domingo, 12 de março de 2023

Há uma geração que está a morrer nas estradas

"O problema do tratamento dos dados estatísticos é, muitas vezes, a desumanização das conclusões. Perdermo-nos nos números e nas percentagens. Sermos incapazes de traduzir a real dimensão de uma fatalidade de forma assertiva e consequente. Façamos, por isso, o seguinte exercício: se lhe dissermos que em Portugal continua a morrer-se demasiado nas estradas, o mais provável é não ficar surpreendido. As razões são variadas e sobejamente conhecidas: excesso de velocidade (quase 70% das infrações!), sinalização deficiente, álcool e drogas no sangue. Enfim, não são infelizmente raros os casos em que todos estes fatores se conjugam num desfecho explosivo. Mas se lhe dissermos que os acidentes rodoviários são a principal causa de morte entre os cinco e os 29 anos, talvez então o caro leitor trave a fundo. E se acrescentarmos que a sinistralidade representa, em custos económicos e sociais, o equivalente a 3% de toda a riqueza produzida num ano, talvez isso lhe dê vontade de continuar a fazer perguntas."
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