sexta-feira, 10 de maio de 2013

Antevendo o dia de amanhã, um momento de (alguma) lucidez...

A bem dizer, este ano, a Primavera tem andado um tanto ou quanto envergonhada…
Continua  no calendário, mas não mais do que isso…
E isso vê-se nas pessoas: andam  irritadiças, tristes e desmoralizadas.
Como se se costuma dizer em gíria popular, “andam  com cara de enterro”
O país está na mesma: triste e desmoralizado.
Coisas dos Pedros  - o do tempo e o do governo…
Temos que  mudar...
Só que, pelo andar da carruagem,  começo a ver que é mais fácil “despedir”  o S. Pedro, que o Pedro  “Gaspar” Coelho…


Em tempo.
Num campeonato discutido até à penúltima ou mesmo última jornada, ninguém perde verdadeiramente, apenas há um que não ganha, digo eu, que detesto a tralha social que reduz as pessoas à distinção entre winners e loosers, e não gosto quando gente como eu, que só jogou à bola por gosto, raramente vai aos estádios, não é sócio de nenhum clube e não tem espécie nenhuma de envolvimento com o futebol para além da televisão, se põe aos berros no plural e diz “ganhámos” ou “fomos roubados”.
Quem? Nós? Porquê?

Obrigatório ver e ouvir com muita atenção...

Profissão: político

Uma crónica de Rui Curado da
 Silva, no diário AS BEIRAS

"Numa democracia saudável não existem  políticos de profissão.
Cidadãos independentes ou com filiação partidária são eleitos para mandatos  que têm um princípio e um fim. Antes do 25 de Abril não era assim, os mandatos dos detentores de cargos políticos sucediam-se sem escrutínio, o próprio Salazar foi um presidente do conselho vitalício. A noção de mandato era desvirtuada a favor de um tacho certamente vitalício se o detentor do cargo fosse obediente ao partido único.
Quase 40 anos depois, encontramos personagens com a mesma ambição.
Formam-se nas “jotinhas” relegando para segundo plano os estudos e, como a formação é fraca, esperam a sua vez fingindo que trabalham em empresas muito implicadas com o próprio partido.
Geralmente obtêm o primeiro mandato graças a um lugar secundário numa lista para um órgão político, lugar, esse, elegível nos partidos do arco do poder.
Os mais habilidosos saltitam entre mandatos municipais, a Assembleia da República, secretarias de estado e direcções de empresas públicas.
São indivíduos sem profissão, que não sabem fazer quase nada, mas que ambicionam fazer da política uma profissão, como no tempo do Salazar. Miguel  Relvas, Passos Coelho e José Seguro são três exemplos dessa forma de estar na política. Por bons e maus motivos, os portugueses estão agora mais atentos a esta realidade.
A nível local, os figueirenses também já toparam esses artistas, mas o melhor é que os próprios artistas estão a perceber que estão a ser topados..."

Serão estes reformados também a preocupação de Portas?..

«O Governo de Passos Coelho pôs na gaveta a proposta do FMI para limitar as pensões elevadas»...

Nós

Não há liberdade onde há medo. Não importa de que medo falamos – medo de não comer, medo de não ter onde dormir, medo de perder o emprego, medo de ficar sem acesso aos cuidados de saúde, medo de falar, medo de tomar posição, medo de lutar – se falamos de medo não falamos de liberdade. E hoje o medo sufoca-nos a todos, menos a uma elite que fez da riqueza roubada a sua segurança social particular e ilusória.

Manuel Gouveia

Grande verdade....


Passos Coelho: "Nós conseguimos fazer neste dois anos, o que ninguém conseguiu em 15. A irresponsabilidade começou há muitos anos"...

A não perder

Mostra do espólio fotográfico de Manuel Santos pertencente ao Museu Municipal Santos Rocha
Estrada gratuita

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Próximo da extinção da espécie?..

“Em tempos, lá pelos idos de 2009,  pensou-se, cá pela santa terrinha, que as coisas poderiam ser assim....
Dentro do Movimento 100%, como independente que é (seja lá isso o que for…), não irá haver luta entre facções, como dentro dos partidos, não existirá  luta pelos  lugares, como dentro dos partidos, não haverá imposições que contrariem e choquem com a vontade dos aderentes ao projecto,  como dentro dos partidos, não ocorrerão melindres susceptíveis de magoarem  militantes com provas dadas, como dentro dos partidos, ninguém acabará por sair  magoado por desconsiderações, como dentro dos partidos, nem terão lugar as desgastantes lutas intestinas pelos lugares, como dentro dos partidos...
Enfim, seria um oásis, politicamente falando!..
Pois… Mesmo assim, apesar de todas estas elevadas intenções, apenas 3(três) anos decorridos, já se chegou à conclusão que “um movimento independente não nasce para viver toda a vida”...
Resta, pois, aguardar por mais esta inevitabilidade: a extinção da espécie…”

 “A assembleia geral  da Associação Cívica Figueira 100% realizada na passada terça-feira à noite foi anulada, porque a convocatória que a antecedeu foi publicada fora do prazo legal, com dois dias de diferença, informou Daniel Santos, líder da comissão executiva. Foi um dos sócios que alertou para a irregularidade e, pouco depois, a sessão foi cancelada.
Cerca de 30 de sócios, num universo de 270, participaram reunião que se realizou na Assembleia Figueirense. Segundo adiantou ainda Daniel Santos, vai ser convocada uma nova sessão.
Lembre-se que a reunião anulada destinava-se a votar o relatório e contas de 2012, que foram aprovados, mas sem validade, e a eleição de novos órgão sociais.
Contudo,  não foram apresentadas candidaturas. No decurso da assembleia foi equacionada a possibilidade de ser elaborada uma lista de recurso para as diferentes estruturas da associação, mas o prazo legal para a apresentação expirara 24 horas antes.
A anulação da reunião magna da Figueira 100% impediu portanto que fosse debatido o ponto da agenda destinado a assuntos diversos. Um deles era o processo eleitoral que se avizinha.
Neste ponto, deverá porém prevalecer a possibilidade do movimento com o mesmo nome da associação não apresentar candidaturas às próximas eleições autárquicas. Por outro lado, se na próxima assembleia também não aparecerem listas,deverá iniciar-se o processo de extinção da Figueira 100%.”
Lido nas  BEIRAS de  9 de maio de 2012, enquanto tomava café, após o almoço.

Em tempo.
Sem ironia, os meus sinceros parabéns a Miguel Almeida.
Para já,  a meu ver, ele é o vencedor em todo este processo.
Como não há “almoços grátis”, ele como político experiente e profissional que é, limitou-se a fazer o que tinha a fazer…
Mais uma vez: parabéns Miguel...

Dignidade


«Quem quiser quer prepare a próxima época. É impossível continuar a trabalhar nestas condições», afirmou ontem à tarde Álvaro Magalhães, treinador da Naval, depois do  jogo com o Freamunde,  após assegurar a permanência do clube na II Liga,  referindo-se aosvários meses de salários em atraso no clube.
«Já tinha conversado com os administradores da SAD para continuar na Naval, mas tive que repensar essa situação por causa da falta de garantias», acrescentou.

Carlinhos, agora diz adeus aos nossos colaboradores *


"Foi um trimestre difícil. Os prejuízos foram determinados pela recessão económica, o que dificultou a geração de receitas pelo aumento das insolvências e do desemprego e agravou os custos com as imparidades: o produto bancário diminuiu 14,2% e o reforço de provisões aumentou 25,9%", afirmou Ricardo Salgado, presidente do BES, na conferência de imprensa da apresentação dos resultados trimestrais.
Portanto, "vamos ainda encerrar cerca de 20 balcões até ao final do ano e reduzir 200 colaboradores"...

Título do post e imagem via  O sítio dos desenhos

A purga do troikista mais troikista que a própria troika…


Gaspar, em 2011…
Na altura, como sempre,  Gaspar explicou devagar, com a sua voz irritante e característica, que  esta medida seria uma alternativa terrível e não exequível aos cortes então decididos e executados.
Recusava-a, portanto.
Mas, como agora se verifica, não é que não a desejasse…
Entretanto, agora, milhares de milhões de euros de cortes depois, as rescisões passaram a ser totalmente exequíveis.

Em tempo.
Eu não notei nada, mas o erro pode ser meu.
Alguém deu, dois anos passados, pela prosperidade  do país e dos portugueses  ao ponto de poder arcar, agora,  com esta despesa e com mais este atentado a quem vive do seu salário?

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Álvaro...

Apenas vos digo, vejam e ouçam...

O director-geral ( sem Visão)

Tarde de uma sexta-feira ainda a cheirar a Verão. Passa pouco das 17 horas quando o director geral se despede da secretária, desejando-lhe bom fim de semana. Pede-lhe que fique no gabinete até às 20 horas, “porque pode vir alguma chamada do gabinete” e nesse caso ela terá de lha passar.
Desce as escadas do edifício. À porta já está o motorista que o irá levar a casa, nos arredores de Cascais. Enquanto o DG se desloca, a secretária fica a arrumar papéis e a dar umas voltas na Internet.
Cerca das 19 horas toca o telefone. É o DG.
“ Esqueci-me da Visão em cima da secretária! Quando o motorista chegar aí, peça para ele vir cá trazer-ma a casa.”
Estupefacta com o pedido, a secretária  fica sem resposta
“ Está a ouvir-me? A chamada está má?”
Refeita da surpresa, a secretária  responde:

“Estou a ouvir perfeitamente, mas estava a pensar se não ficaria mais barato o senhor doutor comprar aí uma e depois pedir o dinheiro na segunda-feira…”
Silêncio.
Depois, com a voz irritada, responde:
“Isso é uma maçada! A tabacaria aqui já está fechada e tenho de ir a Cascais”.
“ O sr doutor desculpe, mas não pode pedir ao seu filho, ou à sua esposa que lha levem? A sua esposa telefonou para aqui há cinco minutos a perguntar pelo senhor doutor, ainda está a trabalhar, por isso lembrei-me...”

“  Boa ideia, não me tinha lembrado dessa hipótese. Vou telefonar-lhe a ver se ainda a apanho…  Então bom fim de semana e até segunda-feira”.

( Parece ficção, mas não é…esta cena ocorreu mesmo! Na segunda-feira, porém, o DG não pediu o reembolso do preço pago pela Visão. Do mal o menos…)

tu-ru-ru-ru-ru*

 * É o barulho do  telemóvel com a bateria  nas lonas...

Do êxito ao fracasso?..

Não devíamos odiar a política porque a política é feita por hipócritas... 
Devíamos amar a política porque a política, tal como o Natal, mostra os hipócritas.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Tão fofinho!.. (II)

Gaspar…
Emissão de dívida foi um “grande sucesso”...

O Governo criou um cabaz que incluía dois funcionários públicos prontos para trabalhar, laranjas do Algarve e um sortido de queijinhos…

Tão fofinho!..


Vítor Gaspar...

Maquiavel faria melhor?..


Portas, no domingo passado, querendo fazer crer que o cenário poderia ser bem pior…
Mas, “os fins justificam os meios”?.. Como se pode ler hoje no no jornal i "Portas vetou a TSU dos reformados, mas escondeu que o Estado vai cortar 18,6% nas pensões até 2015...
Os reformados da função pública vão perder em média 9,3% do seu rendimento em 2014, 740 milhões de euros, e outros 9,3% em 2015, também no valor de 740 milhões de euros. Esta percentagem, muito próxima dos 20% defendidos pelo FMI em Janeiro, consta do mapa de cortes enviados juntamente com a carta do primeiro-ministro à troika sexta--feira e corresponde à rubrica da convergência da Caixa Geral de Aposentações com a Segurança Social (ver gráfico ao lado).
No total, Pedro Passos Coelho avança com reduções na despesa pública da ordem dos 6,114 mil milhões de euros até ao final de 2016, de que 4,788 mil milhões constam do documento que os peritos da troika começam hoje a negociar em Lisboa. Os outros 1326 milhões correspondem ao chumbo do Tribunal Constitucional a quatro normas do Orçamento do Estado deste ano e serão incluídos no Orçamento Rectificativo que será aprovado até ao final do mês.
Omapa, já na posse da troika,   abrange o ajustamento da dimensão da administração pública (224 milhões este ano, 1,3 mil milhões no próximo e 1,6 mil milhões em 2015), o ajustamento da política de remunerações no Estado (445 milhões em cada um dos próximos dois anos), medidas sectoriais (505 milhões este ano, 1,1 mil milhões em 2014 e 1,2 mil milhões em 2015) e a reforma do sistema de pensões (1,4 mil milhões no próximo ano e 1,4 mil milhões em 2015)."

Portas, tal como Maquiavel sabe que  "há três espécies de cérebros: uns entendem por si próprios; os outros discernem o que os primeiros entendem; e os terceiros não entendem nem por si próprios nem pelos outros; os primeiros são excelentíssimos; os segundos excelentes; e os terceiros totalmente inúteis."
Fica a interrogação: com actores desta categoria será que há cenário que nos salve?..