sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Os autarcas modelo estão salvos...

Limitação de mandatos é territorial, dizem os juízes. Fernando Seara e Luís Filipe Menezes, entre outros, podem candidatar-se. Tribunal Constitucional criticou Parlamento e na dúvida optou pela interpretação menos restritiva.

Três primeiras páginas dos jornais de hoje


Mais uma ilusão...

E assim chegámos ao que interessava: «ao desvio de verbas do ensino público para subsidiar - em nome de uma pretensa «liberdade de escolha» - escolas privadas e colégios, massivamente frequentados pelos filhos das elites.»

Bem-vindos ao «cheque-ensino»...

José Vítor Malheiros no Público de terça-feira...

Pode ser lido aqui.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Propaganda básica para incautos...

O crime, a notícia no jornal e os papalvos...

O crime dá emprego e ocupação a muito boa gente, como, num raro momento de ironia, lembrou o mais insuspeito dos autores...

(“Um filósofo produz ideias, um poeta poemas, um padre sermões, um professor tratados, etc. Um criminoso produz crimes. Se olharmos mais de perto para a relação deste último ramo da produção com a sociedade como um todo, libertar-nos-emos de muitos preconceitos. O criminoso não produz apenas crimes, mas também o direito penal e, por conseguinte, o professor que dá cursos de direito penal e o inevitável tratado, graças ao qual o dito professor lança as suas conferências no mercado geral como uma “mercadoria”. Verifica-se assim um aumento da riqueza nacional, abstracção feita do prazer que – como nos assevera uma testemunha competente, o professor Rocher – o manuscrito do tratado proporciona ao seu autor. Por outro lado, o criminoso produz toda a polícia e a justiça criminal, os esbirros, juízes, carrascos, jurados, etc, e todas estas diferentes ocupações, que constituem outras tantas categorias da divisão social do trabalho, desenvolvem as diferentes capacidades do espírito humano e criam novas necessidades e novas maneiras de as fazer. Foi assim que a tortura deu lugar às mais fecundas invenções mecânicas e ocupou muitos e honestos artesãos na produção dos seus instrumentos. O criminoso produz um efeito ora moral ora trágico, consoante os casos, “servindo” assim os sentimentos morais e estéticos do público. Não se limita a produzir tratado de direito penal e códigos penais, com os seus respectivos legisladores; produz também arte, literatura e até tragédias, como o provam o Schuld de Mullner, Die Rauber de Schiller e mesmo o Édipo [de Sófocles] e o Richard the Third [de Shakespeare]. O criminoso quebra a monotonia e a segurança quotidiana e banais da vida burguesa. Impede a estagnação e suscita aquela tensão e aquela mobilidade inquietas sem as quais o próprio aguilhão da concorrência se embotaria. Estimula assim as forças produtivas. Enquanto o crime elimina uma parte excedentária do mercado de trabalho, diminuindo assim a concorrência entre os operários e, até certo ponto, impedindo que os salários caiam abaixo do mínimo, a luta conta o crime absorve outra parte dessa mesma população. O criminoso desempenha assim o papel de uma dessas “compensações” naturais que conduzem a um adequado nivelamento e abrem vastas perspectivas e profissões “úteis”.) 
Karl Marx, “Matériaux pour l´économie”, in Économie II, La Plêiade, Paris, pp. 399-400

P.S. -
No tempo que passa, o crime serve também para vender jornais...

Figueira Euro 13 Body Board

Políticos, politiqueiros, a política do betão na minha Terra e a importância do próximo dia 29 de setembro...

Também na Figueira, a política do betão  já  conheceu melhores dias...
Pena que, em 2013,  muitos – candidatos, eleitores e  eleitos  - ainda pensem apenas em espalhar alcatrão e fazer paredes.
Incrível e dramático, é verificar como o betão ainda serve para medir o trabalho de uma autarquia -  mesmo com esta  crise; e com o país e com os municípios  falidos...
Nisto de política,  como sabemos, o que na prática interessa são os resultados. Mais  que as boas intenções, promessas e tudo o resto.
Se  olharmos para a Figueira, depois de Santana Lopes e Duarte Silva,  os resultados estão bem à vista de todos:  uma economia parada, anquilosada e arcaica -  e betão, muito betão; e dívidas, muitas dívidas...
Se o desenvolvimento se medisse pelas quantidades de cimento e asfalto e pelas ruínas compradas,  a Figueira, em 2009  depois de 12 anos de gestão PSD, era o paraíso na terra.
Mas,  infelizmente,  a quantidade de rotundas, campos da bola sintéticos, nos locais mais inconvenientes e sem medidas oficias, as piscinas cobertas e descobertas, o alcatrão nas estradas, a ciclovia,  o CAE, o Oásis, a discoteca na Morraceira, as compras de ruínas, criaram uma dívida camarária descomunal, mas não criaram postos de trabalho nem desenvolvimento planeado e sustentado.
E nem podemos dizer - pobrezinhos mas honrados -  o Município figueirense continua fortemente endividado,  apesar do bom trabalho de João Ataíde e da sua equipa nestes últimos 4 anos - no que a este aspecto da gestão camarária diz respeito.
Resta-nos esperar que o voto dos figueirenses,  no próximo dia 29,  não nos faça deixar de acreditar em melhores dias.

Autárquicas 2013 em S. Pedro (XI)

Não devíamos odiar as eleições autárquicas,  porque as eleições autárquicas nos torna hipócritas.
Devíamos amar as eleições autárquicas,  porque as eleições autárquicas nos mostra hipócritas.

Big Show Maduro...


Debate sobre Constituição não pode ser exclusivo de juízes, diz Poiares Maduro!..

PORTUGAL:

paraíso para reformados… estrangeiros. E para todos os que queiram comprar os imóveis que os portugueses no Inferno entregam por estes dias aos bancos.
daqui

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Nunca fui grande espingarda em piropos...

... mas, como a "opinião pública portuguesa é incomparável na sua capacidade de fazer descer uma discussão ao seu nível mais básico", quando o Bloco de Esquerda se lembrou de discutir o fenómeno da omnipresença das bocas grosseiras no espaço público, metade do país dedicou-se a desconversar, de forma especialmente intensa e indignada, talvez por isso, ignorei a polémica.
Mas, agora, constato que houve de tudo...

Ainda bem que não somos a Irlanda!..

Irlanda admite que precisa de mais ajuda da Europa para regressar aos mercados...

O antigo presidente do Carris afirmou hoje no Parlamento que o Governo conhece a existência dos quatro swaps tóxicos contratualizados pela Carris entre 2005 e 2007 "desde que é Governo", ou seja, desde 2011...

Num  dia com uma manhã como a de hoje, muita serena, tépida, luminosa, calma, no decorrer da minha caminhada matinal deu-me, como habitualmente, para reflectir.
Mas, foi já em casa, esta tarde, que percebi  que a desolação dos dias que passam,  não é das ideias, das instituições, da mediocridade das gentes.
Até estou tentado a acreditar que “Maria Luís Albuquerque casou virgem”...E, claro,  também não sabia nada sobre as swaps...

Amanhã o início da prova está agendado para as 8 horas com o 1º round Bodyboard Open...


Os Amigos são para as ocasiões...

... "uma arroxada camiliana", dada pelo Fernando Campos...

Tempo perigoso...

"Antonio Gramsci dizia que "a crise é quando o que é velho está a morrer e o que é novo não consegue nascer". Estamos a assistir à agonia do capitalismo financeiro, que pode ser longa e ter consequências ainda mais devastadoras, mas os partidos da IS e, concretamente, o PS português, continuam em estado de letargia ideológica e política, quando seria legítimo esperarmos deles a formulação de programas bem diferentes, com propostas inovadoras claramente distintas do neoliberalismo vigente."
Alfredo Barroso "O PS Política e ideologicamente à deriva", no jornal i.

Manutenção

A partir de outubro, mais de metade dos presidentes de câmara deixará de o ser, por força da lei de limitação de mandatos. 
Em vésperas de uma renovação no poder local, espera-se agora que não haja apenas uma mudança de nomes e dança de cadeiras, mas sim uma verdadeira regeneração. É bem necessária. Porque os autarcas que ora saem apenas se preocuparam, ao longo de décadas, com um tipo de manutenção: a manutenção do seu próprio poder.

Paulo Morais, Professor Universitário