segunda-feira, 22 de maio de 2023

Sapadores da Figueira da Foz avançam com greve ao trabalho extraordinário

Via Diário as Beiras

"Os Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz aprovaram hoje uma greve ao trabalho extraordinário de 04 de junho a 06 de agosto, cumprindo o pré-aviso emitido em abril pelo Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP).
“Os bombeiros só vão trabalhar 35 horas semanais, de acordo com a Lei, ficando as restantes horas no quartel em prevenção para cumprir com os serviços mínimos”, explicou à agência Lusa o presidente do sindicato, no final do plenário da manhã de hoje.
Segundo Sérgio Carvalho, esta modalidade de greve permite, “se a Câmara estiver de boa-fé, remunerar o excesso de carga horária aos bombeiros, porque estão a garantir os serviços mínimos”.
O líder sindical salientou que o regime de horários estabelecido no município da Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, “é superior às 35 horas e, em muitos casos, é de 48 horas semanais”, mas os bombeiros não são remunerados pelo excesso de horas.
Desde janeiro deste ano que a Câmara da Figueira da Foz não paga o trabalho extraordinário, com base num parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), o que se traduz numa diminuição de 250 euros mensais, em média, na remuneração de cada sapador."

O passado que teima em não ser passado

"... aqui Marcelo é muito mais Homem, democrata, de espinha dorsal direita, que o antecessor, e sabe perfeitamente que em caso do dissolução o que aí vem é o racismo, o fascismo, a xenofobia no Governo, 50 anos depois de Salgueiro Maia ter cercado o Carmo em Lisboa."

"...só para sócios e convidados"

 Via Diário as Beiras

Galardão “Qualidade de Ouro” foi atribuído a nove praias do nosso concelho

A Figueira da Foz, outrora a Praia da Claridade, continua a ser um dos principais destinos turísticos balneares do país e a principal referência da Região Centro. 
Ao longo da sua extensa costa, que se estende de Quiaios até à Leirosa (Marinha das Ondas), passando por Buarcos, Figueira da Foz, São Pedro e Lavos, encontra-se hasteada a Bandeira Azul em 11 praias e o estandarte de Qualidade de Ouro noutras nove. 
A segunda distinção, atribuída pela associação Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, é mais recente. O galardão Qualidade de Ouro é atribuído anualmente às praias que se distinguem das demais pela qualidade da água balnear, tendo como referência “informação pública oficial disponível, tendo exclusivamente em consideração as análises efetuadas nos laboratórios das diferentes administrações regionais hidrográficas”, sublinha o Município da Figueira da Foz
A Bandeira Azul foi atribuída às praias do Relógio, Buarcos, Tamargueira, Cabedelo, CovaGala, Cova-Gala – Hospital, Quiaios, Murtinheira, Leirosa, Costa de Lavos e Cabo Mondego. Por seu lado, Buarcos, Cabo Mondego, Costa de Lavos, Gala, Relógio, Leirosa, Murtinheira, Quiaios e Tamargueira foram distinguidas, também, com a Qualidade de Ouro. 
A Figueira da Foz lidera, em ambas as distinções, na região Centro.

Baptismo do barco eléctrico

A cerimónia oficial do barco eléctrico adquirido pelo Município da Figueira da Foz para transporte de passageiros entre as duas margens do Rio Mondego, vai realizar-se no próximo dia 24, pelas 12 horas na Estação Fluvial da Margem Sul, no Cabedelo.
Recorde-se, que o nome atribuído foi "Carlos Simão", antigo presidente da Junta de São Pedro.
A embarcação, cuja utilização é gratuita, foi construída na cidade espanhola de Barcelona, chegou à Figueira da Foz no início do corrente ano e custou cerca de meio milhão de euros. 
Este meio de transporte fluvial está a revelar-se muito útil e está a registar uma elevada procura, incluindo para fins turísticos.

Paulo Raimundo em Baleizão

 Via Diário de Notícias

"Muito obrigado pelos palpites desses responsáveis anteriores. Obrigado. Já os derrotámos, voltem para a barriga da mãe", atirou Paulo Raimundo, sem nomear os autores dos "palpites", no dia seguinte a um duro discurso do antigo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, contra o Governo socialista e em defesa das políticas do PSD.

O secretário-geral do PCP agradeceu ontem, domingo, os "palpites de responsáveis anteriores" pelas políticas de direita "ao serviço dos grandes grupos económicos", mas clamou, em Baleizão, vitória sobre os mesmos.

"Se é verdade que esta política tem partidos que a protagonizam, que lhe dão corpo e avanço, também não é menos verdade que esses partidos são compostos por pessoas, algumas delas com grandes responsabilidades no passado pela situação a que chegámos e que não se inibem de, volta não volta, vir mandar umas larachas", acusou Paulo Raimundo, numa clara referência à intervenção de Cavaco Silva no sábado.»

Cavaco Silva – Uma assombração

Um texto de Carlos Esperança, sacado daqui.

"Sábado, para fazer esquecer a melhoria da perspetiva da notação da dívida soberana pela agência americana Moody’s, surgida na véspera (ver aqui), apareceu a liderar a oposição de direita o rancoroso Professor Aníbal.

Substituiu Marcelo, convicto de que, à semelhança das águas residuais, que podem ser recicladas, os ativos tóxicos podem ser branqueados.

Aníbal Cavaco Silva, catedrático de Literatura pela Universidade de Goa, Grande Colar da Ordem da Liberdade por desvario de Marcelo, não se livrará do passado onde teve a sorte de as intrigas de Marcelo e as assinaturas falsas o fazerem, na Figueira da Foz, presidente do PSD contra o democrata João Salgueiro.

Marcelo, Júdice e Santana Lopes fizeram-no PM; Marcelo, Durão Barroso e Ricardo Salgado, ingratamente abandonado, prepararam na vivenda do último a sua candidatura vitoriosa a PR.

Mas não se julgue que o político videirinho foi apenas um salazarista beneficiado com a democracia, a que pretendeu abolir, conluiado com Passos Coelho, os feriados identitários do País, 5 de Outubro e 1.º de Dezembro.

Com o reiterado absentismo na Universidade Nova, para dar aulas na Católica, obrigou o reitor, Alfredo de Sousa, que o fizera catedrático, a levantar-lhe o processo disciplinar que o despediria por faltas injustificadas. Teve a sorte de ter como ministro da Educação João de Deus Pinheiro que lhe relevou as faltas e receberia em recompensa o Min. dos Negócios Estrangeiros.

O ressentido salazarista não foi apenas venal na docência, “mísero professor” no léxico cavaquista, foi igualmente no negócio das ações da SLN, para ele e filha, e no suspeito negócio da Vivenda Gaivota Azul, na Praia da Coelha.

Apesar de exigir que se nasça duas vezes para alguém ser tão sério como ele, há boas razões para pensar que sobra uma. Os seus negócios foram tão nebulosos como as razões do preenchimento da ficha na Pide, com erros de ortografia.

No sábado, o Professor Aníbal veio bolçar o ódio que o devora, depois de ter sido obrigado a dar posse ao primeiro Governo de António Costa, de ter então esbracejado e denunciado à União Europeia o perigo de um PM apoiado pelo PCP e BE. Exigiu que António Costa pedisse a demissão, apareceu nas televisões, rádios e cassetes piratas, e regressou aos sais de fruto enquanto a oposição de direita continuará a ser liderada por Marcelo.

O homem é assim, o salazarista inculto e primário que o marcelista culto, empático e igualmente perverso está a substituir com mais êxito."

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Figueira da Foz vai cobrar dois euros de taxa turística a partir de julho

«A Câmara Municipal da Figueira da Foz aprovou hoje o projeto de regulamento da taxa turística a cobrar aos visitantes alojados nas unidades hoteleiras do concelho, que deverá entrar em vigor em julho.

Votado por unanimidade na sessão de hoje do executivo, o regulamento vai ainda ser submetido à reunião ordinária da Assembleia Municipal de junho e depois terá de ser publicado em Diário da República.
Segundo a vice-presidente da autarquia, de abril a setembro de cada ano vai ser cobrada uma taxa de dois euros por cada dormida até sete noites seguidas a pessoas com idade igual ou superior a 16 anos.
Já de outubro a março, a taxa baixa para 1,5 euros, adiantou Anabela Tabaçó.
Estão isentos da taxa os munícipes da Figueira da Foz e os hóspedes portadores de deficiência, com incapacidade igual ou superior a 60%, desde que apresentem comprovativo dessa condição.
Por sugestão do PS, que defendeu a monitorização da taxa através de um relatório anual, o regulamento deverá isentar de taxa, quando for aprovado na Assembleia Municipal, as dormidas resultantes de intempéries, catástrofes ou de casos de emergência social, embora o executivo liderado por Pedro Santana Lopes (movimento Figueira a Primeira), tivesse essas situações previstas noutras medidas.
De acordo com a vice-presidente Anabela Tabaçó, o estudo financeiro aponta para uma receita municipal até ao final do ano de cerca de 118 mil euros.
No próximo ano, quando estiver a vigorar em pleno, a taxa turística deverá gerar uma receita líquida de aproximadamente 400 mil euros, acrescentou a autarca.
Em março, antes de o regulamento ir para consulta pública, o presidente da Câmara salientou que a taxa turística se destina à melhoria da oferta turística da Figueira da Foz.»

Parque de estacionamento junto ao mercado municipal


«O presidente da Câmara da Figueira da Foz disse hoje, dia 19 de maio, que depois do verão devem ser iniciados os procedimentos para o lançamento do concurso de construção de um parque de estacionamento junto ao mercado municipal da cidade.
Em declarações aos jornalistas no final da sessão de hoje, Pedro Santana Lopes revelou que a opção recai sobre a construção de um parque subterrâneo, com uma centena de lugares, depois de praticamente estar afastada a hipótese de construir o estacionamento em altura, num prédio junto ao mercado que está envolvido num imbróglio jurídico.
O autarca referiu que “já perdeu imenso tempo” com o prédio ao lado do mercado, que está em nome de uma empresa que já foi dissolvida depois de ter ficado insolvente, que seria a opção “mais barata e mais fácil”.
“Por mim, [o parque] já estava em obra. Espero começar os procedimentos depois do verão”, disse o autarca, referindo que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) tem realizado exames aos solos para que sejam encontradas as melhores técnicas de construção.
O município deverá investir cerca de 1,5 milhão de euros na construção do parque de estacionamento, embora o valor final ainda dependa de alguns detalhes da obra.
O presidente da autarquia figueirense admitiu que o estacionamento subterrâneo possa ser gratuito se a Câmara obtiver financiamento para a construção do parque, caso contrário será pensada uma forma de pagamento em que os clientes do mercado não paguem durante determinado tempo.
Na sessão de Câmara de hoje, em resposta a uma vendedora, Santana Lopes revelou que pretende “puxar pelo mercado municipal” e promover a sua dinamização, em detrimento das grandes superfícies.
O presidente do município já tinha salientado, em dezembro de 2021, que a construção de um parque de estacionamento junto ao mercado municipal seria “uma obra prioritária dentro da linha de proteção ao pequeno comércio e comércio tradicional”

"Como é possível o ministro Galamba continuar em funções?"

Via TSF
O PCP defende que o Governo tem de romper com as "políticas desastrosas" para poder resolver os problemas do país.
deputado do PCP Bruno Dias mostrou-se incrédulo por, apesar de toda a polémica e do que se soube esta semana na Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, ainda "continuar em funções", mas não tem dúvidas de que se mantém para privatizar a TAP.
"Isto é muito claro. O foco do PCP tem sido, desde o início na comissão parlamentar de inquérito, discutir a TAP, falar sobre a TAP e o que se verifica é que este Governo vai andando em frente com a privatização da companhia aérea num contexto em que fica demonstrado que serve essencialmente para garantir o negócio dos interesses privados que venham a apropriar-se da campanha. Este atual ministro só está em funções porque substituiu outro que se demitiu por causa da TAP. Os problemas de fundo exigem uma rotura com as políticas que estão a ser seguidas", sublinhou Bruno Dias.

FESTAS DA CIDADE

 Via  Município da Figueira da Foz

Para ver melhor, clicar na imagem

Porque é que (para já) ao abrigo do acordo assinado entre a administração portuária e o município da Figueira da Foz, o edifício que serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, onde também funcionou um restaurante e café, ficou de fora da mudança de titulares dos imóveis?

Via Diário as Beiras
"Os concessionários que aguardavam luz verde para instalarem os seus equipamentos na zona requalificada do Cabedelo já podem levantar as licenças de construção, uma vez que a passagem dos terrenos e de três edifícios, da administração portuária para o Município da Figueira da Foz, já foi formalizada. 
São quatro os espaços concessionados: um destinado a restauração e os outros a escolas de surf. 
Àqueles quatro, em breve poderão juntar-se outros três. 
“Possivelmente, vamos avançar com a concessão dos balneários do antigo parque de campismo, que também deverão ser utilizados para apoios de praia [restauração], negócios relacionados com a atividade do surf ou outros” - vereador Manuel Domingues, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS. 
Ao abrigo do acordo assinado entre a administração portuária e o município da Figueira da Foz, o edifício que serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, onde também funcionou um restaurante e café, ficou de fora da mudança de titulares dos imóveis
Este imóvel instalado na nova praça do Cabedelo é o mais cobiçado.  
O edifício-sede do antigo parque de campismo integra o estudo de viabilidade económica para a concessão da futura marina do Cabedelo, daí ter sido excluído do pacote de transferência de património da administração portuária para o município. 
Todavia, se o estudo concluir que o imóvel não constitui uma mais valia para a concessão do futuro equipamento, poderá também vir a ser concessionado em hasta pública."
Nota de rodapé.
O edifício que serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, que eu conheço como as palmas das minhas mãos, que condicionou todo o projecto de requalificação do Cabedelo, que deu, por responsabilidade da gestão socialista à frente da Câmara Municipal da Figueira da Foz,  naquilo que já todos sabemencontra-se num estado de degradação em marcha acelerada para vir a tonar-se numa BELA e TURÍSTICA ruína, a acompanhar, num futuro não muito longínquo, a ruína geral que vai ser o resultado do plano de requlificação  do Cabedelo levado a cabo pelo município da Figueira da Foz entre 2017 e 2022.
Porquê o interesse da administração portuária - recorde-se que um dos membros é o anterior presidente de câmara Carlos Monteiro - em ficar, para já, na posse administrativa de um edifício em tais condições?
Face ao estado do edifício, não seria mais precavido, sensato e lógico, tentar avançar já para a sua concessão e recuperação, em vez de se estar à espera de uma putativa concessão inserida no processo da futura marina do Cabedelo, que ninguém, neste momento, sabe quando vai acontecer, ou se vai mesmo acontecer?
Por outro lado, os três antigos balneários tinham ligações de água, luz e esgotos. Com as obras, ficaram sem essas mais valias. 
Como é? 
Quem ficar com os equipamentos vai ter de refazer essas infraestruturas básicas para uma actividade comercial, ou será o erário público que vai ter de repor o que já existia e foi destruído pelas obras feitas a todo o vapor no Cabedelo, só porque havia fundos europeus disponíveis para gastar ao desbarato, à grande e em força?

Bairro Novo: videovigilância em fase de testes

As infraestruturas de videovigilância do Bairro Novo já foram instaladas. 
Neste momento, ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, o sistema, cuja central está instalada nas instalações do comando de Coimbra da PSP, encontra-se em fase de testes. Após o período de testes, o sistema entrará em funcionamento, devendo ser activado antes da época balnear, como programado pelo Município da Figueira da Foz. 
A empreitada foi aprovada no anterior mandato autárquico e lançada e concluída no actual. Recorde-se: em Fevereiro de 2021 a Câmara da Figueira da Foz e a PSP analisaram a possibilidade de instalar câmaras de videovigilância numa zona turística do centro da cidade onde fica situado o Casino. O Executivo municipal, então presidido por Carlos Monteiro aprovou a abertura do processo, tendo para tal celebrado um protocolo de colaboração com a Polícia de Segurança Pública (PSP). Numa primeira fase, “o sistema de videovigilância será instalado numa parte do Bairro Novo”, abrangendo várias artérias da cidade balnear onde a polícia “havia registado algumas ocorrências” perturbadoras da ordem pública e da segurança das pessoas.

Na altura, fonte do gabinete do presidente do Município da Figueira da Foz, disse à agência Lusa: “Estamos a analisar o processo com a PSP”. O objectivo da medida é “reforçar a vigilância e dissuadir comportamentos” passíveis de procedimento criminal. O passo seguinte foi a comunicação do projecto de videovigilância à Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), para esta se pronunciar sobre a sua viabilidade legal ao nível da salvaguarda dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, consagrados na Constituição da República.

Existir, neste contexto, já é um milagre... (2)


Fonte Marktest
"Em abril de 2023, o Primeiro-ministro António Costa liderou o top de exposição mediática, ao protagonizar 154 notícias com 7 horas e 38 minutos de duração durante o mês. André Ventura, líder do Chega, registou a segunda posição, com 159 notícias de 6 horas e 57 minutos de duração. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi terceiro, protagonizando 120 notícias, com 5 horas e 45 minutos de duração. Luís Montenegro, presidente do PSD, foi quarto, protagonizando 98 notícias, com 4 horas e 9 minutos de duração."

Resumindo:

"... o Chega não é um fenómeno político. O Chega é um fenómeno televisivo e, por conseguinte, é um fenómeno de audiências. E não, nem todos são pequeno-burgueses como eu e, como tal, a maioria do país ainda passa muitas horas em frente à televisão, o que faz com que este encantador de antas chegue a casa de muita gente. Portanto, o Chega cresce porque lhe dão palco de forma desmesurada face à sua real importância. Nasceu na televisão, mora na televisão e há-de continuar a ser alimentado pela televisão. É a consequência da mercantilização do jornalismo.

E não é aqui dito que um partido com representação parlamentar (e a sua fundação e existência é outra estória) não deva ter audiências. Mas numa altura em que anda tudo a falar do “crescimento do populismo” e do “combate contra a extrema-direita”, convinha, se calhar, por começar a não ser um veículo para as mensagens da extrema-direita que tanto dizemos querer combater. O aldrabão-mor conseguiu ter apenas cerca de 40 minutos a menos de exposição do que, imagine-se, o primeiro-ministro. Acima do presidente da República. E, pasme-se, o PCP é o único partido que nem sequer aparece no top 10. Se calhar, neste ponto, aqueles que tentam equiparar o Chega ao PCP (e até ao Bloco, que consegue um 8.o lugar), deviam começar por tentar dar mais audiências a BE e a PCP… pelo menos para tentarmos aferir se essa equivalência é, como é, estúpida.

Continuem, portanto, a alimentar o monstro. E ele continuará a crescer."

João L. Maio, via Aventar

quinta-feira, 18 de maio de 2023

"Margens de lucro responsáveis por dois terços da inflação"

"Depois do BCE e da Comissão Europeia, também o Banco de Portugal vem dizer que foram as empresas a puxar pela inflação no ano passado. Em Portugal, contribuíram para quase 66% da subida de preços – que foi acentuada nos alimentos e para as famílias mais pobres."
Aumento de salários igual a aumento de preços?
Credo!.. Não se pode aumentar salários para os preços não aumentarem: no final ganha a margem de lucro do patrão e do accionista...

"Penso que ninguém tem dúvidas de que essa zona da cidade precisa, mais do que de uma reformulação, de uma enorme e inovadora mudança"

 Via Diário as Beiras

"O reitor da Universidade de Coimbra deveria ser demitido?"

Via Jornal Público

"Leu-se no Diário de Notícias de 2 de setembro de 2016: "foi em Moçambique, em meados dos anos 80, que Vladimir Ivanovitch Pliassov percebeu que, além da pátria russa, "o único país da Europa onde poderia viver era Portugal". Mais adiante, a reportagem cita uma frase deste professor russo que explica a afirmação anterior: "Lá, os portugueses viviam com as mesmas condições que nós. Partilhávamos carnes, cervejas, as coisas que tínhamos. Tínhamos uma relação aberta. Por exemplo, com os alemães, que moravam no nosso prédio, não era a mesma coisa". 
Provavelmente a ideia que Vladimir Pliassov fazia da hospitalidade portuguesa, que o motivara a vir viver para Portugal em 1988, há 35 anos, ruiu a 10 de maio passado, quando recebeu um e-mail do reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, a informá-lo que estava afastado do Centro de Estudos Russos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Primeiro houve um artigo escrito por dois autoidentificados ativistas ucranianos, publicado no dia 8 de maio no Jornal de Proença. Esse artigo foi citado na noite do dia seguinte na SIC-Notícias pelo comentador José Milhazes. No início da madrugada, o mesmo artigo foi ainda republicado no jornal Observador.
Amílcar Falcão, na manhã subsequente, demitiu o professor de russo, que desde que se reformara trabalhava gratuitamente na instituição.
Amílcar Falcão demitiu o professor de russo sem o ouvir, sem falar com ele, sem lhe dar qualquer hipótese de argumentação.
Amílcar Falcão, reitor da Universidade de Coimbra, recusou o mais básico direito à defesa de alguém, volto a recordar, que trabalhou para aquela instituição 35 anos e que ajudou a fundar o Centro de Estudos que aquela mesma universidade decidiu criar em 2012, era Falcão vice-reitor.
Amílcar Falcão tratou, isso sim, de escrever um comunicado para a imprensa a anunciar o afastamento do professor de russo denunciado na TV.
Amílcar Falcão decidiu, ainda, nessa mesma manhã de 10 de maio, prestar declarações a alguns órgãos de comunicação social para espalhar a novidade.
No dia seguinte, Amílcar Falcão recusou dizer a um jornalista da agência Lusa quais os factos em que se suportou para ter tomado tal decisão. Também recusou dizer quando soube de tais alegações. E disse achar adequado não ter aberto um processo disciplinar ou de averiguações que permitisse uma investigação séria às suspeitas levantadas.
As acusações feitas por Viacheslav Medvediev e Olga Filipova, os autores do artigo inicial, secundadas depois por José Milhazes, são, em resumo, estas: Vladimir Pliassov (que nega tudo) fazia propaganda pro-Putin no Centro de Estudos Russos e tinha uma ligação aos serviços secretos russos através da Fundação Russkyi Mir, uma espécie de Instituto Camões russo com quem a Universidade de Coimbra teve um protocolo de financiamento, cancelado em dezembro de 2021.
Para sustentar essas acusações são apresentadas estas hipotéticas provas: uma foto de um quadro do centro com as caras de 66 escritores, entre os quais estão dois autores extremistas que defendem que a Ucrânia é russa; a exposição e utilização no interior do edifício ou em iniciativas do Centro de símbolos nacionais russos proibidos em países inimigos da Rússia ou com referências à igreja russa; a existência de fotografias de jovens, supostamente lá estudantes, que dizem que são naturais de regiões independentistas, como Donetsck, em vez de se dizerem nascidos na Ucrânia; duas fotografias de 2017 do professor russo sentado num jantar no Kremlin com centenas de pessoas (suponho que da tal Fundação Russkyi Mir, eles não explicam) e onde aparece Vladimir Putin a discursar.
Mesmo se verdadeiras - nem vou discutir isso - as provas apresentadas parecem-me demasiado fracas, quer para demonstrar a propaganda e a espionagem, quer para suscitarem uma decisão tão draconiana e intempestiva como a que Amílcar Falcão tomou, sem direito a defesa, sem direito a um procedimento justo, como todas as nossas leis e a Constituição determinam.
Amílcar Falcão não usou práticas decorrentes de uma cultura democrática para resolver o problema que defrontou; não usou sequer o bom senso; usou um expedito processo ditatorial.
Dado o que se passou, não se deve agora discutir se Amílcar Falcão pode continuar a ser reitor de uma Universidade pública, de uma instituição do Estado português, que é um país de direito democrático?
Eu acho que sim, acho que se deve debater o emprego de Amílcar Falcão - dando-lhe, porém, o direito, não só democrático, mas de decência humana mínima, de ele poder defender-se em condições, coisa que ele negou a Vladimir Pliassov, o professor de russo que adorava a hospitalidade dos portugueses."

Fica a pergunta que dá o título ao texto escrito por Pedro Tadeu no Diário de Notícias: "O reitor da Universidade de Coimbra deveria ser demitido?"