Não foi ainda eleito mas é como se fosse, pois é candidato único.
E esta escolha para a liderança da UGT parece ser de tal forma natural, simples e unânime entre as “diversas” correntes dentro da UGT, que até chega a ser comovente.
Pelo menos, é o que se depreende da entrevista que no dia 17 do passado mês de Maio Carlos Silva concedeu ao diário As Beiras, que pode ser lida clicando aqui.
O mais interessante ficou guardado para o fim da citada entrevista dada a Paulo Marques.
“Antes de formalizar a candidatura” – não fosse não obter a autorização devida ou ser despedido por “justa causa”… – teve o aval da sua entidade patronal e ao mais alto nível, a quem, gentilmente, pelos vistos, foi dar prévias e “transparentes” satisfações.
E sabem quem é o patrão de Carlos Silva?..
Nada mais, nada menos, que o patrão do Banco Espírito Santo, o dr. Ricardo Salgado, um dos Donos de Portugal, que certamente lhe passou a mão pelo pêlo e lhe “desejou sorte”, considerando ainda a sua candidatura como um “factor de prestígio para o BES”.
Não foi lindo!... Isto, sim, é que é sindicalismo de classe, democrático, responsável e civilizado!..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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