terça-feira, 5 de outubro de 2021

Decorridos 9 dias parece que tudo continua a decorrer com tranquilidade na Figueira...

Tirando a demissão de Mattos Chaves, parece que nem houve eleições autárquicas na Figueira.
Só que as eleições existiram. Com mudanças na Câmara Municipal. 
O PSD levou a maior "sova eleitoral" de sempre. O PS aguentou-se, mas o seu candidato a presidente de câmara foi travado pelo eleitorado. A CDU perdeu votos e mandatos. O BE ficou reduzido a um eleito na Assembleia Municipal, tal foi o esvaziamento. O CDS perdeu votos e continuou a não ter mandatos.
Não se sabe muito bem que contas fazer. Aparentemente, está tudo tranquilo...
O que é preocupante, pois toda a gente sabe que o Movimento liderado pelo novo presidente de Câmara da Figueira da Foz, Dr. Pedro Santana Lopes, é algo de conjuntural...
A política figueirinhas atravessa um momento atípico.  Nunca, como nas autárquicas 2021, se discutiu tão pouco a realidade.
Santana vai viver um novo estado de graça oferecido pelos figueirenses.
 
Estas autárquicas poderiam ter sido o momento para debater a sério e com rigor a Figueira. Falar do problema da demografia, da falta de emprego, dos problemas da educação, da mobilidade, da erosão costeira, da barra e do canal de navegação, da poluição, da falta de crença e da desmotivação de grande parte da população, etc.
Mas não: a crise de valores na política figueirinhas determinou que o tema dominante nas autárquicas 2021 fosse a tentativa de impugnação da candidatura de Santana Lopes.

Passados 9 dias tudo continua tranquilo. Contudo, como não será possível manter este estado de coisas por tempo indeterminado, mais dia menos dia, a realidade vai acabar por voltar à ordem do dia. 
O ambiente político na Figueira, tal como uma panela de pressão que não tenha escapatória para a saída do vapor, vai acabar por rebentar.
Vai ser um espectáculo lamentável. Que poderia e deveria ter sido evitado.

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