quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Covid-19: o que nos espera...


Para ficar a saber, clicar aqui.

Razões para gostar de viver na Figueira em 2020 (2)...

Coisas realmente importantes e que passam despercebidas

Na reunião de Câmara realizada no passado dia 10 a Câmara Municipal da Figueira da Foz definiu as normas para a participação de grupos nas marchas populares de S. João de 2021. 

8.2 - DIVISÃO DE TURISMO E DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO 

8.2.1 - TURISMO E DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO 

8.2.1.1 - MARCHAS POPULARES DE SÃO JOÃO 2021 – APROVAÇÃO DAS NORMAS DE PARTICIPAÇÃO DE GRUPOS NAS MARCHAS POPULARES DE SÃO JOÃO 2021 – 23 E 24 DE JUNHO DE 2021 – RATIFICAÇÃO DO DESPACHO DE AUTORIZAÇÃO DO ADIANTAMENTO PREVISTO NAS NORMAS PARA AS MARCHAS QUE TRANSFEREM A INSCRIÇÃO NAS MARCHAS DE 2020 PARA 2021.

Nada de novo...

«O Partido Pró-Vida, contra o aborto marchar marchar, vai fundir-se com o Chega em Setembro na convenção que vai referendar a pena de morte.

O partido já tinha integrado as listas do Chega nas eleições legislativas e europeias, no ano passado. O PPV/CDC também já se coligou com o PSD e com o CDS em eleições autárquicas.»

Proposta do CEMAR à Câmara Municipal da Figueira da Foz

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

O Governo está a reavaliar o concurso para o Casino da Figueira da Foz

 COMUNICADO do CDS sobre o assunto:

"Segundo as últimas notícias, a concessão de jogo para o Casino da Figueira da Foz termina no final deste ano. Até ao momento ainda não foi lançado o concurso para a atribuição da respectiva Licença para os próximos anos.

Posto isto venho publicamente pedir ao Sr. Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, bem como aos restantes Vereadores que esclareçam os figueirenses sobre as seguintes questões:

  – Está o Executivo Camarário a seguir este processo?

 – Que exigências fará a Câmara Municipal ao Governo, para a atribuição da referida licença?

A nossa posição é que as exigências que a Figueira da Foz deve fazer ao novo concessionário, são as seguintes:

1. – Que o Concessionário tenha que Requalificar o Edifício do Casino Peninsular, devolvendo-o à traça arquitectónica que o tornou famoso, quer em Portugal, quer no estrangeiro;

2. – Que o Concessionário tenha que proceder à Requalificação do Salão Nobre do Casino, devolvendo-lhe a sua dignidade perdida;

3. – Exigir ao Concessionário que se façam espectáculos no Salão Peninsular, pelo menos durante 4 noites por semana, durante todo o ano, a preços acessíveis à bolsa dos figueirenses;

4. – Que o Salão de entrada seja devolvido à sua dignidade inicial e sejam retiradas as máquinas de jogo que aí foram instaladas;

5. – Que seja reaberto e reequipado o Cinema do Casino, nas instalações do mesmo. O mesmo deverá funcionar todo o ano;

6. – Que sejam feitos investimentos pela Sociedade Concessionária, a quem for atribuída a licença para a zona de jogo, na Figueira da Foz, nomeadamente:

         - Requalificação do Porto de Pesca desportiva;

         - Requalificação e expansão da Marina de Recreio;

         - Que sejam obrigatoriamente Patrocinadores de, pelo menos, duas manifestações culturais por mês, a realizar no Casino e mais duas no C.A.E.F.F.;

7. - Que paguem as obras de requalificação da Piscina Oceânica, junto do ex-Grande Hotel;

8. - Que paguem as obras de Requalificação da Praia da Figueira e da Praia do Cabedelo, nomeadamente no que se refere a passadeiras de acesso e circulação, instalações sanitárias, instalações desportivas e sua manutenção, bem como mantenham a Praia em condições de limpeza e asseio exigíveis;

9. – Que sejam os Patrocinadores de um grande Festival anual, ou no mínimo bi-anual, de Cinema ou de Música e de um Concurso Hípico anual;


Estas exigências são, em nossa opinião, o mínimo dos mínimos, para ajudar a requalificar a Figueira da Foz, para além do apoio que deverão prestar a Obras Sociais.

Estas obras de requalificação e de manutenção, têm como objectivo atrair novamente o Turismo de Qualidade, nacional e internacional, de que a Economia da Cidade precisa.

É o mínimo dos mínimos, para ajudar os Comerciantes, os Hoteleiros, a Restauração, os Cidadãos em geral. Estes precisam que se criem mais e melhores empregos no Concelho, que proporcionem uma melhor qualidade de vida aos figueirenses."

Miguel Mattos Chaves

Presidente da Comissão Política do CDS-PP da Figueira da Foz

Caso dos "gajos"...

Nas primeiras horas deste dia tínhamos deixado a pergunta. 
Caso dos "gajos", depois de Costa e Ordem dos Médicos terem fumado o cachimbo da paz, ficou encerrado? 
No Jornal Público, pode ler-se.
"O conflito entre a Ordem dos Médicos (OM) e o primeiro-ministro não acabou, afinal.
António Costa não se retractou de forma enfática, lamenta Ordem dos Médicos
Muitos médicos queriam que António Costa pedisse publicamente desculpa, o que o primeiro-ministro não fez. Bastonário diz que primeiro-ministro não transmitiu “fielmente” o que disse na audiência com a Ordem dos Médicos."

Silvina Queiroz, via Diário as Beiras

«Socorri-me do Priberam, dicionário de L.P. na sua segunda opção para o adjectivo “moderno”: “Que tem ou contém progressos da ciência e da tecnologia”! A nossa cidade e o nosso concelho podem inscrever-se nesta explicitação? Acho mesmo que não, absolutamente não! Somos detentores de belezas incríveis, um património natural invejável. O construído tem peças lindas e muitas infelizmente já desaparecidas, na senda da descaracterização a que temos assistido e que já referi por aqui. As populações são afáveis e acolhedoras, dando assim “uma mãozinha” valiosa à legítima ambição turística da nossa terra linda … mas moderna a Figueira da Foz não é! Como pode ser moderna, evoluída, “acompanhando os gostos, ideias ou gostos do tempo actual”, ( de novo o Priberam)? Certamente não. Como pode ser moderno um concelho e uma cidade que não têm uma eficiente rede de transportes, rodoviários e ferroviários? Como, se alguém que chegue antes da noite de comboio vindo de Coimbra, já não tem um autocarro que o leve a casa? Isto para não falar das necessidades ao longo do dia, dentro dos perímetros urbano e periurbano, sem uma resposta capaz, aliás sem resposta praticamente alguma. Uma cidade que perdeu a sua ligação a Lisboa, por via da desvalorização macabra da Linha do Oeste e do desaparecimento do serviço Intercidades e que viu largamente dificultada a sua ligação a Aveiro e ao Porto. E Coimbra, sem a tão almejada e necessária duplicação da via que tarda em acontecer, apesar das promessas do Governo da Nação em apostar forte na ferrovia? E Salamanca? Já foi, ficou muito, muito distante com o “assassinato” a frio da Linha da Pampilhosa! E as populações que esta linha servia e que ficaram “orfãs”? Para a modernidade contribuiriam decerto uma oferta de emprego mais de acordo com a dimensão do parque industrial do concelho e os seus 63 000 habitantes. Contribuiria para esse desiderato uma revitalização do comércio local, especialmente na zona antiga da cidade. Preservava-se a proximidade e a tradição que nunca foram adversárias do progresso e da desejada modernidade. Esperemos!»

À atenção do vereador da Cultura da Câmara Municipal da Figueira da Foz

De um leitor deste espaço, devidamente identificado, recebemos o seguinte alerta. "Bom dia: Há uma situação que merece reparo relativamente à gestão dos bilhetes do CAE para sessões grátis como os Jardins de Verão. Todas as semanas, invariavelmente, os bilhetes à segunda-feira já estão esgotados para espectáculos do fim de semana seguinte. Penso que são dados só ao pessoal do PS e amigos (que pelo que sei não são sequer utilizados) ficando muitos lugares vazios. Este açambarcamento retira a hipótese de certas pessoas que gostam genuinamente de cultura poderem assistir ao que quer que seja. Esta situação faz-me lembrar a oferta massiva de bilhetes do Sunset Rfm somni a filhos e netos dos políticos do PS... Se puder e achar conveniente, peço-lhe que fale desta vergonha. Agradeço. Abraço."

A culpa é das palavras. Tomem lá música...

As palavras mandam. Também em nós. Mais, até, do que o que supomos. As palavras são assim. Dizemos de uma coisa que é “irremediável” e deixa de ter sentido procurar remédios. Dizemos de uma coisa que é “inevitável” e deixamos de fazer qualquer esforço para a evitar. Dizemos de uma coisa que é “irrealista” que mude, e logo a realidade se impõe sem apelo nem agravo. Como é óbvio, nos próximos meses o crescimento acelerado do desemprego vai ser inexorável, irremediável, inevitável e está na natureza dos factos, é a realidade. Já deu para perceber, que vamos ter muitos milhares desempregados. E vidas a irem ao fundo. A culpa é das palavras. Faço o que posso: deixem passar a música.

Tão hipócritas que nós somos...

«Quando olhamos, agora, para o caso de Reguengos de Monsaraz, não sei o que é mais chocante. 

Razões para gostar de viver na Figueira em 2020 (1)...

"...mamarracho de madeira e campos de padel em cima da muralha do Forte de Santa Catarina."
Município celebrou os 200 anos da Revolução Liberal e homenageia Manuel Fernandes Tomás

POLÍCIAS DO FORMALISMO À LA CARTE

«Há uma enorme maralha de capachos, uns mais notáveis do que outros, sobrevivendo à sombra e à custa do poder, seja ele qual for, que não perdem uma única oportunidade para justificar, explicar e branquear os crimes do poder e dos donos disto tudo. São os novos "polícias" do formalismo à la carte, sempre com os mesmos argumentos primários e desfaçatez.»

No país dos "gajos"...

Ontem,  "depois de três horas de reunião, o tempo é agora de tréguas entre primeiro-ministro e a Ordem dos Médicos. O encontro foi marcado depois de António Costa ter criticado os médicos pela actuação no Lar de Reguengos de Monsaraz, onde numa conversa privada, em off, utilizou a palavra cobardes. No final, trocaram Costa e Miguel Guimarães trocaram palavras de apreço e respeito."

Desconheço quem são os "gajos". Desconheço se são competentes ou não.

Ao que parece os "gajos" serão uns médicos de Reguengos de Monsaraz. Não conheço esses "gajos", aliás, não conheço nenhum "gajo" de Reguengos de Monsaraz e arredores

Só sei que os "gajos" foram cobardes. Quem o disse foi o primeiro-ministro.

Caso dos "gajos", depois de Costa e Ordem dos Médicos terem fumado o cachimbo da paz, ficou encerrado?

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Conteúdo "zombie"?..

Via Município da Figueira da Foz 

«Praias da Figueira da Foz com limpeza o ano inteiro»!..

Teotónio Cavaco, via Diário as Beiras

«Embora conceptualmente moderno seja o que é contemporâneo, do nosso tempo (o que está entre o antigo e o que há-de vir), na linguagem que usamos e na forma como pensamos no dia-a-dia tem a ver com a utilização e a fruição de ferramentas de vida novas e tecnológicas, geralmente muito apetecíveis porque anunciadas como potenciadoras da “qualidade de vida”. Selecionei quatro itens (tecnologia, arquitetura, planeamento da cidade e atenção às questões sociais/desigualdades), numa perspetiva não técnica, mas o mais agregadora possível das duas abordagens sucintamente apresentadas acima, que justificam por que não considero a Figueira uma cidade moderna. Não é possível hoje conceber o quotidiano sem um bom acesso à internet, e este é geralmente mau (no resto do concelho é péssimo), havendo meia dúzia de pontos Wi-Fi gratuitos; quanto a postos de carregamento de carros elétricos, há apenas dois – quão longe estamos de ser “cidade inteligente”, na qual se utiliza as TIC na sua gestão (transportes públicos, controle de tráfego, segurança, …). E se tivéssemos de escolher um edifício, uma urbanização, algo que tenha sido edificado na Figueira nos últimos 40 anos e que mostremos com satisfação a um amigo que nos visite? (Pedro Daniel Santos, a tua “bolha” é a honrosa exceção) – quão longe estamos de ser “cidade criativa”, na qual se incentiva as atividades artísticas, a ciência, as universidades, o software, o design, a moda, a arquitetura, ... Os dois recentes documentos estratégicos para o concelho foram uma oportunidade perdida: o Plano de Desenvolvimento, porque não definiu à partida um desígnio específico, logo é falho de estratégias concretas, de recursos alocados e de metas e prazos a cumprir; e a revisão do PDM, porque não foi estruturador nem conseguiu a fixação de população nas freguesias rurais do concelho – quão longe estamos de ser “cidade sustentável”, na qual se resolvem os problemas associados aos resíduos sólidos, à energia, ao saneamento, à mobilidade, ao emprego, … Finalmente: o que de facto se está a fazer para combater o desemprego e consequentes consequências devastadoras? – quão longe estamos de ser “cidade humana”.»

Por onde anda o João Soares?

«Abril de 2016, o primeiro-ministro exonerou o titular da pasta da Cultura, lançando-lhe um solene aviso: os membros do Executivo «nem à mesa do café podem deixar de se lembrar que são membros do Governo». Isto porque João Soares, em escrita ligeira de Facebook, prometera umas "bofetadas" (retóricas) em dois comentadores que o haviam criticado.

«Costa põe João Soares na ordem e obriga-o a pedir desculpa», apressou-se a titular o Diário de Notícias.

Quatro anos depois, ignorando as suas próprias advertências, Costa comporta-se com uma leviandade que, em comparação, remete a do ex-ministro da Cultura à gaveta das traquinices infantis.

Perante pelo menos três jornalistas do Expresso, em frase à margem de uma entrevista mas que ficou registada numa gravação remetida (por dolo, irresponsabilidade ou negligência profissional) por aquele semanário a dois canais televisivos, o chefe do Governo disse esta frase, aludindo aos médicos que prestaram serviço em Reguengos de Monsaraz: «É que o presidente da ARS mandou para lá os médicos fazerem o que lhes competia. E os gajos, cobardes, não fizeram.»

Foram palavras proferidas off the record, mas não deixam de ser indignas de um primeiro-ministro - sobretudo de um primeiro-ministro que já tinha sido profundamente infeliz em Junho, quando afirmou que a escolha de Lisboa como palco da Liga dos Campeões era «um  prémio para os profissionais da saúde» que há seis meses combatem o Covid-19 em Portugal.»

A propósito de lares...

Se bem me lembro, depois de décadas e décadas aos beijinhos e abraços aos velhinhos nos lares, claro,  em períodos de campanha eleitoral, descobriu-se agora que existe um problema também nos lares portugueses?..

Colectividades da Figueira da Foz em grandes dificuldades

 Imagem via Diário as Beiras

CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ

ACTA N.º 10/2020/REUNIÃO ORDINÁRIA DE 18-05-202

«16 - AUXÍLIO A COLETIVIDADES E FILARMÓNICAS 
O Vereador Ricardo Silva solicitou a promoção de algumas reuniões parcelares com as coletividades, filarmónicas, coletividades desportivas, com a participação dos Vereadores da Oposição, pois deseja ouvir e sentir a realidade do impacto, uma vez que existem coletividades que estão privadas de realizar os seus eventos, isso para elas trás custos e não têm as receitas estimadas nos seus orçamentos, existe o caso das filarmónicas que não vão poder atuar pelo menos até setembro do corrente ano, uma vez que a interdição está até 31 de agosto, ficando também impedidas de receber receitas. Estas reuniões eram para tentar ouvir e encontrarmos mecanismos para poder ajudar essas instituições. ----------- 
O Presidente respondeu que se podia tentar perceber a realidade destas instituições, mas infelizmente ou felizmente muitas delas funcionam com base no voluntariado, sendo que, não podendo realizar algumas receitas, reduziram também significativamente algumas despesas, e por isso, a Câmara Municipal adiantou já 70% da verba de apoio e disponibilizou equipamentos de proteção individual para aquelas que pediram para reabrir os seus espaços, acreditando que a curto prazo haja essa retoma. Salientou que, como já foi dito, neste momento já foram investidos mais de 600.000,00 € nas medidas para o Covid-19, sendo essa uma decisão que os Vereadores depois daquilo que nesta reunião será aprovado e sabendo que o processo do Paço de Maiorca transitou mais uma vez com a obrigação de se pagar os 5,2 milhões, sentença da qual já se recorreu, referiu que essa é uma decisão que os Vereadores podem tomar, podem propor que aloquemos grande parte do orçamento a continuar a dar apoios, depois terão de dizer onde é que querem que se vá cortar e o que é que não querem que se faça, porque como é do conhecimento a maior parte da verba do orçamento está consignada, mas podem fazer uma proposta para se decidir, como por exemplo, não se avançar com a zona industrial. Acrescentou que, nestes tempos os orçamentos têm receita e têm despesa e acredita que, em 2021 que a receita seja bem mais baixa que em 2020, assim se for colocada muita despesa, que não estava no orçamento e não querendo aumentar a dívida da Câmara Municipal, uma vez o objetivo tem sido reduzi-la, terá que se perceber o que é que se vai cortar, mas a Câmara Municipal está sempre disponível para ouvir as propostas apresentadas sobre este assunto.
O Vereador Ricardo Silva referiu que o objetivo seria a Câmara Municipal interceder junto do Governo, para também poder ajudar estas instituições. ------- 
O Presidente interveio para relembrar que há anos que se diz que o movimento associativo não deve ser apoiado só pelas autarquias, mas que deve ser mais apoiado pelos governos, mas que nesse assunto, se anda como o Padre António Vieira a pregar aos peixes, uma vez que é um assunto já discutido não há 10 anos mas à dezenas de anos. ---------------------------------------------------------- 
O Vereador Miguel Pereira interveio dizendo que percebe a preocupação do Vereador Ricardo Silva e que para além dos 70% de apoio, a Câmara Municipal no caso especifico das filarmónicas já avançou com o pagamento do apoio à formação musical, assim as filarmónicas em números redondos quase todas elas já obtiveram rendimentos nesta fase de cerca de 5.500,00 €, cada uma, por antecipação, ou seja, a Câmara Municipal percebendo as dificuldades antecipou o apoio à formação musical, apoio esse que tem sido efetuado com as limitações à distância, mas até com alguns trabalhos com algum interesse. Referiu que na passada semana, deu uma entrevista à Confederação de Coletividades, para acertar medidas de pressão ao Governo, ou seja, nunca ninguém poderá dizer que não foram feitas todas as tentativas de fazer chegar ao Governo estas necessidades e estas medidas, tendo a Confederação de Coletividades a nível nacional a certeza e a convicção que o Concelho da Figueira da Foz, mesmo nestas dificuldades continua na vanguarda, nos apoios de indemnização às coletividades. Acrescentou que se irá promover uma reunião com as coletividades, em termos globais, para os oscular, até porque neste momento está a ser desenvolvida uma profunda alteração ao Regulamento das Coletividades, e este é o momento de discussão, de criar alternativas e criar novos conteúdos e de dar um novo sinal de esperança. Referiu ainda, que a estratégia neste momento é enviar preliminarmente e antes da própria discussão, para que algumas coletividades deem alguns apontamentos sobre esse mesmo documento, uma vez que tem no papel da inovação, da agregação e de produtos continuados de algum valor, este novo documento tem um enfoque muito grande, e assim tudo isto terá que ser discutido com todas as forças, para que, em conjunto, não propriamente com as dificuldades orçamentais que o Presidente acabou de referir, mas para se conseguir agregar valor a este tecido associativo.  
A Câmara Municipal tomou conhecimento.»
Entretanto, hoje no Diário as Beiras:

CELEBRAR O DIA 24 DE AGOSTO E O LIBERALISMO, CONTRA O FEUDALISMO, NA FIGUEIRA DA FOZ DO MONDEGO

«O dia de hoje, 24 de Agosto, é um dia muito especial. Não somente por outras razões — e a menor delas não é seguramente o facto de ser o dia, de marés vivas (antigamente), que em Portugal é considerado como sendo "o dia de São Bartolomeu" ou "dia em que o Diabo anda à solta"… e por causa disso em São Bartolomeu do Mar, em Ponta da Barca, e em outros locais, as comunidades marítimas e fluviais o festejarem especialmente com rituais antiquíssimos que fazem parte da Cultura Popular Marítima Portuguesa — mas também porque esta data de 24 de Agosto é a data em que neste país ocorre a efeméride da revolução de 24 de Agosto de 1820… através da qual foi aqui instalado o Liberalismo, e assim se começaram a dar os primeiros passos decisivos (que, depois, ainda iriam ser muito demorados, dolorosos, e incompletos), para a ultrapassagem daquele que, desde sempre, e para sempre, foi, é, e continua a ser, o principal problema estrutural deste país que se chama Portugal, e da sua História: o Feudalismo… O regime senhorial-feudal caracterizado pelo senhorialismo económico monopolista e provinciano, pela feudalização jurídico-política, de tipo local, autenticamente vassálico, e que, muitas vezes, anedoticamene, ou tragicamente, chega a situações extremas, e ridículas, de caciquismo mafioso.

   
O senhorialismo feudal, típico do "Antigo Regime", desde a Idade Média, e que, neste país, secularmente periférico e subdesenvolvido, mesmo depois dessa revolução de 1820, tem deixado resquícios que têm demorado demais para serem totalmente ultrapassados.

E, hoje, 24 de Agosto de 2020, não se celebra só uma efeméride qualquer e igual a todas as outras, nos outros anos, rotineiramente (não é também somente a data do nascimento do grande escritor mundial, o argentino, de origem portuguesa, Jorge Luis Borges). Hoje, em 2020, celebram-se os duzentos (200) anos do 24 de Agosto de 1820.

E portanto o CEMAR (Centro de Estudos do Mar), com sede na Figueira da Foz do Mondego — embora sempre primacialmente vocacionado para outras matérias, de História e de Património Histórico Marítimo, que não as da História Política portuguesa e metropolitana — não poderia nunca deixar de aqui recordar esta data especialmente significativa, pois ninguém ignora, nem deve ignorar, que nessa revolução de 1820, e na consequente instauração do Liberalismo em Portugal, desempenhou um papel determinante um homem notável provindo desta cidade da Foz do Mondego, o jurista Manuel Fernandes Tomás. Como mostrou o Asssociado Honorário do CEMAR Capitão João Pereira Mano, no livro "Terras do Mar Salgado" que foi editado pela nossa associação científica, a família de Manuel Fernandes Tomás era uma família dos ambientes marítimos e comerciais da Figueira da Foz (vide Cap. João Pereira Mano, Terras do Mar Salgado. São Julião da Figueira da Foz - São Pedro da Cova-Gala - Buarcos - Costa de Lavos e Leirosa, Figueira da Foz: CEMAR, 1997).
   
É mesmo uma curiosa e significativa coincidência o facto de, na História de Portugal, para a afirmação da nacionalidade livre e responsável (o que, hoje, numa República, chamamos "a cidadania") — para a construção do Estado e para a reforma da sociedade no sentido da modernização e do Futuro (no foro decisivo, que é o jurídico-político e constitucional) —, terem tido reflexões teoréticas estruturantes, e papéis políticos determinantes, a quase quatro séculos de distância (!),  duas figuras históricas que, por acaso, se deu a coincidência de terem estado ambas ligadas a esta região, aberta, comercial e progressiva: no século XV o Infante Dom Pedro (1392-1449), Duque de Coimbra e Senhor de Buarcos, Montemor, etc., que governou o país e mandou promulgar as decisivas (civil e "constitucionalmente""Ordenações Afonsinas" de 1446; e no século XIX o jurista Manuel Fernandes Tomás (1771-1822), que nasceu na Figueira da Foz e foi um dos principais obreiros da decisiva (civil e "constitucionalmente") revolução de 1820.
   
O  primeiro foi o verdadeiro responsável não só pela reflexão filosófica e politológica pessoal que ficou consignada no "Livro da Virtuosa Benfeitoria" de c.1431 mas também pela pioneira e fundacional organização jurídica, sistemática e colectiva, que ficou consignada nas primeiras "Ordenações", em 1446; e o segundo, para além da sua acção organizativa e política, e ainda antes dela, foi também um jurisconsulto apontado para a modernização e racionalização do ordenamento jurídico português, e por isso o autor que produziu o "Repertorio geral ou índice alphabetico das leis extravagantes do reino de Portugal, publicadas depois das ordenações, comprehendendo também algumas anteriores que se acham em observância", em 1815.
   
Ambos por isso merecem ser evocados especialmente nesta cidade da Foz do Mondego (e têm-no sido), e os seus exemplos podem e devem ser aproximados (e ainda não o foram suficientemente), e é isso que, pela parte do CEMAR, hoje, aqui, se está a fazer. O exemplo de Fernandes Tomás, que a partir do Porto preparou uma revolução, e deu um futuro ao país, tem sido recordado, em termos cívicos e políticos, por quem tem obrigação de o recordar; e a figura do malogrado Infante Senhor de Buarcos que foi assassinado em Alfarrobeira, às portas de Lisboa (e, nessa ocasião, não por acaso, tinha aí consigo os Pescadores de Buarcos), tem sido sobretudo evocada pelo CEMAR (como nos compete, por sermos uma associação científica local apontada para o Património Cultural Marítimo desta região da Beira Litoral e Foz do Mondego).

Neste ano de 2020 — no ano que é, em números redondos, dos dois séculos da revolução e da Constituição Liberal de 1820 — espera-se que, portanto, sejam possíveis as celebrações, verdadeiramente significativas, que ainda venham a poder ser feitas, no decorrer do ano, e até ao seu fim, na sua cidade da Figueira da Foz, do jurisconsulto e homem político que aqui nasceu em 1771. Ao que parece, infelizmente, não veio a concretizar-se a ideia que havia sido proposta numa conferência de S.E. o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal da Figueira da Foz, promovida pelo seu anterior Presidente de Câmara (um jurista nascido nesta mesma cidade em que veio a ser autarca, depois de ser Juiz Desembargador no Tribunal da Relação de Coimbra, o Exº Senhor Dr. João Ataíde, entretanto precocemente falecido): a ideia de que esta cidade natal de Fernandes Tomás tomasse a dianteira, caminhasse nesse sentido, e trabalhasse para isso, e assim fosse a cidade em que viessem a ser centralizadas celebrações verdadeiramenete nacionais, e significativas, da figura do "Patriarca da Liberdade”.

Pela parte da nossa pequena associação científica privada — que nisso não poderia nunca ter especiais responsabiidades, ou capacidades, pela exiguidade dos nossos recursos (sempre sem querer receber e gastar dinheiro público) e por não ser essa a nossa vocação estatutária — aquilo que desde há muito temos praticado, e consideramos a nossa própria celebração do Liberalismo oitocentista, estando sediados na Figueira da Foz, foi a publicação (e a distribuição, gratuita, e generalizada, oferecidos a quem quer que no-los peça) dos dois grossos e sólidos volumes (tão grandes em dimensão quanto em qualidade, erudição, e interesse) da obra do nosso querido e saudoso associado Professor Hélio Osvaldo Alves, professor catedrático da Universidade do Minho, doutorado pelo University College da Universidade de Londres, presidente da Associação Portuguesa de Estudos Anglo-Americanos, etc., e que tivemos o prazer e a honra de ter como segundo presidente da Assembleia Geral do Centro de Estudos do Mar (sucedendo nessas funções ao também saudoso Dr. Luís de Melo Biscaia, vereador da Cultura da Câmara Municipal da Figueira da Foz, entretanto também ele já falecido).

A distribuição, gratuita e desinteressada, que desde há anos fazemos (e vamos continuar a fazer, para quem no-los peça) desses dois importantes volumes sobre História do século XIX que o CEMAR invulgarmente editou na Figueira da Foz (e que são, na carteira editorial global das dezenas de edições do CEMAR, algo de verdadeiramente único e excepcional, por não dizerem especialmente respeito à vocação estatutária desta associação apontada para o Mar e a História Marítima) é a nossa maneira de celebrarmos o Liberalismo oitocentista (a Revolução Francesa, e os seus reflexos em toda a Europa, em Portugal, e até mesmo em Inglaterra).

Estes volumes ainda hoje continuam a ser oferecidos a partir da Figueira da Foz.

A outra forma através da qual o CEMAR vai prestar o seu contributo para a celebração do Liberalismo, na Figueira da Foz, neste ano emblemático de 2020, vai ser através da manutenção do Encontro do Mar (embora, devido à pandemia da Covid 19, em teleconferência e emissão telemática, e não ao vivo e com público presente) que estava previsto, na culminação do ano, e na culminação dos Encontros do Mar, para o dia 12 de Dezembro de 2020, com o Professor José Adelino Maltez (do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa), sob o tema "(Re)Pensar a Regeneração de Há Duzentos Anos (1820-2020).

A celebração da memória do Progresso, desde a Idade Média — e o resgate da "maldição" dessa "memória" — têm sido, desde há vinte e cinco anos, um combate do Centro de Estudos do Mar nesta cidade da Figueira da Foz; e no que diz respeito à figura medieval do Regente da Coroa de Portugal que foi Senhor de Buarcos e deu a Portugal o seu primeiro código sistemático de leis — um momento, fundacional, da construção do Estado Português, contra o Feudalismo — esse combate vai continuar a ser travado, para futuro, no âmbito do processo para a definitiva e inadiável criação do Museu do Mar da Foz do Mondego nesta cidade. Um processo que, no entanto, continua numa situação incompreensível, sem que acerca dele existam quaisquer desenvolvimentos, pelos quais se continua a aguardar.

O combate pelo Progresso e pelo Futuro, nas regiões da Beira Litoral do antigo Ducado de Coimbra do Infante Dom Pedro e do seu neto e herdeiro político, o "Príncipe Perfeito" Dom João II (a quem o cronista chamou, logo no século XV, "próprio e verdadeiro coração da república"), é um combate que o CEMAR faz desde a sua fundação, em 1995, com a publicação, logo nesse primeiro ano, do livro de Alfredo Pinheiro Marques, A Maldição da Memória do Infante Dom Pedro e as Origens dos Descobrimentos Portugueses (Figueira da Foz: CEMAR, 1995).

Os inimigos desse Progresso e desse Futuro são aqueles que, desde o princípio, nos séculos XV-XVI, sempre o foram (e já se instalaram cá na Beira Litoral para isso mesmo, para asfixiar estas regiões). Os seus expoentes principais são o senhorialismo, de tipo eclesiástico (mesmo quando dito "pós-moderno"… e sempre hipocritamente "intelectual"), da Universidade que foi trazida de Lisboa, juntamente com a criação da Inquisição, em 1536-1537, precisamente para asfixiar política e culturalmente, e oprimir económica e socialmente, estas regiões da Beira Litoral (intitulando-se, desde então, com o nome de "Universidade de Coimbra", e ao longo dos séculos seguintes semeando a ignorância, o reaccionarismo e a hipocrisia à sua volta), e o senhorialismo feudal e nobiliárquico de um ramo colateral da Casa de Bragança, o dos Duques de Cadaval (Condes de Tentúgal e Marqueses de Ferreira), que, desde o século XVI, foram instalados em Tentúgal e em Buarcos precisamente para asfixiarem todas estas regiões da Beira Litoral que haviam sido do Ducado de Coimbra, e ao longo dos séculos seguintes o fizeram sempre. E por isso não é de admirar que, depois, nas décadas iniciais do século XIX, essas duas entidades senhoriais e feudais, a Universidade dita "de Coimbra", instalada no antigo Paço da Alcáçova onde havia vivido o Infante Dom Pedro, e os Duques de Cadaval instalados no Paço de Tentúgal onde também havia vivido o autor da "Virtuosa Benfeitoria", fossem regionalmente os dois expontes máximos do reaccionarismo absolutista, caceteiro, e boçal, que em nome do Feudalismo tentou impedir o advento do Liberalismo em Portugal.

Os Duques de Cadaval, latifundiários e feudais em pleno século XIX, e por isso odiados pelas populações locais (quer pelos camponeses de Tentúgal, quer pelos pescadores de Buarcos), foram por fim desalojados pelo triunfo do  Liberalismo, e o antigo Paço do Infante Dom Pedro em Tentúgal (que ocupavam desde há três séculos!), por ser seu, incendiado pelas populações.

O outro exponte regional do Absolutismo caceteiro e reaccionário, a Universidade trazida de Lisboa juntamente com a criação da Inquisição em 1536-1537, e desde então já instalada em Coimbra desde há mais de dois séculos, e por isso auto-intitulando-se com o nome, abusivo e erróneo, de "Universidade de Coimbra", teve por fim nas primeiras décadas do século XIX que se conformar com o triunfo do Liberalismo que não conseguiu impedir (nem ela, nem o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra… ao qual, desde o princípio, sempre esteve umbilicalmente ligada, pela hipocrisia clerical e pela ignorância doutoral, apropriando-se ambos do nome da "Sophia" do Infante Dom Pedro, e a partir de Coimbra se digladiando feudalmente e judicialmente pela posse dos senhorios económicos da Beira Litoral, desde o castelo de Buarcos até Leiria, etc.).

E assim essa Universidade continuou pelo século XIX adiante, para na sua segunda metade sobre ela ser dito o que havia para ser dito, como merecia, por Antero de Quental e Eça de Queirós. E pela célebre frase, habitualmente atribuída a Guerra Junqueiro, sintetizando tudo.

O que essa Universidade continuou a fazer sempre — não por acaso… (e, assim, cobrindo-se de ridículo…) — foi continuar a ensinar, nos bancos das suas aulas de História e de Direito, ainda em pleno século XX (praticamente até à data de 25 de Abril de 1974…!), a curiosíssima concepção, tão reveladora, de que "em Portugal nunca existiu o Feudalismo"… [sic]…  Era, e continuou a ser, para sempre, a Universidade em que, em pleno século XX, a História poderia vir a ser ensinada, e dirigida (como veio), por alguém como Torquato de Sousa Soares…

Trata-se, aqui, em tudo isto (que é a História de Portugal…), de facto, da questão, de sempre, do Feudalismo e do Liberalismo. E, agora, estamos em 2020, duzentos anos depois.»