Mas, entretanto, o essencial continua por esclarecer.
Nomeadamente: quanto recebeu em despesas de representação? (presumo que haja limite para essas despesas...); porque não declarou essa verba quando fez o requerimento?; qual a compatibilidade dos montantes recebidos com o regime de exclusividade?
Gostava também de saber se Pedro Passos Coelho, até ao fim do debate, ainda vai dizer “que é preciso alguém nascer duas vezes para ser tão honesto como ele”, mas não vou esperar pois está um sol tão bonito lá fora e a minha paciência tem limites...
Em tempo.
Via Delito de Opinião, "A paz quer-se pôdre".
Já se ouve por aí dizer a propósito do que tem saído na Imprensa sobre a Webrand/PSD e a Tecnoforma/ Passos Coelho que "qualquer dia ninguém vem para a política, porque ninguém é santo". São desabafos laranjinhas, mas se fossem outros os apertos logo mudariam de cor. O que interessa é perceber que mais do que reflectirem um nervosismo "clubista" denunciam uma total indiferença pela coisa pública. A preocupação não se foca nos eventuais dolos, mas nos putativos infractores, vistos neste contexto como vítimas de uma caça às bruxas. Esta é a nossa cultura cívica. Temerosa, reticente e dual. Se para moralizar o sistema é preciso escrutinar os nossos, o melhor é deixar estar.
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