Cova-Gala, 2 de Outubro de 2009, Avenida Remígio Falcão Barreto, cerca das 18 horas e 30 minutos.
Vinha eu, à hora e data acima referida, depois de ter estado em amena cavaqueira no café Dunas com o cabeça de lista da CDU, Nelson Delgado, a passar, por mera casualidade, junto à sede da candidatura da lista de Carlos Simão, na Cova, e eis que surge, avenida abaixo, uma arruada da candidatura do PS onde estava incluído o candidato à Câmara Municipal, Ataíde das Neves.
De repente, a aparelhagem de som que emitia música de Quim Barreiros, a partir da sede de candidatura de Carlos Simão, na Cova, aumentou o volume do som, presumo eu, até ao máximo, nitidamente com o objectivo de abafar os músicos da arruada do PS.
Olhei para a sede de candidatura de Carlos Simão e de lá, o que vi, deixou-me triste: sorrisos, maliciosos e trocistas, de responsáveis maiores da candidatura de Carlos Simão.
Em democracia, a cultura democrática e o respeito pelos outros, é o mínimo que se pode exigir.
Havia necessidade?..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
3 comentários:
:))
Estive pela Figueira.
Campanha muito mole...
Bfs.
Pode ser que no Domingo sejamos NÓS a rir. Um riso não de gozo,nem provocatório, mas de VITÓRIA!!!
Sempre ouvi dizer que o último a rir é o que ri melhor.
não seria de esperar muito desse senhor? julgo que sim, mesmo que não estivesse presente, a rusga que o acompanha deve comungar dos mesmos princípios
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