terça-feira, 14 de março de 2023

O cerco, ou a dificuldade de governar a Praia da "Calamidade"...

O teste está feito há muitos anos: na Figueira é possível governar contra quase todos. Nomeadamente, contra o povo que ainda vai votar; e contra aqueles que nem a isso já se dão ao trabalho.
Contudo, fica a pergunta no ar: e contra os partidos do arco do poder e os seus interesses?

Onde reside, neste momento, o poder político na Figueira?
Há indefinições no PS e no PSD. Os espaços políticos partidários não se encontram bem demarcados. Neste contexto, há a possibilidade de algumas pessoas, conjunturalmente, tomarem posições controversas. 
O que não seria nada de novo.
Citando o Diário as Beiras.
"Os vereadores do PS diretamente eleitos suspenderam o mandato."
"Com quatro eleitos para a FAP e outros tantos para o PS, cabe ao PSD exercer a função de fiel da balança na câmara. Ou melhor, ao vereador Ricardo Silva, já que, se da direção local “laranja” dependesse, Santana Lopes já teria a maioria (positiva) de que necessita para cumprir o seu programa eleitoral sem concessões." 

É a mediocridade partidária que temos na política figueirense, há dezenas de anos e por vontade do povo.
Citando novamente o Diário as Beiras: "Santana Lopes está condicionado pela maioria relativa que obteve nas Eleições Autárquicas de 2021, que lhe reduz o ritmo que gosta de incutir na gestão autárquica".

Como vai Santana  Lopes sair disto?
Há uma solução. Numa terra de  tantas "impossibilidades", que se tornaram possibilidades, resta inventar e concretizar uma nova "impossibilidade", que seja uma nova possibilidade para tornar a Figueira governável
Não há "impossíveis". Na política, como na vida.
Santana, melhor do que ninguém sabe disso.
Lembram-se do risco que foi a obra do túnel do Marquês em Lisboa?
Se há coisa que caracteriza o percurso político de Santana Lopes foi a sua ousadia para enfrentar o risco.
Porém, uma coisa é correr riscos. Outra, é correr riscos desnecessariamente.
Santana, melhor do que ninguém, também sempre soube isso.

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