sexta-feira, 4 de agosto de 2017

"A MAIOR ABSTENÇÂO DE SEMPRE!", um texto de José Luís de Sousa, jornalista, que aborda uma temática importante, que merece ser divulgado...

"A menos de dois meses das eleições autárquicas, deixo aqui uns dados para reflexão, no que ao concelho da Figueira da Foz diz respeito, à atenção de gente que gosta destas coisas, como os meus amigos João Russo, Luís Pena, Luís Castro, Joao Paredes, Teo Cavaco, José Fernando Guedes Correia, António Agostinho, Pedro Rodrigues Jorge e outros que tais... 
Em 2013, faz agora quatro anos, a Figueira da Foz "bateu no fundo" no que à participação cívica por via do voto diz respeito: a MAIOR ABSTENÇÂO DE SEMPRE! 
Nunca, em democracia, tinha votado tão pouca gente. Cerca de 52% dos eleitores ficou em casa, pela primeira vez desde 1976 a votação ficou abaixo dos 50%. Nos 17 municípios do distrito de Coimbra, a Figueira da Foz ocupa o ÚLTIMO LUGAR da lista no que ao nível de votação diz respeito (47,71%), o pior de todos.
Ao invés, para quem gosta de ser campeão em alguma coisa, o concelho da Figueira da Foz foi, em 2013, o CAMPEÃO DISTRITAL dos votos brancos (6,48%) e nulos (3,35%). Quase 10% dos votos, uma em cada dez pessoas que vota, vota branco ou nulo, mais do dobro dos votos brancos e nulos registados em 2009, há oito anos. Em votos, dá 2.761, o que seria a terceira força politica do concelho por larga margem (daria para eleger um vereador, garantidamente).. 
Ao nível das freguesias, Buarcos e São Julião conseguiu a "proeza" - absolutamente ímpar em mais de 40 anos de poder local por estas paragens - de registar uma abstenção de 58,45% dos votos. E Tavarede, a outra grande freguesia da zona urbana, não se fica a rir (55,13). No total das 14 freguesias, metade teve um nível de abstenção superior a 50%... foi assim naquelas duas como o foi em Vila Verde, Bom Sucesso, Alhadas, Lavos, e Marinha das Ondas. A freguesia campeã da votação - onde a abstenção foi menor, a rondar os 35% - foi Ferreira-a-Nova
Será que alguém por lá ensina alguma coisa aos políticos da cidade?"


Nota de rodapé.
O voto de protesto, não está na votação dos partidos da oposição, mas está na abstenção e no elevado número de votos brancos – nulos, uma especificidade figueirense
Esse voto de protesto, a meu ver, não é só contra o a mediocridade dos políticos que se apresentam ao elitorado figueirense. 
É,  também, contra o sistema político-partidário.
Contudo, a meu ver, é mesmo um voto de protesto. 
Claríssimo.
E não adianta tentar esconder o sol com uma peneira e dizer que afinal a abstenção não subiu muito desde as eleições autárquicas anteriores a 2013, porque não só subiu, como subiu a partir de patamares que já se consideravam catastróficos. 
Quem ganhar na Figueira, independentemte de quem for, tem hoje muito menos legitimidade política e democrática.

Deixo uma suguestão.
Porque não marcaram as eleições para um mês depois?
No dia 1 de Novembro, ficava resolvido  o problema grave da abstenção. 
Vocês iam ver como seria grande a afluência às urnas! 

2 comentários:

Anónimo disse...

Ferreira a nova e Santana a abstencao e menor porque deve ser a freguesia que mais tachos tem arranjados pelos partidos. Por isso toca de ir votar...

Anónimo disse...

Ferreira a nova e Santana a abstencao e menor porque deve ser a freguesia que mais tachos tem arranjados pelos partidos. Por isso toca de ir votar...