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terça-feira, 28 de julho de 2020

Adeus velha Europa!.. 2

"Uma vez que, na sequência da questão proposta na semana passada, continuamos na Baixa, vale a pena considerar, telegraficamente, três ideias-chave na abordagem do binómio pessoas-cidade, neste caso da Figueira:
1. o espaço urbano deve entender-se enquanto naturalmente propício a uma constante reestruturação, a qual pode ser dirigida estrategicamente ou seguida casuisticamente pelas autoridades competentes;
2. nos últimos dez anos, assistimos ao surgimento de novas centralidades, criadas pela proliferação de superfícies comerciais, erigidas na periferia;
3. no mesmo período, a cidade perdeu população residente e visitante, em geral, sendo notória a menor fruição dos espaços na Baixa, quer na época “baixa”, quer na “alta”, que dura cada vez menos dias.
Ora, levar gente à Praça da Europa está dependente do que se pretende para o concelho, para a cidade, para a Baixa, e só uma política global estratégica, a qual defina claramente o que se pretende alcançar nos próximos vinte anos, que recursos humanos e financeiros se alocarão e que ações se vão empreender, o poderá alavancar.
O que está a ser feito para dotar a Figueira de acessibilidades ferroviárias compatíveis com um desenvolvimento sustentado e sustentável? Para quando a resolução do problema que é, cada vez mais, o areal urbano, de forma a aproximar a cidade do mar ou este da cidade? E a Zona Industrial do Pincho, vai continuar no papel, ou como promessa eleitoral sempre adiada? E a verdadeira solução para a Serra da Boa Viagem? E para o Cabo Mondego? E para o Cabedelo? E para as Lagoas? E quando terminarão as incontáveis fases das inexplicáveis alterações das desgraçadas obras?
Trabalhar, de facto, para responder a estas questões, infelizmente recorrentes, é a solução para levar gente à Praça da Europa…, e à Baixa…, e ao Bairro Novo…, e a Buarcos…
Mas parece que há quem prefira pintar uns muros e umas sarjetas, ou prometer que é tudo para breve – enfim, “tásse” bem!…"

Via Diário as Beiras

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Autárquicas 2021 na Figueira: a virtude do debate de ontem à noite

Antes do mais, um ponto prévio. Anda por aí muita gente "zangada comigo". Nada que já não soubesse. Temos pena, mas este estado de coisas está para durar. Como escreveu Paulo Francis.
Vamos ao debate realizado ontem à noite no Casino Figueira.
Não tendo sido nada de particularmente entusiasmante, foi oportuno e esclarecedor.
Sobretudo, deu par colocar em primeiro plano a crise figueirense.
Mais e melhor ainda: deixou a nu a complexidade da crise e do momento e ponto político em que se encontra o concelho, mostrando que a Figueira vai "continuar a definhar" e que este estado  de anomia vai ser demorado e, portanto, perigoso. 
Enquanto os “optimistas profissionais” não entenderem algumas coisas, nada vai mudar. A meu ver, entre muitas outras coisas, o seguinte:
1. que o mal não é o pessimismo, mas a estagnação e o atraso; 
2. que o mal não é a desconfiança, mas os embustes criados por ficções políticas constantes e continuadas; 
3. que o mal não é a descrença, mas a incompetência já amplamente demonstrada por quem tem governado a autarquia figueirense; 
4. que o mal não é a falta de desenvolvimento, mas a permanência no poder de quem o tem bloqueado; 
5. que o mal não são os problemas do mundo ou de Portugal, mas a incapacidade figueirense para lutar para vencer os nossos próprios problemas -  e são muitos.
6. Só começaremos a dar a volta a isto, quando os figueirenses tomarem consciência do estado a que a Figueira chegou.
7. Para isso é preciso coragem. Desde logo, dizer a verdade e não propagandear histórias de ficção.

A crise da Figueira, em 2021, é, antes de tudo, anímica e política. 
O concelho vive há quase 5 décadas dominado por um clientelismo que tudo tem triturado e devorado. O objectivo é a “ocupação” do poder autárquico. 
Numa cidade e num concelho com falta de saídas profissionais para os jovens - o problema demográfico existente é elucidativo -  praticamente só a ocupação do poder autárquico permite o acesso a tantos empregos, a tantas oportunidades de conseguir "tachos" e tantos jogos de influência. 
Tirando os 12 anos de hegemonia do PSD - de 1997 a 2009 -, na Figueira o PS tem governado e repartido os lugares pela sua clientela.
Nestas eleições, no fundamental, é isso que está em causa para este PS de Carlos Monteiro.
Os outros partidos - tirando os tais 12 anos de PSD, que fez o mesmo que o PS tem feito desde a década de 80 do século passado  -  sem horizontes próximos de assunção de responsabilidades, limitam-se a constatar por parte do poder autárquico, aquilo que com a minha conhecida bonomia classificaria como  a inexistência de  capacidade  para realizar  (ou para dar para a realizar) obra, o que demonstra uma confrangedora e ingénua incompetência e um latente equívoco sobre as prioridades. 

Por isso mesmo, o debate de ontem à noite, foi oportuno e esclarecedor. Em 2021, na Figueira, a poucos dias de umas eleições autárquicas, fora do arrivismo, da fantasia ou do sofisma, vai-se reduzindo perigosamente o espaço para a verdade e para a acção política séria. Citando Séneca: "Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável."
A democracia, assim, é um engano e em breve teremos mais uma terrível desilusão. Há quase 50 anos que temos para usar a "arma do povo" - O VOTO - e não saímos disto: o clientelismo partidário encontra um aliado decisivo no “partido do poder”. Sem "poder", não há votos suficientes. Sem votos não há “ocupação do poder”. Sem "ocupação do poder" não há distribuição de benesses. 
Como sair disto em 2021: com Santana Lopes?
Na minha opinião - mas é só a minha opinião e vale o que vale - tenho dúvidas.
E, como diria o outro: "raramente me engano".

Para quem pretenda ver, ou rever, o vídeo com a devida vénia aos seus promotores fica aqui. Também, para memória futura.

sábado, 19 de setembro de 2020

Da série, bem-vindos à campanha eleitoral de Carlos Monteiro, autárquicas 2021 (1)


 Via Diário as Beiras

Nota OUTRA MARGEM:

O anúncio do sintético para o Grupo Desportivo Cova-Gala não vai demorar muito.

Isto é: deve estar para "breve". O anúncio.

Para o autor deste espaço, o problema, para os covagalenses, não é ainda não terem o ansiado sintético no Campo do Cabedelo. O problema foi terem perdido ao longo dos anos a oportunidade de poderem competir em igualdade de circunstâncias com outros clubes, pois as condições foram sempre desiguais.
Por isso, a questão do sintético, que espero se resolva o mais breve possível,  parece-me de relativa pouca importância, se compararmos com todo o resto que envolveu a vida do Grupo Desportivo Cova-Gala desde 1977.
A implantação de um relvado sintético, na Cova-Gala, é, cada vez mais, uma questão pertinente, e uma necessidade a curto prazo. Sabemos a situação financeira da Câmara Municipal da Figueira da Foz. Conhecemos as deficientes condições que a juventude da Cova-Gala tem ao seu dispor para a tão necessária prática desportiva. Somando tudo não acham que está na hora?

Para além dos mais de 25 anos que passei como dirigente do Grupo Desportivo Cova-Gala, tenho feito o que posso, desde há muitos anos...
Vou recuar até Maio de 2007, para recordar algo do muito que escrevi sobre O Desporto em São Pedro.

O Desporto, em São Pedro, ou em outro qualquer lugar do planeta, deveria constituir um assunto sério e um valor cultural e de promoção social de grande relevância na melhoria da qualidade de vida das populações.
A actividade desportiva, no âmbito de uma sociedade moderna, que queremos mais democrática e mais justa, deveria promover a qualidade de vida dos cidadãos, não apenas dos mais aptos e mais dotados, mas de todos aqueles que fazem parte do agregado social 
.

A prática do desporto não se esgota no resultado da competição desportiva e nem este constitui a sua principal finalidade.
A democratização da prática desportiva, através de um projecto concertado e desenvolvido pelas Colectividades e pela autarquia, a promoção de um Plano de Desenvolvimento Desportivo para a nossa Terra, há muito que deveria ser uma realidade.
O apoio às colectividades, respeitando a sua autonomia e propondo a celebração de protocolos específicos, no âmbito da utilização dos seus espaços, deveria ser um processo com um programa com regras claras e transparentes e não baseado em critérios de troca de favores políticos e outras conveniências...
O associativismo na nossa Terra, nas suas múltiplas formas e funções, poderia também servir para uma melhor integração na comunidade dos novos habitantes que continuam a escolher São Pedro para viver todo o ano.
Um planeamento das instalações e equipamentos desportivos a implantar em São Pedro, deveria obedecer a um plano que tivesse em linha de conta as prioridades dos moradores e das colectividades locais, nomeadamente o Grupo Desportivo Gala, que é quem ao longo de 30 anos já deu provas mais do que suficientes na matéria...

Quem manda politicamente em São Pedro, tem tido uma interpretação e uma filosofia contrária: resolve os problemas dos equipamentos desportivos e do associativismo local casuisticamente e ao sabor de interesses pontuais.
Veja-se:
1. houve planeamento, tendo em conta o interesse geral da Freguesia e dos seus habitantes, nas intervenções no Clube Mocidade Covense e no Desportivo Clube Marítimo da Gala?
2. houve planeamento, tendo em conta o interesse geral da Freguesia e dos seus habitantes, na implantação do “sintético da Praia da Cova”?
3. houve planeamento, tendo em conta o interesse geral da Freguesia e dos seus habitantes, na implantação do “sintético” do Parque das Merendas?

As perguntas ficam. Se alguém quiser que responda.
Certezas, há pelo menos uma: dinheiro não falta.

domingo, 30 de abril de 2017

Vamos então continuar a discutir o PDM... (42)

Mário Menezes Paiva. Foto sacada daqui
"A verdade da aldrabice!
A real assembleia...
Mais uma vez a manipulação aldrabica do PSD local esteve ao seu mais alto nível.
Ontem esse partido político, que há 10 anos queria vender o parque de campismo, queria vender 18 mil metros quadrados dos terrenos adjacentes do Parque de campismo e pasmem-se (os mais esquecidos) até o estádio José Bento estava na calha para a grande debandada ao serviço de quais agentes que apenas queriam a construção de "pequenos cogumelos de 18 andares". Nessa altura, para esse partido, não havia razão de ser o nosso estimado corredor verde.
Ontem, apresentaram uma moção (mal elaborada e penso que também mal pensada porque entrava em prefeita contradição) que propunha a passagem do horto municipal para o parque de campismo e alterar a sua classificação para zona verde.
Contrasenso este ja que passando o mesmo para zona verde deixa de ser possível construir o que quer que seja, nem mesmo umas casas de banho para os campistas ou mesmo uns quaisquer bungalows.
Mais, este executivo tem investido no parque de campismo como nenhum outro, em pouco mais de dois anos mais de 1 milhão de euros...por isso, tentar passar a ideia de que sobrepõe interesses ao ambiente e sustentabilidade é, mais uma vez, demagogia.
Foi essa a moção que foi reprovada, a moção que não faz qualquer sentido, até porque o próprio PSD quando se aprecebeu desse erro, tentou alterar aquela brilhante moção...
Para já fico por aqui... Mas em breve terei oportunidade de esclarecer mais algumas verdades da aldrabice..."

Acabei de citar o deputado municipal do PS, Mário Menezes Paiva
Se há deputado, na bancada do PS, na Assembleia Municipal da Figueira que, neste momento, tem o condão, raro, de conseguir congregar os  membros das mais diferentes sensibilidades do PS figueirense, esse vulto é, seguramente, Mário Menezes Paiva 
Entre os seus méritos,  sublinho, neste caso concreto, a isenção, a ética e a total ausência de interesses, para além dos que advêm da defesa da  causa pública.
Depois, neste texto, mostrou toda a sua erudição que lhe adveio, certamente, da leitura dos clássicos. Fez-me recordar algo que li há muitos anos. Passo a citar Lenine: "Os comunistas devem preparar-se para usar todo o tipo de estratagemas para evitar e esconder a verdade (...) A parte prática da política comunista é a de incitar um inimigo contra o outro (...) não corrigir seus erros, mas romper as hostes inimigas, evocando as piores suspeitas e pensamentos entre eles."
Tudo isto, na discussão do PDM/2017, é interessante e prazenteiro, não se dera a coincidência de que o que vem a seguir à aprovação deste PDM, poder encaixar, que nem uma luva, acidentalmente, claro, nas preocupações de gestão corrente e de navegação à vista, do actual executivo camarário figueirense.
Eventualmente, Mário Menezes Paiva, pode ter muitos defeitos. Putativamente, pode não ter algumas qualidades.
Neste caso concreto, porém, não pode é ser acusado de falta de isenção, seriedade, dignidade e independência. Além disso, presumo, é um homem de Boa-Fé. 
É que que andam por aí uns líricos que ainda se preocupam em saber, vejam lá a estultícia - "porque é que ainda existem borboletas no Horto Municpal?" 
Senhor deputado municipal, pensar e lutar para si, um homem prático e de negócios, é fundamental, não para continuar a ser possível encontrar borboletas no Horto Municipal, mas sim para betonizar, criar emprego, criar áeras de restauração e outras, trazer gente ao local, enfim, desenvolver o negócio.
Parbéns, pois, pela sua frontalidade Mário Menezes Paiva.
Vamos então, todos, continuar a discutir o PDM.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Bem-vindos ao TROIADELO*

Esqueça o Cabedelo que conhecia: dos banhistas, dos surfistas,  dos campistas e caravenistas.
O cenário vai mudar radicalmente nos próximos tempos.
Esqueça aquele canto de terra que  o Município figueirense não tinha no top de preferências ou prioridades turísticas.

Dentro em breve, uma visita ao TROIADELO pode começar  junto à Torre do Relógio, na outra margem, onde se pode apanhar o teleférico, pintado de fresco.  
Vamos devagarinho para nos habituarmos, tal como fazemos para entrar nas  águas translúcidas do mar do TROIADELO.
O acesso  poderá também fazer-se por rio, ou por terra.
Os mais românticos preferirão a primeira opção. 
Se tiverem sorte, na travessia aéria do Mondego, poderão ver lá em baixo no estuário  golfinhos.

Ao TROIADELO, os visitantes  começam por visionar as construções, edifícios baixos de design moderno, construídos em materiais nobres e com alguma preocupação de não chocar com a natureza envolvente. 
Para quem prefere as paisagens verdes, o golfe será também uma opção no TROIADELO. 
O seu campo de 9  buracos, com magnífica vista para a barra e para a Serra da Boa Vigem, será reconhecido como um dos mais belos do país.
Como actividades ao ar livre,  haverá ainda a possibilidade de pedalar na ciclovia, fazer percursos pedestres e, claro, praticar desportos náuticos.

As elites terão ao seu inteiro dispor a praia!
Quilómetros de praias de areia branca, com um mar de águas frias, serão o melhor cartão-de-visita do TROIADELO. 
O acesso será facilitado pelos passadiços que pairarão sobre as dunas de modo a preservar a sua magnífica vegetação. A extensão das praias é suficiente para permitir  a privacidade e o conforto de quem as visita. Mas se aquilo que se quer é espaço, basta apenas caminhar mais para sul porque a costa não tem fim. 


Apartamentos de diferentes tipologias, ou quartos de hotel cheios de design, constituirão a paleta de oferta hoteleira no TROIDELA RESORT.
O hotel de 5 estrelas situado no local dos antigos estaleiros Foznave, tem um design único e estará virado a sul, para o rio. 
Fica em esboço, esta ideia para o futuro Parque de Campismo do Cabedelo, que a realidade acabará por impor,  que fui beber aqui, para os campistas não verem o mar, nem o mar ver os campistas.

FINALMENTE, encontrar um local para petiscar qualquer coisa será  tarefa fácil.
Junto às praias, será fácil descobrir uma solução, que não será propriamente barata. 
Como alternativa, terá o  supermercado onde sempre comprar poderá munir-se de um farnel para levar para a praia. 
Dentro das unidades hoteleiras, também encontrará restaurantes prontos a servi-lo.

* TROIADELO, é o futuro local de sonho do presidente Jão Ataíde.

sábado, 20 de abril de 2019

Ainda a entrevista de Carlos Monteiro ao Diário as Beiras

TURISMO

Foto de Pedro Agostinho Cruz, via Delito de Opinião
Pergunta do jornalista do Diário as Beiras
"A criação da Comissão Municipal de Turismo continua na gaveta. Será desta que vai avançar?" 
Resposta de Carlos Monteiro, presidente da câmara e vereador do pelouro da autarquia figueirense:
"Não tenho presente o dossiê, mas tenho presente que houve esse compromisso de João Ataíde e que será cumprido em breve. Vamos dar-lhe prioridade."

Nota de rodapé.
Nem era necessário comentar: na resposta, ficou claro que o novo presidente da câmara e vereador do Turismo  não conhece a matéria.
Carlos Monteiro é vereador há 10 anos. Sabe que  a actividade económica que passou a liderar - o turismo - é importantíssima para a Figueira.
Perante o que li, é com toda a franqueza que digo o seguinte: duvido que vossa excelência, para além de ter mostrado um dia destes disponibilidade para discutir Turismo comigo, conheça de facto, na óptica do orgão decisor, quais são os verdadeiros problemas do turismo na Figueira.
A câmara da Figueira, nos últimos 40 anos, nunca conseguiu resolver os problemas da actividade, apenas contribuíu para os agravar. Considerada, em tempos, a mais bonita praia de Portugal ("Não tem outro remédio, senão vir à Figueira quem quiser ver a mais linda praia de Portugal!” Esta frase foi escrita por  Ramalho Ortigão, em finais  do século XIX) a partir da década de 60, quando os turistas ingleses abastados descobriram o Algarve, estâncias balneares como a Figueira perderam importância.

Na altura, a Figueira tinha uma actividade pujante nas pescas, nos têxteis, na indústria conserveira, exploração das salinas, estaleiros, no vidro. Foi por essa altura que surgiu a primeira fábrica de pasta de papel. Principalmente no interior do concelho, a agricultura e a pecuária ajudavam a compor o orçamento familiar.
Aos poucos a Figueira foi percebendo que o turismo era uma actividade com retorno económico. Com base nesta percepção tentou adaptar-se. Aqui foi cometido o primeiro erro histórico: deixaram  que fosse o turismo a ditar o desenvolvimento e não o desenvolvimento da região a potenciar a actividade turística. Aos poucos foram copiando alguns dos piores exemplos em matéria de urbanismo e ordenamento do território, aumentando a  capacidade hoteleira e de restauração, mas começando a diminuir os padrões de qualidade que caracterizaram a região nos anos 40 e 50. Foi aí que começou a transformação na urbe sem qualidade e esteticamente reprovável em que nos tornámos. Que este executivo está a agravar, com as obras em Buarcos e a trapalhada que estão a levar a cabo no Cabedelo. 
Foi  na década de 80 que se cometeram os maiores atentados à sustentabilidade do meio ambiente. A Torre Jota Pimenta e o edifício Atlântico, são disso exemplo. Depois, há uns anos, para compor o ramalhete, veio o Galante. 
Se, por um lado,  recebemos  milhares de turistas em determinados períodos, por outro lado,  não  criámos  as infra estruturas de base consentâneas com uma actividade motor de toda uma região. O termo sazonalidade entra no dia a dia de quem vive de e para o turismo na Figueira da Foz.

Em 1988, no Algarve,  deu-se uma viragem na forma de encarar o turismo e aquilo que ele representa para a região, sobretudo o turista português. Outrora claramente explorado e com distinção de preços para o mesmo serviço, o turista português começou a ser acarinhado na região. A razão deveu-se à queda dos mercados alemães e inglês devido à desvalorização do marco e da libra inglesa. 
Foi mais um factor de penalização para a Figueira. Começam a enraizar-se outras épocas de afluxo ao Algarve.  Ao mês de Agosto, juntaram-se a Páscoa, as pontes de Junho e a passagem de ano. 
Ao  turismo na Figueira, resta-lhe  funcionar paralelamente com as outras actividades económicas.  A Figueira é,  hoje, depois do consulado de 10 anos do presidente João Ataíde, uma urbe desorganizada e carenciada ambientalmente, sem sustentabilidade e com fracas noções de estratégia de desenvolvimento.
O Turismo  figueirense sofre uma concorrência feroz de mercados mais atraentes, que recebem os visitantes que antes preferiam países hoje marcados pelo terrorismo.
Pensar o turismo é definir  se queremos continuar a apostar no turismo da forma que temos feito até aqui, ou se queremos introduzir algo inovador - planeamento

A autarquia da Figueira  –  responsável pelo desordenamento do território concelhio - não pode continuar a querer equilibrar o orçamento municipal através da cobrança do IMI, continuando a permitir construções em altura, onde no respectivos PDM constava áreas para moradias ou espaços verdes. Não é admissível que a Região de Turismo do Centro continue a ser um mero instrumento dos interesses do sector, é necessário que seja ela a definir algumas linhas do sector. O primeiro passo deveria ser um levantamento da qualidade e da quantidade da oferta turística existente.  Ao garantir a produção de produtos ou serviços para o turismo, se os mesmos forem de qualidade serão certamente utilizados por consumidores fora da região e durante boa parte do ano. 
O produto turístico que a Figueira tem para  vender não é único no mercado turístico: o sol nasce em todo o lado, mas é exactamente aquilo que a Figueira for capaz de oferecer para além do sol que irá atrair o turista. 
Seja ele o turismo de inverno ou de verão, o turismo cultural ou desportivo. Se nada for feito dentro de poucos anos o turismo na Figueira poderá colapsar.

sábado, 30 de abril de 2016

O que disse, ontem, na Assembleia Municipal da Figueira da Foz

Foto sacada daqui
Recuemos a antes de 13 de abril de 2014.
A Câmara Municipal da Figueira da Foz, preparou e apresentou a candidatura, em parceria com a junta de freguesia de Lavos, do Centro de Saúde de Lavos, para uma estrutura sobre dimensionada para as necessidades dos lavoenses.
Em 13 de Abril de 2014, largas dezenas de pessoas assistiram, em Santa Luzia, à cerimónia de lançamento da 1.ª pedra do Centro de Saúde de Lavos.
O equipamento, tive disso conhecimento na altura, ficaria dotado de sete gabinetes médicos (parece que tem 9...), dois gabinetes de enfermagem, duas salas de espera, uma unidade técnica de grande capacidade e várias estruturas de apoio.
A apresentação do centro de saúde foi feita por António Albuquerque, chefe da Divisão de Obras da Câmara Municipal da Figueira da Foz. 
“Não está dimensionado para a população que vai servir [5 200 habitantes]. Está  projectado  para cerca de 10 500 pessoas”, disse na altura António Albuquerque.
Claro que fiquei de pé atrás e preocupado...

A 19 de outubro de 2014, como todos sabemos, em resultado de eleições intercalares, António Salgueiro, numa lista PS, é eleito para presidente de junta em S. Pedro, onde já era autarca há muitos anos.
Uma das várias promessas, apresentada no decorrer da campanha eleitoral que o levou à vitória de 19 de Outubro de 2014, foi a garantia de que o Posto Médico de S. Pedro não iria fechar.

No passado dia 15, realizou-se uma sessão ordinária da assembleia de Freguesia de S. Pedro.
Nessa sexta-feira, à noite, abordado no decorrer da sessão sobre o assunto o senhor presidente António Salgueiro garantiu que o Posto Médico se iria manter aberto.
Passado o fim de semana, dias 16, sábado, e 17, domingo, logo no dia seguinte, segunda-feira, 18, tive conhecimento que o "Posto de Saúde da Cova Gala iria encerrar em breve... Tudo apontava, para o final deste mês".
Nesse mesmo dia, segunda-feira, porque tenho um espaço na internet que é lido por meia dúzia de pessoas, ou menos, divulguei publicamente o assunto, dada a gravidade do que estava a acontecer.
A população agitou-se, as partilhas no facebok foram mais que muitas, e a inquietação e alarme social instalou-se.
No dia seguinte, 19, terça-feira, desgraçadamente a notícia já era oficial e confirmava-se infelizmente o pior: pela afixação de um simples comunicado, na porta principal do Posto Médico, a população era informada que o "Posto de Saúde da Cova e Gala encerrava no fim do mês – a partir do dia 2 de maio os médicos em serviço num Posto médico que estava a servir a população desde 1959, não nas actuais funcionais e modelares instalações, é verdade, iriam para Lavos levando os seus respectivos doentes.
Assim, sem uma palavra, sem uma atenção, sem uma justificação, sem uma palavra: assim friamente...
O presidente da junta sentindo-se atraiçoado pelo PS, Figueira, enviou uma mensagem, a vários autarcas e outros do seu do seu actual partido, certamente alguns aqui presentes receberam a SMS, a manifestar desgosto e desencanto, e ameaçando com a sua demissão e demissão da sua equipa.

No dia seguinte, 20, quarta-feira, o Diário de Coimbra, confirmava aquilo que eu tinha escrito em 18 no blogue Outra Margem, dois dias antes: "o presidente da junta de freguesia, que ainda no passado dia 15 garantiu na Assembleia de Freguesia, realizada nessa data, que o Posto Médico se iria manter aberto, não descarta a hipótese de se demitir..."

Segue-se a convocação de uma sessão extraordinária da AF de S. Pedro - sessão essa que se realizou no dia 21, pelas 21 horas.
A Assembleia de Freguesia realizou-se... O DCMG lotou. Também lá estive, na esperança de ver aparecer alguém da Câmara Municipal para dar uma palavra de esclarecimento, de conforto, de solidariedade. 
Da Câmara ninguém apareceu... 
Entretanto, a pressão popular levou à marcação de uma reunião para o dia 25 de Abril na Figueira entre a Câmara, a junta de S. Pedro, depois foi alargada à junta da Marinha das Ondas, e ACES, na pessoa do director executivo António Morais.
Dessa reunião, como todos sabemos, nada de conclusivo resultou, ao contrário do que foi vendido aos jornais.

Na quarta-feira passada, no CMC houve uma sessão de esclarecimento dos autarcas de S. Pedro, que serviu para o presidente da junta ler as partes que lhe interessavam das notícias publicadas no DC, Beiras e Voz da Figueira, feitas a partir das declarações prestadas aos jornalistas, no final da reunião do dia 25 de Abril, um dia simbólico, por sinal, e que deveria ser respeitado por quem anda na vida pública e na política.
Dessa reunião, todos sabemos, não saíram conclusões definitivas – apenas, serviu, a meu ver, para passar uma mensagem para acalmar a população, à espera de melhor oportunidade, e logo que a malta baixe a guarda levamos o golpe.

O dia de ontem foi elucidativo - em S. Pedro e na Marinha das Ondas.
Ontem, dia 28, quinta-feira, na Marinha das Ondas o povo saiu à rua em defesa do seu Centro de Saúde...
Na Cova e Gala foi afixado um novo comunicado na porta principal do Posto médico da Cova e Gala, assinado pelo Director Executivo da ACES, António Morais, que diz o seguinte:

Gostaria de colocar, olhos nos olhos, a questão directamente ao senhor Presidente da Câmara, ou ao senhor vereador do pelouro da saúde, mas como nenhum deles se encontra presente, neste momento, solicito ao senhor vereador Carlos Monteiro ou à senhora vereadora Ana Carvalho que façam chegar a mensagem: estou aqui porque V. Exas. são o epicentro de todo o problema – que é, como sabemos, o sobre dimensionado, para as necessidades dos lavoenses, Centro de Saúde,  - lembro, e vou citar o Director do ACES, António Morais, que está dimensionado para 12 a 13 mil utentes e com menos de 8 a 9 mil não será rentabilizado - que a Câmara Municipal da Figueira da Foz inaugurou em Lavos, e que, a meu ver, visa servir uma estratégia politica de saúde definida por V. Exas. para o concelho...
O presidente da junta de S. Pedro, disse - e eu quero acreditar - que foi surpreendido.
Vou recordar, no entanto, aquilo que no decorrer de uma visita ao andamento das obras do Centro de Saúde disse o Director Executivo do ACES.
Na altura, 2 de Março de 2015, há pouco mais de um ano, disse este senhor...  "ACES não encerra Centros de Saúde em virtude da abertura de Lavos"!..
Sendo assim, e muito mais haveria a dizer, mas não tenho mais tempo, fica o meu pedido de esclarecimento: olhos nos olhos, com verdade, sem demagogia, claramente, gostaria que o  senhor presidente da câmara, dr. João Ataíde,  esclarecesse o que vai acontecer, realmente, ao Posto Médico da Cova e Gala.
Finalmente, gostaria que dissesse  como rentabilizar uma super estrutura, como é o Centro de saúde de Lavos, que para ser rentabilizado necessita de 8 a 9 mil utentes?...
Neste momento, nem metade tem: onde vai inventá-los?..

Nota de rodapé.
Como nota negativa desta minha passagem pela Assembleia Municipal, utilizando um direito do País de Abril, registo o facto - certamente, uma mera coincidência infeliz - de tanto o presidente da câmara, dr. João Ataíde, como o vereador do pelouro da saúde na CMFF, dr. António Tavares, não terem estado presentes no momento (e tinha, regimentalmente, apenas 5 minutos...) em que usei da palavra.
Vou esperar que a onda de boa vontade e compreensão, expressa pelo senhor presidente da câmara, sobre o assunto que levei à Assembleia, quando, algum tempo depois de ter terminado a minha intervenção,  lhe foi possível chegar ao salão dos paços do município, não se dilua no areal da  praia da nossa cidade. 
foto sacada daqui
Pela positiva, fica uma nota de simpatia e agradecimento a quem dirige os trabalhos na Assembleia Municipal: o seu Presidente, José Duarte Pereira
A cor partidária, nem sempre retira o colorido a quem encara a vida e a politica com sentido de responsabilidade democrática e cultura humanística.
É assim que se promove uma maior aproximação entre eleitos e eleitores e entre estes e as instituições, porque o órgão autárquico a que preside, a Assembleia Municipal da Figueira da Foz, terá de  ser sempre a casa da Democracia do Concelho da Figueira da Foz.
Senhor Presidente: como covagalente que continua preocupado - como continuamos todos... - com um problema fundamental para o nosso futuro, que passará sempre pela qualidade e acessibilidade aos cuidados de saúde primários, fica o meu agradecimento por ter percebido e compreendido a importância do assunto que ontem levei ao órgão autárquico que preside.
Posso ser muita coisa, mas acéfalo - não.
Obrigado senhor Presidente José Duarte Pereira.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

“Na roça com os tachos”, é uma série em exibição na Figueira há mais de 40 anos...

Na Figueira, lida-se com muita dificuldade e muito mal com a verdade.
A acreditar na caixa de comentários deste blogue, só existem duas maneiras de dizer toda a verdade.
1. Anonimamente.
2. Postumamente.

Quase 12 anos decorridos, posso afirmar que este é um blogue, que é verdadeiramente um blogue.
Quase 12 anos decorridos resiste.
Já assisti, falando apenas na Figueira, ao nascimento, à agonia e à morte de muitos blogues. Isso, pode querer dizer que os promotores desses blogues tinham poucas coisas e pouca coragem para as dizer. 
Por aqui há sempre - e cada vez mais - verdades para dizer e coragem para escrever.
Quanto mais não seja, para tentar contrariar a Figueira das convenções e dos arranjinhos. 
Imagem sacada daqui
Odeio convenções. Odeio arranjinhos. Aborrecem-me.
Durante a última campanha autárquica dizia-se à boca pequena nas tertúlias políticas figueirinhas, que o então autarca da Marinha das Ondas só se recandidatava para resolver o problema de emprego da filha...
Se foi ou não, não confirmo nem desminto.
Sei, isso sim, que o Manuel Costa Cintrão,  para quem "o futuro não se aceita passivamente. Constrói-se.", foi atirado borda fora na lista do PS para a Assembleia de Freguesia da Marinha das Ondas nas autárquicas de 1 de Outubro p.p. 

Limito-me a dar conta da realidade.
E assim segue a política na Figueira da Foz: a gestão do interesse público continua a ser feito ao serviço do interesse privado...
E agora digam que eu sou má língua... Que ando a contar mentiras...
Na Figueira, a seguir a Abril de 1974, primeiro foram os jotinhas da direita (leia-se, do PSD...) que tiveram de fazer-se à vida por outras paragens. Depois, em 1997, veio o Santana e, durante 12 anos, foi a vez de os jotinhas da esquerda (leia-se, PS...) se fazerem à vida por outras paragens (Condeixa, Poiares, Lisboa....)
De 2009 para cá, com a vitória de Ataíde, os jotinhas de direita viram a vida a andar para trás – isto é, recuaram ao depois do 25 de Abril de 1974... 

A terminar: registe-se, como nota evidentemente positiva, o grau de exigência da  Câmara Municipal da Figueira da Foz!
Só é a alternativa para quem conclui as provas com 19 valores!..

Nota de rodapé.
Na roça com os tachos, a série em exibição na Figueira há mais de 40 anos, vai ter, em breve, mais episódios.
Para já, a saber: será que a CM da Figueira da Foz tem defict de sociologos?
Nota final.
Na roça com os tachos, a série em exibição na Figueira há mais de 40 anos, está cada vez mais com critérios de exigência: já há quem tenha de ter 20 na entrevista final para conseguir o objectivo... Embora noutro concurso, com o mesmo júri, só tivesse conseguido obter 15!..

terça-feira, 28 de julho de 2020

"Momentos Monteiro"

Na Figueira, há  quem trabalhe muito. Nomeadamente, quem exerce funções na área da propaganda. Trabalha-se muitas horas por dia.  Escolher  os temas da propaganda, fazer contrapropaganda e desinformação bastante profissionalizada, dá trabalho. Muito trabalho mesmo...
Já governar, é uma tarefa residual. Estudar os assuntos, identificar e resolver os problemas prioritários, implementar um planeamento, fazer qualquer coisinha por um território que está numa crise profunda, seria outra conversa. Daria trabalho, muito trabalho. 
A "pandemia", que é tratada como uma desculpa útil, vai continuar a ter as costas largas.

Já toda a gente percebeu, que o poder na Figueira incorpora todos os dias na sua agenda um pretexto, que tem como objectivo ou a propaganda directa de si próprio,  ou uma resposta às críticas. Todos os dias, insisto, todos os dias, a narrativa da propaganda desenrola-se aos nossos olhos como se fosse uma notícia, quando é apenas um puro tempo de antena. Se estivéssemos num concelho em que a comunicação social se regesse por critérios jornalísticos, como não há qualquer conteúdo informativo, o presidente limitava-se a  falar para os peixes. Ou, então, as suas declarações seriam tratadas no âmbito do puro conflito político e seguidas de uma resposta nos mesmos termos noticiosos da oposição.

Mas cá pela santa terrinha, os "momentos Monteiro" são tratados como matéria informativa e noticiosa e passados com reverência. 
Para o actual executivo, já se percebeu há muito,  esta é a verdadeira "saída para a crise": aparecer, mesmo que a anunciar coisa nenhuma, a fazer coisa nenhuma, a não ser propaganda. Propaganda, que todos pagamos, via os nossos impostos.

Se, um dia, por curiosidade alguém fizer a reposição e análise destes "momentos Monteiro", vai dar-se conta que isto é apenas montagem. A cuidada preparação do local onde são permitidas as câmaras, o controlo absoluto do plano do cenário a filmar para que não haja ângulos incómodos ou perguntas impertinentes que estraguem o objectivo: a acção de propaganda. 
Ninguém questiona. Jornalistas formados numa escola de espectáculo e marketing, acham normal passar propaganda em vez de darem notícias.

Não vemos a realidade: as obras, o estádio municipal, a piscina praia,  planos apertados da praia da Figueira, do Bairo Novo, das casas da Esplanada Silva Guimarães, do "mamarracho" que está a ser construído nas muralhas do Forte de Santa Catarina, do barco do sal a navegar, do Edifício O Trabalho.  Não vemos quase nada, porque na Figueira quase nada há para ver. 
Os anúncios de boca de iniciativas e obra sucedem-se uns aos outros. Os prazos para a sua execução são sempre para «breve»
O barco para o Cabedelo continua em terra. Mas, isto, não é de agora: o aeródromo na zona industrial, tinha desenhos com avionetas e nunca nenhuma levantou de lá voo. A linha do oeste continua parada no tempo. À da Beira Alta aconteceu pior: arrancaram-lhe os carris.

Mas, voltando aos últimos quase 11 anos: espreme-se e sai quase nada...
Quando uma coisa não corre bem, é rapidamente relegada para o esquecimento para que apenas a memória das boas imagens perdure.
Poucas coisas revelam melhor esta ausência de governação do que estes "momentos Monteiro".
Daqui a um mês temos as férias aviadas. Os figueirenses que saíram de casa retornam tão cansados quanto partiram. Esta é a natureza das férias modernas, mas ainda vai demorar algum tempo até que as pessoas se apercebam que é assim.
Deixo-vos, via Município da Figueira da Foz, com um filme propaganda. Bem conseguido, tendo em conta o objectivo...

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Porque é que (para já) ao abrigo do acordo assinado entre a administração portuária e o município da Figueira da Foz, o edifício que serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, onde também funcionou um restaurante e café, ficou de fora da mudança de titulares dos imóveis?

Via Diário as Beiras
"Os concessionários que aguardavam luz verde para instalarem os seus equipamentos na zona requalificada do Cabedelo já podem levantar as licenças de construção, uma vez que a passagem dos terrenos e de três edifícios, da administração portuária para o Município da Figueira da Foz, já foi formalizada. 
São quatro os espaços concessionados: um destinado a restauração e os outros a escolas de surf. 
Àqueles quatro, em breve poderão juntar-se outros três. 
“Possivelmente, vamos avançar com a concessão dos balneários do antigo parque de campismo, que também deverão ser utilizados para apoios de praia [restauração], negócios relacionados com a atividade do surf ou outros” - vereador Manuel Domingues, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS. 
Ao abrigo do acordo assinado entre a administração portuária e o município da Figueira da Foz, o edifício que serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, onde também funcionou um restaurante e café, ficou de fora da mudança de titulares dos imóveis
Este imóvel instalado na nova praça do Cabedelo é o mais cobiçado.  
O edifício-sede do antigo parque de campismo integra o estudo de viabilidade económica para a concessão da futura marina do Cabedelo, daí ter sido excluído do pacote de transferência de património da administração portuária para o município. 
Todavia, se o estudo concluir que o imóvel não constitui uma mais valia para a concessão do futuro equipamento, poderá também vir a ser concessionado em hasta pública."
Nota de rodapé.
O edifício que serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, que eu conheço como as palmas das minhas mãos, que condicionou todo o projecto de requalificação do Cabedelo, que deu, por responsabilidade da gestão socialista à frente da Câmara Municipal da Figueira da Foz,  naquilo que já todos sabemencontra-se num estado de degradação em marcha acelerada para vir a tonar-se numa BELA e TURÍSTICA ruína, a acompanhar, num futuro não muito longínquo, a ruína geral que vai ser o resultado do plano de requlificação  do Cabedelo levado a cabo pelo município da Figueira da Foz entre 2017 e 2022.
Porquê o interesse da administração portuária - recorde-se que um dos membros é o anterior presidente de câmara Carlos Monteiro - em ficar, para já, na posse administrativa de um edifício em tais condições?
Face ao estado do edifício, não seria mais precavido, sensato e lógico, tentar avançar já para a sua concessão e recuperação, em vez de se estar à espera de uma putativa concessão inserida no processo da futura marina do Cabedelo, que ninguém, neste momento, sabe quando vai acontecer, ou se vai mesmo acontecer?
Por outro lado, os três antigos balneários tinham ligações de água, luz e esgotos. Com as obras, ficaram sem essas mais valias. 
Como é? 
Quem ficar com os equipamentos vai ter de refazer essas infraestruturas básicas para uma actividade comercial, ou será o erário público que vai ter de repor o que já existia e foi destruído pelas obras feitas a todo o vapor no Cabedelo, só porque havia fundos europeus disponíveis para gastar ao desbarato, à grande e em força?

sábado, 1 de abril de 2017

Autárquicas 2017 na Figueira: a 6 meses do desenlace, o tom é negro e a previsão preocupante. Todavia, é este o futuro que nos espera...

As autárquicas, na Figueira, há muito que não são eleições partidárias.
Os poucos vestígios ideológicos que ainda temos  esfumam-se nas autarquias.
Desde que a Figueira deixou  de ser um feudo "sociológico/geracional", dominado pelo PS,  os eleitores figueirenses começaram a prestar um melhor serviço a si próprios, ao esquecerem a mãozinha como o símbolo partidário preferido e passaram a dedicar  algum tempo a olhar para a sua vida e a ouvir criticamente o que lhe oferecem os vários candidatos. 
Os prostitutos políticos,  em concelhos como a Figueira da Foz,  as tais "marcas-sem partido", em 2017, estão com vida complicada. Também aqui os políticos que tendem a falar para um e sobre um concelho virtual devem ter os dias contados
Em suma, também por aqui, o espaço para alguém que tenha coragem para ser diferente na forma de encarar e exercer a política continua a aumentar.
Está tudo em aberto, portanto.

Vamos, pois, ao ponto da situação, no espectro político figueirense, onde até outubro, tudo pode acontecer.

CDU

 Ao que a CARALHETE NEWS, AGÊNCIA DE NOTÍCIAS apurou, JOÃO PEDROSA RUSSO, voltou às origens e como membro do MDP/CDE vai encabeçar a lista desta coligação à Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Para a Assembleia Municipal, AGOSTINHO, não o António, mas o DA CRUZ, encabeça a lista.

PS

Ao que a CARALHETE NEWS, AGÊNCIA DE NOTÍCIAS apurou, a grande novidade, para já, é o recuo de ANTÓNIO TAVARES, que aceitou a candidatura a um terceiro mandato, como compagnon de route de ALBINO ATAÍDE DAS NEVES.
Para a Assembleia Municipal, deverá aparacer uma figura de alto gabarito intelectual, falando-se da repescagem de VITOR PAIS, que em 2013 encabeçou a lista do "SOMOS FIGUEIRA".

PSD, CDS, MPT e PPM

Ao que a CARALHETE NEWS, AGÊNCIA DE NOTÍCIAS apurou, aqui é que vão existir problemas a sério. 
Num golpe de teatro que surpreendeu, tudo e todos, até a CARALHETE NEWS, AGÊNCIA DE NOTÍCIAS, MIGUEL ALMEIDA, quer a desforra e vai exigir disputar no local próprio, a concelhia do PSD, o  direito a ir a votos. Sendo assim, ficaria inviabilizada a candidatura já assumida por
CARLOS TENREIRO. Ao que a CARALHETE NEWS, AGÊNCIA DE NOTÍCIAS apurou, TENREIRO, com este cenário político, poderá ir em segundo lugar, ou avançar para a JUNTA DE  BUARCOS/S. JULIÃO.
No caso de MIGUEL ALMEIDA não conseguir o seu desiderato pode trocar de posição com TENREIRO...
Assim sendo e sendo assim, ANTÓNIO DURÃO deverá ir em 5º. lugar na lista camarária "SOMOS FIGUEIRA". Nesta lista, os restantes partidos não terão lugares elegíveis, o que é surpreendente, no caso do CDS.
Para a Assembleia Municipal, ao que a CARALHETE NEWS, AGÊNCIA DE NOTÍCIAS apurou, dada a recusa de JOÃO PAREDES, "SOMOS FIGUEIRA", vai recuperar uma jovem promessa de ALBINO DAS NEVES ATAÍDE, que se perdeu, por enquanto, para a política figueirense: LUÍS TOVIM, "O BREVE".

BE, MRPP, "VAI OU RACHA", INDEPENDENTES...
Ao que a CARALHETE NEWS, AGÊNCIA DE NOTÍCIAS apurou, pouco há a noticiar.
Para este espaço residual da política autárquica figueirense, herança é aquilo que os mortos deixam para que os vivos se matem.
Por outras palavras: tradição não quer dizer que os vivos estão mortos, nem que os mortos estão vivos.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O poço do Tzé Maia

"O seu nome não vem no mapa nem a terra tem qualquer referência, de área ou de população, nas enciclopédias. E, embora real, porque existe, vive e pulsa, parece não ter tido passado, nem presente. Contudo, não é terra morta que se possa assim, tão facilmente, ignorar.
Chama-se Gala. É uma aldeia de pescadores. Ou melhor: pouco mais é do que uma rua, que vai da Estrada ao Mar, e tem casas de um lado e do outro. Ao fundo e antes das dunas, que a separam do grande areal da praia, junta-se intimamente – quer dizer: sem uma nítida separação – a um lugar que tem o nome de Cova, embora a designação não seja exacta ou própria: as duas terras estão ao mesmo nível – o das águas do mar, quando estas andam calmas ou só bramem na ressaca.

Muito embora sem nome no mapa, a Gala está bem situada. Fica do lado sul da foz do Mondego. E, como as terras que seguem um rio até ao mar, é um prolongamento do Cabedelo – ou seja, aquele cabo de areia que se forma à barra dos rios. Do lado norte, há uma cidade e essa vem registada nos mapas de terra e nas cartas de mar – chama-se Figueira da Foz.
Mas não é de geografia que se trata.

Pouco mais de cem anos

Apesar de tudo e para situar o que se pretende dizer, vai bem um pouco de história, embora seja difícil precisar quando é que a aldeia nasceu ou porque se lhe deu aquele nome que tem.
Gala, aqui, não é vestuário de cerimónia, nem nada que se lhe compare. Em terra de pescadores e de embarcadiços, Gala é termo náutico ou expressão, marítima. Na verdade, com esse nome se designa uma vela à ré do galeão, mas também se indica o balanço de galear, que levanta e baixa o barco, da proa à proa.
É natural, portanto, que o nome da terra seja, na voz dos que lho deram, a imagem de um interior de barco, com os seus convés e cobertas, galeando entre o mar, por um lado, e as águas do rio, por outro.
De resto, Gala é nome recente. Tem pouco mais de cem anos. Para aí, cento e cinquenta, talvez.
Que se saiba, era terra despovoada, por altura das invasões francesas. Sem ponte, que só veio muito mais tarde, nem passagem expedida para a outra margem do rio, onde ficava a cidade, aquelas terras de areia e juncal logo pareceram aos invasores um bom sitio para o desembarque de tropas que lhe dessem luta.
Por isso, na sua política de ter as costas portuguesas guardadas por franceses, Junot, ou alguém por ele, mandou soldados para aquele bico de terra que só dava passagem pela foz difícil do rio ou pelas lodosas águas do estuário – naquela zona, ainda hoje, conhecidas pela corrente do canal.
Deste modo e desde a parte desabitada do Cabedelo, até às terras, ao sul, da Costa de Lavos e da Leirosa, onde já havia condições para «tomar casa e trabalho», andaram os franceses.
Por ali, patrulharam, assustaram e viveram com a gente da areia, segundo dizem, fazendo fugir os homens e deixando barrigas nas mulheres.
É de registar que, ainda hoje, os velhos, de hábitos e de linguagem mais castiça, usam uma expressão que se justifica na sua própria origem francesa e que é esta: sanfariem – que quer dizer «não tem importância» ou «não é nada». Enfim, «ça ne fait rien.

Teimosia de Gandarês

Claro que, para além das más condições de vida numa terra de dunas, havia ainda um factor que evitava a expansão dos povos vizinhos para aquela nesga de areia, postada à margem sul do Mondego. É que, ali, não havia água doce, potável. De beber.
Os franceses bem esquadrinharam todos os caminhos que levavam a terra ao mar, mas não encontraram mais do que reentrâncias onde abundava a água salgada do canal. Nem nascente, nem bica de água mansa.
Por isso, se bem que patrulhassem o quebra-mar da Cova, acampavam longe, pelo menos, em Lavos, que sempre era terra de verdes, mais do que de salinas.
Mas nem a obstinação do invasor – diz-se na região – é mais forte que a teimosia de um gandarês, tido, no litoral, como homem de terra-dentro.
Não há documentos –senão do que contam os velhos – mas parece que terá sido um rude machadeiro, vindo do interior daquela gândara, quem descobriu um fio de água doce a aflorar as areias cobertas de pinho, musgo, camarinhas e ervas ralas e agrestes.
O homem instalou-se no local, cortando lenha e vivendo da pesca.
Não consta nem o seu nome, nem que tenha formado família, mas, ao morrer deixou a outros, generosamente, o segredo da nascente. Foram estes – sabe-se que povoaram aquela terra, cabendo a alguns a aparelhagem da madeira, para fazer as primeiras casas; a outros, o desenvolvimento das artes de pescar ou de armar, no rio, á caça do borrelho e do maçarico; enquanto a tarefa de abrir um poço, no lugar da descoberta de água, ficou para o mais velho do grupo, homem já feito e com vasta família: o Tzé Maia.
Pelo cálculo dos antigos, tomando a memória das várias famílias que chegaram a este tempo, o poço ficou concluído entre 1815-1825. Vem daí, o povoamento. A Gala.
E, de facto, de muito pouco precisa o Povo para ter a sua terra. Na Gala, não foi preciso mais do que um poço!».

Só por uma simples coisa

Depois correram os tempos e as gerações. Uns ficaram do lado das águas do canal; outros foram povoar a Cova, do lado do mar.
Pela Gala, passou tudo o que abalou, perturbou ou redimiu este País: as conspirações, as revoluções, as Juntas; os liberais, os vintistas, os cartistas; os abrilistas, os caceteiros, os insurrectos. Mais tarde, os cabralistas e o início da ditadura, com o apuro do primeiro caciquismo. Depois, a Maria da Fonte, o degredo dos prisioneiros, a «lei da rolha», a luta dos regeneradores e dos progressistas.
Entretanto, aquela nesga de terra que parecia sobrar da corrente do canal, que puxava para o Sul, apenas tinha gente de trabalho: pescadores de companha e salgadeiras de pescado.
Depois da Carta e da política educacional que a acompanhou, a Gala conseguiu uma Escola. A catraiada aprendeu a ler, a escrever e contar.
Tanto daquela aldeia, como do lugar da Cova, muita gente foi para a vida do mar: pesca ou longo curso. Alguns emigraram, para a América e foram pescadores em Nova York ou calafates em S. Diego.
Pela Gala, passou a República, ainda no tempo em que se atravessava o rio numa barca de passagem. Só mais tarde veio a ponte, que está condenada, em breve, à substituição.
E tudo isto – lutas e tristezas, trabalhos e alegrias – só foi possível por uma simples coisa: o facto do poço do Tzé Maia pertencer, por ordem do que o abriu e murou, a toda a gente da região, levasse ela a água em bilha, talha, balde ou púcaro, e precisasse dela para beber ou cozinhar.

Mata até o que rega

E, assim, depois de uma longa digressão pelo passado, chego ao que verdadeiramente queria narrar.
Estive, há dias, na Gala e vim a saber que a água do poço do Tzé Maia está inquinada: mata até as couves que rega.
Perguntei: porquê? Explicaram-me que a construção e fixação, na Gala, de uma indústria de plásticos não foi tão perfeita que preservasse as infiltrações químicas nos terrenos de areia, onde está situado o poço.
Disseram-me que a fábrica, claro, já vem do fascismo e que de nada valeram, na altura, os protestos do Povo. O habitual.
Muita gente acha que a coisa não tem grande importância, porque o sítio já tem água canalizada e aquela da nascente não passa de um recurso dispensável.
Mas não é bem assim.
O poço deu mais do que água à terra, deu-lhe o nascimento. É por um lado a matriz e, por outro, a origem. Ao mesmo tempo, é a própria raiz da aldeia: sem o poço do Tzé Maia, a Gala e a Cova estavam ainda por existir. Como é, portanto, que isso não seja nada?
Claro que, também, na pequena terra de pescadores que não tem nome no mapa nem referência nas enciclopédias, mas vive, existe e pulsa, o capitalismo já destruiu o que pôde – até o passado de que passa a vida a dizer-se defensor.
O Povo da Gala tinha um monumento – que era um poço – e, pelo lucro, o capital envenenou-o.

O costume."

Adelino Tavares da Silva

Notas de António Agostinho, bisneto do Tzé Maia:

1 - Adelino Tavares da Silva, foi meu Amigo e um grande jornalista deste País, tendo chegado a ser Director do extinto «O Século», a seguir ao 25 de Abril de 1974. Quando morreu pertencia ao quadro de jornalistas do também já extinto «O Diário». Adelino Tavares da Silva tinha raízes familiares no nosso concelho, pois o seu Pai – o Comandante Rainho – era da Gala.

2 - O Tzé Maia, «o dono do poço que pertencia a toda a gente que precisasse de água para beber ou cozinhar», era o meu bisavô materno. Tenho uma pena imensa de não ter conhecido o meu bisavô Tzé Maia, pai de uma mulher extraordinária: a minha avó Rosa de Jesus Reis – a Ti Maia, que morreu «de velhice», a um mês de perfazer cem anos de vida.

3 - Esta história do jornalista Adelino Tavares da Silva, já falecido, foi publicada no Jornal "O Diário", no dia 20 Janeiro de 1978. «O Poço do Tzé Maia», eventualmente, pode não ter total rigor histórico, mas que é uma bela história, lá isso é. Como diria Adelino Tavares da Silva, «é a contar estórias que a gente se entende».

domingo, 1 de setembro de 2019

Depois do período experimental, para quando surf pela noite dentro no Cabedelo?...

O projecto para a iluminação, que tornaria possível a prática do surf nocturno no Cabedelo, foi entregue à Câmara em 2011, pelo arquitecto Miguel Figueira, na sequência do desafio lançado em 2010.
O Cabedelo é um local mítico, para quem gosta de desportos com ondas. A Câmara da Figueira da Foz, em janeiro de 2017,  afirmava que ia avançar com a iluminação permanente do mar, criando condições para a prática nocturna de surf no Cabedelo.
A iluminação permanente do mar junto à praia do Cabedelo, na Figueira da Foz, é um projecto pioneiro a nível europeu, que a autarquia local dizia que queria concretizar, o que merecia o apoio, quer da comunidade surfista (que o promoveu), quer do presidente da entidade regional de Turismo do Centro.
“É nosso objectivo que este local seja uma estância para a prática dos desportos de ondas”, disse no princípio de Janeiro de 2017, o presidente da Câmara da Figueira da Foz na altura, João Ataíde. A decisão da autarquia  foi saudada por João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf, que sublinhou “o carácter pioneiro da iluminação do Cabedelo no contexto nacional”.
Segundo fonte da autarquia figueirense, a empreitada arrancaria “o mais cedo possível”, surgindo como um claro sinal de apoio à comunidade surfista e aos desportos de mar.
“Para o grupo de cidadãos e praticantes que abraçou esta ideia, foi uma enorme alegria e motivo de orgulho saber do compromisso da autarquia em avançar com a iluminação do Cabedelo para a prática do surf durante o período nocturno”, reconheceu o escritor e surfista Gonçalo Cadilhe.
Estamos em Setembro de 2019 e, de definitivo,  nada.  Todavia, no dia 1 de Junho de 2018,  no Salão Nobre do Paços do Concelho da Figueira da Foz,  aconteceu a apresentação pública do projecto de iluminação do Cabedelo.

Na sexta-feira passada, porém, na Figueira da Foz, as ondas foram surfadas, não só durante o dia, mas também à noite. Para já, foi apenas um avanço do que deverá ser uma realidade permanente no próximo ano.
Para ver o video basta clicar na imagem.

Para ter sido possível esse momento invulgar, foi preciso instalar torres de iluminação provisórias que funcionam apenas no decorrer do Glinding Barnacles.
De estranhar: 
1. por onde anda a vereadora do desporto, que desperdiçou uma oportunidade soberana de aparecer na televisão?
2. por onde anda o presidente da câmara, também conhecido pelo dr. "Breve", que também desperdiçou uma oportunidade soberana para aparecer na televisão?