias base, os princípios fundamentais, esses ficam no longo prazo.
A meu ver, um militante tem o direito - diria até o dever - de criticar uma dada direcção ou programa se achar que ele fere as bases ideológicas do partido. Independentemente de haver ou não eleições à porta.
Isto seria o ideal; a realidade figueirense e portuguesa é outra conversa.
Eu quase que aposto que uma boa parte dos militantes do PS figueirense não sabe quais os pilares ideológicos do seus partido; quase que aposto que a maior parte está no PS por ser soarista ou socratista, aguiarista ou outra coisa qualquer de ocasião - não por ser, ou sequer saber, o que é ser socialista.
É nisto que se transformaram os partidos políticos portugueses: agrupamentos com base em fidelidades pessoais, quase sempre de natureza clientelar, interesseira ou de divinização de um líder que se torna inquestionável.
Agora, temos Ataíde – isto é o poder!
Depois de Aguiar, que teve um longo “reinado”, alguém se lembra dos rostos ou dos nomes dos candidatos do PS que perderam 3 actos eleitorais entre 1998 e 2009 na Figueira?
Neste contexto, é perfeitamente natural que criticar uma direcção partidária local signifique traição ou quebra de fidelidade. Mas isso não é próprio de uma democracia.
A maior prova é, talvez, o clima de silenciamento que acaba por gerar e, em momentos infelizes, institui-lo oficialmente, como foi o caso do bem sucedido caso do estacionamento pago no Hospital da Figueira da Foz, sito na Gala.
Prova evidente e completamente esclarecedora, foi o que se passou na Assembleia Municipal, onde muita gente da bancada do PS local teve dobrar a cerviz para votar o “conforto” expresso ao presidente Ataíde!..
É certo que ninguém é obrigado a estar num partido e que, se não concorda com o seu modo de funcionamento, pode sempre sair. Mas, talvez, seja mesmo isso que explique porque é que os partidos se tornaram tão pouco interessantes (para usar um eufemismo) e porque é que muitas pessoas de valor estão fora deles, enquanto lá dentro acotovelam-se clientes à espera de favores.

Bom domingo

sábado, 10 de maio de 2014

A terapia da escrita não é a vida real, mas a vida real na política é uma fantasia...

“Quando saímos do país e visitamos o resto da “Europa civilizada”, de imediato sentimos uma diferença: as estradas estão pintadas, as passadeiras são visíveis, os peões estão protegidos.
Os portugueses já estão habituados ao desleixo na manutenção da via pública e em particular da sinalização das ruas e estradas, e por isso poucos são os que protestam.
A Divisão de Trânsito contribui para o cenário: a sua ação é quase invisível.
Tirando algumas lombas e meia dúzia de vias bem sinalizadas, o panorama geral é mau. A notícia de uma pessoa que faleceu num acidente rodoviário, em Brenha, há poucos dias, deveria comover-nos. Tratasse de alguém que faleceu, supostamente, devido à incúria e falta de atenção dos outros, sejam as autoridades ou os condutores.
Muitos eleitores esperam (?) que o atual executivo tenha capacidade para corrigir várias insuficiências em matéria rodoviária. A prevenção dos acidentes também se faz com coisas simples: pintura das rodovias, passadeiras marcadas e elevadas, ilhas de atravessamento, cruzamentos bem sinalizados, passeios mais largos e protegidos do estacionamento abusivo, etc.
Falta informação: onde ocorre a maioria dos acidentes e porquê? E os atropelamentos?
Que medidas estão programadas para evitar acidentes? Existe um Plano Municipal de Prevenção Rodoviária? Quais os objetivos locais em matéria de redução da sinistralidade?
Quantos quilómetros de rodovia estão em mau estado, e por isso são perigosos, e quantos quilómetros nunca viram a tinta que demarca o eixo de via?”

Em tempo.
O título é da responsabilidade do autor deste blogue.
O texto da crónica é do engenheiro João Vaz, consultor de ambiente e sustentabilidade, e foi publicado hoje no jornal AS BEIRAS.
Espero que o vereador do pelouro do Trânsito, Carlos Monteiro, não pense que o eng. João Vaz, com esta crónica, ou eu com este título, lhe está a denegrir a imagem!

Faro


“Chumbo do Constitucional será perturbador”...

Em entrevista ao Expresso, Pedro Passos Coelho volta a pressionar os juízes...
Admite subir impostos para segurar a última tranche do FMI (€900 milhões). 
Afinal, a direita só sabe governar com o dinheiro dos outros!..