quinta-feira, 13 de julho de 2006

Uma Incubadora


Foto: Pedro Cruz


No Parque Industrial e Empresarial da Figueira da Foz, na Gala, foi inaugurada em finais do passado mês de Junho, uma Incubadora de Empresas. A atestar a importância do evento, esteve presente o Governo Central, através do Secretário de Estado adjunto da Indústria e da Inovação, António Castro Guerra.
O projecto constitui um serviço que visa contribuir para o fomento de iniciativas empresariais inovadoras ou de desenvolvimento de produtos inovadores, colocando ao dispor das empresas incubadas um conjunto de serviços e condições que contribuam para o respectivo êxito.A Incubadora da Figueira da Foz dará apoio nas infra-estruturas, serviço de secretariado, consultadoria e apoio na procura de parceiros para o desenvolvimento de projectos, além de outros espaços comuns, como sala de serviços partilhados, salas de reuniões, salas de formação, auditório, bar/cafetaria, refeitório, área de recepção, etc. Nesta obra, que na opinião de António Jorge Pedrosa, expressa em 29 de Junho passado no http://amicusficaria.blogspot.com/,"é, talvez a mais importante, do ponto de vista do desenvolvimento estratégico, feita no concelho nos últimos 10 anos”, gastaram-se mais de dois milhões de euros, dos quais um milhão e duzentos mil euros foram comparticipados por fundos comunitários.
Vamos ver se, daqui a três anos, passado o período previsto para a gestação dos projectos, o embrião se desenvolve e os projectos ganham asas e voam, graças a esta iniciativa, como é certamente o desejo das entidades que realizaram uma parceria para o levar por diante: a Câmara da Figueira da Foz e a ACIFF.

quarta-feira, 12 de julho de 2006

Aviso à Navegação

Foto: Pedro Cruz

Alto aí!
Aviso à navegação!
Eu não morri:
Estou aqui
na ilha sem nome,
sem latitude nem longitude,
perdida nos mapas,
perdida no mar Tenebroso!
Sim, eu,
o perigo para a navegação!,
o dos saques e das abordagens,
o capitão da fragata
cem vezes torpedeada,
cem vezes afundada,
mas sempre ressuscitada!

Eu que aportei
com os porões inundados,
as torres desmoronadas,
os mastros e os lemes quebrados
- mas aportei!

E não espereis de mim a paz...

Aviso à navegação
Não espereis de mim a paz!
Que quanto mais me afundo
maior é a minha ânsia de salvar-me!

Que quanto mais um golpe me decepa
maior é a minha força de luar!

Não espereis de mim a paz!
Que na guerra
só conheço dois destinos
ou vencer - ai dos vencidos!
ou morrer sob os escombros
da luta que alevantei!

- (Foi jeito que me ficou,
não me sei desinteressar
do jogo que me jogar.)

Não espereis de mim a paz,

aviso à navegação!
Não espereis de mim a paz
que vos não sei perdoar!

Joaquim Namorado

terça-feira, 11 de julho de 2006

A Procissão


Sai a procissão da Capela
Com destino à beira-mar

Todos vão p’ra junto dela
Só para a ver passar

Vêm os cavalos à frente
Todos com muito jeito
P’ra afastar toda a gente
Com o máximo respeito

A fanfarra são uns amores
Tocam com muita energia
O rufar dos tambores
Ouve-se em toda a freguesia

As músicas vêm tocando
Com toda a devoção
E todos vêm acompanhando
A nossa procissão

Aí vêm os nossos barquinhos
Com os panos a panejar
A seguir vêm os santinhos
Com os anjinhos a acompanhar

Ai vem o nosso marinheiro
Com a sua mão estendida
Ele é o nosso padroeiro
Da nossa freguesia querida

Senhor abençoai os pescadores
Lembrai os tempos passados
Quando andavam nos barqinhos
Foram uns tempos amargurados
P’ara ganhar uns tostõezinhos


Estas quadras, simples, são de um homem do povo: Elísio Gafanhão, que viveu de 29 de Junho de 1917 a 14 de Setembro de 2000.
Na foto, gentilmente cedida pela família, está o poeta popular e pescador e a mulher.
Como escreve Manuel Luís Pata, no seu livro “A Figueira da Foz e a Pesca do Bacalhau”, um dos muitos heróis desconhecidos da nossa Terra.
Demandou os mares da Terra Nova e da Groenlândia.
Fez 33 campanhas à pesca do bacalhau.
Praticamente, fez quadras até ao final dos 83 anos que teve de vida.
A prova, fica aqui registada.
Estas quadras foram feitas em 1999, levava já 82 anos de existência.

Que cheiro!...


Quem passa nas imediações da etar de S. Pedro bem o sente: há alturas em que o cheiro é insuportável.
Há, pelo menos, 15 dias , que o nariz de quem atravessa a Ponte dos Arcos sofre a bom sofrer, com o cheiro pestilento que anda no ar! ...
O que se passa? ...
Estamos em plena época balnear e, isto, não é propriamente um agradável cartão de visitas para a Freguesia de S. Pedro.
Ainda bem que não é possível trazer até aqui o cheiro! ...
Fica a fotografia do Pedro Cruz.

segunda-feira, 10 de julho de 2006

Alguém pode ser comprado sem perder a dignidade?

Fotos: Pedro Cruz




Todo o homem tem valor? ...
Fica a interrogação! ...
Se for livre e despojado,
Ainda que em contradição,
Pode estar em todo o lado...

Mas, há homens que já só têm medo!...
Não têm espírito, abdicaram de lutar ...
São apenas um monte de sebo,
Viscoso e repelente! ...
Qual podridão impaciente
De se fazer notar! ...



Ser homem assim, não!
Com o tempo decai e adoece.
A morte torna-o lixo e apodrece.
Passou pela vida como um comilão.
Fica a lembrança de um estupor.

O que vale a integridade?
O homem é anjo?
O homem é besta?
O homem que quer fazer de anjo ...
Acaba por fazer de besta! ...
Alguém pode ser comprado sem perder a dignidade?

domingo, 9 de julho de 2006

A moda que veio da América





A moda veio já há uns anos dos Estados Unidos da América.
Foi o Zé Vidal, um antigo emigrante, sempre ligado a estas coisas da electrónica, que trouxe o primeiro detecta metais.
Estes exploradores da nossa zona balnear, criadores de uma nova actividade económica, são os novos garimpeiros, à procura dos tesouros depositados na areia das praias, pelos descuidados banhistas.
O objectivo é passar o tempo e arranjar algum.
Apanha-se de tudo: moedas, ouro, pratas e caricas, muitas caricas.
Também aqui, estamos em tempos de vacas magras. O sector já conheceu melhores dias.
Parece que não há dinheiro”, ia dizendo o Chico, enquanto trabalhava com a máquina, domingo, ainda não eram 7 horas, no areal da Praia do Hospital.
E as queixas prosseguiam: ”o ano passado safei-me”.
Nem de propósito, a máquina dá sinal que algo metálico estava sob a areia.
Gera-se alguma expectativa, que rapidamente dá lugar à desilusão: era uma moeda de um cêntimo! ...
Isto está mesmo mau! ...
No Algarve é que me safava...”, remata o Chico.
Acompanhámos a faina ainda durante uns tempos: nem um pulseira, nem um relógio, nem uma moeda decente, nem uma aliança, nada! ....Até para a praia, os portugueses vão de bolsos vazios! ...

sábado, 8 de julho de 2006

Mercado de S. Pedro está inaugurado



Fotos gentilmente cedidas pelo jornal o FALA BARATO




Fotos: Pedro Cruz

O mercado mais moderno do concelho está inaugurado.
Dois anos, um mês e dois dias depois da cerimónia de lançamento da primeira pedra e, após, cerca de 600 mil euros gastos, S. Pedro inaugurou o novo mercado, com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Com 40 bancas de peixe, legumes e outros produtos, o edifício conta, igualmente, com 12 lojas.
Outra mais valia do novo espaço comercial, é o estacionamento ao dispor dos utentes.A maioria dos espaços está reservada para os vendedores do mercado que ainda funciona na Remígio Falcão Barreto.
Em declarações prestadas na passada sexta feira ao diário “as beiras”, Carlos Simão, Presidente da autarquia da outra margem do Mondego, “prevê que possam surgir reclamações de alguns dos comerciantes do outro mercado.
É que nem todos estão colectados, sendo certo que só entra no novo espaço quem exercer a actividade de forma absolutamente legal”. Com a transferência de competências da Câmara para a Junta, a freguesia de S. Pedro é a gestora deste equipamento.
Isso quer dizer que vai passar a contar com mais uma importante fonte de receita.

Na ressaca do Portugal-Alemanha


O último sonho acabou.
Foi-se o bronze.
Pronto, agora já sabemos.
Não somos os melhores do mundo a jogar futebol.
Porém, estar entre os quatro melhores do Mundo foi uma grande conquista.
Acabou o sonho, venha a realidade. O que, convenhamos, é pouco conveniente para alguns, nomeadamente, para o governo.
Pode ser que, agora, com o futebol finalmente de férias, os portugueses acordem e
procurarem um culpado para a fraca vida que levam. O estado de graça dos governos, não é coisa que dure sempre.
Apesar da sorte do eng. Sócrates! ....
Chegou, finalmente, a hora do Executivo de José Sócrates mostrar o que vale.
No plano meramente político (propaganda incluída) e no plano efectivo da governação.
Se não, vale de pouco ter um país em que tudo se faz na internet, mas em que metade da população não tem acesso a um computador.
Se não, vale de pouco ter um país em que se cobram cada vez mais impostos, mas em que metade dos cidadãos não paga nada.
Se não, vale de pouco ter um país em que os governantes pregam a moralidade, mas em que muitos assessores ganham tanto ou mais que os governantes.
Se não, vale de pouco ter um Estado que pede sacrifícios, mas que não promove uma sociedade mais justa.
Se não, vale de pouco ter um país que ficou no 4º lugar no Mundial de futebol.
Contra a Alemanha, perdemos apenas um jogo de futebol.
Há mais vida para além do futebol.
Viva Portugal!

Apenas um degrau ...



Para chegar ao pódio deste Mundial
Falta apenas um degrau a Portugal! ...
Que grande Selecção! ...
Seja o 3º. ou o 4º. Lugar
É uma grande participação!
Figo vai abandonar ...
Merece um adeus à Campeão! ...

sexta-feira, 7 de julho de 2006

Viagem


Não perspectivo nada ...
Mas tenho de me fazer à estrada!
A minha escrita é pobre? ...
Não é para todos o talento do António Nobre! ...

O transporte é lento? ...
O ar chega a ser bafiento! ...

Mas há que andar! ...
Perigo, corre o pescador sobre o mar! ...

Vai falhar o motor? ...
Mas, nem que seja à vela! ...
Continua a viagem! ...


Conseguir um lugar à janela
Não foi fácil, exigiu pundonor!
... Dá para ir vendo a paisagem! ...

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Mercado de São Pedro vai ser inaugurado



Dois anos, um mês e dois dias depois da cerimónia do lançamento da 1ª. Pedra, vai ser inaugurado o Mercado de São Pedro.
O evento está marcado para as 16 horas do próximos sábado, dia 8 de Julho de 2006, na Rua das Industrias, junto à Rotunda das Chaves.
Estará presente o Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, o eng. António Duarte Silva.

“Às raparigas da minha terra”


Nem só no Algarve há moiras,
Nos extensos areais.
Aqui, nas areias loiras,
Andam muitas, muitas mais.

Não são moiras encantadas ...
Quer em casa ou a pescar,
Ou em longas caminhadas,
São moiras ... a trabalhar!

Na minha terra, a cachopa
É tão airosa e lavada!
A areia lhe cora a roupa,
O sol a deixa corada ...

Na cidade quando passa
Dama elegante ao pé dela ...
Não tem ritmo, a graça
Do seu pisar de gazela.

Emília Maria, Poetisa nascida na Gala (ou na Costa de Lavos) a 16 de Março de 1909, de seu nome completo Emília Maria Bagão e Silva, faleceu a 22 de Março de 1979, na Figueira da Foz.
A Poetisa era filha de Elísio dos Santos Silva, da Costa de Lavos, e de Clementina Bagão, mais conhecida por Clementina da Banca.
João Bagão, um conhecidíssimo guitarrista do fado de Coimbra, era seu meio irmão.

(Informações recolhidas a partir do livro Terras do Mar Salgado, do Capitão João Pereira Mano)

Vamos trabalhar para o bronze! ...





Ainda não foi desta! ...
Mais uma vez, cumpriu-se a tradição.
A selecção francesa é que vai à final do Alemanha 2006.
Portugal, mais uma vez, morreu na praia
Como é habitual, com uma grande penalidade de Zinedine Zidane.
Resta-nos a possibilidade de alcançar o terceiro lugar, frente aos anfitriões, em Estugarda, e igualar o feito de 1966.
Não conseguimos inverter a história
Há quarenta foram os Magriços.
Agora foi a selecção de Scolari.
Em 66, vi os jogos a preto e branco, na Marítimo da Gala, que funcionava no local onde agora está uma oficina de automóveis, ao lado do Olímpio Cabeleireiros.
Há 40 anos, lembro-me da saída de campo, após a partida de aceso à final perdida para a Inglaterra, com Eusébio lavado em lágrimas.
Foi um choque, na verdura dos meus 12 anos, a injustiça que senti com essa derrota.
Agora, contra a França, vi o jogo a cores e em ecrã de razoáveis dimensões.
Mais uma vez, perdemos a possibilidade de ir à final de um Mundial.
O travo amargo da injustiça ficou no ar! ... Mas a injustiça, agora, foi digerida.
Dos Magriços à selecção de Scolari houve um fio condutor comum: a sensibilidade dos jogadores portugueses.
Em 1966, Eusébio saiu desolado e a chorar.
Em 2006, Cristiano Ronaldo saiu desolado e a chorar.
Como é habitual, vamos recordar o árbitro deste Portugal-França.
A arbitragem faz o que tem de ser feito: cumpre as instruções da FIFA.
O sonho ficou adiado.
Foi por pouco! No sábado, há que trabalhar para o bronze

quarta-feira, 5 de julho de 2006

É hoje



Somos portugueses.
E se Portugal ganhar, como se espera, e for à final com a Itália, não iremos fugir à "loucura" da celebração.
Como diz Eduardo Lourenço, "Enlouquecer virtualmente, que é o que acontece no jogo, faz parte da dimensão onírica da vida”.
A selecção nacional pode escrever hoje, em Munique, a mais brilhante página da história do futebol português.
Uma vitória sobre a tradicionalmente difícil França colocará a equipa das quinas pela primeira vez na final de um Campeonato do Mundo
O melhor que nos aconteceu, até hoje, foi o célebre 3º. lugar dos “Magriços”, já lá vão 40 anos, no Mundial de Inglaterra.
Ás 20 horas, lá estaremos frente ao televisor.
Naturalmente, a desejar que Portugal ganhe o jogo de futebol.
Só, e apenas, mais um jogo de futebol.
Convém não esquecer! ...

terça-feira, 4 de julho de 2006

Aos sócios do Grupo Desportivo Cova-Gala


Levantamento do cartão de sócio e pagamento de quotas de 2006

Locais:

Café Avenida, na Cova

José Vidal

Se não é ainda sócio, pode inscrever-se nos mesmos locais.


A Direcção agradece.

Crianças de Coimbra na Praia da Cova

foto:Pedro Cruz

Mais de duas centenas de crianças de Coimbra, estão a deslocar-se diariamente à praia da Cova, no âmbito da quarta edição da iniciativa “Coimbra a saber (a) mar”.
O primeiro grupo de crianças esteve na praia da Cova no decorrer da semana passada.
Agora, é a vez da semana de férias do segundo grupo de crianças, provenientes de todas as freguesias de Coimbra.
Com o objectivo de proporcionar a crianças carenciadas os benefícios da praia, a autarquia conimbricense e a empresa municipal Figueira Grande Turismo uniram-se num projecto que permitiu ao longo dos anos, que muitas crianças vissem, pela primeira vez, o mar. A autarquia conimbricense investiu cerca de sete mil euros para custear transportes, refeições e monitores, a FGT disponibilizou apoio logístico e material promocional da Figueira da Foz.
Por sua vez, Junta de Freguesia de S. Pedro proporcionou o espaço físico para guardar equipamento e material de crianças e adultos.

segunda-feira, 3 de julho de 2006

Para o ano há mais...



O S. Pedro de 2006 está no fim.
Foi a Festa possível.
Para 2007 há Comissão.
Aliás, a disponibilidade para a tarefa foi imediata.
O grupo de trabalho promete.
O Manuel Capote, o Homem da Bandeira, e todos os restantes que o acompanham, são garantia de um trabalho sério, esforçado e competente.
2007 vai ter uma grande Festa em Honra do Padroeiro da nossa Terra.
S. Pedro merece.
Para o ano há mais! ...
Boa sorte.

Cumpriu-se o programa da Festa de S. Pedro 2006









A Festa de S. Pedro 2006 já foi.
Com mais ou menos dificuldades, com mais ou menos polémica, sem fogo de artificio, mas com música, convívio, copos, animação, cumpriu-se o programa.
Para o ano há mais. Já há Comissão.
A Festa é nossa, faz parte das raízes, faz parte de nós.
Para mais tarde recordar, fica um registo fotográfico de Pedro Cruz, um dos jovens que, a par com outros, arregaçaram as mangas e deram a mão ao Pontas.
S. Pedro 2006 foi uma lição: a juventude, tantas vezes acusada de inércia, desinteresse e comodismo, mostrou que também pode fazer coisas.
Naturalmente, com inexperiência e com erros, mas também com entrega e amor às causas.