Via Olímpio Fernandes, tomei conhecimento que “a mãe de Carlos Paiva, Joana Oliveira, 87 anos de idade, natural de S. João da Madeira, mas a viver com o seu filho Carlos Paiva, há mais de 20 anos na Quinta do Paço, Figueira da Foz, faleceu no Hospital da Figueira, na sexta feira, por volta das 12h. O corpo de Joana Oliveira encontra-se na Igreja de Tavarede, de onde sairá para o cemitério local, pelas 11h da próxima segunda-feira, dia 27 de Dezembro de 2010.”
Por estar longe da Figueira, fica aqui, desde já, nesta hora difícil, o meu abraço solidário para com o Carlos Paiva.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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