sexta-feira, 24 de maio de 2024
A senda continua: "HDFF deixou de fazer cirurgias ao cancro da mama este ano por não ter atingido o número mínimo anual de 100 operações por cirurgião"...
sexta-feira, 12 de janeiro de 2024
A crise do associativismo já vem de longe
O associatvismo está em crise no nosso concelho. O problema tem décadas. Sabemos como as debilidades do assciativismo foram aproveitadas por vários executivos figueirenses - do PS e do PSD (lembram-se do vereador José Elísio?) - para tirar dividendos políticos.
Em Março de 2010, sabíamos, que um regulamento municipal de apoio ao associativismo, era uma preocupação de há muitos e muitos anos do cidadão António Tavares.
Por isso, quando soubemos, que por iniciativa do Vereador da Cultura e das Colectividades do primeiro executivo presidido pelo falecido doutor João Ataíde, doutor António Tavares, foi aprovada uma proposta de regulamento municipal de apoio ao associativismo, “em reunião de câmara por maioria e com a oposição a enaltecer a postura do vereador das colectividades,” não deixámos de o felicitar.
Por uma razão simples: sabíamos, que com o “sim” ao documento, António Tavares daria “um suspiro de alívio, um uff”, como diria, por se tratar de uma matéria que defende há muito, mesmo antes de 2005, quando chegou a vereador da oposição.
Sabemos, que “é melhor ter um regulamento, mesmo que ainda não seja a perfeição, do que não ter nenhum”, pois está-se a lidar com uma situação delicada, “que é atribuição de dinheiros públicos, para os quais são precisas regras transparentes e definidas”.
Sabemos, “que um regulamento pode permitir que os dirigentes possam saber com o que contam”, pois um documento com regras definidas e transparentes, facilita “uma concertação sobre uma política de associativismo concelhia”, pois, espera-se, permite “decidir com base em regras escritas e transparentes”e não, como aconteceu até aqui, na base do amiguismo e dos interesses politiqueiros e partidários.
Sabemos, que foi dado um passo importante com a aprovação do regulamento de apoio ao associativismo na Figueira da Foz: "rigor, transparência, critérios objectivos, equidade e alguma regulação, são de aplaudir".
Mas também sabemos que isso não era tudo, e que o mais difícil está para vir: a implementação de regras e critérios transparentes num terreno minado e cheio de vícios.
Portanto, é sem surpresa que lemos que o "presidente da
Casa do Povo de Quiaios,
à qual pertence a filarmónica quiaense, e ex-dirigente de todas as coletividades da freguesia de
Quiaios, partilhou com
o DIÁRIO AS
BEIRAS
a sua
preocupação
sobre o estado
das coletividades no concelho da Figueira
da Foz".
Se calhar isto anda tudo baralhado. Lá que “fazia mais sentido apostar mais nos Reis Magos do que no Carnaval, onde não temos tradição”, fazia. Mas, quem pensa assim é uma minoria e quem precisa de votos precisa do apoio das maiorias.
Na Figueira, há muito, que tem sido sempre Carnaval.
Para ler melhor, clicar na imagem. |
domingo, 13 de fevereiro de 2022
sábado, 10 de julho de 2021
Da série, bem-vindos à campanha eleitoral de Santana Lopes, autárquicas 2021: e se deixassem o Eng. Duarte Silva em paz?..
No mínimo, salvo melhor opinião, afigura-se-me de muito mau gosto envolver a memória do eng. Duarte Silva numa disputa política eleitoral.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021
"A Associação Naval 1893 tem atividade, são 250 atletas em atividade, 15 equipas de futebol, e é credenciada na área da formação pela Federação Portuguesa de Futebol..."
"Há assuntos que devem ser tratados com cordialidade e bom senso. Expor a recém-formada Associação Naval 1893 em reunião de Câmara por uma pequena dívida, e implicitamente colocar em causa as contas da Associação é a negação do que se espera da política, a arte do compromisso e o respeito pela dignidade das pessoas e instituições. Haverá ainda que ter mais empatia pelas associações e coletividades do concelho.
A dezena de milhares de Euros que origina esta situação de conflito com a Associação Naval 1893 é uma gota no oceano do desperdício camarário, só no Jardim Municipal estão a ser gastos 1,4 milhões de Euros sem que ninguém encontre uma justifi cação plausível para tamanho dislate. Lamenta-se ainda que a Câmara tenha progressivamente uma postura cada vez mais belicosa, apontando o dedo a quem a critica e não sabendo gerir o associativismo."
Via Diário as Beiras
sábado, 30 de janeiro de 2021
As colectividades da freguesia de S. Pedro
Ricardo Santos, vice-presidente da ACCFF, escreve na edição de hoje do Diário as Beiras sobre duas das colectividades da freguesia de S. Pedro.
A resenha histórica deixou algumas coisas por contar. O que é normal. Não referiu, por exemplo, o papel que o Teatro teve no passado no Desportivo Clube Marítimo da Gala. Não focou, também, o desporto: o Marítimo da Gala teve participação nos campeonatos da antiga FNAT, agora INATEL, em modalidades como futebol, ping-pong e voleibol.
Por focar, ficou também a UNIFICACAÇÃO, UM PROCESO QUE JÁ VEM DE 1989, que na altura poderia ter feito sentido, mas que nunca foi viabilizado nem permitido pelo poder político local.
Em 2016, novamente por questões políticas, a problemática da unificação (e não fusão) das Colectividades da Cova e Gala, voltou a ser um tema a ganhar actualidade.
Recordo o que escrevi em 16 de junho de 2006, quase há 17 anos: "Em 2006, mais de dez anos decorridos sobre a paragem do processo de unificação, a realidade é esta: não há uma estratégia de fundo, definida, concertada e devidamente fundamentada para o desenvolvimento do associativismo em S. Pedro. E a realidade recreativa e cultural, no âmbito do nosso concelho, para não irmos mais longe, é a conhecida de todos nós. Na ausência duma ideia de fundo, o poder político fez aquilo que é normal: tomou medidas avulsas e pontuais, onde foram gastos largos milhares de euros, como aconteceu no ano passado, curiosamente ano de eleições autárquicas, no Desportivo Clube Marítimo da Gala e no Clube Mocidade Covense. As carências recreativas e culturais, entretanto, subsistem. A nível desportivo, as coisas têm funcionado bem melhor, embora também aqui existam lacunas fundamentais que, por esta ou aquela razão, têm sido adiadas. É o caso do piso do Campo do Cabedelo. Meus senhores, sei que há quem não goste que se fale do problema, mas colocar desportistas – crianças ou adultos – a praticar desporto numa pedreira daquelas é, no mínimo, uma violência. É neste panorama de dificuldades gerais, que a problemática da unificação das nossas Colectividades, volta a ser um tema a ganhar actualidade. O futuro, que todos ansiamos pujante e vigoroso do associativismo na Cova-Gala, passa, inevitavelmente, pelas opções de fundo que terão, mais tarde ou mais cedo, de ser feitas. E que têm vindo a ser adiadas. Até quando?"
Infelizmente - e para mal dos pecadores dos moradores da freguesia de S. Pedro -, o que escrevi em 2006, continua actual: até a pedreira que é o piso do campo de futebol do Grupo Desportivo Cova-Gala...
segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
2021 na Figueira não vai ser fácil...
“O Partido Socialista lamenta a situação agora gerada pelo PSD e pela CDU, decorrente da apresentação da renúncia ao mandato dos seus membros na Assembleia de Freguesia de Quiaios, o que motivará eleições antecipadas, que decorrerão no primeiro trimestre de 2021.
“Assinala-se a falta de sentido de responsabilidade e a falta de capacidade de assumir os mandatos, quando na oposição, levando a que, no decurso de um mesmo ano civil, em 2021, ocorram duas eleições para a Junta de Freguesia de Quiaios e a que as eleições intercalares aconteçam num período de pandemia, em condições menos propícias a campanhas e à realização de actos eleitorais.
Igualmente grave é deixarem a freguesia em gestão corrente, no momento em que se vive uma pandemia e há uma diversidade enorme de decisões que devem ser tomadas diariamente em prol da Freguesia de Quiaios, do associativismo e dos quiaienses.
Face a esta lamentável e evitável situação, o Partido Socialista demarca-se dessa irresponsabilidade. Fica a dúvida de saber se os membros que integram as listas do PSD e da CDU e que não quiseram manter-se em funções num período crítico da freguesia, do concelho, do país e da Europa, terão a ousadia de se recandidatar, na vã esperança de poderem vir a alcançar um resultado diferente.
Neste contexto, o Partido Socialista irá constituir uma lista com homens e mulheres da Freguesia e concorrer às eleições intercalares, renovando assim o compromisso para com a defesa dos interesses da Freguesia de Quiaios e dos seus cidadãos”.
Recordo o dia 7 de Dezembro de 2019, via Diário de Coimbra e Diário as Beiras:
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
O associativismo
Tirando algumas excepções, o figueirense filia-se, associa-se e torna-se dirigente, não porque partilhe dos sistemas de valores ou de práticas que as associações perfilham, mas porque pode ser um trampolim que o ajude a subir a escadaria do reconhecimento social.
Uma das situações mais divertidas é verificar o esforço do figueirense pequeno e médio para se "integrar" e interagir com o figueirense da classe alta.
O figueirense, de todas as classes - pequena, média e alta - custe o que custar, deseja é o reconhecimento social.
Nada contra. Eu próprio, tuga figueirense me confesso: sou sócio dos bombeiros e de várias colectividades.
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
Já que estamos em timing de homenagens, recordo uma pessoa que continua a fazer muita falta à Figueira
José Martins.
domingo, 18 de outubro de 2020
Um contributo para a homenagem à "figueirense" Teresa Coimbra
«O Município da Figueira da Foz homenageou a figueirense Teresa Coimbra, antiga professora e deputada da Assembleia da República, com a Medalha de Mérito Técnico/Científico em Prata Dourada, numa cerimónia realizada no Auditório Municipal, na noite de sexta-feira.
"A homenagem que hoje tornamos pública é reflexo da consciência de todos de que o seu nome marca de forma indelével a vida do nosso concelho e, particularmente, da nossa cidade", começou por referir o presidente da autarquia, Carlos Monteiro, destacando ainda que as áreas em que se envolveu, desde a "educação, a ciência, à política activa, passando pelo associativismo e pela ação social, atestam a sua versatilidade e a sua disponibilidade para abraçar as mais diversas causas".
O edil reforçou ainda, na sua intervenção, que são exemplos como o de Teresa Coimbra que devem inspirar a fazer "mais e melhor".»
Para quem tem a memória curta, recordo um desses exemplos dados pela Professora Teresa Coimbra, a que na devida altura, Maio de 2009, dei o devido destaque, como se pode comprovar, clicando aqui.
A política é uma actividade nobre. Para isso, porém, tem de ser objectiva. A acção dos partidos políticos, entidades congregadoras de vontades e portadoras de projectos de sociedade, por natureza contraditórios entre si, é fundamental.
Nos últimos tempos, na Figueira e em Portugal, a actividade partidária tem vindo a ser denegrida. Para além do simplismo de um discurso de matriz populista, no essencial mero exercício de lóbi, como espaço para o carreirismo pessoal, para a concretização de algumas negociatas e para agendas que, muitas vezes, estão longe da prossecução do interesse público, que deveria ser o centro da sua actividade.
Esta forma de estar na política nada tem a ver com a minha antiga Professora Teresa Coimbra. A melhor homenagem que poderia ser feita a antigos políticos e "figueirenses" ilustres como Teresa Coimbra, Luís de Melo Biscaia, Mário Neto, Abel Machado, Joaquim Namorado, Gilberto Vasco, entre outros, era começar uma verdadeira regeneração do sistema partidário na Figueira.
Como escreveu um dia António Augusto Menano, outro ilustre figueirense e antigo político, "a amizade vive sempre no coração e a eternidade também é termos vivido de acordo com a nossa consciência."
Todavia, uma coisa nunca pode ser esquecida: sem os partidos políticos, estes ou outros, não há democracia.
Por último fica o agradecimento pelo convite para estar presente na cerimónia de homenagem à Professora Teresa Coimbra. Não compareci por razões do meu foro pessoal, que expliquei a quem tinha de explicar.
terça-feira, 6 de outubro de 2020
A serenidade é nada querer, nada ambicionar...
À medida que o tempo avançou «pelo tempo fora» - pelo menos comigo assim aconteceu - fui perdendo, aos poucos, o que me motivou quando era mais novo.
O avanço do tempo «pelo tempo fora», mostrou-me que o que nos fazia andar era, muitas vezes, o menos importante e o ilusório.
Foram essas invenções, na altura úteis, a que entreguei boa parte da vida.
O trabalho, os jornais, a política, o associativismo - mulheres.
Com o avanço do tempo «pelo tempo fora», veio o desapego e fui largando por aí o que me fazia andar.
Com o avanço do tempo «pelo tempo fora», sobraram os momentos como este, em que o que nos fazia andar vem à memória.
Por aqui fico, interiorizando as possibilidades que existiram e foram passando.
Nesses momentos em que penso naquilo que me motivou e me fez andar, no fundo inúmeras ilusões importantes, mas ingénuas, fico feliz no que actualmente sou.
A serenidade é nada querer, nada ambicionar.
Ainda bem que, em vida, cheguei a tempo de o saber.
Passaram os anos. Ainda bem, pois há coisas que só se conseguem chegar lá com o avanço do tempo «pelo tempo fora».
Contudo, mesmo com o avanço do tempo «pelo tempo fora», «nunca é tarde de mais para pensar, para perceber, para sonhar, para viver, para exigir e para acordar».
sábado, 19 de setembro de 2020
Da série, bem-vindos à campanha eleitoral de Carlos Monteiro, autárquicas 2021 (1)
Via Diário as Beiras
Nota OUTRA MARGEM:
O anúncio do sintético para o Grupo Desportivo Cova-Gala não vai demorar muito.
Isto é: deve estar para "breve". O anúncio.
Para o autor deste espaço, o problema, para os covagalenses, não é ainda não terem o ansiado sintético no Campo do Cabedelo. O problema foi terem perdido ao longo dos anos a oportunidade de poderem competir em igualdade de circunstâncias com outros clubes, pois as condições foram sempre desiguais.
Por isso, a questão do sintético, que espero se resolva o mais breve possível, parece-me de relativa pouca importância, se compararmos com todo o resto que envolveu a vida do Grupo Desportivo Cova-Gala desde 1977.
A implantação de um relvado sintético, na Cova-Gala, é, cada vez mais, uma questão pertinente, e uma necessidade a curto prazo. Sabemos a situação financeira da Câmara Municipal da Figueira da Foz. Conhecemos as deficientes condições que a juventude da Cova-Gala tem ao seu dispor para a tão necessária prática desportiva. Somando tudo não acham que está na hora?
Para além dos mais de 25 anos que passei como dirigente do Grupo Desportivo Cova-Gala, tenho feito o que posso, desde há muitos anos...
Vou recuar até Maio de 2007, para recordar algo do muito que escrevi sobre O Desporto em São Pedro.
O Desporto, em São Pedro, ou em outro qualquer lugar do planeta, deveria constituir um assunto sério e um valor cultural e de promoção social de grande relevância na melhoria da qualidade de vida das populações.
A actividade desportiva, no âmbito de uma sociedade moderna, que queremos mais democrática e mais justa, deveria promover a qualidade de vida dos cidadãos, não apenas dos mais aptos e mais dotados, mas de todos aqueles que fazem parte do agregado social .
A prática do desporto não se esgota no resultado da competição desportiva e nem este constitui a sua principal finalidade.
A democratização da prática desportiva, através de um projecto concertado e desenvolvido pelas Colectividades e pela autarquia, a promoção de um Plano de Desenvolvimento Desportivo para a nossa Terra, há muito que deveria ser uma realidade.
O apoio às colectividades, respeitando a sua autonomia e propondo a celebração de protocolos específicos, no âmbito da utilização dos seus espaços, deveria ser um processo com um programa com regras claras e transparentes e não baseado em critérios de troca de favores políticos e outras conveniências...
O associativismo na nossa Terra, nas suas múltiplas formas e funções, poderia também servir para uma melhor integração na comunidade dos novos habitantes que continuam a escolher São Pedro para viver todo o ano.
Um planeamento das instalações e equipamentos desportivos a implantar em São Pedro, deveria obedecer a um plano que tivesse em linha de conta as prioridades dos moradores e das colectividades locais, nomeadamente o Grupo Desportivo Gala, que é quem ao longo de 30 anos já deu provas mais do que suficientes na matéria...
Quem manda politicamente em São Pedro, tem tido uma interpretação e uma filosofia contrária: resolve os problemas dos equipamentos desportivos e do associativismo local casuisticamente e ao sabor de interesses pontuais.
Veja-se:
1. houve planeamento, tendo em conta o interesse geral da Freguesia e dos seus habitantes, nas intervenções no Clube Mocidade Covense e no Desportivo Clube Marítimo da Gala?
2. houve planeamento, tendo em conta o interesse geral da Freguesia e dos seus habitantes, na implantação do “sintético da Praia da Cova”?
3. houve planeamento, tendo em conta o interesse geral da Freguesia e dos seus habitantes, na implantação do “sintético” do Parque das Merendas?
As perguntas ficam. Se alguém quiser que responda.
Certezas, há pelo menos uma: dinheiro não falta.
quinta-feira, 23 de julho de 2020
OBRAS NA FIGUEIRA (viver aqui, litoral próspero de outros tempos, significa não ter tradição do exercício da cidadania, de lutas, muito menos manifestações. Aqui, registo um desfile de Abril. Quanto ao 1º de Maio: são sempre os mesmos, a reboque dos sindicalistas resistentes) 4
Não podemos pedonalizar a Rua da República sem repensar a mobilidade e ouvir os comerciantes. Não podemos reabilitar as fachadas antigas sem repensar a habitação, social e a habitação jovem. Não podemos plantar novas árvores, cortando as antigas, ignorando a exagerada impermeabilização do solo e o incentivo à pequena jardinagem urbana, mantida pelos próprios munícipes. Em suma, a reabilitação urbana deveria ser feita com especialistas, autoridades locais e sobretudo através de um processo de verdadeira democracia participativa, em que os respetivos habitantes, trabalhadores e comerciantes tivessem voz e participação ativa na solução a implementar."
sábado, 27 de junho de 2020
Terminal Rodoviário (5)
O nosso concelho é hoje um exemplo no que toca ao ingresso de jovens estudantes no ensino superior. É demonstrativo de um interesse transversal pela aprendizagem e para expandir qualificações. Porém, apesar de termos esta mais-valia na população jovem, hoje a cidade não possui qualquer espaço dedicado ao estudo dos seus estudantes. É verdade que Biblioteca também tem essa finalidade, contudo é notório aos fim de semanas e em épocas de preparação para exames que aquele espaço está totalmente lotado, privando os leitores da Biblioteca e criando uma situação de oferta inferior à procura para aqueles que procuram estudar fora da sua habitação.
Outro problema a que também assistimos, no campo da juventude, é a dificuldade em encontrar locais na cidade para promover o associativismo jovem. Persiste uma enorme dificuldade para as novas associações terem as suas sedes, o que em muitos casos cria obstáculos para fazer reuniões, guardar material ou até dar uma morada fiscal para a associação.
Assim, considero que o Terminal Rodoviário seria o local ideal para colmatar estes dois problemas. Nas várias salas existentes, poder-se-ia criar, a par de salas de estudo, uma sala multiusos para reuniões e eventos das associações, uma zona partilhada para pequenas refeições, uma sala com cacifos para cada associação poder guardar os seus bens, e acrescendo a inúmeras possibilidades que a zona exterior oferece. Tudo isto seria o espaço jovem da Figueira da Foz, um local pensado para os mais jovens e que teria como foco central a realização individual e coletiva daqueles que serão o futuro do nosso concelho."
Via Diário as Beiras
terça-feira, 9 de junho de 2020
Associativismo para elites
E, sublinhe-se, muitas vezes mais do que ignoradas, perseguidas pelo poder.
Temos no nosso país centenas de associações a cujos dirigentes devemos cultura e promoção em prol do bem comum, sem busca de protagonismo social e sem bajulação do poder.
Era assim o associativismo que pratiquei antes do 25 de Abril de 1974.
Nas últimas quatro décadas surgiu um novo tipo de associativismo. Gente em busca de promoção social tomou conta de clubes ou associações supostamente elitistas, onde só gente que quer parecer superior é admitida.
domingo, 12 de abril de 2020
COLECTIVIDADES... (6)
Estratégia e equidade |
Ainda, nos dias de hoje, são as coletividades que existem na nossa rua, no nosso bairro ou na nossa freguesia que apoiam quem mais precisa, sendo o conforto de muitas famílias. Agora o que devíamos salientar não é a quantidade, mas os desafios que atravessam, sendo que muitas delas têm em causa a sua sobrevivência.
Os obstáculos são muitos, a diminuição do número de habitantes do nosso concelho, a falta de captação de jovens para estas atividades, muitas vezes pelo motivo de realizarem a sua vida fora da nossa terra, a falta de investimentos e apoios para manter ou renovar as suas estruturas físicas ou até mesmo para avançarem com novas atividades mais atrativas para a comunidade.
Promover um associativismo popular dinâmico e até mesmo empreendedor é uma alavanca de desenvolvimento para a Figueira. São inúmeros os exemplos, em câmaras municipais, que adotaram projetos que apoiam, de forma sustentável, as suas coletividades através da criação de gabinetes de apoio ou de fundos municipais direcionados para o associativismo, onde é definido também parâmetros equitativos na atribuição de apoios a eventos ou atividades que vão para além do subsídio assumido pelos objetivos anuais.
Claramente que não se verifica esta planificação e estratégia por parte dos agentes políticos que comandam os destinos do nosso concelho. Verifica-se é uma discrepância de apoios atribuídos, sem se perceber quais os critérios. Na maioria das vezes prejudicando as instituições mais antigas e fragilizadas.
As coletividades são peças fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa, mais solidária, mais humana e hoje, mais do que nunca, são valores fundamentais que nos alentam e que nos fazem sentir mais seguros."
Unificação |
Sei que muitas coletividades, cujos estatutos têm objetivos semelhantes, se duplicam e triplicam nos mesmos lugares. As suas sedes, muitas vezes a curtas distâncias umas das outras, anseiam pela sua ocupação e dinamização, pois muitos dias encontram-se vazias. Aspiram por manutenção, e adaptação às medidas de segurança, dependendo muito de apoios para conseguirem garantir os mínimos exigíveis ou até pagar as contas da água e da luz. Angustiam-se por não terem sócios ou mecenas suficientes que lhes permitam sobreviver. Desesperam por falta de voluntários que assegurem todo o trabalho da direção, que acaba por ser feito quase sempre pelos mesmos. Muitas vezes, várias gerações da mesma família. Sonham com a sua modernização e com a atração de jovens…
Muitas destas duplicações a que me refiro surgiram no âmbito de roturas entre sócios de uma primeira coletividade. Sendo as segundas e terceiras criadas por ex-sócios desavindos. O problema é que, passados muitos anos, tudo se esvanece e percebe-se que não existem pessoas suficientes para as manter em pleno funcionamento.
No entanto, existe uma esperança, e há bons exemplos no nosso concelho. Refiro-me às coletividades de S. Pedro, o Desportivo Clube Marítimo da Gala, o Clube Mocidade Covense e o Grupo Desportivo Cova-Gala, que, percebendo as vantagens óbvias, têm tentado a sua unificação. À semelhança do caso de sucesso de Viana do Castelo, em que o C.N.V e a A.R.CO se unificaram e fundaram o VRL, transformando-se num dos mais fortes clubes de remo do país. Julgo que, através de consensos, é esta a solução sustentável e que garante a perpetuidade de todas as coletividades, a unificação!"
quarta-feira, 8 de abril de 2020
COLECTIVIDADES... (3)
Via Diário as Beiras
segunda-feira, 6 de abril de 2020
COLECTIVIDADES...
Via Diário as Beiras
Nota.
Nesta "casa", sempre houve espaço para quem quisesse publicar comentários assinados.
Neste momento, emitir opinião assinada sobre temas fracturantes a nível local - e há tantos nesta pobre Figueira - equivale a ser alvo de uns quantos frustrados sempre à procura de alguém em quem descarregar a sua própria pobreza de espírito.
Muita gente que conheço, recusa expor-se, não vá aparecer alguém por aí, saído assim do nada, a tentar chamuscar na praça pública quem ouse colocar qualquer pedrinha na engrenagem do politicamente correcto cá do burgo.
Não sei, nem me interessa saber, a razão ou razões por que o fazem. Que lhes faça bom proveito.
Esta nota, serve apenas e tem como objectivo único, saudar quem arrostando com os custos a nível pessoal, se atreve a ter opinião pública e publicada, neste momento, na Figueira.
É o caso dos colunistas do Diário as Beiras. Daí, desde que publico este espaço, ter procurado realçar essa "façanha".