António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Quem se apressou a decretar a certidão de óbito da FRETILIN cometeu um enorme erro, como comprovam os resultados das eleições legislativas. A FRETILIN não tem maioria absoluta, mas a verdade é que seria quase impossível alcançar essa meta. A vitória da FRETILIN é ainda mais notável e digna de nota se se tiver em conta que teve como principal rival nas eleições legislativas Xanana Gusmão e o seu CNRT, inquestionavelmente os grandes derrotados. Agora na secretaria decorrem negociações para a formação de um novo governo. A FRETILIN, como partido mais votado, deveria tentar formar governo. Se nãp conseguisse fazê-lo passar no parlamento, teria de haver outras hipóteses Independentemente da solução que vier a ser encontrada, a estabilidade política em Timor-Leste continua a ser uma meta e não um facto consumado. A democracia só é boa quando nos serve?
Segundo o Público "Mari Alkatiri revelou hoje que o partido está disponível para formar uma coligação com o CNRT de Xanana Gusmão, se tal "contribuir para estabilizar o país". No entanto, o ex-primeiro-ministro diz que "o que se está a fazer é curto-circuitar as expectativas do eleitorado. Isso não ajuda nada à estabilidade e paz no país. Mas, ainda assim, temos muito tempo para criar um melhor clima de diálogo".
O anónimo anterior descorre bem, mas parece que conclui mal. É conhecido que a Fretilin não tem parceiro para governar com estabilidade, pelo que de nada valia propor um governo ao Parlamento, sabendo que iria ser chumbado PELA MAIORIA. Assim se for encontrada uma solução governativa maioritária, cumpre-se o preceito democrático de forma mais rápida!
6 comentários:
Em Timor....
Então a democracia não é o reconhecimento do poder da maioria? A coligação contra a Fretilin, não é maioritária?
Quem se apressou a decretar a certidão de óbito da FRETILIN cometeu um enorme erro, como comprovam os resultados das eleições legislativas. A FRETILIN não tem maioria absoluta, mas a verdade é que seria quase impossível alcançar essa meta. A vitória da FRETILIN é ainda mais notável e digna de nota se se tiver em conta que teve como principal rival nas eleições legislativas Xanana Gusmão e o seu CNRT, inquestionavelmente os grandes derrotados.
Agora na secretaria decorrem negociações para a formação de um novo governo. A FRETILIN, como partido mais votado, deveria tentar formar governo. Se nãp conseguisse fazê-lo passar no parlamento, teria de haver outras hipóteses Independentemente da solução que vier a ser encontrada, a estabilidade política em Timor-Leste continua a ser uma meta e não um facto consumado. A democracia só é boa quando nos serve?
Segundo o Público "Mari Alkatiri revelou hoje que o partido está disponível para formar uma coligação com o CNRT de Xanana Gusmão, se tal "contribuir para estabilizar o país". No entanto, o ex-primeiro-ministro diz que "o que se está a fazer é curto-circuitar as expectativas do eleitorado. Isso não ajuda nada à estabilidade e paz no país. Mas, ainda assim, temos muito tempo para criar um melhor clima de diálogo".
O anónimo anterior descorre bem, mas parece que conclui mal. É conhecido que a Fretilin não tem parceiro para governar com estabilidade, pelo que de nada valia propor um governo ao Parlamento, sabendo que iria ser chumbado PELA MAIORIA. Assim se for encontrada uma solução governativa maioritária, cumpre-se o preceito democrático de forma mais rápida!
Ora bem.
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