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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Ironia trágica?..

Imagem via Diário as Beiras
A ironia – "que, como muitos de nós sabemos, é um artifício da inteligência inacessível a uma imensa casta de imbecis - pode trazer algumas chatices".
Sei do que falo: dá-me um gozo tremendo, "quotidianamente, ter a satisfação de amesquinhar lautamente a mediocridade de alguns bonzos e revelar publicamente o ridículo dos pequenos mandaretes locais e das suas paroquiais freguesias ou clientelas..."

Como um dia, já lá vão quase dez anos, o Fernando Campos  observou, o OUTRA MARGEM, "para o Agostinho, trata-se de um testemunho de cidadania. Um veículo de intervenção cívica consciente, activa e assertiva, persistente, teimosa e irredutível na defesa das suas causas: a sua aldeia, tão desprezada; a sua praia, tão flagelada; o seu Cabedelo, tão abandonado; o hospital; a cidadania para todos.
E contudo, Agostinho não o faz por abnegação ou com aquele espírito de sacrifício tão apreciado pelos idiotas – não, Agostinho não corre o risco de ser condecorado plo presidente com a medalha-de-prata-de-qualquer-coisa - fá-lo por simples prazer e deleite - apenas pelo supremo, e afinal prosaico, gozo de exercer a liberdade e de o exprimir em português."
Lembrei-me disto ao ler hoje no Diário as Beiras, "que os comerciantes da Rua dos Combatentes para comemorar um ano do inicio das obras vão recorrer à ironia"
Estou preocupado. A Figueira, tal como há dez anos, continua a ter medíocres, bonzos e mandaretes, e esta gente abomina a ironia. Ora isso, pode acrescentar mais tragédia, à tragédia que já é para os comerciantes da Rua dos Combatentes, a forma trágica como os processos das obras estão a ser conduzidos pelos "quens" de direito figueirenses...
Isso preocupa-me, pois por saber de experiência feito, conheço bem a desgraçada desgraça que é a classe política no poder local.

Os comerciantes da Rua dos Combatentes poderiam ter recorrido ao humor, mas, segundo o Diário as Beira, "vão usar a ironia"...
O humor é uma arma difícil de manejar. Volto a citar Fernando Campos: "não tem perdão nem inocência. Das duas, uma: ou é eficaz e consequente (e aqui recorre a todas as munições da inteligência - da subtileza à obscenidade, passando pela desmesura) ou é amável e inofensivo. No primeiro caso acerta quase sempre em cheio, não mata mas mói; no segundo é um tiro frouxo, nem faz cócegas, é uma gracinha, anódina como tudo o que é sensato e recomendável. É bem tolerado e muito frequente nos nossos “jornais de referência”."
Porque raio se lembraram os comerciantes da Rua dos Combatentes de recorrer  à ironia"que, como muitos de nós sabemos, é um artifício da inteligência inacessível a uma imensa casta de imbecis - o que pode trazer algumas chatices"!..
Confesso: mais do que preocupado, estou apreensivo com o futuro dos comerciantes da Rua dos Combatentes. 

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Requalificação do núcleo antigo da Figueira da Foz: um ano de atraso já está garantido...



Imagens via Diário as Beiras
Texto via Notícias de Coimbra
"A requalificação do núcleo antigo da Figueira da Foz, cujos trabalhos estiveram parados por dificuldades do anterior empreiteiro, foi retomada e deverá estar concluída no início de 2021, um ano após o prazo previsto, foi anunciado,
durante a reunião do executivo municipal realizada ontem de manhã.
O presidente, Carlos Monteiro, apresentou à vereação as alterações que serão efectuadas à obra – e que se prendem, maioritariamente, com a circulação viária entre a avenida ribeirinha e a zona mais interior da baixa daquela cidade litoral do distrito de Coimbra.
Segundo o autarca, o novo acordo com a empresa que ficou com a posição contratual da anterior está em vigor desde o início do mês e a intervenção tem a duração de 15 meses, o prazo inicial da obra.
Inicialmente orçada em 2,5 milhões de euros e já com alguns trabalhos executados – entre outros, um parque de estacionamento na encosta entre a igreja matriz e a rua dos Bombeiros Voluntários – o valor final deverá ascender a perto de três milhões.
“Faltam dois milhões de obra”, explicou a vice-presidente da autarquia, Ana Carvalho.
A prioridade camarária passa por concluir o que já foi iniciado – nomeadamente o troço da rua dos Combatentes da Grande Guerra, que está interdito à circulação e intransitável devido aos trabalhos que se iniciaram e pararam no início do verão, situação tem motivados várias criticas de moradores e comerciantes – e não abrir mais do que duas frentes novas de obra de cada vez.
A requalificação do núcleo antigo da Figueira da Foz foi adjudicada pela Câmara Municipal há dois anos, em novembro de 2017, e o contrato da empreitada assinado em 2018, ainda na vigência do mandato de João Ataíde como presidente da autarquia.
Aquando da apresentação da obra, o ex-autarca – hoje deputado do PS e que renunciou ao cargo camarário em abril – anunciava a intenção de “valorizar” o centro histórico da Figueira da Foz, lembrando que a intervenção foi apresentada no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Sustentável [PEDUS], que visava projectos que concorram para a diminuição das emissões de dióxido de carbono (CO2), melhoramento significativo de percursos pedonais ou retirada de automóveis dos núcleos urbanos.
No caso do núcleo antigo da Figueira da Foz, a obra visa uma zona da cidade entre as chamadas praças Nova (8 de Maio) e Velha (General Freire de Andrade), com ligação destas à avenida ribeirinha, e inclui ainda as ruas dos Combatentes da Grande Guerra, Santos Rocha, José da Silva Fonseca e Bombeiros Voluntários, com criação de novas zonas pedonais e adaptação dos sistemas de águas pluviais daquelas vias.
Na rua dos Combatentes da Grande Guerra, antes de a obra parar, a intervenção foi condicionada pela alegada descoberta de uma nova galeria subterrânea, identificada por arqueólogos, numa zona da cidade em que proliferam antigos ramais e cisternas de águas, referenciados em estudos desde os finais do século XIX.
Após a renúncia ao cargo de João Ataíde, o novo presidente da Câmara operou mudanças nos serviços de obras municipais – incluindo a saída do anterior director – e, perante os problemas com o anterior empreiteiro, o actual executivo redefiniu a intervenção, propondo cinco alterações, ontem apresentadas à vereação.
Uma delas, que não implica intervenção estrutural, passa pela alteração do sentido de trânsito na via a nascente do largo da Igreja Matriz, para facilitar o acesso ao novo parque de estacionamento, a partir da praça Velha."

Entretanto, a apresentação da remodelação da obra e respectiva calendarização foi ontem apresentada, publicamente, numa sessão com comerciantes e moradores da zona, que teve lugar nos Paços do Município pelas 18 horas.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Obras na baixa: tudo vai correr. A falta de pedra vai acabar «em breve»...


A requalificação da Baixa figueirense, é público e notório, tem sido um calvário, principalmente para os comerciantes com estabelecimentos na zona. 

Alguns, há muito, que estão desesperados. Já faliu o empreiteiro, já houve mudança de empreiteiro e estamos em pandemia (o covid tem costas larguíssimas).

Tudo aconteceu. Até o inaudito:  intervenção foi condicionada pela alegada descoberta de uma nova galeria subterrânea, identificada por arqueólogos, numa zona da cidade em que proliferam antigos ramais e cisternas de águas, referenciados em estudos desde os finais do século XIX.

Quem não tem culpa, seguramente, é a Câmara Municipal da Figueira da Foz. Nesta, como em todas as obras actualmente em curso (e as que vai concursar...)...

Recuemos a 26 de Maio de 2018. Na opinião do PSD da Figueira da Foz, esta obra é exemplificativo da forma como é dirigido o concelho: "sem estratégia, sem auscultação das populações, sem a preocupação de melhorar o nível de vida das populações, sem criar atractivos para os empresários instalados ou que se queiram instalar com vista à criação de emprego, o qual tanta falta faz aos nossos jovens, não promovendo também a consequente fixação de mais população no nosso concelho."

Mas, esta, já lá vão mais de 2 anos, é a opinião do PSD Figueira. Como sabem, tudo está a decorrer bem na Figueira e no concelho, seja em que sector for. Por vezes, aparecem é imprevistos. Por exemplo, esta obra teve um deles. Vejamos o que está hoje no Diário as Beiras. Segundo o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, o empreiteiro tem tido dificuldade em encontrar pedra, porque as pedreiras reduziram a exploração por causa da crise sanitária e, no verão, devido às férias. “Vamos perceber como é que a situação evolui em setembro”, disse ainda o edil.

Têm sido muitas contrariedades. À margem da falta de material, ainda conforme o que disse o mesmo Carlos Monteiro, as obras “estão a decorrer a bom ritmo”. De acordo com as previsões do presidente da câmara, a empreitada, que incide em duas praças e 14 ruas, deverá ficar concluída no primeiro semestre de 2021.

Mais uma para «breve», portanto. Outubro de 2021 está  porta.

O senhor António Carvalho, um dos mais antigos, entre os cerca de 10 comerciantes  instalados na rua dos Combatentes, e dos mais afectados pelas obras tem de ter mais cuidadinho. Dizer ao jornal que “isto está a ultrapassar os limites da compreensão. Os prejuízos são grandes e o pó e o cheiro a esgotos são incomodativos”, pode desagradar ao executivo. Olhe que quem se mete com o PS leva. Portanto, há que aguentar com o atraso das obras (que já vai longo) e com o pó. Alguém tem culpa de não haver pedra para acabar a obra?

Por outro lado, o senhor Armando Loureiro, com uma pastelaria na rua dos Combatentes, num cruzamento, ou seja, numa zona onde confluem várias frentes de obra, também não tem dada de afirmar que está cada vez mais insatisfeito”Se não tivesse instalado a pastelaria na rua dos Combatentes, num cruzamento, ou seja, numa zona onde confluem várias frentes de obra, não teria sido tão prejudicado.

Com a excelente prestação do executivo da câmara isto está «para breve». Felizmente, os  empreiteiros “estão a trabalhar muito bem”

Tudo vai correr bem. Também em Outubro de 2021.

sábado, 17 de outubro de 2020

Chama-se a isto, "navegar a gestão de obras municipais, à vista". Vamos ao que interessa: quando se prevê que as obras da Rua dos Combatentes estarão concluídas? (2)

 Via Diário as Beiras. Edição de 17.10.2020.

Para ler melhor, clicar na imagem
26 de Maio de 2018:

«Na opinião do o PSD da Figueira da Foz,  esta obra é exemplificativa da forma como é dirigido o concelho: "sem estratégia, sem auscultação das populações, sem a preocupação de melhorar o nível de vida das populações, sem criar atrativos para os empresários instalados ou que se queiram instalar com vista à criação de emprego, o qual tanta falta faz aos nossos jovens, não promovendo também a consequente fixação de mais população no nosso concelho."

Na opinião dos socialdemocratas, a intervenção urbanística que o executivo camarário socialista se prepara para iniciar naquele local, vai prejudicar o comércio tradicional e criar constrangimentos no trânsito.»

31 de Dezembro de 2019:

«Comércio definha na baixa da Figueira da Foz.  Construtora entrou em falência pouco depois de ter iniciado os trabalhos de saneamento.

"Os trabalhos de requalificação da baixa da Figueira da Foz iniciaram-se há um ano, mas pouco depois pararam porque a empresa que as iniciou entrou em falência, levando ao atraso da execução da obra. Situação que deixa revoltados os moradores e comerciantes de São João do Vale.  "Isto é um estaleiro de obras a céu aberto e ao abandono", lamenta Álvaro Fernandes, de 67 anos, morador e comerciante na Rua dos Combatentes.  "Vivemos aqui encurralados", diz, revoltado, o empresário, que alerta ainda para a falta de segurança. "Se for preciso aqui vir um camião dos bombeiros ou ambulância não pode, isto está assim há mais de um ano".»

Reunião da câmara municipal: 18 setembro de 2019:

«O Presidente passou a explicar que aquele ponto estava um pouco em abstrato, porque quando o agendaram não tinham a certeza se iam optar pela denúncia do contrato ou pela cessação da posição contratual com a empresa em causa, mas, concluídas as posições e concertadas as situações, optaram pela cessão da posição contratual, permitindo-lhes, assim, poupar quatro meses, que era o necessário para renunciar o contrato, lançar um concurso público e esperar pelo visto do Tribunal de Contas. 
Salientou que os Serviços fizeram o seu trabalho de investigação, relativamente à outra empresa, que não sendo de grande dimensão, o seu histórico permite-lhes ter a expectativa de que tudo corra bem. Assumiu que o ónus da decisão foi sua, porque não queria correr mais riscos, não tendo a certeza absoluta de ser a melhor solução, mas a firme convicção de que é a que melhor salvaguarda os interesses dos Figueirenses e, em particular, as pessoas e comerciantes daquela zona.»

domingo, 27 de setembro de 2020

Chama-se a isto, "navegar a gestão de obras municipais, à vista". Vamos ao que interessa: quando se prevê que as obras da Rua dos Combatentes estarão concluídas?

OUTRA MARGEM, 23 de Agosto de 2019, citando o Diário as Beiras: «Cerca de uma dúzia de comerciantes da rua dos Combatentes da Grande Guerra e da Rua da Restauração estão a reunir elementos para apresentarem um pedido de indemnização à câmara, pelos prejuízos provocados pelas obras que decorrem na Baixa da cidade. Se a autarquia não atender às suas reivindicações, optarão pela via da justiça. Um dos comerciantes afectados pela lentidão e os atrasos da empreitada afirmou ao jornal que a facturação do seu estabelecimento desceu cerca de 40 por cento, admitindo que noutros espaços comerciais os prejuízos possam ser ainda mais elevados. 
“Se apresentarem motivos e se for legal, cumpriremos aquilo a que a lei nos obriga”, garantiu o presidente da câmara, Carlos Monteiro.»
O Figueirense – primeira página da edição de Setembro de 2020:

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Por este andar só com o adiamento das autárquicas o presidente Monteiro terá alguma obra para inaugurar antes das eleições!..

Via Diário de Coimbra e Diário as Beiras:
"A Câmara Municipal vai rescindir o contrato com a empresa responsável pelas obras de reabilitação da baixa da cidade e lançar um ajuste directo para a conclusão da intervenção na Rua dos Combatentes e envolvente e lançar novo concurso para concluir o resto dos trabalhos.
As obras, neste momento, têm uma taxa de execução de 34 por cento. Após a concretização da medida, o município fará um ajuste direto para os trabalhos mais prementes, que incidirão, sobretudo, na pavimentação da rua dos Combatentes, e lançará um novo concurso público para a conclusão da empreitada."

A requalificação da Baixa figueirense, é público e notório, tem sido um calvário, principalmente para os comerciantes com estabelecimentos na zona. 
Alguns, há muito que estão desesperados. 
Já faliu o empreiteiro, já houve mudança de empreiteiro e estamos em pandemia (o covid tem costas larguíssimas). Tudo aconteceu. Até o inaudito: intervenção foi condicionada pela alegada descoberta de uma nova galeria subterrânea, identificada por arqueólogos, numa zona da cidade em que proliferam antigos ramais e cisternas de águas, referenciados em estudos desde os finais do século XIX. Quem não tem culpa, seguramente, é a Câmara Municipal da Figueira da Foz. Nesta, como em todas as obras actualmente em curso (e as que vai concursar...)...
Recuemos a 26 de Maio de 2018. Segundo a previsão do PSD da Figueira da Foz (já lá vão quase 3 anos), esta obra era exemplificativo da forma como é dirigido o concelho: "sem estratégia, sem auscultação das populações, sem a preocupação de melhorar o nível de vida das populações, sem criar atractivos para os empresários instalados ou que se queiram instalar com vista à criação de emprego, o qual tanta falta faz aos nossos jovens, não promovendo também a consequente fixação de mais população no nosso concelho."
Mas, esta, já lá vão quase 3 anos, é a opinião do PSD Figueira. 
Como sabem, pois é público e notório, tudo está a decorrer bem na Figueira e no concelho, seja em que sector for. 
É certo que, por vezes, aparecem imprevistos: os chmados acidentes de percurso... 
Por exemplo, segundo o prsidente Carlos Monteiro, em Setembro de 2020o empreiteiro tem tido dificuldade em encontrar pedra, porque as pedreiras reduziram a exploração por causa da crise sanitária e, no verão, devido às férias. Aliás, as contrariedades resumiam-se "à pedra". Na altura, à margem da falta da falta de substância sólida e dura, ainda conforme o que disse o mesmo Carlos Monteiro, as obras “estavam a decorrer a bom ritmo”
De acordo com as previsões do presidente da câmara, a empreitada, que incide em duas praças e 14 ruas, deveria ficar concluída no primeiro semestre de 2021.
Sublinhe-se: "em casos destes, toda a gente pode ter culpa, menos o presidente de câmara".
Não é o que eu penso, mas é o que diz gente muito mais original, competente, abalizada e profissional do que eu, no mercado de profissionais da opinião pública e publicada na Figueira da Foz.
Os estudiosos consideram que a opinião veiculada por muitas pessoas é prevalente. 
Aliás, assim como aquela que é repetida por uma só. “Uma só voz repetida pode soar como um coro.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

O humor é uma arma difícil de manejar... (cito Fernando Campos: "não tem perdão nem inocência. Das duas, uma: ou é eficaz e consequente - e aqui recorre a todas as munições da inteligência - da subtileza à obscenidade, passando pela desmesura -, ou é amável e inofensivo...)

A ironia – "que, como muitos de nós sabemos, é um artifício da inteligência inacessível a uma imensa casta de imbecis - pode trazer algumas chatices".
Sei do que falo: dá-me um gozo tremendo, "quotidianamente, ter a satisfação de amesquinhar lautamente a mediocridade de alguns bonzos e revelar publicamente o ridículo dos pequenos mandaretes locais e das suas paroquiais freguesias ou clientelas..."

Como um dia, já lá vão quase 11 anos, o Fernando Campos  observou, o OUTRA MARGEM"para o Agostinho, trata-se de um testemunho de cidadania. Um veículo de intervenção cívica consciente, activa e assertiva, persistente, teimosa e irredutível na defesa das suas causas: a sua aldeia, tão desprezada; a sua praia, tão flagelada; o seu Cabedelo, tão abandonado; o hospital; a cidadania para todos.
E contudo, Agostinho não o faz por abnegação ou com aquele espírito de sacrifício tão apreciado pelos idiotas – não, Agostinho não corre o risco de ser condecorado plo presidente com a medalha-de-prata-de-qualquer-coisa - fá-lo por simples prazer e deleite - apenas pelo supremo, e afinal prosaico, gozo de exercer a liberdade e de o exprimir em português."

A sério. Estou preocupado. A Figueira, tal como há 11 anos, continua a ter medíocres, bonzos e mandaretes, e esta gente abomina a ironia. Ora isso, pode acrescentar mais tragédia, à tragédia que já é para os comerciantes da Rua dos Combatentes, a forma trágica como os processos das obras estão a ser conduzidos pelos "quens" de direito figueirenses...
Isso preocupa-me, pois por saber de experiência feito, conheço bem a desgraçada desgraça que é a classe política no poder local.

"Festeja - se hoje o Segundo Aniversário das obras da Rua dos Combatentes."

Como escrevi ontem: A realidade é indesmentível e fala por si

...a Figueira precisa de uma alternativa autárquica...

A perspectiva de uma vitória de Carlos Monteiro está a esvair-se à medida que o tempo passa.
E não irá acontecer pelos resultados obtidos nas últimas eleições presidencias pelo PS, pelo PSD, pelo Chega, pelo BE ou pela CDU...
Passará, inevitavelmente, pelo surgir de uma alternativa competente e credível nas próximas eleições autárquicas.
As condições políticas para que isso aconteça estão criadas: basta passar pelos locais onde este executivo camarário está a "obrar".

A realidade do que está acontecer nesses locais, desmente a ficção de quaisquer manobras de diversão ou desculpas. 

Isto, tem mesmo de mudar...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Da série, vamos ao que interessa: quando se prevê que as obras da Rua dos Combatentes estarão concluídas?

Via Diário as Beiras
"Foi aprovada, ontem e por unanimidade, a rescisão do contrato com o empreiteiro das obras da Baixa e lançamento de novo concurso público para a parte da empreitada que ainda não foi iniciada. 
A aprovação, na reunião de câmara, não foi, contudo, isenta de debate entre o vereador do PSD, Ricardo Silva, por um lado, e o presidente e a vice-presidente da câmara, Carlos Monteiro e Ana Carvalho, por outro lado. 
As obras, que registam um atraso de cerca de dois anos, já conheceram dois empreiteiros. O actual tomou a empreitada na sequência de uma cessão de contrato. Mas nem um nem outro cumpriram os prazos. 
A intervenção urbanística abrange 14 ruas e duas praças, estando, neste momento, com 34 por cento de execução."
Primeira página do Diário as Beiras de 30 de Junho de 2018

Em tempo. 

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Algo tarda em mudar...

Via Diário as Beiras

imagem sacada daqui
«Cerca de uma dúzia de comerciantes da rua dos Combatentes da Grande Guerra e da Rua da Restauração estão a reunir elementos para apresentarem um pedido de indemnização à câmara, pelos prejuízos provocados pelas obras que decorrem na Baixa da cidade. 
Se a autarquia não atender às suas reivindicações, optarão pela via da justiça.
Um dos comerciantes afectados pela lentidão e os atrasos da empreitada afirmou ao jornal que a facturação do seu estabelecimento desceu cerca de 40 por cento, admitindo que noutros espaços comerciais os prejuízos possam ser ainda mais elevados.
Se apresentarem motivos e se for legal, cumpriremos aquilo a que a lei nos obriga”, garantiu o presidente da câmara, Carlos Monteiro. O autarca, que na passada quarta-feira visitou a zona das obras, lembrou, por outro lado, que o actual empreiteiro deverá, nos próximos dias, ser substituído por outra empresa, ao abrigo da cessão do contrato. 
A proposta deverá ser apresentada na próxima reunião de câmara, no dia 7 de setembro»

Lentamente, muito lentamente, algo parece estar a mudar na nossa cidade. 
Nos últimos meses, é cada vez mais preocupante a situação política e social na Figueira.
Preocupante, porque cada vez mais figueirenses estão a perder o receio de mostrar a verdadeira "cara" do poder e da parte da oposição "tenrinha, maneirinha e meiguinha."
A sua forma de fazer política está cada vez mais visível. Este caminho leva apenas à desacreditação dos órgãos que deveriam ser o garante da democracia na Figueira. A prepotência do poder, só serve para preencher o vácuo de ideias ou para tentar dissimular os erros do passado recente.
Urge aparecer na Figueira uma dinâmica renovadora, onde seja possível a emissão de opinião e um sentido cívico mais apurado e crítico por parte dos cidadãos.
Existe um enorme potencial no concelho. O pouco património natural que nos resta tem de ser preservado, tendo em conta a promoção, desenvolvimento e aproveitamento das capacidades proporcionadas pelos nichos de mercado existentes para a construção de um futuro melhor, onde o bem-estar social possa ser atingido, sem excepções.
Passados 10 da reconquista do poder na Figueira pelo PS, via João Ataíde, não há nada para celebrar e muito para lamentar.
É esta a realidade de um município presidido pelo dr. Carlos Monteiro, a única pessoa que faz parte da equipa que preside aos destinos da Figueira da Foz, desde a primeira hora - já lá vão quase 10 anos - que esta gente chegou ao poder, depois dos anos da desgraça anterior, protagonizada pelo PSD.

E de desgraça em desgraça, lá vamos andando. Por aqui, há muito que não há nada para celebrar, antes pelo contrário: na Figueira da Foz, infelizmente, todos os dias do ano são dias para lamentar. 
Nada do que está a acontecer com as obras de requalificação do núcleo antigo da Figueira da Foz, foi por acaso: este é um dos exemplos, visíveis e palpáveis, "da forma como é dirigido o concelho - sem estratégia, sem auscultação das populações, sem a preocupação de melhorar a vida das pessoas, sem criar atractivos para os empresários instalados ou que se queiram instalar com vista à criação de emprego, o qual tanta falta faz aos nossos jovens, não promovendo também a consequente fixação de mais população no nosso concelho".
E já lá vão quase 10 anos...

sábado, 25 de julho de 2020

OBRAS NA FIGUEIRA (viver aqui, litoral próspero de outros tempos, significa não ter tradição do exercício da cidadania, de lutas, muito menos manifestações. Aqui, registo um desfile de Abril. Quanto ao 1º de Maio: são sempre os mesmos, a reboque dos sindicalistas resistentes) 7

"Com a pergunta desta semana surge-me automaticamente outra questão para contrapor: ainda estamos a falar da revitalização da baixa da cidade?
Porque é que a baixa está transformada num caos? E a Rua dos Combatentes da Grande Guerra? E a Rua da República? Infelizmente são o espelho da desordem e da falta de brio que a cidade apresenta. E porquê?
Afastar os carros do centro. Tudo bem, até nem discordo deste pensamento. Menos CO2, visivelmente mais atrativo sem carros à vista, preocupação ambiental. Mas como irão fazer para atrair pessoas? Vão a pé? E estacionamento, como vai ser? E os transportes públicos vão continuar com os horários e paragens que existem há mais de 20 anos? Ou é propositado para incentivar a andar nas “figas”?
Revitalizar a baixa da cidade ou outro local do concelho, a meu ver, devia enquadrar-se numa estratégia global do que se pretende para a Figueira da Foz. Mas ainda não percebi qual é a estratégia! Ou se, porventura, há, efetivamente, uma estratégia!
Assisto a ideias avulso, ainda por cima mal executadas ou ideias de milhões de euros, mas que não criam um único posto de trabalho, ou mais grave, diminuem o emprego que existe.
Para a revitalização proponho comunicação: estratégia coletiva, valorizar a opinião e o conhecimento de quem está no local, comerciantes e habitantes. Não insistam em realizar obras como se ninguém tivesse nada a dizer. A vida que ainda existe na baixa é da responsabilidade de quem por lá está.
Em segundo lugar proponho uma estratégia económica de valorização dos recursos que existem.
Em terceiro lugar, apostar no empreendedorismo e atração de novos investidores.
Em quarto lugar incentivar à renovação dos edifícios existentes.
Em quinto lugar parem de insistir no betão e na destruição de árvores. A envolvência dos locais com o verde faz muito mais sentido. Mais árvores, menos carbono, certo?
No fim de contas, o que proponho é que se defina uma estratégia para o nosso concelho e que, acima de tudo, se envolva os figueirenses ou quem tornou a Figueira como sua casa. Porque a revitalização de uma zona ou torná-la mais apelativa e viva tem que, acima de tudo, se incentivar à participação das pessoas. Só assim existe dinâmica, desenvolvimento e sucesso."

domingo, 7 de janeiro de 2018

Figueira, uma cidade entalada pela ficção que esconde a realidade... (II)

Recordo "Discutir a cidade - O PEDU", uma crónica de João Vaz, publicada no jornal  AS BEIRAS em 14 de janeiro de 2017. Passo a citar.
"Nos próximos dois anos anunciam-se obras de elevado valor para a Figueira. 
A discussão quanto às prioridades, e visão para a cidade, foi reduzida. O envolvimento dos cidadãos é quase nulo na apropriação dos projetos que vão mudar zonas históricas da cidade. 
“Prometem-nos” a regeneração das Praças 8 de Maio e “Velha”; a rua dos Combatentes, Bombeiros, Santos Rocha e vias adjacentes. No Cabedelo há a intenção de retirar a “carga automóvel das zonas mais próximas dos sistemas dunares” e “ainda a construção de um cais de acostagem para servir um barco que ligue as margens norte e sul”. Em Buarcos estão previstas obras na frente do largo Caras Direitas, privilegiar os circuitos pedonais (incluirá o alargar dos passeios?), mais esplanadas e estacionamento. Há ainda a construção de uma ciclovia entre a estação e Vila Verde e um sistema de bicicletas partilhadas. 
Tudo isto no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU). O dinheiro vem da União Europeia, financiado a 85%, e os projetos técnicos são da responsabilidade da Câmara Municipal. 
Um investimento desta natureza, 7,6 milhões de euros, merecia debate público. As obras anunciadas deveriam ser apresentadas em detalhe, com rigor e transparência. Nada disto foi feito, apesar do envolvimento dos cidadãos neste tipo de decisões ser prioritário. 
Assim, não admira que aumente a desconfiança perante as instituições."
Na altura, escrevi que diga o que disser, João Ataíde, nunca será o personagem de ficção da minha preferência. Deus, continuará a ser, penso eu,  o personagem de ficção que eu mais gosto!
E, com isto, que ninguém tire a conclusão simplista que estou a afirmar que o presidente está a mentir. Nada disso. Para mim, o presidente tem, isso sim, uma capacidade de fazer ficção com a boca digna de registo.
Só que a vida é a realidade. Não a parte que interessa da realidade. Uma parte da realidade é sempre uma outra realidade. Quando a história não está toda contada, é uma outra história.  A realidade para o senhor presidente é, apenas, aquilo que lhe dá jeito ou consegue aperceber-se.
Mas, a realidade da Figueira tem outra dimensão e não fica pelo limite visto pelo presidente da câmara.
Imagem sacada daqui. Para ler melhor, clicar na imagem.

O senhor presidente, tem toda a legitimidade para sonhar governar uma cidade, onde todos os seus habitantes lhe são fiés e obedientes. Só não deve é viver na ficção e  transformar o sonho em realidade.
Na Figueira, há quem pense no futuro. 
Há sempre tempo para pensar no futuro, mesmo quando já não temos muito futuro em que pensar.
A sul do 5º molhe, no que à erosão costeira diz respeito, chegámos onde estamos: no caos.
Para que serviu, a nós os que vivemos a sul do estuário do Mondego,  toda esta agitação e propagandado do orgão presidido por sua excelência o senhor presidente da câmara municipal da Figueira da Foz?

sábado, 14 de janeiro de 2017

Figueira, uma cidade entalada pela ficção que esconde a realidade...

Diga o que disser, João Ataíde, nunca será o personagem de ficção da minha preferência. Deus, continuará a ser, penso eu,  o personagem de ficção que eu mais gosto!
E, com isto, que ninguém tire a conclusão simplista que estou a afirmar que o presidente está a mentir. Nada disso. Para mim, o presidente tem, isso sim, uma capacidade de fazer ficção com a boca digna de registo.
Nesse aspecto, aliás, os executivos de Ataíde são imbatíveis: até têm no seu seio um Prémio Leya. Talento não falta: podiam bem dedicar-se ao romance, à banda desenhada, à ficção e até à feitura de dicionários...
Só que a vida é a realidade. Não a parte que interessa da realidade. Uma parte da realidade é sempre uma outra realidade. Quando a história não está toda contada, é uma outra história.  A realidade para o senhor presidente é, apenas, aquilo que lhe dá jeito ou consegue aperceber-se.
Mas, a realidade da Figueira tem outra dimensão e não fica pelo limite visto pelo presidente da câmara.
O senhor presidente, tem toda a legitimidade para sonhar governar uma cidade, onde todos os seus habitantes lhe são fiés e obedientes. Só não deve é viver na ficção e  transformar o sonho em realidade.
Na Figueira, há quem pense no futuro. 
Há sempre tempo para pensar no futuro, mesmo quando já não temos muito futuro em que pensar.

"Discutir a cidade - O PEDU", uma crónica de João Vaz, hoje publicada no jornal AS BEIRAS, é um contributo. Passo a citar.
"Nos próximos dois anos anunciam-se obras de elevado valor para a Figueira. 
A discussão quanto às prioridades, e visão para a cidade, foi reduzida. O envolvimento dos cidadãos é quase nulo na apropriação dos projetos que vão mudar zonas históricas da cidade. 
“Prometem-nos” a regeneração das Praças 8 de Maio e “Velha”; a rua dos Combatentes, Bombeiros, Santos Rocha e vias adjacentes. No Cabedelo há a intenção de retirar a “carga automóvel das zonas mais próximas dos sistemas dunares” e “ainda a construção de um cais de acostagem para servir um barco que ligue as margens norte e sul”. Em Buarcos estão previstas obras na frente do largo Caras Direitas, privilegiar os circuitos pedonais (incluirá o alargar dos passeios?), mais esplanadas e estacionamento. Há ainda a construção de uma ciclovia entre a estação e Vila Verde e um sistema de bicicletas partilhadas. 
Tudo isto no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU). O dinheiro vem da União Europeia, financiado a 85%, e os projetos técnicos são da responsabilidade da Câmara Municipal. 
Um investimento desta natureza, 7,6 milhões de euros, merecia debate público. As obras anunciadas deveriam ser apresentadas em detalhe, com rigor e transparência. Nada disto foi feito, apesar do envolvimento dos cidadãos neste tipo de decisões ser prioritário. 
Assim, não admira que aumente a desconfiança perante as instituições."

segunda-feira, 9 de março de 2020

Se a moda pega!...


"A Câmara Municipal de Cantanhede mandou hoje suspender, pelo período de 15 dias, a empreitada de Requalificação da Rua das Parreiras e da Rua Conselheiro Carvalho, na cidade sede do Município.

A decisão é motivada pelo facto de alguns dos trabalhadores envolvidos nos trabalhos serem oriundos do concelho de Felgueiras, onde nos últimos dias foram identificados casos de infecção de Coronavírus (COVID-19)."

Em tempo.
O que vale aos Figueirenses, é que na rua dos Combatentes “estava tudo acertado para que as obras comecem no dia 16. 
É este o compromisso... 
E está escrito”.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Faltam 23 dias: e os trabalhadores do Cabedelo?

"A Câmara da Figueira da Foz não renovou a licença mensal, vai proceder à posse administrativa e os trabalhos de demolição avançarão no dia 1 de agosto.
A decisão da autarquia de avançar com a posse administrativa surgiu da ausência de resposta do concessionário à proposta que lhe vem fazendo há mais de um ano. Caso o impasse se prolongue, o município arrisca-se a perder 600 mil euros de fundos comunitários para a empreitada."
Via Diário as Beiras


As obras de requalificação do Cabedelo estão atrasadas. Esse, é um facto indesmentível. A Câmara Municipal da Figueira da Foz, diz que a culpa é da administração do Parque de Campismo do Cabedelo. Isso, já não sei se é rigorosamente assim, pois não conheço os verdadeiros contornos de todo o problema.
As obras da requalificação de Buarcos, estão atrasadas. No casco velho da cidade é o que sabemos e os dramas que por lá existem, nomeadamente na Rua dos Combatentes da Grande Guerra. As obras no Estádio Municipal Bento Pessoa, estão atrasadas. Pelo menos nestas, alguém tem culpa, e não é de certeza a administração do Parque do Campismo do Cabedelo.
Portanto: Na Figueira, existe, na realidade, um problema de gestão das obras camarárias, dos prazos das mesmas e das derrapagens financeiras das mesmas. De quem é a culpa? Compete a quem gere os destinos da Câmara apurar.
Seria interessante haver um livro branco, por exemplo,  sobre a obra do Cabedelo actualmente em curso. Eventualmente, poderia sair algo de positivo para o futuro: eventualmente, um manual de más práticas a evitar na gestão da utilização dos dinheiros públicos.

Na reunião de Câmara da passada segunda-feira ninguém falou dos trabalhadores do Cabedelo. Ninguém falou no sofrimento  destas pessoas. Que têm nome e têm famílias a seu cargo. No inverno são 15. No verão mais de 30. Pessoas, na sua maioria, a quem vai ser extremamente difícil arranjar outro posto de trabalho.
É pouco senhor presidente da câmara e senhores vereadores?...
Vamos ver quantos novos postos de trabalho vão ser criados com os milhões de euros que se vão gastar no Cabedelo... As barracas de farturas e tripas doces que lá se instalaram este ano não podem contar.

Tal como os trabalhadores do Cabedelo  vão atravessar dificuldades, se avançar o arraso e a destruição dos seus postos de trabalho no próximo dia 1 de Agosto, é bom que o senhor presidente da câmara municipal da Figueira da Foz tenha a noção que vai passar tempos difíceis. É claro que pode contar sempre com a imprensa. Os anúncios, um a um, mais manchete, menos manchete, vão continuar a aparecer. Resta saber,  se alguns não serão "fake news"...
Voltando aos trabalhadores do Cabedelo, de que ninguém se lembrou na reunião da passada segunda-feira.
Alguns, os mais idosos,  que já trabalham no Cabedelo há 30 anos, vão passar o resto da vida que lhes resta na angústia de perderem a reforma ou de a verem drasticamente diminuída. Os mais jovens, têm duas soluções: ou vão deixar o seu país em busca de trabalho no estrangeiro;  ou, se ficarem por cá,  vão ficar na expectativa de arranjar um emprego que os fará mergulhar para sempre na espiral da precariedade, da insegurança e da exploração. 



FALTAM 23 DIAS.
“MESTRE MÁRIO SILVA, OS PATOS BRAVOS DO BETÃO JÁ CHEGARAM À TUA PRAIA!!”
10 anos e picos depois, uma câmara que  não é socialista, quer transformar um reduto especial, como ainda é o Cabedelo, em mais um mártir ambiental no nosso concelho, não recuando perante nada, nem mesmo a evidência das coisas, cometendo mais um atentando paisagístico e ambiental.
Recordo a quem de direito, que uma cidade é sempre, pelo menos, dual.
Tem uma zona cosmopolita e tem, por assim dizer, outras mais características, a que se costuma designar como típicas.
O tipicismo é a profunda genuinidade...
É onde reside a alma de uma cidade como a Figueira, a sua verdade que se tem que manter, sob pena dela se descaracterizar.
É isto que o Cabedelo é: genuíno, assim como está, com o Parque de Campismo (melhorado e remodelado, sim senhor...), que foi, já lá vão quase 30 anos, quem deu vida e alma ao Cabedelo, como todas as suas valências, incluindo a onda de surf.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Basta, vamos ao que interessa: quando se prevê que as obras da Rua dos Combatentes estarão concluídas?

Diário as Beiras, edição de hoje.
Passo a citar. "O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, está descontente com a lentidão das obras da Baixa da cidade. Em declarações ao jornal, o autarca frisou que os trabalhos estão a decorrer “demasiado devagar”. A continuarem assim, admitiu que o prazo para a conclusão da empreitada por si definido, até ao final de 2021, “está comprometido”
(Aqui faço um parêntises para para recuar a 26 de Novembro de 2019 e avivar a memória:  "A requalificação do núcleo antigo da Figueira da Foz, cujos trabalhos estiveram parados por dificuldades do anterior empreiteiro, foi retomada e deverá estar concluída no início de 2021, um ano após o prazo previsto)
Carlos Monteiro, no entanto, vai fazer mais uma tentativa para acelerar as obras. “Neste momento, estamos a avaliara a situação, estamos a falar com o empreiteiro”, adiantou. Indagado acerca do que poderá vir a ser feito caso a empresa não incuta mais cadência nos trabalhos, o presidente defendeu que, “no futuro, a obra não pode andar a este ritmo”. Tem sido ao ritmo dos empreiteiros que as obras se vão fazendo, tendo sido já, há muito, ultrapassado o prazo inicial. Para tentar dar um novo impulso à regeneração da Baixa, a autarquia convenceu o primeiro empreiteiro a ceder a conclusão da obra a uma outra empresa. 
Contudo, o resultado ficou aquém do esperado e os trabalhos continuam a avançar em marcha lenta."

Quem avisa amigo costuma ser. Recuemos a 26 de Maio de 2018:

Acerca da falta de consulta pública, Carlos Monteiro sustentou na altura: “Cumpriu-se a norma legal, porque os projetos foram debatidos e aprovados pela câmara e pela assembleia municipal”.

A requalificação do núcleo antigo da Figueira da Foz foi adjudicada pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, em novembro de 2017, e o contrato da empreitada assinado em 2018.
Esta obra, exemplifica bem a forma como está a ser governado o concelho: sem planeamento, sem estratégia de desenvolvimento sustentado, sem ter em conta as aspirações e os interesses da população, sem o objectivo de melhorar o dia a dia das pessoas, sem cuidar da sobrevivência das empresas, dos empresários e colocando em causa a preservação dos postos de trabalho, sabendo-se como se sabe que o emprego tanta falta faz para a fixação da população jovem e menos jovem  na Figueira da Foz.
Basta ter em atençaõ o que tem sofrido o comércio tradicional com estas obras na baixa.
A falta de pedra não pode servir de explicação...

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Pelo concelho das ironias trágicas: tuk-tuk eléctricos e teleféricos e uma lagoa artificial de água natural no areal da praia...

A realidade, no país e no nosso concelho, é a que sabemos: o desafio colocado pela pandemia é enorme.

Ninguém, no país e no concelho, está preparado para o enfrentar. Não se fez o que deveria ser feito ao longo dos últimos meses e que era essencial: reforçar com meios humanos e técnicos o SNS. No país do faz de conta o entretenimento é a intenção de obrigatoriedade de instalação de telemóveis, mais inútil que útil. 

No país (e no concelho) real há pessoas a morrer por falta de assistência, não só ao covid-19, mas também por degradação do seu estado de saúde, sem os adequados diagnósticos. Há pessoas em dificuldade porque já o estava ou passou a estar com os impactos da crise pandémica. Há pessoas a precisar de respostas em vez de mais do mesmo ou de entretenimentos.

Ninguém está interessado em discutir a realidade. Ninguém se interessa pela insuficiência, a impreparação e o esgotamento das respostas de saúde no terreno. 

Por exemplo: para tomar uma vacina os velhos como eu, têm de ir para uma fila, com o céu como teto, todos os dias, a partir das 8 e meia da manhã, sujeitos às condições de tempo como as que estão hoje, quando era simples e fácil os serviços calendarizarem os dias e as horas para evitar ajuntamentos e facilitar a vida dos utentes e dos profissionais de saúde.

Na Figueira, neste momento, dizem (enquanto esperamos pelo resultado do sistema de transposição de areias, da praia da Figueira para as praias da margem sul do Mondego, o famoso bypass) que podemos vir a ter tuk-tuk eléctricos e teleféricos e uma lagoa artificial de água natural no areal da praia. 

Já agora: já tivemos palmeiras no oásis, porque não utilizar camelos no cada vez mais extenso areal?

Não consideram que tudo isto é demasiada demagogia e escassa  capacidade de concretização no terreno?

Ao menos, cumpram uma ironia antiga, que já é trágica: acabem de uma vez por todas as obras da Rua dos Combatentes.

Imagem via Diário as Beiras

sábado, 7 de março de 2020

À atenção do Presidente da Câmara da Figueira....

E que tal trazer japoneses para ver se se acabam os trabalhos na Rua dos Combatentes?

Tóquio2020. Infraestruturas concluídas a cinco meses dos Jogos Olímpicos

"A organização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio2020 anunciou estarem concluídas todas as infraestruturas para os eventos desportivos, a cerca de cinco meses do início. As infraestruturas para os Jogos serão inauguradas a 22 de março, com Tóquio2020 a contar com 43 sedes, incluindo a aldeia olímpica, oito de construção nova e que serão permanentes, 25 que já existiam e dez temporárias."

sábado, 13 de junho de 2020

Convento de Seiça (6)

"O convento de Seiça não é apenas um edifício imponente, é muito mais do que isso. A sua fachada e o que resta do seu interior em ruínas, mostram as vivências que remontam ao reinado de D. Afonso Henriques.
Nos dias de hoje a única forma de vida naquele local foi a natureza que
desenvolveu.
Ao longo dos anos até ao presente tem sido referido a sua necessidade de reabilitação. Mas a ironia do seu destino faz com que seja um assunto
de recorrente interesse de alguns a monumento esquecido para outros.
O problema é sempre o mesmo.
Falta de dinheiro. Reabilitar um edifício daqueles vai valer milhões e com o tempo os milhões vão aumentando.
Mas se o problema é dinheiro, basta fazer as contas, já dizia António Guterres.
A reabilitação do Cabedelo já vai em cerca de 3 milhões € e ainda nem a meio vai. Como a Figueira gosta de estar na moda e é amiga do ambiente a requalificação no centro da cidade e de Buarcos ficou orçamentada num total das duas de 3.8 milhões €, fora as “trapalhadas” na rua dos Combatentes da Grande Guerra, o autor da estátua do pescador que decidiu reclamar e até estacionamentos que foram feitos por duas vezes. E já agora acrescentar 1.3 milhões € para a mega transformação do jardim municipal, que será tão avançada para a época que ninguém entende.
Só nestes exemplos somamos um valor de 8.1 milhões €. Será que são estas as prioridades da Figueira? Se existisse uma estratégia centrada na essência da terra e das suas gentes podíamos ter aqui uma reabilitação do Mosteiro de Seiça. Ao invés disso o caminho foi e continua a ser betonar as freguesias urbanas. É onde existe mais pessoas e, aparentemente, mais votos. Infelizmente, para os comerciantes, o betão não ajudou.
Prioridades de quem gere os milhões! Através de uma reabilitação, o Mosteiro de Santa Maria de Seiça poderia ser um monumento de celebração da cultura, onde faria sentido contemplar a sua história, ou até ser um lugar para destacar os nossos talentos figueirenses. Desde a pintura, à escultura, à fotografia. Porque não ser um tributo a Mário Silva. Pelo menos Cantanhede (Tocha) teve essa sensibilidade. Respeitar um monumento desta dimensão é dar-lhe vida!"
Via Diário as Beiras
"Pessoalmente, não sou de grandes misticismos, mas confesso que o Convento de Seiça e toda a sua envolvente me provocam, sempre que lá vou, uma sensação transcendental, mística, quase como uma viagem espiritual a um vale encantado. Não sei se será da lenda dos degolados do Abade João ou da lenda da cura de D. Afonso Henriques, que terá mandado construir o atual convento, onde talvez já existisse um outro mais modesto, ou ainda se será devido às águas da Ribeira de Seiça, que serviram para produzir os míticos pirolitos de que sempre ouvi o meu pai falar. O que é certo é que é um lugar especial. A construção do convento iniciou-se em 1185. Ocupado por monges, talvez ligados à ordem de Cister, julga-se ter tido o seu auge de importância quando foi escola de Teologia e Filosofia, tendo sido abandonado em 1834 com a extinção das ordens religiosas. Menosprezado, foi parcialmente despojado e destruído e, em 1911, foi adquirido pela família Carriço que o transformou numa fábrica de descasque de arroz. Devido a todo esta importância histórica, em 1999, o Município decidiu “salvá-lo” adquirindo-o por 226.254€ com o pressuposto de que “a sua aquisição seria de grande responsabilidade, implicando obrigatoriamente um esforço articulado com o poder central, pois a sua recuperação e manutenção não poderia ficar só aos ombros do município”. Infelizmente, passados 10 anos, chegou-se a 2009 e nada tinha sido feito. Como diz o povo “de boas intensões está o inferno cheio”. O convento de Seiça continuava abandonado e por classificar como monumento nacional, não foi desenvolvido qualquer projeto de reabilitação e, para agravar, o PS herda uma câmara falida. Sem qualquer viabilidade de poder intervencionar o edifício, pois existiam outras prioridades: escolas degradadas, mercados e centros de saúde por construir, o executivo tratou de elaborar um projeto de consolidação das ruínas cuja obra custará cerca de três milhões de euros, financiada pelo Estado, e em 2018 conseguiu a sua classifi cação como monumento nacional. Acredito que após a referida obra, o futuro do monumento passará por ser um atrativo turístico relevante para a região, um local de visita cultural, histórica e até espiritual."
Via Diário as Beiras

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Da série, a pandemia tem as costas largas para justificar atrasos e aumento de custos em várias obras: reabilitação da Casa da Praça em Maiorca, "Enforca Cães", Jardim Municipal, Bento Pessoa, Campo do Cova-Gala, Rua dos Combatentes, entre outras...

 Via Diário as Beiras, edição de hoje.



Todavia, recorramos à memória, via OUTRA MARGEM. Vamos viajar no tempo até 29 de Junho de 2019, ainda não havia pandemia.

"Depois da requalificação de Buarcos, quase à beira da inauguração, as más notícias.
O presidente, interrogado sobre os custos das alterações ao projecto inicial, respondeu que ainda não foram contabilizados, mas serão tornados públicos. A propósito de alterações ao projecto, Carlos Monteiro admitiu que o “estacionamento, que está mal feito”, deverá ser “rapidamente corrigido”. E acrescentou: “Não podemos estacionar em perpendicular à via. Há um erro de projecto que vai ser corrigido”

Quando se decidiu requalificar, não se sabia disto? Depois das obras se iniciarem, apesar de tantas críticas que este estacionamento logo mereceu, não se se notou que era necessário alterar?..
Deixou-se construir e, certamente,  vai-se estrear um estacionamento novinho em folha e agora - melhor: porquê só agora?!... - é que o presidente Monteiro reconhece  que “não podemos estacionar em perpendicular à via" e que "há um erro de projecto que vai ser corrigido”.
Renovo a pergunta: que objectivos estiveram na base da  obra de requalificação urbana da frente marítima de Buarcos ?
Fomentar o Turismo? Criar riqueza e postos de trabalho? Aumentar os residentes naquela área?
O actual presidente da Câmara, Dr. Carlos Monteiro, à época o vereador da obras municipais, tem responsabilidades acrescidas na forma como todo este lamentável processo decorreu. Por exemplo: porque não houve diálogo  com os afectados (moradores e comerciantes) para encontrar soluções para tentar amenizar os prejuízos e os incómodos.
A autarquia figueirense teve sempre uma postura arrogante e autoritária perante quem discorda. Foi assim em todo o lado onde houve intervenção e foi assim no Cabedelo.

Os políticos locais dizem-se preocupados com o ambiente, falam de descarbonização e alterações climáticas. Na prática, investem milhões para trazer para o coração da cidade uma fonte poluente.
Por exemplo: foram feitos estudos de tráfego? O Dr. Carlos Monteiro já reconheceu que não. 

De que forma é justificada a redução da emissão de gases? Como foi feito o estudado sobre a descarbonização? Onde estão os resultados?
Ao longo da execução deste projecto, ninguém sabia nada, incluindo técnicos e decisores políticos. Muita coisa se fez, "sem dar por ela"...
Porque continua muita coisa por responder e esclarecer, fica a pergunta: e agora?.."

O aumento dos custos e os atrasos de todas as obras municipais, não é um fenómeno recente.
Ao longo do tempo, nestes quase 12 anos de gestão socialista, teve a ver com dois factores: incompetência, que se traduziu em má gestão e mau planeamento. Para não referir a péssima (talvez, mesmo inexistente) manutenção dos espaços intervencionados nos últimos anos...
O Doutor Carlos Monteiro, vereador durante anos das obras Municipais, antes de por sucessão ter assumido o cargo de presidente, certamente que saberá melhor do que ninguém, que assim aconteceu.
A pandemia, a falta de materiais e de mão-de-obra, a chuva, o sol, quiçá o vento, têm as costas largas. Mas, a realidade é a realidade.
Ao que chegou ao meu conhecimento, na obra do Cabedelo, lado norte, já está prevista uma alteração junto à Torre da GNR: o aumento do estacionamento no local que diziam que era para instalar uma unidade hoteleira...
Foto António Agostinho