“Vai-te embora mês de agosto”, expressão antiga e usada na Figueira quando em pleno verão a cidade balnear suspirava por sossego e tranquilidade que a época baixa lhe traria. Da mesma forma que se ansiava a chegada do Verão, depois de invernos longos e sossegados, ansiava-se assim a partida dos banhista para que a cidade retornasse ao seu estado de normalidade. A mesma expressão se usava quando em Agosto morrinhava ou havia grandes nevoeiros e as noites se tornavam frias, enfim quando o clima começava a “variar”, assim como “primeiro de agosto primeiro de inverno”. Hoje naturalmente pelos efeitos das alterações climáticas, já não estranhamos a aleatoriedade do clima. Enfim, dito isto tudo, dou por mim a pensar no que estarei para aqui a escrever… o que disse atrás não é opinião mas apenas informação, também não é crónica política, nem actualidade internacional Trumpista, ou Venezuelana ou Norte Koreana, não são comentários à desinteressante campanha autárquica em curso, pois não ... Então porque refiro expressões de Agosto? Só há uma razão, o facto de estarmos em plena “silly season”! Traduzindo, a “estação ridícula” designa o período de menor intensidade informativa dos media. Os critérios de seleção jornalísticos tornam-se imensamente flexíveis, considerandose relevantes assuntos que noutra altura jamais seriam objeto de notícia. Assim no vazio deste escrito reafirmo, é a “silly season”!
Se mais nada acontecer, na Figueira é sempre carnaval! |
Este escrito de Isabel Maranha, dá a entender que, neste momento, não se passa nada na Figueira, politicamente falando.
Este escrito, a meu ver, porém, coloca outra questão: a dicotomia entre a distracção, versus, concentracção?
Existe complementaridade ou oposição entre os dois conceitos?
Não tenho grandes dúvidas. Para além de complementares são simultâneos. Comigo é assim: quando estou concentrado em algo, estou distraído de tudo o resto!
Por outras palavras: quando canto, não assobio...
Tudo na vida tem uma explicação. O que não tem, é milagre!
Em 2017, na Figuiera, o ano devia terminar no fim de agosto. O fim de agosto que vai a meio, este ano na Figueira, pode ser o fim, e não ser o começo de nada.
Vamos ter um deserto para atravessar.
Para sobreviver, resta caminhar, pois não há outro remédio.
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