sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Uma Relíquia da literatura portuguesa

Recordando a importância de João Bagão, um guitarrista nascido na Gala, na definição da Nova Canção de Coimbra

João Bagão, um dos mais importantes guitarristas do século 20, nasceu na Gala em 14 de Julho de  Julho de 1921. Morreu em 9 de Dezembro de 1992.
Vamos recordar, via coimbra.pt.

"A Canção de Coimbra foi  debatida, no dia 14 de julho, ao final da tarde, no Núcleo da Guitarra e do Fado de Coimbra, que funciona na Torre de Anto. “A importância da Guitarra de João Bagão na discografia da Canção de Coimbra: dos EP’s de Paradela d’Oliveira aos LP’s de Luiz Goes” foi o tema apresentado por Fernando Marques, guitarrista que integra diversos grupos de fado de Coimbra, no âmbito do ciclo de palestras “Canção de Coimbra: Cultores e Repertórios”, promovido pela Câmara Municipal de Coimbra em 2016.

A sessão foi centrada em João Bagão (n. 14 de julho de 1921; m. 9 de dezembro de 1992), por ocasião dos 95 anos do seu nascimento e no seu papel enquanto guitarrista da Canção de Coimbra. Fernando Marques começou por destacar alguns aspetos relacionados com o seu percurso musical e, sobretudo, com o papel que desempenhou, nos anos 60 do século XX, na definição de uma Nova Canção de Coimbra. 

Durante a palestra foi, essencialmente, focada a prestação de João Bagão nos trabalhos que gravou com Luís Goes, a partir de 1966, e que contribuíram para a inovação da Canção de Coimbra, com as músicas a serem mais adaptadas à guitarra. “João Bagão não tinha uma mentalidade fechada e tinha um carácter franco e honesto em relação à música de Coimbra”, referiu Fernando Marques, a propósito da faceta inovadora que o guitarrista trouxe à Canção de Coimbra.

João Bagão destacou-se ainda pela forma simples com que acompanhou Paradela de Oliveira e que representou um momento de viragem. “João Bagão nunca estava satisfeito com o que fazia e nos ensaios apresentava sempre novas propostas para os temas”, explicou Fernando Marques, acrescentando: “Era um perfecionista e criativo, que deixou uma marca fundamental e diferente do que se fazia na época.”

O orador fez questão de referir ainda a ida de João Bagão para Lisboa, o facto de ele, por lá, ter frequentado casas de fado, o acompanhamento que fez a Maria Teresa de Noronha, defendendo que todo este seu percurso abriu-lhe novas prestativas na forma de olhar para a guitarra. Fernando Marques terminou a sua palestra, que contou com momentos musicais protagonizados pelos alunos da secção de fado da Associação Académica de Coimbra, do grupo Desassossego, mostrando ao público uma guitarra sua que pertenceu a João Bagão.

Esta foi a sexta sessão do ciclo “Canção de Coimbra: Cultores e Repertórios”. Um total de oito palestras, organizadas pela CMC, com o objetivo de promover este género musical enraizado na cultura urbana da cidade e que projetou o nome de Coimbra para o mundo."


Nota de rodapé.

Outra Margem, 6 de Julho de 2006.

"João Bagão, era  meio irmão de Emília Maria, Poetisa nascida na Gala (ou na Costa de Lavos) a 16 de Março de 1909, de seu nome completo Emília Maria Bagão e Silva, que faleceu a 22 de Março de 1979, na Figueira da Foz.

A Poetisa era filha de Elísio dos Santos Silva, da Costa de Lavos, e de Clementina Bagão, mais conhecida por Clementina da Banca.
(Informação recolhida a partir do livro Terras do Mar Salgado, do Capitão João Pereira Mano)

Miguel Iglésias (acompanhado de Raquel Ferreira), deputado do PS na AR, esteve na Figueira

 Via Diário as Beiras

Freguesia de S. Pedro está a ser engolida pelo mar há muitos anos

Quase todos sabemos:
- que o processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.

- que a protecção da Orla Costeira Portuguesa sempre deveria ter sido uma necessidade de primeira ordem...

Citando Miguel Figueira: "... a população está numa roleta russa, isto é uma roda da sorte, ou se quisermos de azar. E não pode ser: um dos direitos constitucionais é este direito ao ambiente, à qualidade de vida e à segurança."

Como se os problemas do Quinto Molhe não fossem mais do que suficientes (aqui no OUTRA MARGEM andamos a alertar desde Dezembro de 2006) a Câmara Municipal da Figueira da Foz, em 2019, resolveu do alto da sua maioria absoluta e da sua douta sabedoria, brincar às construções na areia da Praia do Cabedelo...

Eu sei que a memória é curta. E o importante, para certa gente, é sacudir a água do capote. O que foi feito não interessa nada. As responsabilidades, do que foi "obrado" nos últimos 4 anos no Cabedelo, apesar de todos os alertas e avisos, sobram agora para quem veio a seguir. Quem veio a seguir que feche a porta. Quem fez o mal há-de saber fazer a caramunha.

Em política, na Figueira, é assim que as coisas se fazem.

Contudo, vamos ao foco: «atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.»

Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...»

Isto, já alertava um "velho do restelo" chamado António Agostinho, em 11 de dezembro de 2006Recorde-se Camões. "O Velho do Restelo chamou de vaidosos aqueles que, por cobiça ou ânsia de glória, por sua audácia ou coragem, se lançam às aventuras ultramarinas. Simboliza a preocupação daqueles que anteveem um futuro sombrio para a Pátria." 

Daqui a 16 dias já passaram 17 anos. E vamos a ver: nada. Pior: tudo se agravou.

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Uma imagem que perturba

Via Pedro Agostinho Cruz 

Para ver melhor, clicar em cima da imagem 

"... a população está numa roleta russa, isto é uma roda da sorte, ou se quisermos de azar. E não pode ser: um dos direitos constitucionais é este direito ao ambiente, à qualidade de vida e à segurança."

Miguel Figueira ao Notícias de Coimbra

SOS Cabedelo (e outros) anda há muito a alertar para os problemas da erosão a sul do Mondego


Conforme provam as imagens - e muitos exemplos podem ser conferidos aqui -  as preocupações do SOS Cabedelo, assim como as de mais alguns, com a problemática da erosão a sul do estuário do Mondego, já vêm de muito longe e os alertas e avisos aconteceram antes das obras.
Portanto, essa conversa de "treinadores de bancada" pode servir para tudo, menos neste caso em concreto. A cidadania, arrostando até com ameaças, cumpriu o seu papel. Se, quem de direito, ignorou o contributo dos cidadãos, isso não é culpa de quem tentou evitar este atentado ambiental. 
Continuando a cumprir o seu papel, mais uma vez, "o movimento cívico SOS Cabedelo, da Figueira da Foz, alertou para o risco em que se encontram as praias da costa sul do concelho na madrugada face à previsão de forte agitação marítima para hoje, conjugada com a maré alta que foi às 02H36 da madrugada e volta a registar-se às14H57."
Citando a edição de hoje do Diário as Beiras.
"Estão previstas ondas de seis a 11 metros, disse ontem, na reunião da câmara, o presidente Pedro Santana Lopes, que foi ontem ao terreno de forma preventiva, tendo contactado, ontem, Pimenta Machado, vice-presidente da APA (Agência Portuguesa do Ambiente), juntas de freguesia daquela área e a proteção civil. 
Em declarações à agência Lusa, Miguel Figueira, do movimento cívico SOS Cabedelo, deu conta de que as previsões para o estado do mar indiciam uma situação preocupante, que vai afetar as praias do Cabedelo, Cova-Gala, Leirosa e Costa de Lavos. Miguel Figueira lamentou que as praias da costa sul da Figueira da Foz estejam “vulneráveis e desprotegidas” para resistir a fenómenos normais do mar.
Uma política que “vê o mar como inimigo” 
“Estamos fartos desta política costeira, que vê o mar como inimigo e se apronta a atirar-lhes com pedra. A única maneira que temos de fazer proteção costeira é perceber como o mar funciona e trabalhar com ele”, sublinhou. No caso do Cabedelo, cuja intervenção o movimento SOS contesta desde a sua execução, Miguel Figueira defendeu que os galgamentos vão continuar a existir enquanto não for colocada areia à frente da duna primária. 
Críticas também dirigidas à APA
 “A APA deu cobertura a uma intervenção nunca vista em lado nenhum, ao meter areia atrás da duna, que não faz nada, pois tem de ser colocada na praia à frente da duna”, explicou. O SOS Cabedelo tem defendido a construção de um bypass, que faça transferências contínuas de areia, “para que a praia esteja bem nutrida e a dissipação de energias (do mar) se faça muito antes do mar atacar a duna primária”
Outro dos pontos críticos apontados por Miguel Figueira é a praia da Cova- -Gala, que sofreu “intervenções erradas há muitos anos” e que devia receber alimentações de areia no fim do verão, que já não são efetuadas desde 2019. 
O problema da erosão costeira tem sido uma temática bastante discutida na Figueira da Foz, tendo-se realizado no dia 15 uma sessão de esclarecimento com a APA sobre as intervenções previstas para o concelho. Na reunião, o presidente da câmara exigiu celeridade nas intervenções de combate à erosão da costa e ameaçou com formas de luta se os processos não avançarem."

Tudo foi dito e escrito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul  da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
A pesca está a definhar... Resta-nos a promessa dos paquetes de passageiros e os números das toneladas dos cargueiros...
Espero que, ao menos, perante a realidade possam compreender o porquê das coisas...

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Santana Lopes interrompe sessão de Câmara da Figueira da Foz e fica sem quórum

 Via Diário as Beiras

"Os assuntos da agenda de hoje que não foram discutidos [a maioria] passam para reunião de 07 de dezembro."

Actualização via Diário as Beiras:

Santana Lopes promete luta conta tarifa da ERSUC

Caixa Geral de Depósitos diz que crescimento do país não ficará longe da média europeia

"O presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, considerou ontem, durante o encontro Fora da Caixa “O efeito da nova economia pós guerra para as empresas”, que decorreu na Figueira da Foz, que no próximo ano, “Portugal não deverá ficar muito longe da média Europeia”, antevendo que fique abaixo de 1%. “Tudo vai depender deste último trimestre, pois, como sabem, a economia tem um efeito de ‘carry-over’ para o ano seguinte. Mas, basicamente, para o ano ou teremos um crescimento diminuto, abaixo de 1% ou algo à volta disso”.

terça-feira, 22 de novembro de 2022

Tradição: assim se amassava a broa

Texto: Diário de Coimbra

Foto: Sociedade Instrução e Recreio de Lares


«Broas de Lares “abrem apetite” para os sabores da história local.

Os novos Fornos a Lenha do futuro Centro de Interpretação de Tradições e Costumes de Lares (CI.TC. Lares) foram inaugurados domingo na Sociedade Instrução e Recreio de Lares (SIRL), com a participação de várias dezenas de conhecedores e curiosos da arte de fazer broa à moda antiga.»

"Outros tempos", ou outros interesses?

"Em 1980, o Governo português liderado por Francisco Sá Carneiro - em linha com a decisão assumida por Jimmy Carter, presidente dos EUA, e outros aliados ocidentais - anunciou que retiraria qualquer apoio à participação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Moscovo. Em protesto contra a invasão do Afeganistão por tropas soviéticas a mando do ditador comunista Leonid Brejnev, ocorrida meses antes.

Sem ambiguidades de qualquer espécie. Eram outros tempos."

Pedro Correia, via Delito de Opinião


Nota de rodapé

Recorde-se, via Diário de Notícias.

"Portugal, apesar dos apelos ao boicote do próprio Sá Carneiro, apresentou-se em Moscovo para competir, embora com uma delegação pequeníssima.

Na comitiva portuguesa presente nos Jogos Olímpicos de Moscovo, apenas onze atletas. As grandes esperanças olímpicas ficaram em território nacional, ainda que por motivos muito diferentes. Fernando Mamede, embora em pleno de forma, anunciou que ia aderir ao boicote, pela causa afegã, pelo apelo de Sá Carneiro e por temer consequências se fosse. Já Carlos Lopes, mesmo que quisesse ir a Moscovo, não podia por estar lesionado. Na natação, em que morava também a esperança de medalhas, outra ausência de vulto: Alexandre Yokochi, que no mesmo ano tinha conquistado uma medalha de prata no campeonato da Europa, ficou em Portugal, de bruços no sofá.

Nas Olimpíadas de Moscovo acabariam por participar apenas 80 países."

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

"Pela primeira vez na história do ciclismo nacional será realizada em Portugal uma clássica de nível mundial"

 Via Diário as Beiras

Esta nossa barra: mais um alerta

Via Diário as Beiras
"O armador figueirense António Lé afirmou ao DIÁRIO AS BEIRAS que “qualquer embarcação que, numa situação de intempérie, entre no porto sujeita-se a consequências gravosas, independentemente do calado da embarcação”
A draga já se encontra no porto, desde o início da semana passada, mas, tendo em consideração as fortes ondulações que se fazem sentir há duas semanas, que deverão continuar na próxima semana, não deverá poder laborar nos próximos dias. As dragagens preventivas, saliente-se, registam vários meses de atraso. 

Falta de dragagens preventivas 
Uma das suas embarcações captou, “ocasionalmente”, uma imagem do fundo do mar que “constata que a barra tem um cabeço e [apenas] 1,7 metros de água”
António Lé alertou que “é quase um ato criminoso, por parte de quem sabe que aquilo ali está, que se permita que as embarcações corram o risco de se fazerem ao porto naquelas condições”. Tudo, afiançou, devido à acumulação de areias. “O desassoreamento já devia ter sido feito e tem de ser feito o mais rápido possível”, defendeu. 
“Há já muitos anos que se anda a dizer, a Agência Portuguesa do Ambiente, o Ministério das Infraestruturas e a administração portuária, que tem se de fazer sempre uma dragagem de prevenção, no final de agosto. O que é certo é que, há seis ou sete anos, diz-se que não há condições. Há sempre uma desculpa, e a culpa morre sempre solteira”, afirmou António Lé. 
O armador afiançou ainda que, “por muito que a população venha alertar, continuam a acontecer as mesmas coisas”. Entretanto, receia que aconteça mais um acidente para serem tomadas medidas. Desde o prolongamento do molhe norte, há 11 anos, morreram cerca de uma dezena e meia de pessoas na zona da barra ou junto à costa, a maioria pescadores. Se algo de grave acontecer, advogou, os responsáveis institucionais “devem ser responsabilizados”

Barra condicionada pode voltar a fechar 
Devido à agitação marítima, a barra da Figueira da Foz continua condicionada, sendo apenas permitida a entrada e saída de embarcações com mais de 35 metros de comprimento. Na passada quarta-feira, esteve fechada, decisão que, avançou o comandante da capitania, Cervaens Costa, ao DIÁRIO AS BEIRAS, poderá ter de voltar a ser tomar na quarta-feira ou na quinta-feira próximas, já que as previsões apontam para um agravamento da ondulação."

Walter Chicharro assume avançar para liderar Turismo do Centro

"Presidente da Câmara da Nazaré destaca os resultados alcançados no seu concelho e admite que tem reunidas as condições para ser candidato, no próximo ano, à presidência da Turismo Centro de Portugal, entidade que está sediada na cidade de Aveiro."

«CORES DA TERRA E DO MAR», UMA EXPOSIÇÃO DE PINTURAS A ÓLEO

Manuel Cintrão inaugurou no passado, Sábado, dia 19 de Novembro, pelas 15 horas, no Gimnodesportivo da ACRDM – Associação Cultural Recreativa e Desportiva Marinhense, sito na rua Tenente Argel de Melo, mesmo ao lado do Centro de Saúde de Marinha das Ondas (Antigo Edifício Escolar).
Está patente ao público até 27 de Novembro (Domingo) de 2022, no seguinte horário.

Segunda-feira às Sextas-Feiras - 15 às 20 horas
Sábados - 15 às 20 horas
Domingo - 10 às 13 horas e das 14 às 20 horas
ENTRADA E PARQUEAMENTO GRATUITO

100 anos de Farol do Cabo Mondego

 Via Município da Figueira da Foz

"100 anos de vida de um Farol erguido no Parque Florestal da Serra da Boa Viagem, classificado, desde 2004, como imóvel de interesse municipal, e que de forma ininterrupta assume a sua missão de acompanhamento e pensamento naqueles que diariamente se aventuram a percorrer a escuridão marítima, quantas vezes, tormentosa.
Pelas 21h30, realizou-se um concerto pela Banda da Armada portuguesa, no Centro de Artes e Espectáculos."

domingo, 20 de novembro de 2022

Vernáculo profundo

Imagem sacada daqui

... pode ser do Bocage. Ou, quiçá, não.

Oh minhas ricas meninas, que esta varanda frequentais,
deixai meter aquilo com que mijo, naquilo com que mijais...

Nota de rodapé.
Agradeço que façam toda a devassa possível e impossível na internet, para tentar descobrir se o que está a negrito é plagiado, pois eu não consegui descobrir a origem.
Digam alguma coisa, para meter as devidas aspas e citar a fonte.
Desde já obrigadinho.