“A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...”
Este alerta Outra Margem tem quase 10 anos, como podem comprovar clicando aqui.
No sábado passado, dirigentes da Concelhia da Figueira da Foz
do PSD e deputados eleitos
por Coimbra pelas listas do
mesmo partido visitaram
as obras de protecção da costa em São Pedro,
Lavos e Leirosa.
O líder local dos social-democratas,
Manuel Domingues, e o
deputado Maurício Marques lembraram que esta
intervenção era reclamada
há vários anos.
Não obstante a crise, realçaram.
No entanto, os dois políticos reconheceram que
estavam a falar de obras
urgentes, quase concluídas, porque falta ainda realizar as estruturais, para
a segurança de pessoas e
bens e protecção da orla
marítima.
José Elísio, presidente da Junta de Lavos,
independente, não podia
estar mais de acordo com
os visitantes.
“Estas obras são as indispensáveis e há 10 anos que
eram sucessivamente prometidas e adiadas”, frisou.
De resto, segundo o jornal AS BEIRAS, os presidentes das
freguesias do sul do concelho concordam que esta
intervenção de emergência não deve substituir as
obras de fundo que a costa
reclama.
Sabemos que estamos em campanha eleitoral, mas ainda bem que a erosão costeira é uma preocupação do PSD figueirense e dos presidentes das juntas das freguesias do sul do nosso concelho.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário