Presente, blogue da autoria de Aníbal José de Matos, ao que presumo, decano dos jornalistas figueirenses vivos, tem uma particularidade que o torna especial: proporciona a quem o visita imagens e recordações únicas da Figueira de ontem, sem esquecer a actualidade, pois como está escrito no espaço que estamos hoje a referenciar, que citou Michel de Montaigne “pode-se ter saudades dos tempos bons, mas não se deve fugir ao presente”.
Vão até lá, porque a vida continua mesmo com esta crise e com esta invernia.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
1 comentário:
Muito obrigado pela deferência. Na realidade sou o jornalista mais antigo da Figueira da Foz, sucedendo, assim, a meu Pai que, não sendo figueirense de nascimento (era natural de Santa Comba Dão), aqui se radicou desde a idade dos 11 anos.
Para "OUTRA MARGEM" um Feliz Natal e um excelente Novo Ano.
Aníbal José de Matos
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