sexta-feira, 16 de junho de 2006
A UNIFICAÇÃO
Numa altura de crise geral o movimento associativo não foge à regra.
O associativismo português vive dias difíceis e a inversão dessa tendência não parece estar para breve.
O associativismo na Freguesia de S. Pedro acompanha o que se passa no resto do País. As Colectividades de S. Pedro, todas elas, sentem muitas dificuldade na organização do seu a dia a dia.
Por diversos factores, mas onde a escassez de recursos humanos qualificados assume, hoje, como nas últimas décadas, relevância.
Como sabemos, na Cova-Gala existem três Colectividades: o Clube Mocidade Covense, o Desportivo Clube Marítimo da Gala e o Grupo Desportivo Cova-Gala.
Aparentemente estamos bem servidos. No entanto, se formos ao concreto, não obstante a boa vontade de alguns esforçados carolas, principalmente a nível recreativo e cultural, o panorama é francamente desolador.
É assim agora. Era assim há vinte anos atrás.
Um pouco de história
Foi para tentar atenuar as dificuldades que as Colectividades enfrentavam e para tentar potencializar os parcos recursos existentes que, por volta de 1989, Carlos Alberto de Jesus Lima, o pai e ideólogo da tese, começou a tentar corporizar a ideia da unificação.
A primeira reunião, digamos assim, a sério, aconteceu na Sede da Junta de Freguesia de S. Pedro, no ano de 1989. Estiveram presentes representantes das três Colectividades e, como convidado, Domingos São Marcos Laureano, Presidente do Executivo da nossa autarquia, nessa altura.
Em 1990, aconteceu outro facto que podemos considerar uma tentativa, não sei se assumida e previamente pensada, de encetar o caminho da unificação: a organização conjunta da festa em honra do Padroeiro S. Pedro, pelas Direcções das três Colectividades locais.
Diga-se, em abono da verdade, que nem tudo correu bem, digamos assim e, citando, “por problemas de bastidores”.
Entretanto, a atestar que existia gente que na época pensava na unificação, iam acontecendo outras realizações conjuntas das colectividades, como é o caso da organização de algumas edições do Grande Prémio de Atletismo de S. Pedro, uma realização que prestigiou a nossa Terra...
E as Autarquíadas – quem se lembra ainda desta iniciativa – foi igualmente outra iniciativa promovida pelas Colectividades da Cova-Gala.
O tempo foi correndo, a ideia da unificação foi ganhando alguma consistência, adeptos, defensores, mas, igualmente, foram aflorando algumas resistências mais ou menos camufladas.
94/95, anos decisivos
Chegámos a 1994, ano em que aparentemente foram dados passos importantes.
Foi apresentado um Projecto de Unificação.
Os Clubes – todos os Clubes, realizaram Assembleias Gerais e aprovaram esse Projecto, cuja implementação passaria por três fases:
1ª.– Esclarecimento.
2ª.– Iniciação do Projecto pelas Colectividades.
3ª.– Unificação das três Colectividades, pelo menos numa primeira fase, sem a perda da identidade própria de cada una delas.
Depois, com o decorrer do processo logo se veria.
O que parou o processo?
As coisas pareciam estar a avançar. Chegou mesmo a haver um Projecto de Estatutos e um Regulamento Geral da nova associação a ser criada, da autoria de Carlos Lima.
Esse documento foi discutido em reuniões no seio dos Clubes, mas a partir daí estagnou-se até aos dias de hoje.
A partir de 1995 o processo hibernou.
Visto à distância, ocorreu um factor de índole pessoal, que parece ter contribuído decisivamente para o encalhamento do processo: Carlos Lima, por razões pessoais, pediu a suspensão do cargo de Presidente da Direcção do Desportivo Clube Marítimo da Gala.
Este acidente de percurso, provou-o o futuro, tirou dinâmica e capacidade de organização para levar por diante o processo de unificação das colectividades de S. Pedro, que não era uma tarefa fácil de concretizar, pelas implicações e reacções que tal mudança iria implantar no panorama associativo local.
Por outro lado, ainda que não assumidas publicamente, as tais resistências mais ou menos encapotadas, iam minando o processo.
E a inércia acabou por ditar leis...
Dias de hoje
Em 2006, mais de dez anos decorridos sobre a paragem do processo de unificação, a realidade é esta: não há uma estratégia de fundo, definida, concertada e devidamente fundamentada para o desenvolvimento do associativismo em S. Pedro.
E a realidade recreativa e cultural, no âmbito do nosso concelho, para não ir-mos mais longe, é a conhecida de todos nós.
Na ausência duma ideia de fundo, o poder político fez aquilo que é normal: tomou medidas avulsas e pontuais, onde foram gastos largos milhares de euros, como aconteceu no ano passado, curiosamente ano de eleições autárquicas, no Desportivo Clube Marítimo da Gala e no Clube Mocidade Covense.
As carências recreativas e culturais, entretanto, subsistem. A nível desportivo, as coisas têm funcionado bem melhor, embora também aqui existam lacunas fundamentais que, por esta ou aquela razão, têm sido adiadas. É o caso do piso do Campo do Cabedelo.
Meus senhores, sei que há quem não goste que se fale do problema, mas colocar desportistas – crianças ou adultos – a praticar desporto numa pedreira daquelas é, no mínimo, uma violência.
É neste panorama de dificuldades gerais, que a problemática da unificação das nossas Colectividades, volta a ser um tema a ganhar actualidade.
O futuro, que todos ansiamos pujante e vigoroso do associativismo na Cova-Gala, passa, inevitavelmente, pelas opções de fundo que terão, mais tarde ou mais cedo, de ser feitas.
E que têm vindo a ser adiadas.
Até quando?
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12 comentários:
não será Radicalismo?
boa noticia ...
bem fundamentada
os meus parabéns ,gostei...
Quando o próprio poder autárquico gasta milhares de euros numa das sedes das colectividades, vê-se a pouca vontade de avançar com o processo, provavelmente por imaginar que poderá fugir ao seu controlo e dos seus acólitos.
Porque terá sido escolhida a sede do CMC para se gastar uma pequena fortuna em termos de uma Junta de Freguesia que se apregoa pobre, enquanto o GDCG foi comtemplado com uns míseros tostões?
Esses senhores não veem que (quer gostem ou não), quem divulga o nome da nossa terra em termos associativos é apenas e infelizmente há muitos anos o GDCG?
Vamos aguardar para ver a contribuição ás obras do DCMG e depois falamos......
Caros cidadãos, o grave da questão é haver pessoas que nada têm a haver com a terra e com a colectividade a ganhar pequenas fortunas sem pagar um unico cêntimo de I.V.A, porque está encapotado por uma colectividade que não tira os proveitos que devia!!!(Estou-me a referir mais propriamente à situação escandalosa que se passa no Club Marítímo, junto à belissima capela da gala)
Uma pergunta se impôem fazer, qual o papel dos pequenos comeciantes do ramo, que não conseguem fugir aos impostos e não podem por isso fazer os mesmos preços?
Mas que para ajudar a contribuir para as festas, já sabem onde bater à porta:
São estas coisas pouco claras que não têm cabimento no mundo que corre, será que estou enganado ou a censura não deixa tomar opinião aos mais desfavorecidos?
Fico absolutamente desiludo em ver tantos interesses ...
Fico-me pelo silencio...
Boa noticia
o cmc não é a unica colectividade?
olha parece....
Fazem-se obras mas as coisas não melhoram não se sabe bem porque... ,segundo consta qualquer das colectividades não vive os melhores dias ...
Por isso sou a favor da unificação ....seria uma mais valia para todos ...
A pensar....
Isso é impossível nesta terra infelizmente a rivalidade ainda existe.
Gala para um lado Cova par outro...uma realidade a lamentar
Only one thing. The only club, or organization gives same name to this marvellous place, is the GDCG.And this PIMPS on this junta de freguesia,They don`t care about sport they only spend money on the ones fill up is US with dinners.Next elections VOTE SIMON!!! and then you don`t have one swimming-pool you will have TWO!!!! Bus for people watch benfica and sporting NO PROBLEM MY FRIEND , but for the football teams of this MARVELLOUS PLACE ( COVA-GALA) no way. MR simon Spend a few more EUROS on CMC and DCMG.Because if exist somebody do something for the KIDS in your place, is>>> GRUPO DESPORTIVO COVA-GALA.Next time try to help the people who help you, to go to JUNTA...YOU forgot already!!!
Quanto ao anónímo que diz não ser o Club Maritimo o unico, eu passo a clarificar a minha opinião:
Que se saiba o Club Maritimo não tem mais nenhuma actividade que não ser algumas pessoas que não são da terra a mandar numas patuscadas, e é para isso que a junta que é de todos tem que contribuir? Ao contrário de Colectividades que têm um esforço tremendo para manter os nossos filhos ocupados durante o ano com actividades desportivas e ludicas, mas que muitas vezes a junta não tem tanta atenção.
Mas se repararem no chão(PISO) do campo desportivo o Sr. SIMON como diz o Inglês? da cova-Gala no comentário anterior é uma vergonha, com o dinheiro que a junta gasta inutilmente nalguns cambalachos já o meu filho não chegava a casa todo marcadinho...
Ajudem quem merece.
As diferenças entre o Club Maritimo e os outros é simples:::
Os outros ajudam para a Festa de São Pedro e o C.M.G só ganha com isso!!!
Passo a explicar:As pessoas que vão montar as Festas, dá-lhes muitas vezes uma coisa a que se chama sede, mas para não ir muito longe que ela pode fugir é logo ali(C.M.G.)Só lucro, foram-lhe pedir uma ajuda deu 5€(AEROS)
Os outors dão aos 150€ e têm que se aguentar:::
Espero que a comissao de festas este ano não permita o que se passou o ano passado que foi o Marítimo fazer concorrência deselal ás barracas de bebidas do recinto de festas, incluindo a da própria comissão, ao vender bebidas a metade do preço.
Este ano ou acertam o preço pelos outros ou então espero que o Pontas e os ajudantes os ponham na ordem.
Vamos ver se há coragem para tal....
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