sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Só para avivar a memória....

A protecção da orla costeira da nossa freguesia sempre foi uma das preocupações de quem faz este Outra Margem.
Este blogue viu a luz do dia em Abril de 2006.
Para avivar certas mentes, recordamos parte de um post, que pode ler na integra clicando aqui, que publicámos em 11 de Dezembro de 2006.

"A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial..."


O espírito do nosso trabalho foi sempre o mesmo: lutar por aquilo que consideramos serem os genuínos interesses da Cova-Gala. Por isso, sobre a defesa da nossa orla costeira fomos publicando, de 2006 para cá, inúmeras matérias que podem ser vistas na íntegra por quem quiser, pois estão disponíveis neste blogue. Para poupar tempo e trabalho aos nossos leitores, destacamos apenas algumas dessas postagens: esta, esta, esta, esta, esta, esta.

Sabemos – somos ingénuos, mas assim tanto também não – que este nosso posicionamento mexeu com interesses - uns já instalados e outros a instalaram-se.
Por isso mesmo, fomos caluniados, ameaçados e perseguidos...
Isso, porém, não tem importância absolutamente nenhuma... O importante é que os “poderes”, nomeadamente o autárquico, assuma que a protecção da Orla Costeira, no nosso concelho e na nosssa freguesia, não termina na protecção das praias e das regiões da costa arenosa. Passa, forçosamente, pela necessidade de melhorar o exercício das políticas de urbanismo e Ordenamento do Território junto à linha da nossa costa.

E isso tem a ver com a política urbanística da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
A pressão urbanística desmesurada, que já se verifica e está planeada por este executivo municipal junto à linha de costa da freguesia de São Pedro, fruto, essencialmente, da construção desregrada para fins turísticos, por demais conhecida e identificada, constituiu um autêntico atentado contra o património costeiro e dunar da Cova-Gala.


A protecção da nossa orla costeira, nomeadamente das dunas, areais e frentes edificadas que lhe são próximas, é, por conseguinte, mais do que um imperativo, é uma necessidade elementar para a sobrevivência - NOSSA E DA NOSSA TERRA .

Lá por Lisboa, esta gente que anda a comentar nos blogues é demais!...



Tem tempo disponível?...

X&Q565


Mar ameaça casas na zona sul da Figueira




Uma semana após a sua construção
, os passadiços foram destruídos pela fúria do mar, que ainda invadiu o parque de estacionamento da Praia do Cabedelo. O presidente da Junta de S. Pedro afirma que a situação é preocupante, tendo em conta que nos últimos anos se tem vindo a verificar uma erosão costeira mais acentuada.
“Quem vive à beira-mar sabe que há coisas deste género, como se diz na linguagem dos pescadores, o mar faz sempre das suas. Mas a continuar assim, a juntar marés grandes com mar mau vai ser perigoso”, alerta Carlos Simão.
Entretanto, o autarca acautela: “as entidades competentes devem realizar uma intervenção daquilo que existe, bem como fazer uma manutenção periódica de prevenção, já que os molhes são uma forma de suster as areias”. E remata salientando que esta operação é “importante não só para as populações locais, mas também para o país”, uma vez que “a nossa costa é de uma riqueza que deve ser protegida”.

(in Diário as Beiras, de 22/01/2009, página 10)

Democracia saudável….


Alguém acha possível “estrangular uma empresa jornalística em nome de cálculos políticos condicionados pela proximidade das eleições"?..
Alguém acha possível “um primeiro-ministro insinuar que o timing de uma investigação policial, ainda por cima realizada a pedido das autoridades britânicas, se deve ao calendário eleitoral nacional”?..
Claro que não, pois isso seria admitir que Portugal é uma democracia doente!..
Alguém acha isso possível?...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A Cova-Gala vista das dunas



A Cova-Gala - penso que a foto dá disso ideia - está praticamente ao nível do mar.

Duarte & Reis (1992) referem, num estudo histórico sobre a barra do Mondego, que recebi por mail, "que na primeira década após a construção dos molhes se observaram taxas de acumulação da ordem dos 30m/ano defronte do Forte de Santa Catarina (junto ao molhe norte) e de 7m/ano em Buarcos (2 quilómetros a norte da barra).
A acumulação sedimentar a norte do molhe da Figueira da Foz, concluindo que foi de 4,5x106m3/ano. No entanto, este valor não inclui a acumulação ocorrida na praia submersa e no banco externo da foz do Mondego. Relativamente à parte submersa, é de mencionar que o movimento das batimétricas dos -8m, -10m e -12m, na área adjacente à embocadura, foi da ordem dos 280m a 350m para oeste, e que a areia acumulada em 40ha localizados imediatamente a norte do molhe norte, entre a linha de maré baixa e os 10m abaixo dessa linha, foi de cerca de 1,5x106m3, entre 1963 e 1968, ou seja, cerca de 300 000m3/ano.
A sul da foz do Mondego, começaram a sentir-se os primeiros efeitos da erosão, logo após a edificação dos molhes. Junto à Cova, registou-se um agravamento acentuado do recuo da linha de costa , sendo inclusive apontados valores extremos de erosão da ordem dos 30m/ano em 1976 (Duarte & Reis,1992)."

Neste momento, estão a decorrer as obras de prolongamento, em mais 400 metros do molhe...
Repito a pergunta que fiz, aqui no Outra Margem, em 11 de Abril de 2008:
Mas, será que alguém sabe, porque estudou, as REPERCUSSÕES QUE MAIS 400 METROS NO MOLHE NORTE terão na zona costeira na margem a sul do Mondego?

Hoje foi um desses dias....

... choveu mesmo!...

Consta-se que o Instituto de Meteorologia tem acertado mais vezes nas previsões que o Governador do Banco de Portugal.

Via PROSAS VADIAS.

Dúvida!...

Tomás Vasques, do hoje há conquilhas, ontem à noite, teve esta dúvida:
“A minha dúvida, neste momento, é a seguinte: Barack Obama vai mudar a América ou a América vai mudar Barack Obama?..”
Horas antes, ao final da tarde desse mesmo dia, numa mera e casual conversa no Café Escondidinho, na Cova, em redor de uma bica, o Zé Vidal, emigrante nos EUA durante muitos anos, tinha-me tirado essa dúvida:
“Com Obama, ou outro presidente qualquer, a América não vai perder a mania de querer mandar no mundo!...”
Pronto, penso que está esclarecida a dúvida do Tomás Vasques: se a América não muda, vai ter de mudar Barack Obama...

X&Q563


Será assim tão difícil evitar o que é previsível?..


No nosso concelho, a protecção da Orla Costeira a sul do Mondego é uma necessidade de primeira ordem.
“O problema da nossa costa é que estamos perante um desastre previamente anunciado, alguém vai ter de ser responsabilizado se acontecer uma tragédia”, disse o vereador do Ambiente, José Elísio Oliveira. E nós concordamos, mas, talvez seja bom recordar ao senhor vereador, neste momento de aperto, que a protecção da Orla Costeira, no nosso concelho, não termina na protecção das praias e das regiões da costa arenosa. Passa, forçosamente, pela necessidade de melhorar o exercício das políticas de urbanismo e Ordenamento do Território junto à linha da nossa costa.
E isso tem a ver com a politica urbanística da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
A pressão urbanística desmesurada, que já se verifica e está planeada por este executivo municipal junto à linha de costa da freguesia de São Pedro, fruto, essencialmente, da construção desregrada para fins turísticos, por demais conhecida e identificada, constituiu um autêntico atentado contra o património costeiro e dunar da Cova-Gala.
A protecção da nossa orla costeira, nomeadamente das dunas, areais e frentes edificadas que lhe são próximas, é, por conseguinte, um imperativo.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A política é tão simples

Manuela Ferreira Leite é uma mulher conservadora e de direita.


José Sócrates é um homem de direita que ultrapassa a direita pela direita (como se viu com o Código do Trabalho, fazendo algo que Bagão Félix nunca faria - ver o que o Tribunal Constitucional chumbou quanto aos períodos de trabalho experimental alargadíssimos deste governo).

Resumindo:
Ferreira Leite é óbvia.
Sócrates é “Poder”.

Desporto figueirense ficou mais pobre

E porque não uma candidatura para o europeu de 2048?...


Há cinco anos atrás, no ano da graça futebolística de 2004, Portugal assistiu empolgado a um autêntico “golpe de estádio”, que consistiu na construção (ou reconstrução) de 10 (dez) novos estádios de futebol para albergar o Campeonato Europeu de Futebol.
Como era fácil de prever - e a realidade posteriormente confirmou, gastou-se à “fartasana” em grandes inutilidades, pois os equipamentos futebolísticos, tirando duas ou três excepções, estão hoje praticamente às moscas...
Agora, novo "golpe de estádio" é já oficial: Portugal entra com a Espanha na aventura de se candidatar a um Mundial (o de 2018, mais que provavelmente), com vista à “rentabilização” desses estádios no Campenato Mundial de Futebol.
Em Portugal, os erros não se pagam: apagam-se com outros erros.
Portanto, se se realizar mesmo o Mundial de 2018 no nosso País, nos estádios do Euro 2004, remodelados ou em novos, proponho desde já uma nova candidatura, para o europeu de 2048...
Rentabilizar, rentabilizar, sempre!...
E ainda dizem que este País está em crise.... Só se for de "tininho"!...

Quadro sem moldura

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Erosão na Freguesia de São Pedro*

Sul do parque de estacionamento da praia da CovaPraia do Hospital, na zona do Café Pôr do Sol
Em frente ao Hospital Distrital da Figueira da Foz*Pontos críticos da orla costeira da Cova-Gala, fotografados esta tarde.

Boa sorte, Mr. Barack Obama

O Presidente 44

A situação continua a piorar...



O mar vai avisando...
Um dia vai haver aqui uma catástrofe.
A protecção da Orla Costeira da freguesia de São Pedro é uma necessidade de primeira ordem, há muito reevindicada.

Mas fiquei mais descansado, com a reportagem que acabou de passar na TVI: "as coisas, este ano, apenas estiveram um bocadito piores aqui pela Cova-Gala..."

Por avaria no seu equipamento informático...


... estamos privados, desde o passado sábado, da presença do nosso Amigo e talentoso colaborador Fernando Campos.


Pelo mesmo motivo o sitio dos desenhos está sem actualização desde sexta-feira, dia 16 do corrente.

A questão da jurisdição da Ilha da Morraceira

A questão da jurisdição da Ilha da Morraceira passou ontem pela reunião de câmara.
Esta, é uma questão antiga e sobre a qual já foi dita tanta coisa...
Por exemplo, em 29 de Setembro 2004, na Assembleia Municipal realizada nesse dia, JOSÉ FIGUEIRAS, então PRESIDENTE DA JUNTA DE LAVOS (PSD-PPD), a dado passo, disse: “Devem recordar-se com certeza, que a Freguesia de Lavos, antes da formação da Freguesia de São Pedro, porque as povoações da Cova e Gala, pertenciam á freguesia de Lavos, cujo limite da freguesia era no esteiro designado, “esteiro dos ossos”, a seguir á fábrica de vidros da Morraceira. A partir daí, entrava a freguesia de São Julião, tanto assim que, na formação da freguesia de São Pedro, só estiveram incluídas a freguesia de São Julião e a Freguesia de Lavos, porque para a formação de uma freguesia nova, tem que haver reuniões de executivos de junta, nos locais onde eram retirados terrenos, para a nova freguesia e a Freguesia de Vila Verde não esteve presente, ou seja, estamos neste momento a dizer que está ilegal a formação da freguesia de São Pedro.
Isto, foi dito no órgão político mais representativo do concelho da Figueira da Foz e não teve consequências.

A polémica em redor desta questão já vem até de muito mais detrás, com jogadas habilidosas pelo meio (observem com alguma atenção a delimitação dos limites geográficos da freguesia de S. Pedro na zona da Morraceira!...), pelo que já é mais do que hora de lhe colocar um ponto final.
Recorde-se, que “da controvérsia levantada por diversas juntas de freguesia, que reivindicavam o espaço como seu, particularmente Lavos e Vila Verde, foi encomendando um estudo ao investigador Rui Cascão , que concluiu «de forma muito clara e sem margem para quaisquer dúvidas, a jurisdição sobre a ilha compete à Junta de Freguesia de S. Julião».
Segundo António Tavares, o presidente da câmara já recebeu esse estudo em Abril de 2006.
Ainda segundo o mesmo vereador, o professor universitário apresenta os seus argumentos, justificando com «razões jurídicas, históricas e circunstanciais», e afirmando claramente que a ilha «deverá ser adstrita à junta de S. Julião, evitando-se partilha tipo salomónica». Por isso, sustentou, este será um assunto «que deve ser dado por encerrado, não fazendo sentido que se continue com a controvérsia, quando as fontes que o professor estudou se conjugam», adiantando que, «se dúvidas houvesse deveriam ser extintas quando o estudo lhe foi entregue».
Ainda segundo o Diário de Coimbra de hoje, o vereador António Tavares manifestou também a sua estranheza sobre o facto de Duarte Silva ter recebido o estudo «em Abril de 2006 e tenha deixado que a especulação pairasse no ar, sem nunca nos ter facultado o documento, que é pago com dinheiros públicos», questionando o presidente sobre «se haverá alguma razão para o engavetar, ou se esperava melhor momento», perguntando ainda se «subsiste ainda alguma dúvida, ou o estudo não foi exaustivo?».
Duarte Silva limitou-se a dizer: «o estudo foi feito, mas não era uma preocupação muito urgente e sobre ele não nos debruçamos».
Já o vereador José Elísio não foi de modas: para ele, o documento «está errado e conclui mal».
Convidado a justificar as suas palavras por António Tavares, que entende que «se está mal, há que dizer porquê», (seria o mínmo!.., pois José Elísio estava “a rebater o estudo de um investigador credenciado”), em resposta, o vereador do PSD apenas referiu que «os doutos investigadores também se enganam».
E pronto, a questão da jurisdição da Ilha da Morraceira é uma polémica que continua com “pernas para andar”...