foto sacada daqui |
Mudaram as nossas expectativas. E as nossas atitudes.
Tirando algum “ruído”, quase todos consideramos uma inevitabilidade o que nos está a acontecer.
Estamos a levar, até às últimas consequenciais, o sermos considerados uma Terra de brandos costumes.
Resignámos, portanto.
Vamos deixar de ser freguesia. Vamos perder valências no Hospital.
O que quer dizer que vamos ver diminuir ainda mais a nossa capacidade reivindicativa, o que tem a ver com a perda de serviços essenciais ao nosso bem estar colectivo.
E parece que nada se passa!..
Assobiamos para o ar e esperamos que a crise passe.
Resta-nos tentar sobreviver mantendo o nariz fora da água…
Apenas o nariz, sem fazer ondas, sem fazer barulho, sem gritar, sem protestar, sem dar nas vistas, sem tentar viver, esbracejando apenas o suficiente para nos mantermos à tona, sem olhar quem está à nossa volta, concentrando-nos apenas na nossa respiração.
O objectivo é respirar. Respirar e esperar….
Até que nos habituemos.
Respirar assim, só nos vai custar nos primeiros anos. Depois, habituamo-nos.
Não sabemos quando, nem como, nem por quem, mas sabemos que fomos vencidos.
É verdade que gerações e gerações de covagalenses chegaram a sonhar que não íamos ser vencidos, mas hoje é evidente que esse sonho não tinha sentido.
Com a abdicação da defesa dos nossos interesses colectivos por quem esteve à frente dos destinos da freguesia nos últimos anos, é evidente que a “nossa” derrota já tinha acontecido.
Fomos derrotados, enquanto povo com identidade própria, não por esta crise… Fomos verdadeiramente derrotados, isso sim, há anos, quando consentimos a ocupação da Cova-Gala pelos interesses privados de alguns - poucos…
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