No local onde há 15 anos a sede da Associação Naval 1.º de Maio desapareceu, levando consigo um património histórico e de grande valor para a própria cidade da Figueira da Foz e o seu concelho, restam as ruínas a assinalar o triste acontecimento.
Nas Ruas da República e Fernandes Tomás, continua o vazio.
Nos dias que passam, a Naval 1.º de Maio tem uma sede provisória na antiga casa do guarda do Estádio Municipal José Bento Pessoa...
E, presumo, os projectos grandiosos anunciados em anos recentes, mas que, até agora, não passaram do papel...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
1 comentário:
A intenção era só mesmo fazer desaparecer a sede! Não fazer uma nova...
E a provisória vai sendo mantida sob novos pilares ("burn after reading")
Mas não conseguem queimar memórias...
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