Um dos cancros absurdos da Figueira são os prédios em ruínas, há décadas, muitas vezes em algumas das zonas mais valorizadas da cidade.
Exemplo disso é o edifício "O Trabalho".
Isto é a demonstração do que tem sido o poder político na Figueira: fraco com os fortes e forte com os fracos.
A questão, para os figueirenses é esta. Passo a citar o vereador António Tavares, numa crónica publicada no jornal AS BEIRAS, na terça-feira, 11 de março de 2014.
"... não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."
Como é o possível que o município continue a demitir-se de um dos mais óbvios problemas do seu território?
Estou como o António Tavares, vereador executivo há oito anos, 8, em 11 de março de 2014 no jornal AS BEIRAS:
"... não consigo perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."
Quem conheceu António Tavares, nos idos tempos do Linha do Oeste, alguma vez suporia o artista de circo que ali estava em potencial?
Oitos anos no poder executivo, revelaram o maior artista de circo figueirense na especialidade de engolir sapos.
E, assim, se vai degradando a vida pública na Figueira. Pelo caminho, "comprados" pelo sistema, vão ficando os pesos e contrapesos, essenciais à saude da democracia.
Da mesma forma que não se apaga o passado, também não se pode viver fingindo que ele não tem peso.
Ah, pois: temos a "vidinha"!
Só que, é quando lá chegamos, é que damos conta do quanto boa é essa de tal de "vidinha"!..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Isto é o que o povo chama de --Ir assobiando para o lado.
Enviar um comentário