"O Estado é obrigado a assumir a propriedade do Europarque, em Santa Maria da Feira, e a respectiva dívida de 30 milhões de euros, por força do aval concedido, em 1995, ao sindicato bancário que viabilizou a construção. Uma dívida que nenhum dos gestores da Associação Empresarial de Portugal (AEP) assume, e que representa cerca de três euros a sair do bolso de cada português.
A AEP, detentora de 51% do capital do Europarque só amortizou 4,7 milhões de euros ao valor total do financiamento. Foi pagando ainda juros de mora, mas assume agora não ter capacidade financeira para pagar à banca, o que conduz à execução do aval do Estado, assinado por Eduardo Catroga, então ministro das finanças de Cavaco Silva."
Via Correio da Manhã
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário